21
Oi, quanto tempo... Enfim, vejo vocês nas notas finais.
Harry POV:
— Mãe, eu sei me cuidar. Pode ficar tranquila – eu falo pela milésima vez.
— Mamãe está com saudades, Hazzy – Anne faz uma voz manhosa no outro lado do computador.
— Não faz essa cara, Anne Cox. E você, Gemma, não a incentive.
— Só se você vier para casa esse final de semana – Gemma faz bico e cobre o rosto com a almofada.
— Eu prometo – estico meu dedinho em direção a câmera e Anne e Gemma fazem a mesma coisa. — Promessa de dedinho, não tem como descumprir.
— Se você não vier, eu quebro todos os vasos de flores que tem na estufa.
— Gemma! – grito e Zain joga um travesseiro em mim. — Eu vou esse final de semana, agora eu tenho que desligar, porque meu colega de quarto já começou a jogar coisas em mim – falo.
— Tudo bem, querido. Me mantenha informada até o final de semana, ok? E se cuide. E eu e Gemma te amamos muito – Anne se despede com lágrimas no rosto.
Eu fecho o computador e por um leve momento sinto um aperto no peito, um aperto tão grande que poderia ser considerado com uma dor. Dor da saudade.
Louis está me ligando agora.
•••
Depois de desligar o celular e ouvir Zain reclamar que odeia segundas, eu acabo dormindo. Não lembro muito bem o que eu sonhei, mas eu tive uma boa noite de sono.
— Você está atrasado, Harry – Zain puxa meu edredom e eu resmungo. — Eu vou mandar o Louis ir embora, já que você não acorda.
Escuto a risada fraca de Lou e abro os olhos; lentamente. Ele está bem na minha frente com dois copos da cafeteria.
— Café com leite! – Tomlinson levanta um dos copos e senta em minha cama.
— Oi – falo lentamente, tentando deixar minha voz em um tom normal, mas isso não é possível. Não quando eu acabo de acordar.
— Oi! – Louis me responde e estica sua mão, me entregando o café e se aproximando ainda mais. — Sua voz fica tão atraente quando você acorda – ele dispara e eu coro.
— Ah! O amor! Vou deixar vocês, tenho uma aula em menos de dez minutos.
— E você se importa com o horário? – Louis o encara.
— Sim, Tomlinson. Não é só você que está tentando entrar em uma relação e, bom, você também tem aula em menos de dez minutos – Malik fecha a porta do quarto e Louis volta a me encarar.
Seus olhos mesclam em tons de azuis. Uma boa parte do tempo eles estão em um tom mais claro, porém, no momento podem ser confundidos facilmente com o céu em um dia chuvoso com o sol ainda presente.
— Obrigado pelo café, Lou – agradeço dando mais um gole e posicionando o copo no criado ao lado da minha cama.
— De nada, babe. Agora levanta, você está atrasado – ele manda, sua voz calma e suave me faz fechar os olhos e balançar minha cabeça lentamente.
Louis faz cócegas em minha barriga e eu acabo despertando. Ele me olha e rouba um selinho, logo em seguida levanta da minha cama e senta na cama de Zain.
— Eu estou com mal hálito, Louis! – grito e entro no closet, pego uma troca de roupa e a minha toalha. — Vou perder o primeiro horário, que bela merda.
— Primeiro: você está com hálito de café. Segundo: nós vamos perder o primeiro horário, e se você demorar mais, perderemos o terceiro – ele fala tirando seu tênis e esticando suas pernas na cama do amigo.
Reviro os olhos e saio do quarto deixando Louis com um sorriso no rosto.
A fila para o banheiro está pequena, isso é um bom sinal. Entro na primeira cabine que eu vejo, tiro minha roupa e ligo o chuveiro, deixando com que a água quente molhe todo o meu corpo, me acalmando.
Pego meu shampoo de morango e passo em meus cachos, vendo a espuma se formar e logo em seguida o enxaguando. Demoro mais alguns minutos e saio. Enrolo a toalha em minha cintura e escovo meus dentes.
Balanço a cabeça para tirar o excesso de água do meu cabelo e volto para o quarto. Praticamente correndo, pois está frio e eu estou atrasado para as aulas.
Quando entro em meu quarto, Louis prende seus olhos em meu corpo. Ele suspira e passa suas mãos em seu rosto. Eu sorrio!
Ando até minha cômoda e tiro uma boxer branca dali, viro de costas para Louis e deixo a toalha deslizar para o chão. Ele arfa.
Me abaixo e começo a colocar minha boxer, com muito calma. Paro ela na metade das minhas coxas e viro meu rosto. Louis está com o olhar focado em meu bumbum.
— Não olhe muito, Louis. Eu posso ficar desidratado – sorrio baixinho e termino de colocar minha boxer.
Apalpo minhas nádegas e entro dentro do pequeno closet. Pego minha calça branca e um moletom vinho. Jogo tudo em cima da cama e pego o secador.
Ligo o aparelho e deixo o ar quente balançar meus cachos, só para tirar o excesso de água. Não demoro muito tempo, visto que o primeiro horário está quase acabando.
Suspiro pesadamente e me abaixo para pegar meu tênis, Louis se mexe na cama de Zain.
— Harry, não me provoque. Nós não temos muito tempo – ele fala e eu me viro, o encarando.
— Tempo? Tempo para que, Louis? Eu só estou pegando meu tênis.
— E empinando essa bunda – ele coloca o travesseiro no rosto.
Me visto rapidamente e coloco meu tênis. Separo meu material e dou uma olhada em meus cachos, até que está legal.
— Vamos? – chamo Louis.
Ele levanta em um pulo e pega suas coisas, eu saio na frente. Louis suspira assim que bate a porta do quarto. O punk corre para me alcançar e quando faz isso, passa seu braço em minha cintura e me empurra para a parede.
— Eu não quero mais assistir aulas hoje, graças a você – ele fala soltando leves lufadas de ar em meu pescoço.
— Você pode até não querer, mas eu quero – empurro o corpo de Louis para frente e saio do seu aperto.
— Harry!
— Louis!
Falo andando em direção a porta e e ouvindo os passos apressados de Louis logo atrás de mim. Ele para de andar e deixa com que eu me distancie, eu escuto o alarme do carro sendo desativado e paro.
— Eu te levo até lá, vai demorar ainda mais se você for a pé.
Apenas concordo com ele e abro a porta do carro, entro e coloco o cinto de segurança. Tomlinson entra logo depois e com um sorriso no rosto liga o carro e ruma em direção ao campus.
— Você não vai me levar para minha aula, né? – pergunto e jogo minha mochila no banco traseiro.
— Não!
— Para onde você vai me levar? – pergunto e ligo o rádio.
— Segredo – ele abaixa a música e sai da faculdade.
— Louis...
— Você gostou quando eu fiz isso da outra vez, só confie em mim, ok? – eu concordo e sinto ele colocar sua mão em minha coxa.
•••
Louis está tampando meus olhos desde o momento em que descemos do carro, eu consigo sentir a areia em meu tênis e o barulho das ondas do mar.
— Algum chute? – ele aperta seu corpo contra o meu, não tirando as mãos dos meus olhos.
— Santa Monica? – coloco minha mão em seu pulso.
— Vamos lá, Harry. Não existe só essa praia em Los Angeles.
— Louis, eu não sei sobre as praias dessa cidade, para mim só existe Santa Monica e Malibu... Espera – eu tento tirar as mãos dele do meu rosto —, você não me trouxe para Malibu, não é?
— É muito longe, digamos que é uma praia mais calma.
— Falo logo! – eu bufo e ele retira suas mãos dos meus olhos.
O azul do mar me deixa encantado. Os coqueiros e a areia praticamente transparente. A brisa refrescante e o reflexo do sol nadando junto com as ondas.
— Venice! – balanço meus braços no ar e volto a olhar para Louis. — Por quê?
— Eu gosto dessa parte de L.A, sei lá.
Ele me puxa para o seu corpo e me beija. Eu estava esperando esse beijo desde a hora que ele entrou no meu quarto.
Ele me roda no ar assim que eu paro de beija-lo, tombo minha cabeça para trás e deixo com que o ar bagunce meus cachos e o cheiro da brisa invada minhas narinas.
Louis me roda tanto que acabamos caindo, ele rola na areia comigo e eu apenas gargalho. O sorriso estampado no rosto dele é a coisa mais linda que eu já vi; a forma como o rosto dele cria vida quando sorri.
Louis é a felicidade.
— Eu te amo! – falo.
Acho que nunca falei um eu te amo tão sincero como eu falo para ele, é inevitável. Eu tenho a vontade gritar para todos o quanto me faz bem amá-lo.
Mesmo sabendo que isso de alguma forma não seja recíproco, é o Louis. Ele não é acostumado com demonstrações de carinho. Bom, Zain quem me disse isso.
Louis me olha e o seu sorriso some, seus olhos se fecham e ele suspira pesadamente.
— Fala de novo... – ele abre os olhos novamente e alívio está presente neles.
— Eu. Te. Amo.
Coloco minhas mãos em seu pescoço e o puxo para perto, já que estamos deitados na areia, Louis fica em cima do meu corpo e me beija. Me beija como sempre me beijou, com desejo. Necessidade e carinho.
Estamos deitados faz algumas horas e Louis não disse nada, nada mesmo. Ele só arrumou alguns cachos que caiam no meu olho e falou sobre os coqueiros. Sim, coqueiros.
— Vamos ficar assim por quanto tempo? Nós matamos aula, deveríamos estar nos divertindo ou sei lá, nunca matei aula – suspiro e apoio meu rosto no peito dele.
— Eu estava pensando – ele suspira.
— Não gosto quando você pensa.
— Deixa eu falar, obrigado – Louis aperta minha cintura. — Eu te falei praticamente tudo sobre mim, enquanto você não me disse nada.
— O que? Você quer saber algo sobre mim, Tomlinson? – eu me sento e olho para o mar.
— Se você quiser falar – sua mão está nas minhas costas e ele faz um leve carinho nela.
— Meu sorvete preferido é morango. Aliás, eu amo morango. Odeio o calor que faz aqui no verão – eu suspiro e tento lembrar de coisas idiotas. — Quando eu tinha cinco anos, eu cai da bicicleta e ralei meu joelho. Fiz birra e acabei sendo mimado durante uma semana, Gemma me entregou e minha mãe me colocou de castigo. E... Não sei, tem uma estufa em casa e lá é o meu lugar preferido no mundo, sempre que algo dava errado eu corria e me trancava lá dentro.
Escuto Louis rindo e o encaro. Ele me puxa para o seu corpo novamente e fica me olhando, talvez eu esteja um pouco confuso sobre isso.
— Você era uma criança esperta.
— Yeah, pele menos eu não ligava para as pessoas e cancelava o meu aniversário.
Ele para de rir e franze o cenho. Eu faço uma careta e arregalo os olhos, merda. Merda. Louis leva seu dedo para a minha bochecha e afunda o mesmo na minha covinha, eu fico sem entender.
— Eu só queria ficar sozinho... – ele suspira.
— Ainda quer?
•••
Louis resolveu que deveríamos andar pela praia e assim fizemos, andamos aquela praia todinha. Na metade do caminho ele acendeu um cigarro e eu tirei o mesmo de sua boca e sai correndo com ele. Não me importei se a fumaça estava bem no meu rosto; não me importei com a minha tosse, eu só queria brincar com Louis e isso realmente aconteceu. Pena dele, que quando pegou o cigarro; já estava apagado.
Eu me joguei na areia e fiquei rindo. Louis comprou algo para comermos e ficamos vendo as pessoas passarem, algumas com cachorros. Outras apenas correndo. Uma manhã produtiva.
Agora eu estou aqui, dentro do carro de Tomlinson o esperando abastecer. Coloco uma música aleatória e fico dançando no banco, isso ao ver de outras pessoas seria de fato, engraçado.
— Meu Deus, você diminui muito o ar, Hazz – Louis entra no carro já dando bronca.
— Não tenho culpa se aqui faz calor – reviro os olhos e volto a dançar.
— Você iria se dar bem no Reino Unido – ele fala. — Eu te deixo no campus, ou você vai para a fraternidade comigo?
— Fraternidade? – eu pergunto.
— Eu não quero ficar longe de você... Você vai para a fraternidade e não se fala mais nisso.
Sorrio com a autoridade de Louis e volto dançar. Ele me olha sempre que pode, me fazendo corar algumas vezes.
Não demoramos muito para chegar. Louis estaciona o carro e desliga o rádio, eu me viro para ele e solto meu cinto. Me aproximo um pouco do seu corpo e mordo meu lábio inferior.
Tomlinson passa seu braço em minha cintura e me puxa para o seu colo, coloco minhas mãos em seu peito e me ajeito. Ele começa a passar sua mão em minhas costas, me apertando contra seu corpo.
Fazendo com que nossos peitos ficassem juntos; nossas respirações ficassem descompassadas.
Eu fecho os meus olhos e desço minhas mãos para o seu abdômen, as colocando dentro de sua camisa.
Sinto os poros de Louis criarem vida, subo calmante meus dedos por todo o local e ele faz a mesma coisa com a mão que está em minhas costas, até chegar em minha nuca.
Com nenhuma delicadeza, Louis entrelaça seus dedos em meu cabelo e puxa, me deixando com o pescoço totalmente exposto. Ele roça seus lábios por todo o lugar e por algumas vezes, manda algumas lufadas de ar. Deixando todos os pêlos do meu corpo vivos.
Eu deixo com que minha cabeça tombe para trás, ainda mais e com isso eu acabo batendo no volante, Louis deixa um sorriso escapar e me puxa para ele. Juntando nossos lábios.
Ele sempre é tão cuidadoso comigo. Nunca ninguém foi assim, talvez isso seja bom, mas por outro lado não.
Acho que, só porque ele não me ama da forma que eu quero, não quer dizer que ele não ame. Louis certamente deve nutrir sentimentos por mim, nem que sejam mínimos.
Paro de pensar nisso e foco em seus lábios. Macios. O caminho para a minha sanidade, Louis é a porta do meu inferno.
Ele para o beijo e abre a porta, minha perna, que antes estava em uma posição super desconfortável, acaba indo para fora e eu ameaço a descer, mas ele não deixa. Com todo o cuidado, Louis sai do carro – comigo em seu colo –.
Eu entrelaço minhas pernas em sua cintura e ele passa suas mãos pelas minhas nádegas e eu deixo minha cabeça em seu ombro.
Louis abre a porta da fraternidade com uma certa dificuldade, mas ele não me solta. Assim que entramos, ele pisa em falso e nós caímos. Eu gargalho com isso.
— Você é pesado – ele bufa e sorri.
— Você é desastrado.
— Vocês precisam de um quarto – eu levanto minha cabeça e vejo Niall sentado no sofá.
— Oops! – eu devo estar parecendo um tomate.
— Você precisa parar de comer e nem por isso eu fico te falando – Louis o responde.
Eu me levanto e corro para a cozinha, realmente estou com vergonha. Escuto Niall xingando e Louis jogando alguma coisa nele.
Pego um copo de água e apoio meus cotovelos no balcão. Em alguns segundos Louis entra na cozinha e sorri de lado para mim, ele anda até a geladeira e pega algumas coisas.
— Você sabe cozinhar? – ele me pergunta.
— Quando você mora com duas mulheres, você é obrigado a saber – coloco meu copo em cima do balcão e me viro para ele.
— Que tal fazer alguma para gente? – passa suas mãos por entre meus braços, deixando com que elas ficassem no balcão.
— E o que eu ganho com isso? – arqueio a sobrancelha.
— Você escolhe – Louis morde meu pescoço e eu arfo.
— Feito! – o empurro e mando ele pegar as coisas que eu preciso.
•••
Louis POV:
A fraternidade está uma verdadeira bagunça, várias fantasias espalhadas pelos corredores e os quartos sendo arrumados. A comida praticamente toda feita, só falta as bebidas.
— Niall? – eu chuto a porta do quarto dele, que no momento está parecendo um cemitério.
— Estou pronto, não precisa levar minha porta junto. Preciso dela viva – ele fala e levanta da cama.
— Vamos comprar essas bebidas logo, eu preciso ir com Harry pegar a fantasia dele.
— Vocês dois estão juntos, ou? – Niall arqueia a sobrancelha.
— Somos amigos.
— Nós somos amigos, você e Harry não – Niall fala enquanto desce as escadas —, Sophia quase se matou para colocar essas coisas aqui, na metade da festa não vai ter mais nada disso.
— Por que ela vive aqui e não na casa dela?
— O pai dela meio que não gosta do Liam, então ela prefere ficar aqui – ele abre a porta.
— Ah... Enfim, o que vamos comprar?
— Bebidas – Niall responde.
— Eu sei, idiota. Ah, foda-se.
Entro no carro e o ligo, acelerando e indo em direção ao mercado. Niall gargalha, pois ele sabe que me tirou do sério. O loiro aumenta o som e a música invade o carro, reviro os olhos, mas não falo nada. É apenas Niall sendo Niall.
— Você vai pegar a tequila e eu pego a vodka – falo assim que entro no mercado. Niall revira os olhos, mas faz o que eu falei.
Pego quatro garrafas de absolut e quatro de smirnoff, acho que é o suficiente. Os barris de chopp vão estar lá, de qualquer maneira. Vou atrás de Horan e sem querer bato o carrinho em alguém. Bom, cabelo roxo, cheiro forte de cigarro e saia curta... Molly.
— Louis! Quanto tempo – ele fala enquanto masca seu chiclete — Amanda me falou sobre a briga com o Josh, você não está nem um pouco machucado. Wow!
— Mandy não perde uma – reviro os olhos.
— Bebidas para a festa, creio eu. Acho melhor você comprar algum licor, você sabe – ela se aproxima — caso alguém queira brincar de verdade e desafio – morde minha orelha e se perde no corredor.
Balanço minha cabeça em negação e escuto a gargalhada de Niall no outro corredor. Levo o carrinho até lá e percebo que ele já abriu uma long neck e está rindo com um cara. Entro no outro corredor e pego duas garrafas de Jack Daniels e uma long neck de Heineken. Coloco as garrafas do whisky no carrinho e pigarreio para Niall perceber que eu estou aqui.
— Tomlinson – ele se despede do cara com que estava falando —, olha eu peguei só isso. Acho que já vai ter chopp pra caralho lá e creio que o pessoal vai levar algumas bebidas – ele coloca as quatro garrafas de tequila no carrinho.
— Eu também acho, mas não custa nada pegar mais algumas. É halloween, Niall! – eu dou um leve empurrão nele e pego mais duas garrafas.
O loiro revira os olhos e volta para a seção de whisky, pegando uma garrafa de red label e uma de bacardi.
— Você pegou a absolut 100, boa escolha Tomlinson. Agora vai pagar tudo isso.
Bebo um grande gole da minha cerveja e rumo para o caixa, Niall tira todas as bebidas do carrinho enquanto eu pego o meu cartão.
Compras feitas!
Assim que chegamos na fraternidade, eu já descarrego todas as bebidas e ligo para Harry e falo para que ele me espere, pois eu estaria no dormitório em menos de cinco minutos.
Zain já está na fraternidade, e isso é uma coisa ótima. Harry está sozinho no dormitório.
Volto para o meu corro e sigo em direção ao campus, o mais rápido que eu posso. Afim de ter um tempo a mais com Harry e o seu pequeno quarto.
Assim que estaciono o carro em frente ao dormitório, meu celular vibra.
Josh (16h35): eu falei que você iria se arrepender, Tommo. O jogo acabou de começar.
PS: nunca deixe seu quarto aberto, aliás, você nunca deixou, não é? Xx, J.
Merda!
Chuto o degrau e me arrependo disso, Josh vai aprontar alguma coisa nessa maldita festa. É claro que ele vai.
Eu deveria estar esperando por algo do tipo. Estava muito estranho, ele não me perturbando durante esses três dias.
Merda!
Harry está fechando a porta do quarto dele quando eu o vejo. Ele sorri para mim e vem correndo em minha direção, seus cachos balançando no ar e o seu sorriso de covinhas me fazendo sorrir também.
Ele se joga em meu corpo, passando seus braços em torno do meu pescoço e me apertando contra ele. Minhas mãos passeiam por suas costas enquanto alguns cachos insistem em entrar na minha boca. O cheiro de morango que vem dele é a melhor droga que eu já experimentei.
— Oi! – ele sussurra em meu ouvido e deixa uma leve lufada de ar.
— Oi – levo minha mão para o seu rosto e traço a linha do seu maxilar bem definido.
— Vamos? – a voz dele já está um tanto quanto manhosa.
— Antes disso – mordo o lábio inferior dele e logo depois começo um beijo.
Os lábios de Harry são tão macios e eu creio, que poderia me perder neles, para sempre. Aperto seu corpo no meu e ele arfa em minha boca.
Styles para o beijo com uma mordida em meu lábio, definitivamente ele mordeu com força e está doendo.
— Vamos! – puxa meu braço e me leva para fora.
Coloco minha mão livre em sua cintura e deixo com que ele me guie para fora dos dormitórios.
•••
Harry está com uma toalha roxa felpuda enrolada na cintura bem na minha frente. Sua fantasia jogada na cama e ele com uma cara de confuso.
Um bico acabou de ser formado em seus lábios carnudos e eu dei um sorriso de canto.
— Você não vai usar fantasia, sério? – ele passa a mão em seus cachos úmidos.
— Não, perca de tempo isso. Vou acabar sem roupa, de qualquer maneira. E você também.
— Louis! – ele grita e tampa a boca com as mãos.
— É sério, babe. Coloque aquela calça branca que deixa sua bunda perfeitamente marcada, um moletom qualquer e sua coroa de flores.
— Não... Já sei! – ele joga a fantasia dele no chão e senta na cama —, que tal você usar minha calça branca e eu usar a sua preta? Tipo, você se fantasia de Harry e eu de Louis – o sorriso de covinha molda o seu rosto.
— Zain andou dando as ervas dele para você, não é possível! Harry, sua calça nunca iria entrar em mim.
— Para de esfregar na minha cara que você tem bunda e eu não – ele faz um bico e fecha a cara.
— Ficou bravo? – mordo seu lábio. — Vem aqui, eu tento colocar sua calça se você me encher de beijos.
— Quem é você e o que fez com o Louis que eu conheço e que eu amo? – ele me rouba um beijo e cora.
— Você realmente me ama? – eu pergunto, meio confuso sobre a resposta.
— Eu realmente te amo, talvez eu me apaixone rápido demais. Mas eu tenho certeza desse sentimento, agora vem aqui que eu vou te encher de beijos.
Harry beija cada parte do meu rosto e por fim, meus lábios. Ficamos assim durante um bom tempo, até alguém bater na porta do meu quarto.
Eu levanto e abro a porta, enquanto Harry anda até a estante de livros e passa seu dedo por eles. Niall entra no quarto com três shots de tequila na mão.
— Olha, a festa vai começar em menos de duas horas, então tomem isso para aquecer.
— Gostei da maquiagem – Harry se aproxima e pega o shot e vira, ele faz uma careta e lágrimas escorrem por suas bochechas.
— Sophia que fez, ela praticamente está fazendo a maquiagem de todo mundo aqui.
— Acho que essa estrela está muito pequena, e pelo amor, nenhum vocalista do Kiss é loiro, mas isso não vem ao caso – pego o meu shot e bebo.
— Você só sabe reclamar, vai se fantasiar do que?
— Ele vai se fantasiar de Harry.
— Não vou não, tá louco.
— Apoio, daria a minha vida para ver o Louis de coroa de flores e um moletom felpudo fofo.
— Sai daqui, pelo amor de Deus – eu empurro Niall para fora do quarto.
Harry está gargalhando quando eu o encaro, apenas balanço minha cabeça em negação e tiro minha calça de moletom. Pego a calça dele e tento colocar. Não passa em minhas coxas.
— Não entra, viu? – tiro a mesma e jogo na cama.
— Tudo bem, eu tenho uma maior – ele fala e deixa sua toalha cair —, você deve usar uma boxer branca.
— Hazz, não.
— Por quê?
— Não combina comigo.
— Consequentemente você falando, acaba falando que eu não combino com você – ele cruza os braços.
— E nós realmente não combinamos, mas o estranho é que somos o errado que deu certo. Agora desfaz essa cara e vem aqui.
Eu o puxo e deposito um beijo em seus cachos, Harry bufa e apoia sua cabeça em meu peito.
— Queria que você fosse certo para mim – ele fala baixinho.
— O errado às vezes pode se tornar o certo. Lembra, Mr. Darcy e Elizabeth. Eram opostos e acabaram juntos.
— Ela conseguiu vencer o orgulho que Darcy carregava com ele.
— Ele mostrou que todo o preconceito que ele tinha, não era nada comparado ao amor dele por ela.
— Ew, nós tivemos aula disso ontem. Pare! – ele sorri e pisa no meu pé.
— Desculpa! – beijo a ponta do seu nariz. — Voltando, acho que eu sou o cara certo. Não sou o típico príncipe dos contos de fadas que qualquer pessoa nesse mundo procura, mas eu lembro que falei que seria diferente por você. Ou tentaria ser, e eu quero isso.
— Quer o que? – confusão passa por seus olhos.
— Quero você! Quero você todas as manhãs comigo; andar de mãos dadas por aquele campus. Quero você cuidando de mim, como sempre fez.
— Mas... – pressiono meu dedo em sua boca.
— Eu sei que você me ama e ter essa sensação é incrível, é fodidamente incrível acordar e saber que alguém te ama. Sei que esse não é o melhor momento para eu te falar isso, mas eu quero tentar. Quero fazer isso que a gente tem, dar certo.
— Você quer? – os olhos de Harry brilham.
— Quero!
— Não está falando isso por que tem tequila no seu organismo, não é? – ele sorri fraco.
— Estou falando isso porque eu quero falar!
— Eu te amo! – Harry junta nossos lábios e empurra meu corpo para a cama.
E realmente, eu quero que isso dê certo. Pelo menos uma coisa na minha vida tem que dar certo, e nada mais justo do que ser com a pessoa que trás o meu melhor lado á tona.
•••
A música alta entorpece minha cabeça, já não sei é a batida irritante, o álcool ou o cigarro que eu acabei de fumar. Harry está falando com Niall nesse exato momento. Zain estava comigo, já que estávamos fumando.
Porém, no momento em que voltamos, ele se perdeu no meio das pessoas. Harry nota que eu voltei e vem andando em minha direção, o copo de vodka em sua mão entrega o quão bêbado ele está.
Ele sorri largo quando eu o puxo, deixando sua bunda bater em meu quadril e nesse exato momento, a música muda.
Harry mexe seu corpo contra o meu.
— Você não vai fazer isso – puxo seu corpo e sussurro em seu ouvido.
— Exato! Não vou fazer isso com essa música – ele empina sua bunda perfeitamente marcada na calça branca e sai do meu aperto.
Sigo Harry com o olhar e ele entra na cozinha, Josh entra logo em seguida. Talvez seja apenas coincidência, mas eu fico olhando. Styles pega um copo de chopp e tromba em Acton, nada acontece.
Harry encontra Liam e fica conversando com ele, Niall passa seu braço em meu ombro.
— Josh não vai fazer nada, relaxa – sua voz está arrastada e o cheiro de álcool que vem dele é forte o suficiente.
— Só estou observando, daqui a pouco eu tiro Harry daqui... Posso usar seu quarto? – pergunto ainda olhando para Harry, que gargalha de algo que Liam fala.
— Meu quarto deve estar sendo usado já, só o seu está disponível, Tommo. Por que?
— Josh falou para eu ficar esperto com isso, ou sei lá. Não quero passar a noite com Harry nele.
— Dormitórios ou a casa do seu pai.
— Talvez.. Agora desgruda, vai curtir a porra da festa – eu o empurro e ando em direção a Harry.
Chego perto dele e pressiono seu corpo no meu, como sempre faço. Liam revira os olhos com isso e vai atrás de sua namorada.
Eu inalo o cheiro de morangos que ainda está presente no cabelo do meu garoto. Harry contorce seu pescoço e o tomba para trás, fazendo com que batesse em meu ombro.
— Está tudo rodando, Loooooou – sua voz arrastada sussurra em meu ouvido.
— Quantos copos você já bebeu? – eu seguro seu corpo.
— Muuuuuuitos – ele ri —, esse último está mais forte que os outros.
Tiro o copo da mão dele. Styles bufa e pega o copo novamente.
— Vamos dançar, vem – ele me puxa para a pista de dança improvisada.
Harry pula igual uma criança, mas isso passa quando a música nova começa a tocar, um tanto quanto sensual. Ele sorri de lado e vira o copo todo que estava em sua mão, jogando longe logo depois.
Eu apenas observo os movimentos lentos que o corpo desengonçado de Harry faz. [n/a: coloquem drunk in love e se deliciem].
Primeiramente ele anda em minha direção, sorrindo. Passa suas mãos por todo o meu peitoral e morde meu lábio. Desce seu corpo no ritmo da música, suas mãos seguem o mesmo ritmo.
I've been drinking, i've been drinking, i get filthy when that liquor gets into me. Why can't i keep my fingers off you, baby?
Harry vira seu corpo e faz com que sua bunda bata perfeitamente em meu quadril, ele rebola da maneira mais sensual que consegue.
Minhas mãos involuntariamente vão para a sua cintura e eu o aperto. Minha ereção começou a criar vida. Harry coloca sua mão em cima da minha e guia ela por todo o seu corpo. Nunca parando de rebolar.
Can't keep your eyes off my fatty.. Daddy, i want you, na na. Drunk in love, i want you.
Cada movimento que ele fazia, meu corpo respondia de uma maneira diferente. Harry parou de guiar as minhas mãos e virou-se para me encarar, seus lábios rosados e inchados proferindo cada parte da música.
"How in hell did this shit happen?" Oh baby, drunk in love we be all night. Last thing i remember is our beautiful bodies grinding off in that club. Drunk in love!
Ele morde o meu pescoço e sussurra os últimos versos da música em meu ouvido. Logo depois deixa uma mordida no lóbulo da minha orelha.
We be all night, and everything alright. No complaints for my body ao fluorescent under these lights. Boy, i'm drinking, park in my lot 7-11. I'm rubbing on it, rub-rubbing, if you scared, call that reverend. Boy, i'm drinking.
Harry termina a música e me beija. O gosto de álcool em seu beijo me deixa mais excitado, eu quero levar ele para o meu quarto. Mas eu não posso, não com o que Josh me falou.
Puxo Harry para fora da festa, ele gargalha atrás de mim. Seu corpo está mole o suficiente, por um momento acho que ele está drogado e não bêbado.
— Olha, um coelho – Harry grita assim que saímos da festa.
— Um coelho? Harry, você tem certeza que só bebeu? – eu seguro seu corpo e tiro algumas mechas que escapam por sua coroa de flores.
— Sim, daddy. Oops, a música já acabou – ele ri.
— Merda! – abro o carro e ele entra.
— Para onde você vai me levar, Loueeeeeh?
— Você precisa de um banho e precisa descansar.
— Ah, eu pensei que você iria me foder, visto que só faz isso quando está bêbado.
— Eu fiz isso segunda e não estava bêbado – Harry bufa e revira os olhos.
Eu ignoro ele e dirijo em direção a casa do meu pai, pelo menos um lugar em que Josh não apronte nada.
Quando eu estaciono o carro na entrada da grande e luxuosa casa, noto que Harry está dormindo. Suspiro aliviado com isso, visto que, se tivessem colocado doce na bebida dele, nem dormir ele iria conseguir.
Desço do carro e toco a campainha, um Mark todo sonolento abre a porta. Eu não dou nenhuma explicação, apenas volto para o carro e pego o corpo sonolento de Harry e entro na casa.
Subo as escadas e vou para o meu quarto, coloco Harry deitado ali e tranco a porta. Tiro com calma a calça skinny que ele está usando e o deixo apenas com o moletom.
— Não me deixa aqui, Lou – ele abre os olhos e eu percebo o quão dilatados eles estão.
— Shh, eu não vou te deixar. Só vou apagar a luz e te ver dormir.
— Dorme comigo? – sua voz continua arrastada.
— Sempre, Hazzy.
Tiro minha calça e a jogo em algum canto do quarto e apago a luz. Me deito na cama e sinto as pernas de Harry se enrolarem nas minhas.
— Desculpa! – ele fala e sua respiração se acalma.
De fato, esse foi o primeiro porre dele, graças a mim.
•••
Caramba! O maior cap e o mais confuso.
Vocês acham que colocaram algo na bebida do Harry? Uh?
Enfim, desculpem pela demora para att!
Agora, eu quero pedir uma coisa para vocês, aliás, duas coisas:
Vocês me deixariam super feliz se fossem no perfil da harryinpanties e lessem Sweet Boy. Ela está traduzindo e a fic em si é ótima, vão lá e deem uma chance.
E outra coisa depois de irem no perfil da Izzy, vocês vão no da Nico larryofficial e vão ler Love You, Goodbye. Vocês vão chorar muito!!!
Agora a outra coisa, sei que tem leitores novos então: SE QUISEREM ENTRAR NO GRUPO DE OL DEIXEM O NÚMERO AQUI.
Xx, P.
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