Uma Criação De Animais

POV.Marcy

Acordei. Me levantei.

Bom, estou me sentindo mais disposta do que ontem.

Acordei a Mariane.

— Mari, eu vou ver o que tem na bolsa, a gente ainda não viu.

— Ta bem, Mar. Ai que fome! Tomara que tenha comida lá!

Não tinha percebido que estava com fome até ela tocar no assunto.

Minha barriga roncou e desejei o mesmo que ela: que tivesse comida.

Tentei abrir a bolsa, mas não deu.

"É claro!" Revirei os olhos. "Tenho que imaginar"

Imaginei a bolsa abrindo e deu certo.

Lá dentro tinha 200 cookies, 2 daqueles capacetes que usa pra respirar de baixo da água...

Perai!Cabacete que usa pra respirar dentro da água?

É claro!Vai usar esses capacetes pra pegar lula.

Bom, continuando... 1 machado de pedra,1 espada de pedra e...  2 Maiô?

Tudo bem!Outra coisa pra usar de baixo d'água.

Mas dificilmente eu usaria

— Hmm... – murmurei com a testa franzida – Tem 200 cookies – dei 100 pra ela.

Comi 10.

– Isso mal enche a fome – reclamou ela.

–Tirou as palavras da minha boca, querida Mari.

Nos encaramos.

Não aguentamos e caímos na gargalhada.

– Querida Mari, hein? – perguntou ela assim que paramos de rir.

–Eu me senti como se estivesse escrevendo uma carta! Querida Mari, estamos presos nesse estranho lugar. Ainda por cima é quadrado! Muitas coisas loucas estão acontecendo. Mas como você está? Seus pais estão bem? Diga a eles que mando lembranças. Marcy — Falei como se estivesse lendo uma carta em voz alta.

Voltamos a gargalhar.

–Carta! Coisa mais antiga! – disse Mariane em tom zombeiro.

– Ó sim, entendo que neste tempo não se usa mais tanta carta, querida – disse fazendo uma imitação ruim de voz de homem.

– Para, palhaça!

— Ta bom,tá bom. Parei – Levantei as mãos em sinal de rendição.

– Hmm...Do que a gente estava falando
? — disse ela batendo o dedo no canto da boca, pensativa

Coloquei o dedo na boca.

— Acho que estávamos falando que o cookie mal enche a fome...

— Ah! Sim, sim. Nós temos que fazer logo uma plantação ou aquele negócio de criar animais

— Quando?

–Acho que você não me entendeu – Ela revirou os olhos – Quando eu disse logo eu quis dizer AGORA.

–AGORA!? – Gritei, surpresa. Percebendo que minha reação foi idiota, quando me acalmei, perguntei: – Agora?

– Sim! Eu vi alguns animais pela ilha. É só fazer um quadrado enorme com cercas e um portão e colocar os animais lá dentro. Simples.

– Hmm... Para procriar é só então dar comida.

–Sim, mas eu não sei como vou conseguir as comidas pros animais... – disse pensativa.

Bufei. Agora era minha hora de ser inteligente.

–É só quebrar grama, sai sementes de trigo. As Galinhas comem semente.

– A vaca come trigo?

– Acho que sim – Repondi um pouco confusa.

–E o porco a gente vai dar um jeito de achar cenoura – disse ela concordando com a cabeça – O que estamos esperando?Vamos lá fazer o lugar dos bichinhos.

Assenti e fomos fazer.

[...]

Terminamos o lugar dos bichinhos e agora era só buscá-los.

Fomos juntas

Achamos 1 Galinha e 1 vaca.

Mariane pegou a galinha com a mão e eu fui empurrar a vaca.

– Vamos vaquinha. Ande! – Disse empurrando a vaca.

Demorou um pouco até eu conseguir colocar ela no lugar dos animais.

[...]

Já tínhamos pegado 10 galinhas,6 vacas e 2 porcos – Pra quando a gente tiver cenoura – E agora estávamos procurando mais animais.

Fomos interrompida.

— Ei! Tem alguém aí!? —  gritou uma voz  familiar

Arfamos, não acreditando que era AQUELA voz.

Nos viramos.

Quase desmaiei quando vi a pessoa que estava há alguns metros a nossa frente.

–João... – Disse sem fôlego. Assim que me recuperei do susto: – João!!

POV.Mariane

João...

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