Capítulo 13
Hussein e Sarah numa viagem de férias.
Do diário de Sarah Jones Al-Rashid
10 de junho de 1956
Hoje é a inauguração da Universidade Nacional de Shankar, e Hussein planejou um conjunto de festividades. Para começar, diante de um palanque onde ele, eu e Harum estivemos junto com outras autoridades e convidados como o reitor de Oxford, houve uma apresentação de uma orquestra e um número de danças folclóricas, para em seguida ele proferir um discurso:
- Povo de Shankar, esta universidade está sendo inaugurada visando atender à tradição árabe de valorizar o conhecimento, e que produziu pérolas como Avicena. Da mesma forma como ele honrou a Alá buscando sempre o conhecimento para atender as necessidades do povo, que este seja o objetivo de todos os que a frequentarem, o de se tornarem profissionais capacitados e abnegados para servirem ao país e ao seu semelhante. E é porque ele entende nosso pensamento que o reitor de Oxford está aqui, para assinar um convênio que possibilitará que nossos professores se aperfeiçoem na Inglaterra, bem como os melhores alunos desta instituição. Que Alá nos abençoe e possibilite que a sua influência seja duradoura e profunda!
Meu marido foi muito aplaudido, e depois disso as portas da instituição, construída em estilo "moçárabe" com o objetivo de mostrar seu apego à tradição e, ao mesmo tempo, abertura a outras culturas, foram abertas. Por ora, ela oferecerá apenas alguns cursos, que serão Direito, Medicina, Arquitetura, Engenharia, Mineralogia e Letras, para os homens, e, também para as mulheres, Magistério e Enfermagem. Confesso que essa separação não me agrada, mas sei que por ora não há como mudar esse cenário, só o fato da instituição permitir que mulheres estudassem mexeu com os brios de não poucos, a saída que Hussein encontrou para que isso acontecesse foi dizer que essa condição foi uma exigência do reitor de Oxford para efetuar o convênio. Passeamos pelas salas decoradas com cores sóbrias, cadeiras e mesas, enquanto eu fazia uma prece no sentido de que os alunos, fossem os ricos, remediados ou os pobres que teriam direito a bolsas de estudo, valorizassem aquela oportunidade e fizessem a diferença na vida do país.
Segurava Harum em meus braços, quando meu cunhado se aproximou.
- Olá, Hassan. – Cumprimentei-o em turco com toda a simpatia possível, mesmo depois de tantos anos ainda não consegui me sentir próxima o suficiente dele, mas não desistiria de tentar.
- Olá, Sarah. Hussein conseguiu mais uma, presumo que você está feliz. – Disse-me com expressão neutra.
- Sim, estou, Hussein é muito dedicado a nosso povo e ao país, você não tem ideia do quanto o estimo por isso.
- De fato. Será que esse rapazinho já sabe qual curso fará aqui? – Disse com um semblante relativamente simpático enquanto tentava conseguir a atenção do meu filho. Por sua vez, este respondeu com sorrisinhos e levantando os braços.
- Ainda é cedo para isso, deixemos que ele seja uma criança ao menos por hora. De qualquer forma, faremos de tudo para que ele estude aqui, a família real precisa dar o exemplo quando se trata de valorizar seu próprio país.
- Um pensamento louvável. A propósito, preciso pedir algo a você. – E nesse ponto sua expressão ficou mais séria.
- Fale. – Respondi com naturalidade.
- Por favor, peça a Hussein que tome mais cuidado com suas próximas atitudes. Ele desagradou a algumas pessoas quando criou cursos para mulheres na Universidade, sei de alguns que já o chamam de "infiel" e falam dele com desprezo.
Por mais que eu soubesse que nem todos gostavam do meu marido, as demonstrações de afeto em torno da nossa família, fossem entre os mais ricos ou as famílias pobres que eventualmente visitávamos, eram tão genuínas que eu quase não pensava em seus adversários. Mas o tom com que meu cunhado falou foi um tanto soturno, e não pude deixar de retrucar.
- Mas como isso é possível, Hassan? Hussein vive para este país, a maior parte dos pensamentos dele são no sentido de nunca deixar nenhum de seus súditos desassistido. Como alguém pode odiá-lo? – Porém, enquanto falava me lembrei que algumas criadas já tinham me alertado de frases soltas nas ruas, e que me pareceu ver uns poucos indivíduos de preto e turbante olhando para nós sem sorrir quando chegamos no prédio. Mas serão eles numerosos o bastante para nos fazer mal?
- É difícil convencer alguém que tem suas próprias verdades, Sarah. Só peça a ele que não dê nenhum passo em falso, o país precisa dele.
- Falarei com ele, eu também preciso do meu marido. Mas isso não quer dizer que ele vá me atender automaticamente, sei que muitos pensam que eu o influencio mas ele nunca fez nada que não quisesse. – Aproveitando a ocasião, quis me defender da acusação mais frequente que meus adversários me fazem.
- Eu sei disso, Sarah, meu irmão sempre foi muito independente e ninguém jamais disse a ele o que tinha de fazer. Mas se há uma opinião que ele sempre respeitou, essa foi a sua. – E saiu.
Horas mais tarde, depois que Hussein jogou uma partida de damas com Harum, abordei o assunto com ele, perguntando se ele estava ciente desses críticos.
- Estou ciente, querida. Mas tenho mantido essas pessoas, que incluem membros do conselho, sob vigilância, e até agora não encontrei ninguém que realmente ofereça perigo para mim ou para nossa família. Não precisa se preocupar.
- Como não me preocupar, Hussein? É a sua vida que está em jogo, não quero dormir pensando que meu marido é odiado por algumas pessoas, sabe-se-lá o que elas estão dispostas a fazer.
- Sarah, não se angustie, está bem? – Falou ele com carinho, segurando meus ombros. Nosso povo nos ama, fica perceptível o quanto eles estão satisfeitos conosco a cada aparição pública nossa, e o Exército é bastante leal a mim. Qualquer pessoa que me atacar sabe que terá de enfrentar a fúria deles, eles não são imprudentes a esse ponto. De resto, confio minha vida nas mãos de Alá, ele me deu você e Harum, e quem pode se queixar quando já teve tanto? E não tenha medo, sei que sempre haverá quem tome conta de vocês, nem que seja meu sogro.
- Mas ninguém toma conta melhor que você, meu amor, pelo menos me prometa que não tomará nenhuma decisão mais delicada sem consultar pessoas de sua confiança, como o Salim, por exemplo. Eu preciso de você e nosso filho precisa de um pai. – Disse tentando demonstrar fortaleza, por mais que estivesse abalada.
- E esteja certa de que eu preciso de vocês. Mas vamos nos concentrar no êxito que foi a inauguração da universidade, eu disse que iria construí-la e consegui. Tenho certeza que ela será muito importante no aumento da grandeza de Shankar.
- Ela será, querido, e quando chegar a hora, Harum será um de seus estudantes. – Meu marido estava tão entusiasmado que preferi focar nesse assunto, por mais que meu coração esteja apertado. Aperto esse que espero ser só uma impressão equivocada em meu espírito.
As semanas se passaram, e algum tempo depois Miguel concluiu a tradução do diário de Sarah Jones Al-Rashid, sultana de Shankar, entregando-a ao amante. Por sua vez, este lhe disse que isso merecia uma comemoração à altura, e pediu que, dali a três noites, se arrumasse que proporcionaria a ele uma experiência inesquecível. Perguntou-lhe como ela seria, e Omar se limitou a dizer que não se preocupasse, que ele cuidaria de tudo.
A equipe voltou para o palácio nacional no dia seguinte, e no início da noite acertada, Miguel abriu mão do jantar, tomou banho e se arrumou, conforme as instruções do príncipe, vestindo uma jaqueta preta, com uma camisa branca por baixo, além de uma calça escura e botas. Em seguida, ficou esperando, até que Hakim e Lâmia bateram à porta de seu quarto, pedindo que os acompanhasse.
Já dentro do carro, o assessor explicou-lhe que eles o levariam ao encontro de Omar, mas que, para ser tudo como o príncipe queria, ele precisaria ser vendado, só tendo seus olhos abertos quando chegassem ao seu destino. A questão é, ele confiava o bastante nos dois para fazer isso?
- Sim, eu confio em vocês, e não me oponho a vivenciar novas experiências. Mas vejam o que vão aprontar, heim? – Disse com ar desconfiado.
- Não se preocupe, tenho certeza que você irá gostar. – Disse a turismóloga.
O historiador deixou-se vendar, e recostado no banco esperou paciente que o carro seguisse rumo ao seu destino. Para sua surpresa, ele venceu o trajeto em muito pouco tempo, e quando os amigos o ajudaram a descer percebeu que pisava num lugar com folhas e que o vento provocava uns sons inusitados. Guiado sempre pelas mãos deles, caminhou mais alguns passos até pisar algo que parecia um tapete, ocasião em que a venda foi tirada de seus olhos e, atordoado, deparou-se com o cenário que menos imaginou:
- Como vocês conseguiram arrumar tudo isso? – Estavam todos dentro de uma tenda de dimensões consideráveis, forrada com um tecido cor de creme, ornamentada com vasos com plantas típicas e tapetes persas, com uma iluminação fornecida por diversos castiçais elétricos. Diante dele, estavam uma mesa decorada com flores e diversos pratos e, num canto, deitado num leito, Omar estava recostado observando-o com ar divertido, vestido com uma guthra azul listrada, amarrada com cordas claras, com um manto lilás sobre os ombros, debaixo do qual notava-se um colete vermelho com detalhes dourados e uma camisa branca sem gola, de mangas longas, além de uma calça de sarja marrom, com um punhal à cinta e botas nos pés, numa decoração e vestuário que remetiam ao famoso filme "O sheik", protagonizado por Rudolph Valentino.
- Não direi que foi fácil, mas quando se é um príncipe pode-se usar mais meios para conseguir o que se quer em menos tempo. Na verdade, eu já vinha planejando isso há algum tempo, e comecei a encomendar a roupa e o material para a tenda assim que fomos para a casa de campo, com cenógrafos e figurinistas que estudaram bastante o filme de Valentino, para serem usados no momento certo. Quando você me entregou a tradução, tudo já estava pronto, e só foi necessário convocar a equipe para montar essa estrutura. – Respondeu o príncipe com satisfação. – Gostou?
- Sim, reconheço que está tudo lindo, e me comove até a alma que você tenha feito tudo isso só para mim. E que seu amor por mim seja tão grande que você se deu ao trabalho de assistir um filme que, apesar de bem-realizado, é um tanto desrespeitoso com sua cultura e com seu povo. – Comentou o jovem, que apesar do entusiasmo com que foi ver o filme anos antes, numa sessão de arte em Londres dedicada ao cinema mudo, ficou um pouco decepcionado que a história retratava os árabes como selvagens e desrespeitosos com a vontade feminina, sem mencionar que a relação entre o protagonista e sua amada Diana, que ele raptou no deserto após vê-la num cassino, tinha um quê de síndrome de Estocolmo.
- De fato reconheço que fiquei desconfortável com a maneira como eles nos retrataram, mas quis lhe fornecer um pouco de romance e fantasia, meu caro, além da experiência de amar no deserto. Nosso país não tem um deserto, mas essa floresta também tem os seus mistérios, podendo ser tão encantadora quanto. Agora, vamos nos sentar e comermos. – E sentou-se à mesa, sendo acompanhado pelo amante.
Aproveitando o ensejo, Hakim e Lâmia se retiraram, deixando-os a sós. Para evitar suspeitas, não foram designados guardas, mas a floresta não tinha animais perigosos ou peçonhentos, e apenas o príncipe e o casal amigo sabiam daquela escapada.
Ao som de um CD que tocava música típica de Shankar, os dois começaram a comer, e, enquanto se servia de uma codorna assada, Miguel perguntou:
- Já mostrou a tradução ao seu pai?
- Ainda não, mas farei isso no decorrer desta semana. Confesso que estou muito ocupado com a procura pela equipe de filmagem e elenco da minissérie, quanto mais rápido organizarmos a equipe mais fácil será arrumar pretextos para você voltar aqui. – Comentou animado.
- Fico feliz que você tenha encontrado esse estratagema, Omar, mas ambos sabemos que isso é só um adiamento. Infelizmente, você ainda tem de casar para ter filhos, seu pai não aceitará nada diferente. E por mais que eu ame você, e vou amar até o fim da minha vida, não aceitarei ser seu amante. – Disse o historiador com uma expressão séria.
- Miguel, eu já lhe disse, não se precipite. Eu estou estudando algumas alternativas, inclusive comecei a pesquisar e verificar o currículo dos meus parentes, pode ser que eu encontre um sucessor capacitado e assim me liberte da obrigação de ter filhos. Sei que nós temos muitas coisas contra nós, mas nunca se esqueça do quanto eu amo você e do quanto você é importante em minha vida. – Disse segurando suas mãos.
- Está certo, Omar. Peço-lhe perdão se exijo muito, mas é porque eu me revolto com a necessidade de ter de voltar para casa depois de tudo o que vivemos nas últimas semanas, e essa dificuldade em vivermos nosso amor abertamente, quando não estamos fazendo nada de errado. Mas tentarei me acalmar. – E esboçou um sorriso.
- Ainda bem, pois eu quero que você desfrute plenamente desta noite, quero que ela seja para você um momento de amor e de encanto. – Algum tempo depois, terminaram de comer, e o príncipe se levantou para trocar o CD do aparelho de som, momento em que soou A Valsa do Imperador, de Strauss. Em seguida, postou-se de frente para o amante e, com uma reverência, estendeu-lhe a mão – Concede-me a honra desta dança?
- Certamente, Vossa Alteza. – E depois dele retribuir a reverência, os dois deram-se os braços e começaram a valsar pela tenda, desfrutando da beleza daquela melodia e da proximidade de seus corpos enquanto olhavam um para o outro com carinho e desejo crescentes. O rosto do jovem reluzia como nunca, e o príncipe ficou feliz de proporcionar-lhe um momento especial como ele próprio. Sabia que muitos dos seus compatriotas ficariam chocados se os vissem, mas o que tinha de mal em dois homens que se amavam há anos poderem expressar seus sentimentos?
Num determinado ponto, inebriado pela valsa, Miguel tocou no rosto de Omar e disse:
- Omar, isso foi lindo. Por favor, nunca me deixe.
- Não lhe deixarei, seria como renunciar a um pedaço de minha alma. – E estreitando-o junto de si, beijou-o.
O beijo pretendia ser uma manifestação de afeto, mas nesse ponto, com a dança estimulando a consciência corporal de ambos, acabou se tornando um catalisador do seu desejo. Passando a mão pela cabeça do príncipe, o jovem desatou a corda que prendia a guthra e soltou-a, percorrendo seu cabelo farto com os dedos enquanto devorava sua boca. Não satisfeito, começou a tocar nos ombros fortes e definidos, deslizando o manto e o colete até que eles caíssem no chão, e em seguida desensacou a camisa da calça, acariciando seu corpo por dentro dela, especialmente os pelos do peito, até que o próprio Omar levantou os braços para que a tirasse. Tomado pela vontade de fazer amor com seu amante, ele arrancou com rapidez as calças, cuecas e botas, resplandecendo em sua nudez à luz dos castiçais, e depois de um momento agarrou o jovem e conduziu-o nos braços até o leito, onde começou a despi-lo ao mesmo tempo em que distribuía beijos sobre sua pele nua.
Quando os dois se viram nus, Omar ficou de joelhos no leito e colocou Miguel ficasse frente a frente com ele.
- Não sei se conseguirei ser suave agora, o meu desejo é muito forte. – Admitiu.
- Não se preocupe, sei que você nunca me faria mal. Se eu terei você, terei você todo, inclusive todo o seu desejo. – E beijou-o novamente, estreitando-o contra si de maneira que seus peitos bem-definidos, onde os batimentos acelerados poderiam ser notados, tocavam-se sem restrições, bem como seus ventres firmes e seus pênis excitados.
Após fazer com que ele se deitasse com a face para baixo, o príncipe começou a acariciar o amante, com pequenos beijos e mordiscadas nas orelhas e no pescoço, enquanto se deitava sobre ele e fazia com que sentisse o seu peso, especialmente seu membro deslizando por sua bunda. Depois, começou a deslizar sua língua pelos ombros largos, a curvatura da espinha, sempre com vigor, possivelmente a pele clara teria marcas no dia seguinte. A sensação daquele cavanhaque em sua pele deixou Miguel em brasa, respondendo apenas com pequenos gemidos, mas quando chegou ao seu bumbum, abriu-o e começou a distribuir chupões e mordidas suaves pela saliência arredondada e musculosa, fazendo com que sua respiração ficasse entrecortada. Mas só depois de lamber e chupar bastante a abertura anal, lubrificando-a, foi que o penetrou.
Depois de todo o sexo que fizeram por várias semanas, o historiador já estava habituado ao tamanho e à grossura de Omar, e não sentia mais desconforto quando era penetrado. Assim, deixou-se levar, seguindo seu ritmo com ânsia e, sempre que podia, elevando seu corpo para encostá-lo no dele, sentindo seus pêlos deslizando por suas costas, a força dos dedos dele em seus quadris e a carícia do cavanhaque na sua nuca, eventualmente seguido de sua boca puxada para novos beijos. Até que, sentindo o orgasmo se aproximar, o príncipe pressionou-o na cama cobrindo as coxas dele com suas próprias coxas, pesadas e musculosas, arremetendo num ritmo constante enquanto acariciava o peito do amante com uma mão e o masturbava com a outra. Segurou-se até sentir Miguel gozando, e a contração do ânus dele liberou e intensificou seu prazer.
Exausto, Miguel recostou-se no peito de Omar e lambeu por alguns instantes o suor que escorria do seu pescoço e dos seus pêlos, até que os dois adormeceram, sem necessidade de falar mais nada.
Por volta das três da madrugada, Miguel acordou com a bexiga cheia, e, vendo que não havia nenhum vaso sanitário na tenda, decidiu sair para se aliviar. Assim, levantou-se com cuidado para não acordar Omar, vestiu toda a sua roupa para se sentir protegido, inclusive as botas, e saiu da tenda. Olhando com cuidado, escolheu um canto para urinar e, depois de aliviado, contemplou a floresta, iluminada naquele momento pela luz da lua. Aquele conjunto de árvores de diferentes tamanhos era tão lindo, esperava que os shankarenses preservassem o que tinham. Sim, estava sendo sentimental, mas enfim, sempre teve orgulho de sê-lo.
Até que, para sua surpresa, foi agarrado por trás na altura da boca, por alguém muito forte que segurava uma espécie de mordaça, e por mais que tentasse gritar e morder o braço que o retinha, este parecia impassível. Tentou também dar socos e chutes, mas na mesma hora seus braços e pernas foram segurados, e conseguiu ouvir alguém dizer rapidamente em turco:
- Não o machuque. É só para ele não se esquecer.
E depois de sentir uma picada de agulha em seu braço, perdeu os sentidos.
Uma noite de amor seguida de um momento tenso. Quem fez isso contra Miguel, e o que virá a seguir?
Pessoal, peço perdão pela demora em atualizar, mas agora a história se aproxima de seu final. Continuem acompanhando, os próximos capítulos serão repletos de emoções fortes!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top