Capítulo 8
Lâmia
Hakim
Do diário de Sarah Jones Al-Rashid
1º de setembro de 1949
Hoje a Academia Nacional de Belas Artes de Shankar foi inaugurada, e senti-me extremamente feliz com essa nova etapa da história do meu país. Isso porque, embora não tenha sido eu que efetivamente a criou, tive um papel importante no surgimento dela.
Pouco depois do nosso casamento, Hussein e eu viajamos para os Estados Unidos com a finalidade de conhecer a ONU, onde ele falou sobre a importância da pequena Shankar no contexto mundial e a viabilidade dos grandes países colaborarem com seus projetos. Nessa ocasião, para minha surpresa, descobri que a escritora Helen Keller, uma das personalidades que eu mais admirava desde que li sua autobiografia, estava em Nova York naquele mesmo dia, e convenci-o a arranjar um encontro nosso com ela.
Enquanto estávamos a caminho do seu hotel, contei a história dela a Hussein, dizendo que ela perdera a visão e a audição ainda bebê, por causa de uma doença, mas sua professora Anne Sullivan começou a instruí-la quando tinha sete anos, e graças aos seus esforços Helen aprendeu a se comunicar com o mundo, lendo e escrevendo em braile, e conhecendo as feições das pessoas e as vibrações da voz humana com as mãos, até que conseguiu se formar e teve uma bem-sucedida carreira como escritora e conferencista, além de defender causas sociais e patrocinar inúmeras obras em prol de cegos e outras pessoas com deficiência. Quando chegamos, ela nos recebeu junto com Polly, sua assistente, e esta nos apresentou falando um pouco sobre nós através de toques em seus dedos. Prestei bastante atenção nela durante esse primeiro contato, e percebi que ela era uma senhora bem-apessoada e simpática, de sorriso cativante, embora tivesse aquele olhar morto comum a cegos. Ela pareceu bastante interessada, e fez um sinal para que nos aproximássemos, de modo que permitimos que ela tocasse em nossas faces, até mesmo enquanto falávamos, para que tivesse uma ideia mais autêntica de quem nós éramos.
Disse-lhe que, como professora que estudara para trabalhar com desabilitados, seu exemplo era marcante para mim, falamos sobre nossa viagem, com Hussein contando um pouco sobre Shankar, e Polly traduzia tudo para ela. Ela não gostou muito da ideia de Shankar se envolver com a produção de armamentos (sabia que ela é pacifista), mas disse que entendia, pois Hitler era uma pessoa realmente monstruosa e tinha de ser detido. Contudo, perguntou o que o nosso país fazia em prol da cultura.
Hussein respondeu que isso o preocupava muito, até havia idealizado um trabalho de compilação de manifestações artísticas e folclóricas nacionais, mas o país ainda tinha de avançar muito antes que pudesse destinar recursos exclusivamente para isso. Foi então que, para minha surpresa, ela disse que poderia nos ajudar a construir uma Academia Nacional de Belas Artes, que não só cumpriria com esse objetivo de documentar nossa cultura, como também nos ajudaria a termos uma imagem mais respeitável entre outros países. Ela conhecia muitas pessoas e tinha condições até de reunir uma verba inicial para que Hussein não comprometesse o dinheiro do país com os estudantes, desde que ele concordasse com duas coisas: em desenvolvermos cursos nessa área voltados para deficientes físicos, e que aceitássemos mulheres como alunas tanto nesses cursos quanto nos convencionais. Meu marido lhe disse que não via nenhum problema nisso, e nos despedimos depois de deixarmos nosso endereço com sua assistente. Ainda passamos algum tempo nos EUA, e pouco depois de nossa chegada recebemos uma carta dela dizendo que já fizera alguns contatos e estivéssemos certos de que a verba para a instituição era garantida.
Travamos uma correspondência muito ativa nos últimos dois anos, enquanto o prédio era construído, e embora a obra tenha sofrido algumas críticas (inclusive de parte do conselho, que a considerava inútil e criticava meu marido por ser "moderno demais" ao promover iniciativas de "emancipação feminina", mas ele calou essas pessoas dizendo que nada era errado quando se tratava de promover a dignidade dos outros, e se alguma mulher recebia um dom, isso era um talento ofertado por Alá e era um dever dele propiciar a ela a chance de exercê-lo.
Quando o edifício foi aberto para a população, Helen e Polly estavam entre os visitantes, juntas de nós e protegidas por alguns guardas. À medida que elas entravam em cada sala, sua assistente descrevia cada cômodo e a ajudava a tocar nas paredes e móveis, com sua excitação aumentando à medida que cada ambiente lhe era revelado. Com efeito, os cursos que ele oferece são variados, dedicados principalmente à Literatura, Música, Pintura e Escultura, e com a ajuda de professores indicados por ela treinei instrutores para cursos especiais para deficientes, como oficinas de literatura e poesia para cegos – em braile – e surdos-mudos, aulas de pintura e escultura para surdos e cursos de música a partir de instrumentos ou canto para cegos, além de cursos específicos para pessoas mutiladas. E foi maravilhoso perceber que já há alunos verdadeiramente promissores entre eles, provando que as dificuldades que essas pessoas enfrentam não as impedem de perseverar e criar obras magníficas.
Após terminar de percorrer tudo, ela se preparou para retornar ao palácio, onde está hospedada, mas antes se virou para nós e nos disse, com aquela voz um tanto difícil com que aprendeu a falar e, acho, só usa quando realmente considera necessária:
- Vocês são pessoas iluminadas, poucas vezes conheci governantes como vocês. Espero que sejam abençoados, e seus nomes prosperem em glória e estima entre seu povo. – Contudo, ainda ficamos lá por algum tempo, acompanhando o jeito calmo mas interessado com que o povo percorria a Academia, talvez com algumas pessoas pensando em se candidatar aos cursos que ela oferece.
- Conseguimos, querida. E com certeza isso não teria sido possível sem você. – Disse-me Hussein.
- Sim, mas ainda há tanto a fazer, notei que alguns membros do conselho não estavam aqui, inclusive seu irmão. Mas creio que com o passar do tempo eles entenderão que não quero fazer nada para prejudicar nosso país, muito pelo contrário, e que tampouco quero corromper você.
- Sarah, – e nesse ponto ele acariciou meu rosto – Ninguém que realmente me conheça pode me dizer que sou facilmente influenciado, sempre analiso suas ideias e, quando vejo que elas se enquadram na nossa realidade, tento implementá-las. Se eles não percebem quão sábia você é, eles é que saem perdendo. Mas não se preocupe, eu amo você e nosso povo também a ama.
- É isso que me fortalece, querido. Só espero que a bênção dela dê frutos, com certeza isso reforçaria meu papel. – De fato, ainda me sinto um pouco frustrada que, depois de dois anos, ainda não consegui engravidar.
- Não pense nisso, meu amor. Você é perfeitamente capaz de engravidar, os exames demonstraram isso na época do nosso noivado. – com efeito, orientada pelo embaixador, fiz exames de fertilidade com os melhores médicos de Londres, e os resultados foram encaminhados para Shankar por ele. Algumas das minhas amigas torceram o nariz para algo, nas palavras delas, "tão arcaico", mas sabia que Hussein precisaria de todo o reforço possível quando se tratava de justificar sua escolha. – Quando for a hora certa, Alá nos trará nosso filho.
- Rezo por isso, Hussein. – E voltamos para casa, onde tentei ser uma boa anfitriã para Helen e não pensar muito nisso.
Miguel logo percebeu que a estratégia do sultão era aproximar Lâmia de Omar, para que ele visse que ela, na qualidade de filha do primeiro-ministro, além de plenamente capacitada e com contatos no exterior, seria uma excelente escolha para sultana, e deparar-se novamente com a realidade dura que tinham de enfrentar pouco depois que realizara seu maior sonho equivalia a um soco no estômago. Por isso, foi com muito custo que procurou demonstrar tranquilidade e participou do almoço que se seguiu, com todos os convidados para as festividades. Porém, não se sentiu estimulado a conversar, limitando a responder as perguntas que lhe faziam com frases curtas, e quando terminou dirigiu-se para o seu quarto.
Por sua vez, Omar também percebeu a estratégia do seu pai, mas mais do que com raiva pela maneira como ele continuava tentando controlá-lo sentiu-se frustrado ao perceber a tristeza com que o amante de vez em quando olhava para ele, especialmente quando, durante o almoço, colocaram-no junto de Lâmia. Porém, tinha de ser cuidadoso, sabia que todos os seus movimentos eram observados e não podia fazer nada suspeito, principalmente depois de terem passado a noite juntos, fazendo amor. Assim, tentou manter uma conversa normal não só com ela, mas também com outros que o cercavam.
Encerrada a refeição, foi para seu escritório e dedicou a tarde a revisar contratos e estratégias comerciais, enquanto divagava sobre como acalmaria Miguel. Até que, já próximo do fim do expediente, Hakim, cujo escritório era contíguo ao seu, chamou-o dizendo que tinha uma visita.
- De quem se trata, Hakim? Confesso que não estou com muito ânimo hoje. – Disse quando abriu a porta.
- Sou eu, alteza. – Respondeu Lâmia, que estava sentada num sofá próximo e levantou-se em direção ao gabinete – Reconheço que minha presença pode ser incômoda nesse horário, mas creio que essa conversa é do seu interesse.
- Nesse caso, vou recebê-la. Hakim, por favor deixe-nos a sós e não permita que ninguém nos incomode. – E abriu a porta para que a jovem entrasse. Não sabia o que ela tinha em mente, e exatamente por isso queria ouvi-la.
- Sente-se, senhorita Lâmia, o que a traz à minha presença? – Sentou-se diante de sua mesa e indicou-lhe uma poltrona.
- Obrigado por me receber, príncipe Omar, tentarei ser objetiva. Provavelmente o senhor percebeu que esse período em que trabalharei aqui é uma tentativa dos nossos pais de tramarem uma aproximação para, num futuro próximo, efetuarem nosso casamento, não? – Perguntou com um olhar agudo.
- Estaria mentindo se dissesse que não isso não passou pela minha cabeça, senhorita, e reconheço que a admiro pela sua franqueza. – Franqueza essa que o deixara desconcertado, em geral as jovens casadoiras do país evitavam falar em política ou demonstrar senso prático diante de seus pretendentes. Ela sem dúvida não era uma mulher comum, por isso tentou ser diplomático, questionando sem se entregar demais – Mas, se me permite perguntar, o que a senhorita pensa a respeito?
- Para ser sincera, príncipe, isso não me atrai nem um pouco. Não é nada pessoal, vossa alteza é um homem bonito e inteligente, mas não me agrada a ideia de ser negociada como uma mercadoria ou uma peça política. Não fiz um MBA na minha área nos Estados Unidos só como um enfeite, sou boa no que faço, quero trabalhar na minha área e ser reconhecida pelo que eu criar. E quando eu me casar, farei isso com um homem que me valorize e me aceite como sou, sem querer me usar ou me confinar. E é por essa razão que quero lhe fazer uma proposta.
- Qual seria? – Reconhecia a validade de cada uma de suas palavras, ele sabia o quanto era difícil uma mulher se sobressair no mundo árabe, mesmo sendo inteligente e capacitada. Ela merecia, no mínimo, que a escutasse.
- Quero trabalhar com vossa alteza, sei que essa não é uma oportunidade que se apresenta para muitas mulheres da minha cultura, e com certeza beneficiará muito o meu currículo. Além disso, acredito firmemente que, além de aprender bastante, posso desenvolver projetos que beneficiarão o país e a nós mesmos. E enquanto trabalharmos juntos, ganharemos tempo junto a nossos pais e, sem dizermos muita coisa, daremos a eles a ilusão de que seus esforços estão sendo bem-sucedidos. Pois eu presumo que o senhor tem seus próprios motivos para desestimular suas pretendentes.
- Como assim, senhorita? – Será que ela insinuava algo?
- Príncipe, se vamos ser amigos, então é melhor sermos sinceros. Com certeza vossa alteza não está tão disposto assim a se casar, caso contrário já o teria feito. E acho que tem motivos para isso, se o olhar que aquele seu amigo nos dava tivesse algum poder maléfico, sabe-se lá como eu estaria nesse momento. – Perturbado, Omar tentou argumentar, mas ela se limitou a dizer. – Por favor, não se justifique, eu também vi o jeito como vossa alteza o olhava e, sinceramente, não os censuro. Convivi com muitos casos como o de vocês nos Estados Unidos e, para mim, pior do que amar alguém do mesmo sexo é se casar com alguém do sexo oposto e negligenciá-la só por causa de convenções falsas. E como prova de que minhas intenções são honestas, prometo-lhe que não reportarei isso a ninguém.
- Agradeço-lhe pela discrição, senhorita, e aceito sua proposta. Ajudá-la ei sem problemas, uma mente aguda como a sua merece ser valorizada. – E apertando sua mão, conduziu-a até a saída.
Pouco depois, chamou Hakim e resumiu-lhe tanto a noite que tivera com o rapaz quanto a conversa que teve com Lâmia, perguntando-lhe:
- Você acha que fui tolo ao confiar nela, meu amigo?
- Creio que não, estudei-a bem quando ela foi conversar comigo e percebi nela sinceridade e caráter. Ela me pareceu muito digna e decidida, e acho que pode ser uma boa aliada para você. Mas Omar – e nesse ponto resolveu ser um pouco mais incisivo – tem certeza de que você e o Miguel não se arriscaram demais dando esse passo?
- Não sei, tenho consciência que posso ter dado um passo maior que a perna, mas, sinceramente, não consigo me arrepender. Estar com ele foi um dos momentos mais gratificantes que vivi, Hakim, sempre soube que o amava, mas só imaginei o quanto depois que nos tornamos íntimos. – Não tinha vergonha de falar sobre seus sentimentos por outro homem com seu melhor amigo e braço direito, a ligação entre eles sempre foi muito forte, principalmente depois que o príncipe o ajudou a lidar com a morte da esposa, ainda jovem, em virtude de uma leucemia.
- Não vou dizer que não lhe entendo, quando estamos com a pessoa certa o amor é incrível, ele tem esse dom de fazer com que nos sintamos especiais. – Disse com uma discreta melancolia. – Apesar de tudo, sei o quanto os dois merecem viver isso e farei o possível para ajudá-los. Mas, por favor, tomem cuidado, esse palácio tem olhos e ouvidos, como minha mãe sempre me disse.
- Tomarei, pode ter certeza. – E depois de verificar suas últimas pendências os dois deixaram o gabinete.
Miguel passou o resto do dia trabalhando na tradução, inclusive pediu que o jantar fosse entregue em seu quarto. Já era tarde quando terminou a tarefa e, no momento em que se preparava para tomar banho, ouviu o toque de seu Whatsapp. Ao verificá-lo, viu que era Omar.
- Sim, Omar? – digitou.
- Miguel, estou diante do seu quarto, por favor abra a porta, preferi não bater para não chamar a atenção. – Foi a resposta que leu.
- Omar, você enlouqueceu? Se alguém lhe vir diante da minha porta a essa hora, com certeza vão especular sobre o porquê você está aqui. – Não sabia se ficava exultante ou chocado de ver o quanto seu amante se arriscava.
- Então, me deixe entrar logo. Preciso lhe ver.
Sem mais delongas, o historiador abriu a porta e o príncipe entrou em seu quarto na mesma hora.
- Omar, o que você veio fazer aqui? É arriscado! – Repreendeu-o em voz baixa, enquanto fechava a porta à chave.
- Eu sei, mas já chequei tudo lá fora, não há nenhum guarda nessa ala, todos estão cercando as entradas e saídas. E felizmente, todo mundo já se recolheu. – Disse no mesmo tom – Mas eu não podia deixar que você interpretasse mal o que ocorreu hoje.
- Não precisava se dar a esse trabalho, Omar. – Respondeu o jovem, tentando ser forte. – Sei que a culpa não é sua, e sim que seu pai armou aquela situação para que você se aproximasse daquela moça. Eu é que fui sensível demais, deveria ter me conscientizado que nossa lua-de-mel acabaria tão cedo puséssemos os pés em Johara, não foi o que eu mesmo afirmei? Foi bom enquanto durou.
- Mas quem disse que precisa acabar? – Falou o príncipe com ar misterioso.
- Como assim? – Perguntou Miguel como se fosse o último a saber de algo importante.
- O que eu estou tentando dizer, seu precipitado, é que nós não vamos terminar nosso relacionamento. Aquela moça, que se chama Lâmia, caso você tenha esquecido, me procurou hoje à tarde dizendo que tem tanto interesse em se casar quanto eu, mas que ela precisa dessa oportunidade para sua carreira e podemos nos ajudar enquanto isso. Inclusive, ela percebeu que somos mais ligados do que deixamos transparecer, e disse que nos apoia, assim como Hakim. Não estamos sozinhos nessa, Miguel. – Falou com notória alegria.
- Admito que estou aliviado, mas o que vamos fazer agora? Porque não dá para você vir aqui às escondidas todas as noites, uma hora seríamos descobertos. E tampouco podemos fazer algo assim indefinidamente. – Afirmou com praticidade.
- Tenho algumas ideias, depois discutirei isso com mais calma com eles e com você. Mas primeiro, tem uma coisa que quero lhe proporcionar. – Disse aproximando-se e acariciando seus ombros.
- O quê? – Perguntou o rapaz, com curiosidade, embora tivesse alguma ideia de qual o assunto.
- Fazer amor numa cama pela primeira vez. – Respondeu com um beijo.
- Não vou dizer que discordo da ideia. – Retrucou o parceiro, com um gracejo, enquanto começava a despi-lo.
Depois de várias horas separados e a frustração de suportar uma quase pretendente, o desejo voltou a dominá-los, com Omar desnudando o jovem com idêntica avidez, até que os dois se deitaram na confortável cama de dossel. A excitação era forte, alimentada por beijos, membros que se entrelaçavam e corpos que se rendiam ao peso um do outro, dessa vez no conforto de uma cama e iluminados por luzes potentes. Aquele ambiente mais aconchegante tornou-os mais selvagens, e, deitando-se de costas, o jovem se entregou plenamente às carícias de Omar, que beijou, sugou e mordiscou cada canto que pôde, até elevar as pernas dele sobre seus ombros e penetrá-lo. Um pouco mais seguro do que na véspera, ele se agarrou ao príncipe envolvendo-o com suas pernas, ao mesmo tempo em que agarrava o seu bumbum com mãos fogosas e erguia o rosto para ser beijado, num ritmo lento e carinhoso. Dessa vez, o historiador pôde contemplar o rosto do amante enquanto se movia, e percebeu que ele estava totalmente entregue ao que sentiam, quase como se só eles importassem. Inebriado, correspondeu com a mesma intensidade, até ambos gozarem.
Cansados, os dois se permitiram cochilar um nos braços do outro, embora Omar não tenha dormido mais do que duas horas e, depois de beijá-lo, tenha voltado para seu quarto, não sem antes enviar uma mensagem carinhosa para seu celular, a fim de que a lesse quando despertasse.
Mais uma etapa da história sendo vencida, espero que tenham gostado. Continuem acompanhando e divulgando.
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