Exploration até a montanha
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★POV.Mariane★
Acordei com alguém jogando um travesseiro em mim.
Me levantei e vi João no canto da parede no meu quarto.
–Que foi? – disse meio irritada por ele ter me acordado jogando um travesseiro em mim. Sério, por que ele não me acordou de um jeito mais... ah... delicado?
–Nossa que mau humor – disse ele em tom de deboche e com um sorriso irônico no rosto.
–Fala logo o que você quer – disse sem paciência.
Então ele jogou uma muda de roupas em mim.
"Hoje ele resolveu tirar o dia pra jogar coisas em mim?" Pensei irritada.
–Que droga é essa?
–Roupas – disse com uma cara de "não é óbvio?"
–Eu sei. Bom, reformulando a pergunta... pra que todas essas roupas?
–Pra você se trocar.
–Ah! Fala sério! Seja um pouco sério – Disse sem paciência – Reformulando pergunta...pela segunda vez – sussurrei a última parte – Pra que eu vou me trocar.
–Pra sair.
Já sem um pingo de paciência me levantei da cama, o prensei contra a parede e o ameacei dar um soco.
Ele engoliu em seco com a possível expressão psicopata que eu devia estar no rosto.
Ele suspirou e resolveu falar.
–Bom,a gente vai dar um passeio pela ilha. Vamos começar pela floresta... vamos seguir pelo deserto ...e por fim vamos chegar numa montanha que tem muitaa neve e que é beem fria se for levar pelas estatísticas do mundo em que nós viemos – explicou – Nossa, na primeira parte eu me senti como se fosse algum tipo de guia e estivesse mostrando,com um mapa, onde fica tal lugar...– sussurrou João.
–Ta, agora vaza daqui – disse o empurrando pra fora do quarto.
Fechei a porta com força na cara dele.
Peguei as roupas e comecei a me vestir.
[...]
Já vestida com a tal roupa, fiquei olhando pra baixo – Afinal, eu não tinha nenhum espelho – pretendendo me examinar.
Não era nada mal.
Calça jeans preta, bota de cor chocolate, blusa branca e casaco xadrez.
Dei de ombros e sai do quarto.
João já estava com a roupa, que era a mesma coisa que a minha, quando entrou no meu quarto pra me perturbar e atrapalhar meu sono.
Marcy também já tinha tirado sua jardineira e estava com a mesma roupa que eu.
Somos o trio... da mesma roupa.
Péssimo.
Notei quando eu saí, que João ficou meio surpreso.
Também notei algo diferente em seu olhar.
★POV.João★
–Ela está demorando, você não acha?-- Comentei com Marcy.
–Não acho. E além disso nós mulheres demoramos pra nos arrumarmos.
–Mulheres... – Murmurei e bufei – Mas será que não aconteceu alguma coisa? Você devia dar uma olhada.
–Preocupado, hein senhor João – disse com um sorriso no rosto. Fiquei um pouco vermelho.
–Somos amigos
–Amigos,sei... – Fiquei mais vermelho – Shipo!Jomari! – Ela fez um coração com as mãos – Parem com essa enrolação.Quero ver filhinhos – Fiquei completamente vermelho.
–Acho que você está viajando – disse constrangido.
–Não acho! Vocês combinam perfei... – Marcy foi atrapalhada com a porta do quarto de Mariane se abrindo.
Rapidamente minha atenção foi pro anjo parado na porta.
Fiquei surpreso.
Ela estava extremamente... linda...
Algo dentro de mim mudou.
Não...mudou não...aumentou.
Eu já tinha este sentimento dentro de mim.Mas nunca tão...forte.
Parece que ele ficou mil vezes maior.
Ao mesmo tempo fiquei com medo.
E se ela não...
E se eu acabar com um...
Eu não quero isso... É melhor eu ...ignorar.
Mas não dá.Parece que ele fica mais forte.
Resolvi sair dos meus pensamentos.
Eu não queria pensar nisso. Talvez assim, ele some.
Balancei a cabeça.
–Ei, João!Você está bem? – Marcy perguntou preocupada.
–Ah?S-sim, sim.Eu tou b-bem
–Hummm – murmurou ela com uma cara de depois você me conta o que aconteceu.
Engoli em seco.
–Bom, já que eu estou pronta. Vamos parar de enrolação e vamos logo começar. Pois temos um longoo caminho pela frente – disse Mariane já seguindo em direção a porta.
[...]
Assim que saímos pela porta, começamos nossa jornada até o "Monte Everest"
Kkk,nossa que engraçado kk me senti como se estivesse narrando um livro.
E ainda mais... Monte Everest? Rá! Meu senso de humor deve estar muito aguçado hoje.
[...]
Depois de horas de caminhada, chegamos na floresta.
–Ai, gente eu estou cansada – Mariane disse.
–Ah!Vamos lá!Nem é de noite – incentivou Marcy.
–Eu... não...consigo...mais... – Então ela perdeu as forças das pernas e foi pro chão.
–Mari!! – Gritamos e eu a segurei antes que ela caísse no chão.
–Eu...tou bem...mas...muito cansada...
–Isso deve ser uma vingança por você não ter comido antes de ontem – bufou Marcy, ela virou-se pra mim de braços cruzados – João,a leve até anoitecer – disse séria.
–Por que eu?
–Porque eu não aguento ela...É amigão,sobrou pra você.
Bufei e assenti.
Peguei Mariane e continuamos nossa viagem.
–Ei Mari – A chamei sussurrando,ela olhou pra mim – Eu te conheço. Sei que não está falando toda a verdade. O que aconteceu realmente?
–Bom,a verdade é que eu mal estou me alimentando desde que viemos pra cá – Ela admitiu – Eu...estou me esquecendo de comer. Mesmo que quando eu como,eu como muito. E Talvez também seja por eu só estar comendo carne – Ela deu de ombros.
–Mas isso não aconteceu comigo nem com a Mar.
–Ah, você deve ser mais forte .E Mar come vegetais de vez em quando.
–Então você também devia comer.
–Eu não gosto de cenoura e beterraba.E trigo usa pra fazer pão. Eu como pão, mas isso não é suficiente.
–Nananinanão mocinha. Você vai comer essas coisas. Eu vou te obrigar.
–Ah não! – disse com cara de choro.
–Ah sim!E não adianta reclamar.
Ela bufou e assentiu.
Continuamos o caminho em silêncio.
[...]
Já tinha escurecido.
–Bom,já escureceu... então vamos parar por aqui
Elas apenas assentiram.
Colocamos nossas camas – Já que nós havíamos trazido elas – e fomos dormir.
[...]
Acordei antes de todo mundo e fiquei observando Mariane dormir.
Tão...linda...
Parece um anjo.
Nossa, que sensação de déjà vu.
Depositei um beijo na sua bochecha e voltei a dormir.
[...]
Acordei com um sol irritante batendo na minha cara.
Me levantei e percebi que Mariane e Marcy não estavam nas suas camas e nem em lugar nenhum onde minha visão alcança.
Antes que eu me desseperasse e saísse correndo que nem um louco enquanto gritava seus nomes... consegui me acalmar e me convenci de que elas devem ter saído pra dar uma voltinha ou sei lá oque.
Então comecei a ANDAR, procurando elas, sem GRITAR.
[...]
E realmente minha tática de "calmaria" funcionou.
As encontrei sentada na grama e comendo umas maçãs.
Elas também tinham uns gatos ♥
Uma das raras coisas iguais que nós gostamos/amamos são gatos. Coisas mais fofas e... finas
–Hey hey,acharam uns gatinhos – Disse enquanto me aproximava e sentava ao lado delas.
–Pois é♥ – disse Marcy em júbilo.
–Como a Mari chegou até aqui?
–Ah, Mariane estava se sentindo bem melhor hoje.
–Hum,sei. Aposto que era só frescura.
–Não era não! – protestou há alguns metros longe de nós.
–Eu sei que sou lindo,mas não precisa fingir algo pra eu te carregar – Disse me gabando.
–Eu não fiz nada disso!-- disse ela um pouco vermelha – Eu realmente estava mal!
–Ta ta,deixa esta briga de casal pra depois – disse ela com tédio – Deixa a gente levar esses gatutchos pra casa! -- implorou ela com uma voz fofa.
–Tudo bem – Elas comemoraram – Mas com uma condição – Elas pararam com a tal comemoração e me olharam, com um pouco de medo – Eu também quero um gatinho – Elas suspiraram aliviadas e se levantaram.
–Vem!Tem muito gato aqui!– Mariane disse e elas começaram a correr, as segui animado.
[...]
Depois de alguns – Poucos – minutos, encontramos um campo que estava CHEIO de gatos.
Não estou exagerando, juro.
Parece até que todo gato do mundo veio pra cá. Eita.
Fui até a multidão de gatos e fui pegar um.
[...]
–Vamos logo João!! – reclamaram Mariane e Marcy pela milésima vez.
Eu estava a bastante tempo escolhendo. Afinal, eu não vou pegar qualquer gato.
Então um gato chamou minha atenção. Um gatinho preto. Resolvi que escolheria esse.
Não era igual ao da Marcy e da Mariane.
Fui até ele e depois o peguei.
–Vamos – disse quando já estava perto delas.
–Finalmente!!
Apenas dei um sorrisinho fraco e continuamos nossa jornada.
[...]
Já estávamos há algum tempo andando.
Achei um balde e peguei leite de uma vaca que achei pelo caminho e dei leite pro gatinho. Ele já estava me enchendo com todos aqueles miados.
Brincadeira, nunca ficaria irritado com um gatinho.
Estava dando leite pro meu gato quando ouso Mariane chamar eu e Marcy.
–Mar!! João!!Vem aqui!!!
–Mas o que é desta vez – resmunguei e fui atrás de Mariane.
Não sem antes deixar meu gato em um cercadinho que a gente fez. Os gatos de Marcy e Mariane já estavam lá.
Mariane não estava muito longe.
–Que foi? – Perguntei quando cheguei ao lado dela. Marcy já tinha chegado.
–Olha – Então ela apontou pra uma direção.
Segui com o olhar a direção em que seu dedo apontava e encontrei uma coisa.
"Uma vila..."Pensei.
Que massa!Eu já tinha encontrado uma vila antes?Acho que não. Então por que essa sensação de déjà vu?
Ah! Já sei. Aquela droga que a gente tem que ter sempre sensações de déjà vu com as coisas deste lugar.
Só queria saber o porquê disso... mas... parece que... eu sinto que a resposta pra essa pergunta está bem próxima.
Eu espero que essa sensação esteja certa. Mas ao mesmo tempo que estou com alívio... estou com medo... E se... a gente não conseguir sair deste lugar?E se algo der errado?E se algum de nós acabar...?
Resolvi expulsar estes pensamentos da minha cachola. Não era hora pra pensar nessas coisas.
–Que maneiro!
–Vamos!Quem chegar por último é a mulher do padre! – disse Marcy e em seguida saiu correndo.
–Que coisa mais infantil! – Reclamei,mas fui atrás dela.
–Kkkk,o João é a mulher do padre!-- Mariane e Marcy disseram em uníssono enquanto riam.
Eu tinha chegado em ultimo.
–Mas eu sou um homem!
–Tanto faz – elas deram de ombros.
–E além disso isso é uma brincadeira,bem infantil por sinal – Sussurrei no final – então não quer dizer que isso vá acontecer.
–Já dissemos,TANTO FAZ– falaram em uníssono.
–Ta,vamos dar uma exploration pela vila.
–♪Exploration tion, exploraaation♪-- Mariane cantou enquanto fazia uma dancinha.
Rimos. Não sei o que era mais engraçado,a música ou a dancinha. Talvez os dois.
–Para palhaça! – Marcy disse rindo, enquanto dava um tapinha nela.
Mariane apenas sorriu e continuamos nossa exploração.
Achei uma casinha um tanto engraçada e entrei nela.
Assim que entrei, a porta fechou. Andei até a porta e tentei a empurrar.
Mas não dava... Estava fechada. Ou droga!
Estou trancado.
★POV.Marcy★
Eu e Mariane estávamos juntas.
João saiu do nosso lado pra fazer sei lá o que. Só espero que ele não esteja fazendo alguma bobagem.
Tinhamos achados uma ferraria. Mas não tinha como abrir a porta.
Estranho...
Resolvemos que Mariane iria cavar um túnel até a ferraria.
Mariane mal começou a cavar o túnel e algo deu errado.
Eu cai lá dentro. Por aí tá tudo bem, o problema é que o túnel tinha só um bloco de largura.
O bom é que só tinha 2 blocos de altura.
–Ei! Por que você está aqui dentro? Está apertado! – Mariane disse reclamando. Realmente estava muito apertado, nem sabia que era fisicamente possível duas pessoas couberem em um lugar tão pequeno.
Mas eu não devia me surpreender. Esse lugar e suas coisas estranhas...
–Não foi minha culpa!Eu caí! Parece que alguém me empurrou! – disse levemente desesperada.
–Calma aí!É só eu quebrar esse bloco e daí... – Então eu senti ela me batendo – Mas o que...?
–Ei!Toma mais cuidado
–Mas eu... – Então ela me acertou novamente. Então eu ouvi ela arfar – Ah não!
–O que foi?
–Não tem como eu quebrar a terra!Se eu tentar... Acabo acertando em você! – Ela disse um pouco desesperada e sem muita ar-- Estamos pressas!-- Arfei
–Ah não, não, não!Cadê o João quando a gente precisa?
★POV.Narradora★
Eles não sabiam, mas o momento em que o João ficou preso naquela casa e o momento em que Marcy caiu no buraco foram no mesmo Segundo.
Se alguém estava brincando com eles? Talvez.
O que se sabe é que esse alguém não estava pra brincadeiras...
Ele deve estar apreciando desespero que eles estão sentindo...
Um monstro, sem dúvidas.
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