Capítulo 5
Do diário de Sarah Jones
24 de junho de 1946
Como poderei descrever o que sinto, diante do turbilhão de emoções e lembranças que me vem à mente? Tanta coisa a registrar, mas sobretudo a entender!
Chegamos aqui há aproximadamente uma semana, depois de uma longa viagem realizada em parte por avião e em parte por navio. Hussein foi nos receber quando chegamos no porto, e nos levou pessoalmente para o palácio. Nosso grupo não é grande (além de mim, papai e John, há representantes do rei, do senhor Churchill e dos partidos trabalhista e conservador, além de professores de Oxford e Cambridge, com suas respectivas esposas), e fomos apresentados por ele à sua mãe, uma senhora séria que se veste de forma tradicional mas sorriu para nós, e seu irmão Hassan, que nos saudou mas não se mostrou interessado em conversar conosco, e nas poucas vezes que nos dirigiu a palavra só falou em turco, sendo traduzido por ele. Ele nos explicou a programação da visita, e depois nos conduziu a nossos quartos.
Nos dias seguintes fomos apresentados às principais atrações de Shankar, como o palácio com seus vários cômodos e alguns tesouros, a biblioteca, que ele começou a estruturar quando assumiu o poder, a casa de banhos, o mercado central, onde pude degustar de algumas iguarias típicas, o principal haras, onde conheci muitos cavalos bonitos e bem-cuidados, uma expedição com guias à floresta, que preserva muito do seu encanto primitivo, mas, principalmente, uma visita às minas de cobre, incluindo as unidades onde ele é moído, triturado e transformado na versão final, apta para ser comercializada. O processo é lento e um tanto primitivo, mas Hussein me disse que estava se correspondendo com cientistas para encontrar formas de torná-lo mais seguro tanto para os visitantes quanto para os trabalhadores, pois como elas são a principal fonte de renda do país, precisa torná-las mais dignas deles.
Gostei muito de tudo o que vi. O clima daqui é um pouco quente, mas muito agradável, e o verde que vejo nas ruas e nas matas não se parece em nada com o ambiente desértico que sempre imaginei em países de população árabe. E embora seja comum ver muitos homens e mulheres vestidos ao estilo tradicional muçulmano, com vestes longas e barba no caso dos homens e vestidos com véu no caso das mulheres, muitas pessoas, por influência da Turquia e até da associação do sultanato com a Inglaterra, usam trajes de corte ocidental, mesmo mulheres. A esse respeito, Hussein nos confidenciou que se há algo que ele aprendeu na Inglaterra é que, se ela quiser sobreviver, uma monarquia deve aprender a dialogar com os novos tempos e ouvir os anseios das pessoas, e por isso ele deixou livre para os súditos usar as roupas que quisessem, desde que respeitando certos limites, pois a pureza não está nelas, mas nos corações. Tendo em vista que vi alguns membros do governo com vestes tradicionais e adereços na cabeça como o turbante e um pano branco cobrindo a cabeça e preso com uma tira, que descobri se chamar guthra, entre eles seu próprio irmão, ele deve enfrentar alguma resistência, mas os shankarenses em geral parecem satisfeitos com a vida que levam, e nunca vi ninguém olhar ou se dirigir a ele sem ser com carinho.
Até que, numa ocasião em que estávamos jantando, ele me fez uma proposta:
- Senhorita Sarah, tendo em vista o fato de que sua família é católica, presumo que gostaria de conhecer um lugar descoberto recentemente: trata-se de uma gruta onde, há muitos séculos, existia uma capela rudimentar. Há uma equipe de arqueólogos trabalhando no local, mas conseguirei que eles tirem um dia de folga para que possa conhecê-la sem nenhum incômodo.
- Sim, majestade, de fato me agradaria muito conhecê-la. Onde ela fica? - A ideia de conhecer um lugar onde cristãos dos primeiros séculos, talvez escondidos para não serem martirizados, praticavam sua fé era estimulante para mim, sei que desde o século passado a veneração da casa onde Nossa Senhora teria vivido em Éfeso, na Turquia, aumentou. Porque eu não acreditaria na existência de um local assim também em Shankar?
- Não muito distante da área das minas, e fique tranquila que eu mesmo a acompanharei. E como sei que temos de respeitar as formalidades, tomei a liberdade de convidar o representante de Oxford e sua esposa para nos acompanharem, além de seu pai e John. Só não convidarei todo o grupo porque o local é pequeno e ainda não tem uma estrutura adequada para visitação.
- Não se preocupe, confiaria minha vida à vossa majestade de olhos fechados. - E disse isso com toda a sinceridade. - E não posso deixar de lhe agradecer por, mesmo sendo muçulmano, se dispor a nos acompanhar nessa visita.
- Jesus também é um dos profetas do Corão, senhorita, e o profeta Maomé dedicou belas palavras à sua mãe. Na verdade, o ícone da Virgem da Ternura, que é centenário, é um dos itens do tesouro nacional, mas assinamos um acordo com a Igreja de Shankar para permitir que ela o use nos dias solenes, sendo-nos devolvido em seguida. Convivi com grandes cristãos durante meus anos em Oxford, e acompanhá-los não será nenhum sacrifício para mim. - E depois do jantar, voltei para meu quarto.
A data marcada para a visita foi hoje, e logo cedo nos reunimos em frente ao palácio e saímos em dois jipes, ambos conduzidos por soldados do exército shankarense, sendo que num deles estavam o professor e sua esposa, além de John, e no outro Hussein, também portando uma veste militar, eu e papai. A viagem foi um pouco demorada, principalmente porque a estrada é acidentada, mas felizmente tínhamos nos preparado, inclusive com uma cesta com vários itens de comida.
Desembarcamos no local que Hussein indicou, uma rocha grande e alta onde havia uma trilha discreta que o escalava, e depois que a percorremos chegamos a uma abertura lateral, diante do fim da trilha, onde uma pessoa podia entrar e, assim que se via lá dentro, deparava-se com uma escada relativamente estreita, escavada na rocha, onde só uma pessoa descia os degraus, até chegar a uma saleta pequena mas ampla, onde se viam assentos também escavados na rocha, diante de uma mesa primitiva formada com pedras, dois buracos nas paredes para colocar velas e, no teto, pinturas um tanto desgastadas, embora bem-definidas, da cruz, de anjos e de uma mulher abraçada com um menino que parecia olhar diretamente para mim.
- Como isso é lindo. - Não resisti a exclamar.
- Aparentemente essa capela ficou oculta durante anos, fechada por uma pedra. Contudo, na década passada essa pedra rolou, talvez por ocasião de um terremoto de pequena intensidade que ocorreu nessa mesma época, e alguns pastores a encontraram. Alguns pesquisadores creem que ela deve ser do início do século VIII, pelo estilo das pinturas. Não sabemos muito sobre os que se reuniam aqui, mas os arqueólogos crêem que eram cristãos que se recusaram a se converter ao Islã quando ele se expandiu, e após resistirem por algum tempo talvez a tenham ocultado após fugirem desta região. Estamos contatando especialistas de universidades europeias para analisá-la, e me empenho pessoalmente a garantir que seja protegida, a senhorita já deve ter percebido que ainda há muitos fanáticos por aqui. - Sentenciou Omar.
Inspirada pelo ambiente, sentei-me num dos bancos de pedra e rezei para que ele conseguisse levar a termo tudo o que quer fazer pelo seu país, e para que tanto eu quanto ele consigamos realizar nossos sonhos. Contudo, logo argumentaram que estava tarde e precisávamos voltar. Assim, o grupo começou a subir os degraus da escada, com papai e John à frente, o professor e sua esposa e, por último, eu e Hussein, sempre com um espaço entre um e outro. Tudo ia bem, até que eu pisei num degrau que tinha um ponto irregular, tropecei e caí para trás mas, para minha sorte, fui amparada por Hussein, que me abraçou junto a si.
- A senhorita está bem? - Perguntou, mantendo minha cabeça em seu peito e checando minha respiração.
- Sim, estou, graças a Deus e a vossa majestade. Sem sua iniciativa, não sei como estaria agora. - Respondi com a cabeça ainda recostada, olhando fixamente para seu rosto. Não entendia como, apesar do susto, ainda conseguia articular tão bem as palavras.
- É necessário tomar cuidado, senhorita, não me perdoaria se lhe acontecesse algo. - Afirmou com um olhar penetrante e uma expressão aparentemente comovida, enquanto me segurava mais forte.
- Já passou, melhor sairmos antes que nos chamem. - Disse, e subi a escadaria, agora com mais convicção. Saímos, nos reunimos com o grupo e voltamos nos jipes para o palácio.
Há várias horas que isso tudo aconteceu, e estou escrevendo exatamente porque não consigo dormir. Não pelo susto, que não foi nada relevante, mas sim porque ele me fez admitir algo que foi crescendo dentro de mim ao longo dos últimos 4 anos, e por mais que eu tentasse sufocar explodiu como uma verdade.
Eu amo o sultão Hussein Al-Rashid, soberano de Shankar.
Um homem belo e sábio, com um coração compassivo e totalmente dedicado ao seu povo. Uma pessoa tão singular que talvez nunca encontre ninguém que se compare a ele. Alguém que, desde o momento em que o vi pela primeira vez, ocupa todas as minhas atenções quando entra numa sala, mesmo que seja através de uma carta. Alguém que vem de um mundo totalmente diferente do meu, que não partilha da mesma crença, mas que, com certeza, marcou minha vida mais que qualquer outro homem que conheci.
A quem eu quero enganar? Se aceitei vir nessa viagem, foi porque eu sabia que as chances de vê-lo de novo no Reino Unido eram escassas, e não desperdiçaria uma oportunidade de fazê-lo. Só não contava que, vendo-o todos os dias, sua presença se tornaria muito mais forte e encantadora, a ponto de muitas vezes quase não prestar atenção no que ele fala de tanto que seu rosto e sua voz parecem me hipnotizar. E quando ele me segurou? Nunca imaginei que o sentimento de ser envolvida pelos seus braços fortes e ser amparada por seu peito firme fosse repercutir em minha alma como se a preenchesse, se dependesse de mim não sairia daquele abraço nunca mais. Mas não poderia alimentar ilusões, e por isso preferi voltar logo à realidade.
Não sei o que será de mim agora. Não sou tola e tive a impressão de que, aparentemente, ele também pareceu perturbado quando me abraçou, mas prefiro não alimentar esperanças. Por mais que ele queira modernizar o país, será que ele é corajoso o bastante para enfrentar os membros do governo e as famílias mais importantes, desposando uma ocidental cristã? Não, não creio nisso, de forma que tentarei viver com serenidade os quatro dias que ainda restam dessa viagem oficial, e quando voltarmos retomarei minha vida. Senhor, se essa história não tiver futuro melhor que ela termine logo, pois sofrerei muito menos se tiver certeza de que estou apenas sonhando em vão.
A visita às minas, em que os convidados foram conduzidos em diversos carros do exército, acabou sendo bem mais interessante do que Miguel esperava, pois, além das minas propriamente ditas, onde o minério de cobre era extraído por uma ação conjunta de explosivos e trabalho manual, com trabalhadores que usavam roupas especiais, e depois de empilhado em carrinhos era despachado para salas onde era separado, moído e triturado, passava por todo um processo onde era depurado em outras salas com o auxílio de produtos químicos em processos lentos e supervisionados por profissionais, até chegar a um estágio apto para ser exportado, à parte os gases e produtos secundários que também eram retirados do minério bruto e tinham outras finalidades. Em seguida, ele e os outros visitantes foram levados a um pequeno museu onde havia fotos e textos explicativos sobre a evolução nas formas de se extrair o minério, fosse em Shankar ou em outros países. Tudo destinado a reforçar a importância desse material, que se na época da Segunda Guerra tinha seu papel nas indústrias e nas linhas de comunicação, hoje também era valorizado na eletrônica e na informática.
Quando terminaram a visita guiada, Omar aproximou-se dele e perguntou:
- Então, Miguel, está satisfeito com a programação de hoje?
- Por incrível que pareça, estou. Sei que o cobre é a principal fonte de renda de vocês, e seus guias conseguiram nos explicar o processo de extração e transformação do minério de uma forma não só acessível como atraente. Depois dessa visita, valorizo muito mais o papel dele na nossa vida diária. - Respondeu com genuíno entusiasmo.
- Fico feliz com isso, mas, como eu lhe disse, nossa programação não se resumirá a isso. Lembra-se de que o diário menciona que a capela subterrânea que minha avó visitou acompanhada do meu avô não é tão distante daqui? Pois bem, se você quiser, posso levá-lo pessoalmente, é só eu pedir ao Exército que separe um carro pra mim.
- Você precisa me perguntar? Óbvio que não abrirei mão de conhecê-la, ainda mais tendo você como guia. Terei de esperar muito? - Não só a descrição que a sultana fizera dessa capela era encantadora, mas o fato de que era um local importante para aquela história de amor e, principalmente, daria a ele a oportunidade de ficar algum tempo a sós com Omar era um atrativo e tanto.
- Não se preocupe, apenas avisarei a Hakim para ele levar o grupo de volta ao palácio e sairemos discretamente. - Disse o príncipe, e saiu para tomar as providências.
Aproximadamente 40 minutos depois, quando principiava a tarde, os dois saíram das dependências da mina, sozinhos, num jipe do Exército, e Omar assegurou a Miguel que não se preocupasse, as coisas estavam tranquilas por lá e não havia necessidade de seguranças. Quando tomaram o caminho para a capela, Miguel percebeu que a estrada estava em melhores condições do que descrita no diário, sinal de que aquele trajeto já era feito com alguma frequência, até que, depois de algum tempo, viram uma grande pedra posicionada no fim da estrada. Desceram, e olhando para cima Miguel notou, sobre a pedra, um caminho mais aplainado para a escalada, com a proteção de um corrimão fixo. Sem dúvida, a capela estava bem mais habilitada para visitação, mas não percebeu ninguém ali.
- Omar, esse lugar parece absolutamente deserto. Como algo desse valor histórico não tem nenhum visitante em pleno horário comercial?
- Relaxe, Miguel. Primeiro, não se esqueça que Shankar é predominantemente um país muçulmano, e ainda não somos um grande nome do turismo. Além disso, embora tenhamos feito intervenções aqui para tornar o acesso mais fácil, ainda falta muito em termos de infra-estrutura, visto que é um local isolado. Por isso, não estimulamos as visitas turísticas aqui. Mas é seguro, pode confiar.
- Se você diz... - Nesse ponto, vendo que o amigo já iniciara a escalada, pegou no corrimão e acompanhou-o.
Após subir a trilha, chegaram na abertura da gruta-capela e Miguel viu que ela correspondia em praticamente tudo à descrição que Sarah fizera, exceto por algumas inovações, como um corrimão que fora acrescentado à escadaria de pedra, algumas lâmpadas que foram instaladas nas paredes para iluminá-la de forma discreta e, além de vidros protegendo as pinturas, algumas placas indicando quem eram as figuras representadas foram afixadas debaixo delas. Pela simplicidade e antiguidade do local, sentiu-se interiormente comovido, lembrando-se não só dos cristãos perseguidos que se reuniam ali mas também que o sultão e a esposa estiveram naquele mesmo lugar tantos anos antes, e a sensação de estar ligado a eles de alguma forma repercutiu em sua alma como um inesperado impacto. Contudo, tentou não demonstrar o que sentia, fez uma rápida prece pedindo por sua proteção e dos que lhe eram caros naquela viagem, parecendo-lhe, quando abriu os olhos, que Omar também orava. Estranhou isso, tendo em vista que ele era muçulmano, mas preferiu não falar nada.
Subiu a escada de pedra sem incidentes, com Omar à sua frente, e iniciou o caminho de volta para o carro. Contudo, quando já se aproximava do fim, acabou se desequilibrando um pouco, e só não caiu porque o príncipe, com os reflexos aguçados de quem cavalgava e jogava golfe, ouviu seu gemido, virou-se e o agarrou, segurando-o de frente como se o abraçasse.
- Uh, que alívio, acho que o estrago seria feio se eu caísse. - Desabafou Miguel, sem vontade de sair dos braços do outro.
- Não se preocupe, você sabe que sempre estará seguro comigo. - Respondeu Omar, com carinho, sem fazer nenhum gesto para soltá-lo.
Num tempo que pareceu transcorrer não em segundos, mas em minutos, os dois se deixaram prender naquele abraço, relaxando suas respirações enquanto uma sensação de paz absoluta percorria seus espíritos e fazia com que tivessem cada vez mais consciência um do outro. Para Miguel, nunca os músculos de Omar foram tão firmes enquanto os sentia sob seus braços, seus traços mais viris e perfeitos ou seu cheiro mais instigante, e, para o príncipe, era uma experiência nova estar tão próximo daquele rapaz que derrubara suas defesas desde criança e agora surgia diante de si como um homem feito e, em parte por sua beleza mas também por sua personalidade inteligente e sensível, quase impossível de se resistir. Sem desviarem seus olhares, se viram tentados a estreitar o aperto, mesmo sabendo que, se encostassem suas virilhas uma na outra, suas excitações se revelariam e trariam consequências imprevisíveis não só para eles mas para os que os cercavam.
Contudo, quando pareciam aproximar suas faces, foram surpreendidos por pingos de chuva e, levantando seus olhos para o céu, viram-no repleto de nuvens escuras, até que um relâmpago os iluminou, seguido de uma trovoada.
- O que é isso? - Perguntou o jovem assustado com aquela sucessão de acontecimentos. Era aproximadamente quatro horas da tarde, mas agora estava escuro como se fosse tarde da noite.
- Pela minha experiência, eu diria que é uma tempestade. Agora eu me lembrei que recebi um informe mais cedo do serviço meteorológico nacional alertando para essa possibilidade mas, como o dia parecia limpo, não a levei em conta.
- E quanto tempo ela vai durar? - A quantidade de pingos crescia a cada segundo, e isso não parecia nada animador.
- Isso é imprevisível, mas, se seguir o habitual daqui, ela provavelmente será intensa e durará horas. - Por mais que a situação não o agradasse, Omar demonstrava calma, avaliando todas as possibilidades, como costumava fazer em situações críticas.
- E o que podemos fazer diante desse quadro? - Questionou Miguel, espelhando-se nele para manter a calma e encontrar uma saída.
- Nessas circunstâncias? O melhor é voltar para o carro e encontrar abrigo. Felizmente, há poucos dias estava vendo o projeto de recuperação de uma mina abandonada aqui perto, e esse projeto faz referência a uma espécie de cabana onde os mineiros descansavam. Aparentemente a estrutura não está muito deteriorada, servirá para passarmos a noite. - Avaliou, enquanto caminhavam para o carro.
- Ótimo. E não teremos de nos preocupar com o que comer, pois, como não sabia a hora em que voltaríamos ao palácio, tomei a liberdade de comprar algumas coisas no restaurante do museu enquanto você deliberava com o Exército. Coloquei-as na minha mochila, creio que nos manterão alimentados e, principalmente, calmos. - Na verdade, a sua expectativa era convencer Omar a fazer um piquenique com ele depois que deixassem a capela, como os que as vezes fazia com ele e os pais nos campos ingleses, mas de todo jeito fora uma ideia providencial.
- Gosto de um homem com iniciativa, aproveite e ligue para Hakim enquanto dirigimos, o sinal de celular é um tanto incerto no local para onde vamos e, com a chuva, creio que ele será quase inexistente. - Entraram no carro já um pouco encharcados e, sem deixar de ter cuidado, desafiaram a chuva em direção à cabana.
Uma série de acontecimentos e, principalmente de sentimentos, está marcando nossos casais, que terão de tomar decisões definitivas em suas vidas. Continuem acompanhando.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top