35
Ainda chocado com a informação que acabara de ouvir, Felix só saiu de seu transe quando sentiu-se ser puxado pelo braço. Em menos de um minuto, ele e Hyunjin já estavam em cima do palco, sendo aplaudidos.
O moreno sorriu largamente, acenando para as pessoas como se fosse um político aclamado em cima do palanque. Ele estava prestes a ganhar sua coroa juntamente ao seu namorado, tinha que causar uma boa impressão.
Enquanto Hyunjin se preocupava em agradar o público como de fato um político, Felix lançava olhares confusos e repreendedores para Minho que sorria quadrado um pouco mais afastado que os demais. Ao seu lado, Jisung fazia movimentos com as mãos, indicando para o ruivo se animar com a vitória, mas ele só conseguia pensar na forma em que mataria os dois.
— O que vocês aprontaram?! — sussurrou, se controlando para não voar nos amigos.
O loirinho continuou sorrindo, encarando o amigo enfurecido.
— Realizamos o seu sonho! — devolveu em outro sussurro.
— Que sonho?
— O que criamos para você!
Antes que ele pudesse rebater em outro sussurro, levou as mãos às orelhas assim que um som ensurdecedor tomou seus ouvidos. O garoto que havia o anunciando como rei do baile iria falar mais alguma coisa e o microfone causou um barulho irritante.
Felix então desviou os olhos para o namorado, que ainda cumprimentava as pessoas. Ao perceber que estava sendo observado, Hyunjin olhou para o ruivinho, sorridente. Ele seguiu até o namorado e o abraçou, beijando seus lábios rapidamente.
— Você sabia disso, não sabia? — perguntou para ele.
— Claro que sabia. — respondeu, mordendo a pontinha da língua para conter um risinho.
O ruivo se apressou para respondê-lo, mas novamente fora interrompido.
— Peço a atenção de todos! — o garoto com o microfone falou, atraindo a atenção desejada. — Os nossos reis do baile já estão presentes aqui, e eles gostariam de dizer algo em agradecimento por terem sidos escolhidos para exercerem um cargo tão aclamado.
Ao calar-se, ele foi coberto por palmas e gritinhos animados.
Felix arregalou os olhos.
— Falar? — sussurrou para o namorado, o olhando desentendido. — Eu não sei o que falar, Hyunjin! Não preparei nada, nem sabia que seria rei!
Hyunjin sorriu do desespero do namorado.
— Relaxa, bebê. Apenas aja naturalmente.
— Como irei reagir naturalmente em meio a isso, Hwang Hyunjin?! — rebateu, ainda de forma sussurrada.
Hyunjin sorriu novamente, negando veemente.
— Lamento interromper a linda interação, mas os súditos querem ouvir os discursos dos nossos reis! — o garoto anunciante falou.
O moreno olhou uma última vez para o namorado.
— Eu falo primeiro e depois você fala, tá bom? — balbuciou, se afastando dele.
— Hyunjin, não! — se desesperou ao vê-lo se afastar. — Como assim você fala primeiro? Você nem queria estar aqui!
— Mudei de ideia. — piscou um dos olhos para ele e seguiu até o cara do microfone.
Ao parar do lado do carinha, Hwang arrancou o microfone de suas mãos e se aqueceu para começar a discursar. Ele não era bom com discursos, falaria o que iria vindo em sua cabeça, apenas para se divertir.
— Boa noite a todos! — disse, sua voz ecoando pelo ginásio. — Primeiramente, quero agradecer a todos por estarem aqui e por nos escolherem como reis do baile. É uma honra enorme para mim e para o Felix. — sorriu, procurando o namorado com os olhos. — Esse sempre foi nosso maior sonho, não é, amor? — fez uma pausa, olhando para o namorado, que ainda parecia nervoso. Sorriu para ele.
Ele não obteve respostas.
Era nítido que Felix não queria estar ali, e depois daquela vergonha que estava passando, obviamente Hwang Hyunjin, Lee Know e Han Jisung estariam mortos.
— Eu sei que muitos de vocês devem estar se perguntando como isso aconteceu, e a verdade é que nem nós sabemos direito — continuou. Na verdade, ele sabia sim. — Meu garoto está um pouco nervoso, esta é uma honra e tanto para ele.
Hyunjin olhou novamente para Felix, que agora parecia um pouco mais relaxado. Ele sorriu para o moreno, achando graça de como ele falava. Até mesmo parecia algum aristocrata de importância da alta sociedade do século XX.
— Amor, vem cá — chamou, estendendo a mão para ele. — Vamos falar juntos.
O ruivinho hesitou por um momento, mas então caminhou até o namorado e pegou sua mão. O moreno passou o microfone para ele, encorajando-o com um sorriso.
— Eu... eu não sei muito bem o que dizer — começou, a voz um pouco trêmula. — Mas quero agradecer a todos vocês.
Ele olhou para Hyunjin, que assentiu, incentivando-o a continuar.
— Bem, acho que é isso. — se embolou, apertando a mão do namorado. — Apesar disso ter sido uma armação dos meus amigos em complô com este idiota, estou grato.
Hyunjin sorriu pelo xingamento e tomou o microfone do ruivinho, beijando os lábios dele. As línguas se moviam em movimentos sincronizados, em nenhum momento perdendo o ritmo. As mãos gordinhas do ruivo apertaram os ombros do moreno, assustado pelo beijo inesperado. Seu corpo estava curvado para trás e Hyunjin tomava seus lábios por cima.
A plateia aplaudiu euforicamente, encantada com o gesto do casal. Ao finalizar o beijo, ambos sorriam feito bobos.
— Desculpe, pessoal, mas eu não podia perder a oportunidade — Hyunjin falou, piscando para o namorado que corou levemente.
Ele então voltou a falar com a multidão:
— Como eu estava dizendo, é uma honra estar aqui com todos vocês. E, mais importante, é uma honra estar aqui com o meu Felix. Ele é a pessoa mais incrível que eu já conheci, e eu sou muito grato por tê-lo ao meu lado. — aquilo não era mais brincadeira e sim a pura verdade.
Hwang sorriu e passou o microfone de volta para o anunciante.
— Então, que venham as coroas! — gritou euforicamente.
Com isso, Jisung surgiu da escuridão do palco, trazendo consigo duas coroas. Hyunjin franziu o cenho.
— Coroa do Burger King, Minhi? — fuzilou o loiro com os olhos. — Você só pode estar brincando comigo.
Minho deu de ombros, ignorando o olhar monstruoso que recebeu.
— O orçamento estava baixo, se não quer não usa. — ditou simplório.
O moreno revirou os olhos.
— E onde estão os hambúrgueres e batatas?— perguntou, um pouco mais interessado.
Know sorriu amarelo.
— Eu e o Jisung comemos.
— Fala sério!
Felix levou a mão até a boca, sorrindo baixinho daquela interação. Jisung parou em sua frente.
— Aqui estão suas coroas, meus reis. — falou sorridente.
O garoto do clube de natação que anunciou o concurso sorriu.
— Agora como em um casamento, podem trocar as coroas e colocar uma na cabeça um do outro.
Hyunjin suspirou com a coroa que teria que usar, mas não pôde evitar um sorriso ao ver a expressão satisfeita do namorado. Ele então mudou sua opinião em relação às coroas e caminhou até Jisung, pegando a coroa de papel. Virando-se na direção do namorado, a colocou cuidadosamente na cabeça adornada de fios ruivos.
— Agora você é oficialmente o rei do Burger King, gatinho. — brincou, piscando para ele.
Felix riu e fez o mesmo com ele, ajustando a sua coroa de forma exagerada.
— E você, meu amor, é o rei dos hambúrgueres desaparecidos — respondeu, arrancando risadas dos amigos.
Como uma alma espalmada do além, Jeongin surgiu segurando outra coroa nas mãos, a qual entregou para Chan que estava um pouco mais afastado. O moreno não entendeu o porquê recebeu o objeto, mas quando Yang apontou para Minho ao seu lado, ele entendeu.
Então, sorrindo, Bang se aproximou do namorado e colocou a coroa delicadamente em sua cabeça. O garoto o olhou desentendido.
— E essa para nosso príncipe encantado — murmurou, com um sorriso caloroso.
O loirinho corou levemente, mas sorriu de volta, beijando o namorado.
— Obrigado, Channie. — sussurrou, o beijando uma segunda vez.
Após as trocas de coroas, a multidão aplaudiu animada.
— E com vocês, os nossos Reis do baile da Hyunmin High 2024! — Minho gritou, sendo acompanhado pelas pessoas eufóricas.
O garoto do clube de natação, ainda segurando o microfone, anunciou com entusiasmo:
— E agora, senhoras e senhores, vamos celebrar com uma dança real! Todos para a pista!
A música começou a tocar e todos se dirigiram para o centro do ginásio, prontos para se divertir e aproveitar aquele momento único.
Hwang agarrou o namorado e desceu do palco, o levando para dançar junto aos outros.
— Que tal uma valsa para comemorarmos nosso reinado? — brincou, arrancou uma risada gostosa do ruivinho.
— Sou péssimo. Nunca aprendi valsa.
— Eu te ajudo.
Felix o olhou com um olhar brincalhão.
— Você sabe dançar valsa?
Hwang confirmou.
— Claro que sei. O Jungmin me obrigou a dançar com ele para treinar para a formatura que ele ainda nem teve. O Junghee negou antes mesmo do Minmin abrir a boca, então sobrou para mim.
Felix sorriu, imaginando a cena.
Hyunjin o segurou pela cintura e começou a guiá-lo pela pista de dança, seus passos leves e graciosos.
— Não é tão difícil assim — balbuciou, sorrindo enquanto o ruivo tentava acompanhar seus movimentos.
— Você faz parecer fácil — falou, rindo enquanto tropeçava levemente.
— Só relaxe e siga meus passos — murmurou, apertando a mão gordinha com mais firmeza.
Aos poucos, felix começou a se soltar, seus movimentos se tornando mais fluidos. Eles giravam pela pista, rindo e se divertindo, suas coroas de papel balançando com cada movimento. Os outros casais ao redor faziam o mesmo.
Jisung e Changbin, observando a cena, se aproximaram e começaram a dançar também.
— Todos estão se divertindo — comentou Jisung, sorrindo para Changbin. — Isso é bom.
— Sim, é uma noite para lembrar — concordou o mais velho, olhando para o namorado com carinho.
Hyunjin girou Felix, segurando em sua cintura com delicadeza. Ele então inclinou o namorado para o chão e o beijou, arrancando um suspiro surpreso dele.
O ruivinho sentiu seu coração acelerar com o beijo inesperado, mas logo se entregou ao momento, fechando os olhos e aproveitando a sensação. Quando Hyunjin o trouxe de volta à posição ereta, ambos estavam sorrindo, os rostos corados de felicidade.
— Você realmente sabe como me surpreender, Hwang Hyunjin — confessou, ainda um pouco sem fôlego.
— É o meu charme secreto. — sussurrou, acariciando o rosto bonito com ternura.
Ao redor deles, os amigos aplaudiram e assobiaram, celebrando o momento romântico. Minho e Jisung se aproximaram, com o loiro dando um leve tapa no ombro de Hyunjin.
— Isso foi digno de um verdadeiro rei — brincou, piscando para o ruivo.
Jisung fingiu enxugar uma lágrima de emoção.
— Vocês dois são realmente adoráveis — comentou, sorrindo.
A música mudou para um ritmo mais animado, e todos começaram a dançar novamente, deixando-se levar pela alegria da noite.
— Vamos aproveitar cada segundo — o moreno sussurrou no ouvido de Felix, que apenas assentiu, sentindo-se mais feliz do que nunca.
A pista de dança estava cheia, com todos se movendo ao ritmo da música animada. O casal continuou dançando juntos, seus sorrisos refletindo a felicidade do momento.
— Você está se divertindo? — hwang perguntou, olhando nos olhos de Felix.
— Muito! — respondeu, rindo. — Não me lembro da última vez que me diverti tanto.
Como não havia ido muito longe, Minho e Jisung se juntaram a eles, formando um pequeno círculo de amigos. Eles sequer sabiam onde os namorados andavam, mas provavelmente estavam enchendo a cara.
Minho com sua áurea de brincalhão, começou a fazer passos de dança exagerados, arrancando risadas dos amigos.
— Vamos, pessoal, mostrem seus melhores movimentos! — falou, girando dramaticamente.
Jisung tentou acompanhar, mas acabou tropeçando e quase caindo, sendo segurado por seu namorado que havia acabado de chegar, bem a tempo.
— Ei, lindo, toma cuidado. — falou próximo ao ouvido dele, o fazendo arrepiar.
Mantendo a postura, Jisung sorriu sem graça.
— Acho que vou deixar os movimentos dramáticos para você, Lino.
O loiro assentiu, continuando a se mexer.
A música mudou novamente, desta vez para uma balada lenta. Hyunjin puxou Felix para mais perto, envolvendo-o em um abraço apertado enquanto dançavam lentamente.
— Obrigado por ter vindo, Hyun. — o ruivinho sussurrou.
— Sempre estarei contigo, bebê. — respondeu, beijando o topo de sua cabeça.
Felix sorriu, descansando a cabeça no ombro do namorado.
Enquanto a noite avançava, o grupo de amigos continuou a dançar animados, criando memórias que durariam para sempre. Chan e Jeongin haviam se juntado a eles depois de muita insistência do moreno, dado que o mentolado não queria levantar a bunda da cadeira.
A música lenta continuava a tocar, criando uma ótima atmosfera. Hyunjin e Felix se moviam em perfeita harmonia, aproveitando cada segundo juntos. Ao redor deles, os amigos também estavam imersos no momento, compartilhando risos e conversas.
Sem que eles percebessem, Minho se soltou da mão de Jeongin e correu para outra direção. Ele subiu no palco novamente, pediu para abaixar a música e pegou o microfone.
— Atenção, pessoal! — chamou, atraindo a atenção de todos. — Quero dedicar essa próxima música aos nossos reis da noite, Felix e Hyunjin! — sorriu para os amigos. — A nossa querida Cenourinha e o nosso amado e detestável Coelhinho! Uma salva de palmas!
A multidão aplaudiu e assobiou enquanto Minho escolhia uma música romântica. Quando a melodia começou, ele desceu do palco e se juntou aos demais.
— Vamos fazer dessa dança algo ainda mais especial — disse, puxando Jisung para dançar ao seu lado.
Changbin queria reclamar por ter seu namorado tirado de si, mas deixou que ele se divertisse com os amigos.
Hyunjin sorriu para felix e o puxou para mais perto, seus movimentos suaves. Eles dançaram juntos, perdidos um no outro, enquanto a música preenchia o ar com uma sensação de amor.
— Eu te amo — sussurrou, olhando profundamente nos olhos do namorado.
— Eu também te amo, querido. — sorriu, sentindo seu coração transbordar de emoção.
A noite continuou com mais danças, risos e momentos inesquecíveis. A musculação continuava a todo vapor e a festa não tinha hora pra acabar. Hyunjin sequer lembrava da última vez que se divertiu tanto em uma festa. A presença do ruivinho o deixava mais confortável com o ambiente.
Depois de muitas músicas dançadas, eles finalmente se cansaram e decidiram parar um pouco. Agora estavam em um lugar mais afastado das pessoas, onde a luz mal chegava. Felix estava sentado no colo do moreno, com a cabeça pendida em direção ao pescoço dele. Seus olhos estavam fechados, apreciando o carinho gostoso que recebia no cabelo.
Hyunjin sentia uma onda de tranquilidade o atingir sempre que tinha Felix tão perto, o calor do corpo do namorado trazendo uma sensação de paz. Ele continuou a acariciar os cabelos macios dele, aproveitando o momento de intimidade longe da agitação da festa.
— Está confortável? — sussurrou, sua voz suave no ouvido do ruivinho.
— Muito — murmurou, sem abrir os olhos. — Eu poderia ficar assim para sempre.
O moreno sorriu e beijou suavemente a testa suada dele.
— Eu também. — falou de forma arrastada, cheio de preguiça. — Você me faz sentir tão bem, Felix. Como nunca me senti antes de você.
O ruivinho abriu os olhos lentamente e olhou para o tatuado, seus olhos brilhando com carinho.
— Você também me faz sentir assim, Hyunjin. Obrigado por essa noite incrível.
— A noite ainda não acabou — respondeu Hyunjin, com um sorriso travesso. — Ainda precisamos de mais contato, se é que me entende. Nós temos todo o tempo do mundo.
Felix riu baixinho.
— Besta.
Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas aproveitando a companhia um do outro. A música da festa ainda podia ser ouvida ao longe, mas ali, naquele cantinho escuro, parecia que o mundo era só deles.
— Sabe, eu nunca pensei que uma coroa do Burger King pudesse significar tanto — felix finalmente falou, quebrando o silêncio e rindo baixinho.
Hyunjin concordou.
— É, acho que Minho estava certo sobre uma coisa — respondeu. — Não importa o que seja, desde que estejamos juntos, tudo se torna especial.
Felix assentiu, sentindo-se mais feliz do que nunca. Ele se aconchegou ainda mais no colo do moreno, fechando os olhos novamente.
— Vamos ficar aqui mais um pouco? — pediu, sua voz manhosa e sonolenta.
— Claro, meu amor. Vamos ficar aqui o tempo que você quiser — balbuciou, segurando-o com mais firmeza e sentindo-se completamente em paz.
Depois de alguns minutos naquela posição, felix virou o rosto para selar seus lábios com os do moreno rapidamente. Ao se separar dele, sorriu.
Hyunjin inclinou-se lentamente, seus olhos fixos nos do ruivo, que retribuía o olhar com a mesma intensidade. Ele novamente grudou as bocas.
O beijo começou suave e terno, mas logo se aprofundou, carregado de emoção e carinho. Felix segurou o rosto de Hyunjin com as mãos, sentindo a textura da pele sob seus dedos, enquanto o moreno envolvia a cintura pequena do ruivo, puxando-o ainda mais para perto.
Então o contato se intensificou e felix começou a dar sutis reboladinhas no colo do namorado, sentindo ele apertar sua cintura com mais força e endurecer sobre o tecido fino da calça. O beijo foi quebrado com uma mordidinha no lábio inferior do ruivo.
— Ta afim de fazer uma coisa louca? — o tatuado rebelde perguntou, ainda com o lábio do menor entre os dentes.
— Que coisa louca?
Hyunjin sorriu ladino, acariciando a coxa grossa.
— Foder no vestiário. — sussurrou no pé do ouvido dele, lambendo o lóbulo. — Topa?
O ruivinho gargalhou, envolvendo o pescoço do namorado com ambas as mãos.
— Foder no vestiário, amor? — repetiu, fingindo incredulidade.
— É. — ditou simplório.
— Não acha melhor no nosso dormitório? — sugeriu, beijando os lábios finos rapidamente. — É mais confortável e não corre o risco de ser pegos.
Hwang torceu o lábio, negando.
— Aí não seria uma coisa louca. — murmurou, apertando levemente a coxa coberta. — Não tá afim de trepar em pé? Nunca testamos essa posição.
O ruivinho o encarou, depois deu uma leve olhada ao redor, vendo as pessoas dançando animadas, e então encarou o namorado outra vez.
— E se alguém suspeitar? — perguntou, sentindo um leve medo.
— Não vão. Estão tão distraídos com a música que não irão notar. — argumentou, tentando convencê-lo.
Novamente felix olhou para o ginásio.
Os estudantes dançavam uma música eletrônica, perdidos na batida e no ritmo. Outros bebiam e comiam alguma coisa, sendo iluminados pelas luzes neons. Assim como eles estavam a minutos atrás, também havia pessoas se pegando pelos cantos, quase se engolindo. Ele então se ajeitou no colo do moreno e voltou a encará-lo.
— Como entraremos lá? — perguntou, o esboço de um sorriso surgindo em seus lábios.
Hyunjin sorriu safado.
— Esqueceu que seu namorado é capitão do time de basquete? — firmou as mãos na cintura dele, o ajudando a ficar de pé. — Eu tenho a chave.
Então, ele meteu a mão no bolso e tirou de lá um molho de chave. O balançou nos olhos do ruivinho que o olhou incrédulo.
— Você já havia planejado tudo, não tinha?
— Claro, meu amor.
Sorrindo, hwang agarrou a mão gordinha e arrastou o ruivo dali, os levando até o vestiário.
...
Os beijos eram afoitos e brutos, um tomando a respiração do outro. Ainda às cegas, o casal adentrou o vestiário com os lábios colados. Hyunjin conseguiu fechar a porta, mas em nenhum momento prestou atenção no que estava fazendo.
Sem desgrudar as bocas, ambos seguiram para mais a fundo do lugar, com o moreno guiando os dois. Assim que chegaram ao local onde havia os armários dos jogadores e alguns bancos para descanso, Hyunjin parou, aprofundando o beijo. Felix rodeou seu pescoço com ambos os braços, abrindo a boca para que a língua adornada por um piercing a invadisse.
O tatuado quebrou o beijo e apertou ainda mais os quadris firmes, virando o corpo do namorado e grudando o peitoral malhado nas costas dele. Com brutalidade, hwang jogou o ruivo contra os armários, colando os corpos com certa pressa. As suas mãos logo foram para a cintura do namorado, apertando a pele com uma força que marcaria.
Assim que saiu do baile de formatura, hwang sentiu-se inexplicavelmente quente. O ar fresco da noite parecia não ser suficiente para aliviar a sensação de calor intenso que tomava conta de seu corpo. Sua pele ardia como se estivesse em brasa, e ele começou a suar profundamente, sentindo o calor se apoderar de sua nuca, pescoço e pênis.
Ainda colado ao namorado de forma que ele não poderia escapar mesmo que tentasse, Hyunjin arrancou o paletó de seu corpo com fúria, jogando-o de lado, mas o calor persistia. Sem pensar duas vezes, puxou a camiseta pela cabeça, sentindo um alívio momentâneo ao expor a pele ao ar noturno. Era como se estivesse tentando escapar de uma combustão interna, cada movimento carregado de urgência e desespero.
Ele respirou fundo, tentando se acalmar, enquanto o vento da noite adentrava pelas janelas do vestiário e finalmente começava a refrescar sua pele. A sensação de queimação diminuía lentamente, deixando-o ofegante e um pouco aliviado. A calça de alfaiataria ainda prendia suas pernas, quase como se estivesse o sufocando.
Felix soltou um gemidinho contido quando sentiu o quadril do moreno se empurrar ainda mais contra sua pele, quase como se pudessem se fundir e se tornar um só. Hyunjin continuava ofegante, movimentando os quadris em movimentos circulares e arrastando a pélvis inchada nas nádegas arrebitadas.
As mãos tatuadas foram ligeiras em remover o botão da casa da própria calça, os dedos tremendo no processo. A fivela do cinto também não se manteve em seu lugar por muito tempo, logo o ferrinho que a segurava no mesmo já havia sido quebrada. Com precisão, hwang agarrou o cinto com uma só mão e o arrancou dos passadores em um único movimento, jogando-o no chão.
O ruivinho murmurou coisas inaudíveis, sobre querer se livrar de suas peças e não conseguir. Ele aparentava estar sofrendo com o mesmo calor que o moreno, tão quente que o impedia de respirar. Acontece que ali eram apenas dois jovens repletos de hormônios após ficarem longe um do outro por algum tempo. Os lábios finos foram até o pescoço branquinho, ainda podendo sentir o gosto da maquiagem. Se felix ousou cobrir suas marcas, então ele faria novas, as quais nem mesmo a base de mais alta cobertura cobriria.
Hyunjin, ainda ofegante, percebeu que o ruivinho também estava sofrendo com o calor descomunal, consequência dos hormônios aflorados. Felix tentava, em vão, tirar suas roupas, mas parecia estar preso nelas. O fato de estar sendo imobilizado pelos armários e pelo corpo forte e robusto do namorado, só dificultava a execução da tarefa.
Sem hesitar, o moreno começou a ajudá-lo. Primeiro, puxou o paletó que parecia engolir o ruivo. Ele também lançou a peça para uma direção qualquer, que caiu no chão com um baque surdo. Em seguida, agarrou a camiseta do namorado e a puxou pela cabeça, revelando a pele suada e leitosa. Por mais que não fosse ruivo por natureza, felix era agraciado por lindas sardinhas que beijavam seu corpo inteiro, e as costas era repleta delas.
Por fim, para aliviar a sensação de combustão, Hyunjin segurou a gravata rosa bebê que Felix usava e, com um puxão firme, a soltou, permitindo que o ar finalmente alcançasse o pescoço dele e circulasse por seus pulmões. Ambos respiraram aliviados, sentindo o vento fresco aliviar a sensação de queimação.
Afetado pelo momento, o ruivinho abriu a boca e por elas sons ruidosos saíram. Ele deixou que seus gemidos saíssem livres, ecoando no vestiário vazio. O som batia contra os metais dos armários e voltavam para eles, caindo em seus ouvidos. Hwang continuava a beijar seu pescoço, chupando para que novas marcas surgissem.
Felix levou as mãos para trás, passando os braços por dentro dos do moreno que ainda o prendiam no lugar, e agarrando as nádegas dele como pode. Sua garganta já queimava pelos sons incessantes e a boca estava aguando, implorando para que algo a preenchesse.
— A-amor... — ele finalmente conseguiu dizer, apertando a carne do namorado. — Eu quero te chupar.
Hyunjin soltou uma risadinha rouca e anasalada por dentro do nariz, mordendo o colo lotado de chupões e mordidas, antes de enfim, tirar a boca de lá.
— Você quer mesmo? — perguntou, analisando a obra de arte que havia feito por longos minutos.
Felix ofegou com o carinho que recebia na cintura, e assentiu, desesperado.
— Quero.
Em um movimento rápido, hwang girou os corpos, ficando agora com as costas grudadas aos armários e o ruivo à sua frente. Ele pressionou ambos os ombros dele, fazendo pressão para baixo para que ele entendesse.
Felix então ficou de joelhos, os olhos grudados no namorado.
Com o trabalho de retirar o cinto e o botão da calça já adiantados, o ruivinho somente enfiou a mão por dentro das peças, procurando pelo o que queria. Quando o encontrou, abriu um sorrisinho quase inocente e puxou o membro completamente ereto para fora da cueca. Umedeceu os lábios, desviando o olhar para o que de fato queria.
Logo preencheu a boca com o pau duro, sentindo a textura das veias saltadas na língua.
O sabor grotesco do pré-sêmen invadiu sua boca e aquele odor animalesco masculino se apossou de suas narinas dilatadas. A carne quente e macia do membro do namorado era como um prato suculento para o ruivo. Ele colocou tudo na boca e desceu até o final, subindo e fazendo um estalo ao tirá-lo da boca. Ambos ainda estavam ligados por um fio de saliva.
Com uma mão ele passou a punhetá-lo e com os dedos da outra estimulava a glande. Logo voltou a usar a língua, indo de cima a baixo. O músculo molhado brincava com o prepúcio, depois lambia a coroa para passar a pontinha na uretra, lançando ondas de prazer ao moreno. Depois de alguns segundos assim, felix se afastou, ainda de joelhos
Hyunjin franziu o cenho, abrindo os olhos que sequer notou ter fechado, observando o que o namorado estava aprontando. Ainda ajoelhado, felix procurava por algo nos bolsos da calça e quando achou, sorriu maroto. Então, balançou o objeto em frente aos olhos do moreno, o gloss de melancia que sempre estava com ele.
— O seu preferido. — sorriu, abrindo a embalagem.
Hwang engoliu em seco.
— Gatinho... — murmurou, fechando as mãos em punhos.
Sem tirar o sorrisinho nos lábios, o ruivo passou o gloss brilhante por eles, olhando nos olhos do mais velho. Ele se demorou naquela tarefa por tempo suficiente para deixar Hyunjin ainda mais excitado, tão necessitado a ponto de implorar por ele.
Quando achou que já estava bom, rosqueou a tampa na embalagem e jogou o produto para longe, se concentrando unicamente no monumento à sua frente. Sua boca voltou a trabalhar em um ritmo frenético, rápido e bem feito. Hyunjin praticamente uivava de tesão, mostrando ao namorado o quanto ele estava gostando.
Felix mamava com fome, colocando tudo na boca. Seu nariz tocava a pélvis dele, seus olhos lacrimejavam e a garganta estava dolorida, mas ele amava tudo aquilo. Sentir a grossura e tamanho do namorado na boca era inigualável, o cheiro forte que tinha e o sabor agridoce o deixavam maluco, pronto para mais.
Ele retirou o membro da boca e sugou as bolas pesadas, mordendo levemente o saco para causar uma dorzinha misturada ao prazer. Hwang novamente fechou os olhos e não se conteve mais. Ele agarrou os cabelos do namorado com uma mão e a outra arranhava as costas dele com as unhas curtas, o incentivando a continuar.
A garganta maltratada do ruivo se fechou e sem ar, ele levou ambas as mãos até os quadris do moreno e apertou com força, continuando a chupa-lo. Ele então segurou na barra da calça e a puxou para baixo, deixando-a no meio das coxas malhadas. Fez o mesmo com a cueca.
Quando sentiu a boca cansada, parou com os movimentos e piscou os olhos para o moreno, querendo que ele assumisse. Hwang entendeu perfeitamente. Ele segurou a cabeça do ruivinho com as duas mãos, mantendo-a no lugar. Começou a estocar lentamente, mas indo fundo. Os barulhos da glande inchada batendo na garganta pequena tomou o vestiário e, se houvesse alguém ali, certamente ouvira.
A música estava alta o suficiente para que ninguém suspeitasse do que estava acontecendo ali dentro, mas ainda assim, ainda havia muitas pessoas a poucos metros dali, e aquilo apenas aumentava mais o gás do casal desesperado por contato. O fato de poderem ser pagos a qualquer momento só aumentava as libidos.
Felix então voltou a assumir o comando, levando o namorado fundo. Ele já sentia que o moreno estava cada vez mais próximo de atingir seu limite, as coxas e abdômen contraídos o denunciavam. Não querendo que ele viesse em sua boca, ao menos não agora, decidiu parar por ali.
Ao finalizar, retirou o membro da boca, deixando que a saliva acumulada escorresse pelo queixo. Hyunjin ainda pulsava em suas mãos e as veias pareciam que iria explodir a qualquer momento. Felix então passou a dar beijos pela pélvis dele, sentindo os pelos roçarem em seus lábios. Ele foi subindo, parando no abdômen trincado.
Uma gotinha de suor escorreu do peito, percorrendo todo o torso bronzeado até parar onde os lábios cheios estavam, misturando-se com a saliva dele. O ruivinho beijou toda aquela região, deixando também, suas marcas nele. Depois, subiu mais um pouco, parando no peito grande de massa muscular. Sua boca envolveu um dos mamilos amarronzados e o sugou.
— Você está bastante atrevido, uh? — hwang sussurrou em meio a um gemido.
O menor o olhou por cima dos cílios e continuou o que fazia, enchendo a boca com o biquinho estremecido. A pontinha da língua deslizava pela região da mesma forma que deslizou mais em baixo. Hyunjin xingou baixinho, agarrando os fios laranjas e pendendo a cabeça para o lado enquanto fechava os olhos.
Felix não se demorou muito ali e partiu para o outro mamilo. O bico eriçado fazia cócegas em sua língua, aumentando a vontade de querer continuar ali, mas o puxão forte em seus fios o alertou de que a necessidade agora era outra. Então, subiu um pouco mais, parando no pescoço bronzeado e limpo. Um sorriso safado surgiu em seus lábios. Agora era a sua vez de marcar.
Sem perder tempo, Felix abocanhou a pele do pescoço sensível, sugando para dentro da boca. Ele se recordava do primeiro contato íntimo que ambos tiveram, quando estavam acampando. Naquele dia havia descoberto que aquela área em específico era o ponto franco do moreno e por alguma razão, ainda não havia se aventurado por ali.
Ele traçava caminhos lentos e molhados pelo colo já marcado com a língua, fazendo questão de deixar manchinhas feitas por ele. Hyunjin continuava com uma mão nos fios ruivos e a outra agora se encontrava na parte esquerda da bunda grande, apertando a carne macia para controlar os gemidos que queriam escapar de sua garganta. Felix então parou.
Ele encarou o namorado com uma expressão legível; desejo transbordava de seus olhos olhos amendoados, contrastando com as sardinhas salpicadas pelo rosto. O ruivo novamente umedeceu os lábios e os grudou nos do moreno, em um beijo lento e cheio de línguas.
O mais novo levou uma das mãos até a mandíbula bem marcada do namorado e a outra até a nunca dele, acariciando os fios escuros. Já o moreno permanecia com as mãos onde estavam outrora, sem vontade de tirá-las dali. Os lábios se moviam lentamente, mas o calor iminente persistia dentro de ambos.
Felix dominava o beijo, invadindo a boca do mais velho com a língua. As bocas estavam tão coladas que o ar circulava devagar, quase os deixando sem fôlego. Os movimentos antes lentos agora eram ligeiros, famintos e quentes. As mãos passeavam pelos corpos, buscando saciar ao menos um pouco do desejo das preliminares.
Ao finalizar o beijo, Hyunjin tinha os brilhos dos olhos desfocados e as pupilas dilatadas. Seus lábios fininhos estavam inchados e avermelhados, quase como os do ruivo. A respiração estava irregular, falha. Sons baixinhos e suspiros deixavam sua boca com frequência.
Felix sorriu, levando um fio de cabelo escuro para trás da orelha.
— Quem mais se parece com um Ômega agora, hein? — perguntou, ainda sorrindo.
O moreno agarrou-lhe os quadris de uma vez, o assustando.
— Você. — respondeu, girando os corpos e novamente deixando o ruivo de frente para os armários. — Você é meu Ômega.
Ele colou o peito arfante contra as costas inclinadas, beijando os ombros salpicados por sardas laranjas e adoráveis.
— Achei que apenas ruivos naturais tivessem essa quantidade de sardas. — comentou, beijando agora o outro ombro. — Por que tem tantas delas?
O menor suspirou, ofegante.
— Eu não sei. Minha mãe também tem várias, deve ser genética.
— Talvez seja. — concordou, continuando a beijá-lo.
Seus beijos carinhosos foram descendo para as costas branquinhas, repletas de sardas laranjas e marrons. Cada pontinho era um beijo e hwang contou treze deles. Continuou o beijando até contar mais treze, somando o total de vinte e seis beijos. Mais treze beijinhos e lá se foram trinta e nove. Ele seguiu nessa contagem até ter uma sequência de quatro grupos de treze beijos, totalizando noventa e um. Por fim, deu-lhe mais nove beijinhos até ter cem.
Ele afastou minimamente o rosto e por um momento, ficou ali, observando a beleza estampada no namorado.
As costas do jovem ruivo estavam cobertas por uma constelação de sardinhas, cada uma parecendo contar uma história sob a luz suave do lugar. As pequenas manchas marrons, contrastando com a pele clara, formavam um padrão único e fascinante.
Hyunjin podia deixar de admirar a beleza natural e singularidade das sardinhas do namorado, que pareciam dançar com cada movimento do rapaz. Para ele, aquelas belas sardinhas eram um charme a mais, um toque especial que destacava ainda mais a beleza do ruivo.
As costas de felix, salpicadas delas, o lembravam de um vasto oceano pontilhado de ilhas misteriosas. Cada sarda era como uma pequena ilha, emergindo da pele clara como se fossem pontos de terra firme em um mar sereno. Assim como o mar reflete a luz do sol, as sardinhas brilhavam sob a luz, criando um espetáculo de beleza natural.
O movimento das costas do ruivo, ao caminhar, fazia as sardinhas parecerem ondas suaves, dançando em harmonia com o corpo, evocando a tranquilidade e a vastidão do oceano. Agora, com ele ali parado, parecia que o mar estava calmo, adormecido.
Hyunjin novamente beijou uma sardinha adorável.
— Você é completamente lindo, meu amor. — sussurrou, perdido na beleza daquele momento. — Eu poderia beijar cada uma delas.
Felix ronronou, aprovando o carinho.
— Mas são muitas. — sorriu abobalhado.
— Melhor ainda.
Com precisão, Hyunjin imobilizou o namorado ainda mais contra os armários. Tirou o ferrinho da fivela do cinto e puxou o couro pelos passadores de uma só vez, assim como fez com o seu. Também o lançou no chão, em um baque alto. Segurou firmemente o cós da calça e abaixou-a juntamente com o tecido, parando as peças no meio das coxas leitoras. Sua palma ardeu quando um tapa forte foi desferido no glúteo exposto.
O ruivo saltou pra frente em um gritinho assustado, sentindo a pele queimar. Hwang grudou ainda mais os corpos, acariciando o local da batida. A boca grudou na derme lotada de marcas, mas dessa vez apenas para dar beijinhos carinhosos.
Com um gesto carinhoso, ele envolveu os braços ao redor do namorado e continuou a distribuir beijos suaves e amorosos. Cada beijo era uma onda eletrizante enviada para as pernas trêmulas. Os gemidos suaves de felix ecoavam pelo vestiário, criando um momento de puro êxtase ao casal.
Embebido pelo torpor grotesco da paixão, Hyunjin guiou o membro ereto até a abertura escorregadia do mais novo, o penetrando lentamente. O ruivo arqueou as costas, sentindo-se ser preenchido com amor. O moreno agarrou o quadril largo com uma mão, enquanto levou a outra até o pescoço marcado, segurando com fraqueza.
Os movimentos eram lentos e cheio de carinho. Diferentemente de quando chegaram ali há alguns minutos, com os corpos suados e ofegantes, necessitados por contato, agora o desejo era outro.
Ali, contra os armários dos jogadores do time de basquete, dentro do vestiário, os dois corpos se entregavam um ao outro, entorpecidos pelo fluxo de calor que se estendia abaixo do estômago. Naquele momento não precisavam dizer nada, apenas sentir.
O moreno se concentrou em fazer da maneira que sabia que o namorado mais gostava; lento e fundo. O rosto do ruivo era uma bagunça de lágrimas, saliva e suor. As pupilas dilatadas rodavam dentro das escleras, fazendo com que sua cabeça doesse minimamente.
Um gemido gutural escapou dos lábios finos, indicando o quão bem estava se sentindo naquele momento. A junção dos gemidos roucos e graves de Hyunjin com os suaves e finos de felix, mais a música que tocava lá fora, era uma ótima melodia a ser apreciada. Um som que nem mesmo o mais famoso dos músicos clássicos poderia reproduzir. As pernas de ambos estavam molengas feito gelatina, e o estômago dolorido.
Com os rostos corados e respirações ofegantes, finalmente se entregaram aos limites do prazer. Suas costas estavam encharcadas de suor e o ar que saia dos lábios era quente. Sem dizer uma palavra, Hyunjin virou o corpo cansado do ruivinho para si, retirando-se de dentro dele. Ele então o abraçou, sentindo o calor que emanava das peles coladas.
O abraço era apertado e cheio de sentimentos conflituosos, uma forma de mostrar que mesmo em meio a confusão, ambos se entendiam. O som de suas respirações pesadas misturava-se com a música abafada que provinha do ginásio, acalmando os corações acelerados.
Depois de de recuperarem do momento de fraqueza pós sexo, os garotos tomaram um banho ali mesmo, juntos na mesma cabine, com sorrisos e mãos bobas durante a meia hora que se estendeu ali. Com os corpos limpos e cheirando a sabonete de marca duvidosa, o casal deixou o vestiário como se nada tivesse acontecido, voltando para o baile que duraria até de madrugada.
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