Angelina Jolie -Part 2
Quebra de tempo
havia se passado dois dias desde o jantar com Angelina e S/n não voltou a se comunicar com ela. Angelina mandava mensagem, assim como seus filhos também, na tentativa de saber se S/n estava bem, mais nada. S/n estava em Los Angeles, sendo voluntária junto a equipe de resgate durante os incêndios e em uma casa que estava pegando fogo, S/n acabou ficando presa lá dentro protegendo com seu corpo, uma menininha que também havia ficado presa na casa tomada pelas chamas. S/n não tinha esperança de sair viva dali. O fogo se alastrou muito rápido, e o celular de S/n não estava com ela, pois havia deixando no saco que os bombeiros entregaram para recolher os aparelhos eletrônicos dos voluntário e deixar em um lugar seguro longe do calor. Angelina não sabia o que estava acontecendo com ela até ver que seu filho Knox, estava assistindo aos noticiários urgentes que falavam de S/n, na Tv.
Angelina sente um golpe no coração ao ouvir a notícia e se aproxima do filho com uma expressão de preocupação
- O que está acontecendo, Knox? _ela pergunta tentando manter a calma_-Quem é essa pessoa que está presa na casa em chamas?_pergunta sentindo um nó na garganta_- É... é S/n? _ela espera que o filho não confirme a sua pior suspeita. _'Aquilo é apenas um mal-entendido'_ela pensou_'Tem que ser'.
Knox olha para a mãe com olhos arregalados e assente com a cabeça
-Sim, mãe... é a S/n. Ela está presa na casa em chamas, com uma menininha de cinco anos e os bombeiros estão tentando resgatá-las. _ele explica, sua voz trêmula_ -Eu estava assistindo à TV e vi a notícia. Eles disseram que não sabem como ela está, porque não conseguiram se comunicar e que o fogo está se alastrando muito rápido. _Ele diz sentindo uma mistura de medo e preocupação -Eu estou muito preocupado com ela, mãe. _ele diz abraçando Angelina_-Você acha que ela vai ficar bem? _pergunta olhando para a mãe com olhos cheios de lágrimas.
Angelina sente um nó na garganta e seus olhos começam a marejar. Ela abraça Knox forte e tenta manter a calma
-Não, não, meu amor. Não pense nisso. Ela vai ficar bem. Os bombeiros estão fazendo o possível para resgatá-la. _diz tentando convencer a si mesma e ao filho_- Vamos torcer para que ela esteja bem. _ela diz, olhando para o filho_- Você acha que podemos ir para Los Angeles e para o abrigo de assistência médica e emergência? Talvez possamos saber mais sobre o que está acontecendo com ela. _Angelina pergunta, esperando que o filho concorde._- Vamos, vamos lá. _ela decide pegando as chaves do carro e começando a caminhar em direção à porta mais seus filhos: Pax, Shilow, Zahara e Vivienne aparecem na escada assustados e vão correndo até a mãe, pois eles também viram os noticiários em seus celulares e tablets.
Angelina se vira para os filhos e os abraça, tentando manter a calma e a compostura
- Meus filhos, eu... eu estou preocupada com a S/n. Ela está presa naquela casa e eu não sei se ela está bem. _ela explica sentindo uma mistura de medo e preocupação _- Mas os bombeiros estão fazendo o possível para resgatá-la e nós estamos indo para Los Angeles para saber mais sobre o que está acontecendo com ela. _diz, tentando convencer os filhos a se acalmar e eles assentem respirando fundo_- Vamos lá, vamos para o carro. Nós vamos saber mais sobre a S/ n e esperar que ela esteja bem. ela volta a caminhar em direção à porta. Agora, Vivienne, Zahara, Pax, Knox e Shilow seguem a mãe, todos com expressões preocupadas e assustadas
-Mãe, o que vai acontecer com a S/n? _Vivienne pergunta, com lágrimas nos olhos_-Ela vai ficar bem? _Zahara adiciona abraçando a cintura da mãe enquanto caminham até o carro.
Pax, Knox e Shilow apenas olham para a mãe com expressões sérias e preocupadas, sem dizer uma palavra.
Angelina olha para os filhos e sorri fracamente tentando conter as lágrimas.
-Vamos para Los Angeles e para o local de assistência médica para saber mais sobre S/n. Quero estar com vocês e esperar que ela esteja bem. _ela diz segurando a mão de um dos filhos.
Horas depois...
Angelina viaja com os filhos para Los Angeles e vai para a área de assistência médica, onde tenta obter informações sobre o estado de saúde de S/n, e fica perplexa, quando descobre que ela ainda não fora resgatada e que os bombeiros não tinham esperanças de que a encontrasse com vida naquele momento.
Angelina sente um golpe no coração ao ouvir as notícias e suas lágrimas começam a cair
-Não, não, não... _ela repete, sentindo uma dor insuportável.
_-Isso não pode estar acontecendo. _ela diz, abraçando os filhos e tentando manter a calma_-Vamos esperar_sua voz falha_-Vamos esperar que eles a encontrem . _ Diz tentando convencer a si mesma e aos filhos_-Ela vai estar bem, ela tem que estar. _ela repete, mas sua voz é trêmula e desesperada.
Os filhos de Angelina, sentindo a dor e a preocupação da mãe, começam a chorar também.
-Mãe, por favor... _Vivienne diz, abraçando a mãe
- Não chore, mãe. _Zahara adiciona, também chorando
-A S/n vai ficar bem. _disse Knox um pouco incerto, mas tentando consolar a mãe e se manter firme.
Pax e Shilow apenas abraçam a mãe e os irmãos, sentindo a dor e a tristeza da situação.
Dentro da casa em chamas altas, mesmo com pouco tempo para pensar em um segundo plano e agir, S/n foi até o banheiro do quarto onde ela estava com a criança e a molhou. Por sorte ainda funcionava a parte hidráulica, então isso ajudaria a mante-las aquecidas. Embora S/n não tivesse mais usando máscara de oxigênio por ter passado para a criança, após um dos cilindros falhar, S/n na melhor das hipóteses colocou um pano ao redor de sua boca e nariz, porém não ajudou muito a conter a e asfixiante fumaça que a cada segundo piorava ainda mais. A pequena chorava muito, mas S/n tentava acalma-la dizendo que tudo ficaria bem. Ela tinha esperança de pelo menos tirar a criança dali com vida...a dela já não importava mais. S/n sabia que se conseguisse sair, teria sérios problemas respiratórios e que se não conseguisse morreria asfixiada e carbonizada. O que ela pensou que seria uma morte, embora dolorosa, mais rápida. S/n olhou para todos os lados vendo as chamas tomarem o quarto onde elas estavam. Por um momento pareceu não haver outra saída. Era o fim! Até que a pequena garotinha rastejou para longe de S/n.
-Não. Fique aqui ao meu lado...não solte minha mão, pequena. Eu vou dar um jeito. _disse através do pano em sua boca, mas a criança continuou rastejando até começar a socar a parede. S/n franziu o cenho ao perceber que parecia uma parede oca então, mesmo suada, ela foi em direção a parede e a socou até que seus dedos doessem e sangrasse. Mais ela não se importou.
-É uma saída? _Ela perguntou à criança que assentiu confusa_-OK! Veremos para onde isso irá nos levar.
S/n continuou a socar a parede e deu alguns chutes com força e determinação que ela não sabia mais onde encontrar, então a parede rompeu criando uma passagem para a parte debaixo da casa. A vantagem de casas americanas é que sempre havia um alçapão ou eram construídas à alguns pés acima do terreno devido as tábuas de sustentação. S/n pulou e ergueu os braços para pegar a criança que pulou em seu colo. Com o cilindro e a máscara ainda conectado em seu rosto.
-Isso aí, pequena. Vamos sair daqui...falta pouco.
Mas foi só S/n falar que a casa explodiu. S/n rapidamente se jogou com a pequena no chão protegendo-a com o corpo novamente enquanto as madeiras e farpas voavam para todos os lados e encima dela.
Do lado de fora da casa, bombeiros e voluntários assistiam tudo horrorizados. Angelina e seus filhos haviam ido para o local, mas os bombeiros os impediram de avançar deixando-os na tenda de descanso e revezamento. Assim que ela e seus filhos escutara a explosão, eles se assustaram e Angelina levou a mão à boca enquanto lágrimas escorriam de seus olhos.
Tudo parecia passar em câmara lenta diante dos olhos de Angelina, enquanto ela se recorda do dia em que conheceu S/n em 2010. Das conversas animadas, das brincadeiras, dos trabalhos juntas, das reuniões em família que ela esteve presente, das poucas discussões bobas que tiveram e até do dia em que S/n confessou que a amava
e Angelina disse que não podia retribuir estes sentimentos... Como ela se arrependida dessas palavras agora.
Angelina sente uma dor profunda no coração, lembrando-se das palavras que havia dito a S/n no passado
-Ah, se eu soubesse que você era a pessoa que eu precisava, eu não teria dito não... _ela divaga, olhando para as chamas enquanto lágrimas escorrem pelo rosto _-Eu não sabia que você era a minha alma gêmea, a minha melhor amiga, a minha... _ela para de falar, incapaz de continuar...
[...]
Angelina continua a chorar, lembrando-se das memórias felizes que compartilharam juntas_-Eu não sabia que você era a pessoa que eu precisava, que você era a pessoa que eu queria ao meu lado... _ sua voz oscila_-Eu me arrependo de ter dito não, de ter te mandado embora há três anos atrás por não corresponder seu amor; o que não era verdade... _ela sussurra com a cabeça baixa e recorda da conversa que tiveram no passado, da forma como S/n a fez rir, da forma como ela a fez sentir-se amada
-Eu me arrependo de não ter te dado a chance de me amar, de me mostrar o quanto você me amava... _ela diz, com a voz quase inaudível.
Ela se lembra da forma como S/n a apoiou tantas vezes, da forma como ela a fez se sentir forte quando pensou que não conseguiria.
-Eu me arrependo de não ter te valorizado, de não ter te dado o espaço que você precisava... _ela sussurra de cabeça baixa
Angelina se recorda da forma como S/n a fez se sentir amada, da forma como ela a fez se sentir especial e enérgica.
-Eu me arrependo de não ter te dito que eu também te amo, de não ter te dado a chance de me amar... _diz, com a voz trêmula de dor
Angelina também se lembra da forma como S/n a fez se sentir viva, da forma como ela a fez se sentir feliz
-Eu me arrependo de não ter te dado a chance de me amar, de não ter te dado a chance de me fazer feliz... como me arrependo disso. _ela sussurra ainda aos prantos.
Angelina abraça seus filhos com força, sentindo a dor e a tristeza.
-Oh, meus bebês... Vamos encontrar S/n, nós ainda a veremos de novo... _ela sussurra, com os olhos ainda marejados.
Passaram-se alguns minutos e Angelina convenceu seus filhos de descansarem um pouco no carro, e mesmo a contra gosto eles foram enquanto ela ia falar com alguns dos bombeiros. No entanto, acabara atravessando a barreira de isolamento da área caminhando até a casa ainda em chamas.
Ela chega ao local e vê os bombeiros e os voluntários trabalhando para controlar as chamas
-Oh, Deus... _ela sussurra com a voz cheia de dor _-Onde é que ela está? _pergunta a um dos bombeiros, com a voz trêmula
O bombeiro se vira para ela e vê a expressão de angústia no rosto de Angelina enquanto ela segurava a máscara de oxigênio em sua boca._- Desculpe, senhora... _ele começa a dizer, mas Angelina o interrompe.
Ela se aproxima mais do local onde a casa estava e vê S/n sendo carregada por dois bombeiros _ S/n! _ela grita, a sua voz desesperada_ -S/n, não! _Angelina começa a correr em direção a ela, mas os bombeiros a seguram.
Ela tenta se soltar, porém, eles a seguram com força
-Não, não! _ela grita, a sua voz cheia de desespero_- Deixe-me ir! _Angelina tenta se soltar novamente, mas os bombeiros a impedem.
A atriz vê S/n ser levada desacordada para dentro da ambulância e começa a chorar desesperadamente.
-Não!
Grita com a voz cheia de dor
-Não, S/n! _Angelina repete e abaixa a cabeça, mas levanta quando ouve a criança chorar enquanto é segurada por um dos bombeiros voluntários que a levava para ser examinada.
-Ela conseguiu! _Angelina ouve o bombeiro que a segurava, falar_-S/n salvou a pequena criança. Ela foi uma heroína.
Mesmo tomada pela emoção, Angelina sorri aliviada sabendo que a pequena criança estava à salva e iria sobreviver. Mas logo seu sorriso morre quando ela escuta alguns dos paramédicos gritarem da ambulância. Ela consegue se soltar do bombeiro que a segurava e vai até a ambulância com um semblante apavorado.
-O que está acontecendo? S/n está bem?
Um dos paramédicos se vira para ela, com uma expressão séria -Senhora... _ele começa a dizer, hesitando_- A senhora S/sn... _ele pausa por um momento_-Ela está... _ele respira fundo, antes de continuar_-Ela está em estado crítico. Ela sofreu queimaduras graves nas costas e nos ombros e está sendo tratada, mas... _ele pausa novamente, olhando para Angelina com uma expressão de preocupação_-É difícil dizer se ela vai sobreviver. _diz sério.
Angelina sente um golpe no coração ao ouvir as palavras do paramédico e suas pernas fraquejam, fazendo com que ela precise se apoiar em um dos paramédicos para não cair
-Não...Não, não, não... _ela repete a sua cabeça balançando para o lado e para o outro, como se não conseguisse acreditar no que está ouvindo.
Angelina olha para a ambulância onde S/n está deitada, com uma máscara de oxigênio na boca e uma série de tubos e fios conectados a ela_-Não..._Angelina sussurra, a sua voz cheia de desespero _-S/n, não... _ela repete, a sua voz quase inaudível.
Ela se aproxima da ambulância, com os paramédicos tentando segurá-la, mas ela se solta e se inclina sobre a cama, segurando a mão de S/n.
-Não me deixe, S/n... _ela sussurra, a sua voz trêmula_-Por favor, não me deixe... _ela repete, a cabeça inclinada para frente, olhando para o rosto de S/n com lágrimas nos olhos.
Quebra de tempo...uma semana depois.
S/n estava no hospital na Ala da UTI do centro de queimados. Angelina era a única além dos médicos com autorização para visita-la; então, lá estava ela, mais um dia, incansavelmente, ao lado da mulher que tinha seu coração
Angelina segura a mão de S/n, olhando para o rosto dela com amor e preocupação
-Você vai ficar bem, amor. Eu estou aqui com você. _diz com a voz suave e carinhosa_- Você é uma guerreira, você vai superar isso. _ela repete com a cabeça levemente inclinada para frente enquanto olha para o rosto pacífico de S/n.
Angelina continua a segurar a mão de S/n, sentindo a pele delicada e machuca enrolada com uma faixa.
-Eu não vou deixar você sozinha, querida. Eu vou estar aqui com você o tempo todo. _ela diz com sua voz cheia de determinação_-Você vai se recuperar, e vamos voltar para casa, para a nossa vida e tudo será diferente. _ela sorri tentando transmitir esperança e otimismo para uma S/n que está induzida ao sono. _-Meus filhos estão ansiosos para ver você e torcem por sua recuperação. _ela diz a s suavemente_-As pessoas estão falando sobre você e seu ato heróico nas mídias sociais. Você tem recebido uma atenção especial e uma torrente de energias positivas.
Ela olha para o rosto de S/n, notando as marcas de arranhões das farpas e os tubos e fios que a conectam às máquinas.
-Ah, S/n... _Sussurra com a voz trêmula _-Eu sinto tanto, por tudo o que você está passando. _ela diz, a sua cabeça inclinada para o lado_-Mas você é forte, você vai superar isso. _ela repete confiante e firme _-Eu sei que você vai. _e sorri, tentando transmitir confiança.
-Ange..._Angelina ouve S/n sussurra entre a máscara de oxigênio
Angelina sorri, sentindo um alívio e uma alegria imensa
-S/n! Você está acordada!_Ela diz, a sua voz cheia de emoção_-Eu estou aqui, meu amor. Eu estou aqui com você. _ela repete, com sua mão apertando a de S/n_-Como você está se sentindo? _ela pergunta, a sua voz suave e carinhosa.
S/n abre os olhos lentamente e com a mão direita tenta tirar a máscara, Angelina a ajuda e inclina mais para perto de S/n, olhando para o rosto dela com carinho
-Você está um pouco melhor? _pergunta com a voz cheia de preocupação_- Os médicos disseram que você está em recuperação, mas que ainda precisa de muito cuidado. _ diz, acariciando a mão de S/n_-Eu estou aqui para cuidar de você, meu amor. Eu não vou deixar você sozinha. _ela repete com a voz firme e segura e olha nos olhos de S/n, procurando por algum sinal de reconhecimento.
-Você me reconhece? _ela pergunta suavemente _- Você sabe quem eu sou? _Angelina repete com sua mão apertando a de S/n, que sorri sonolenta e a responde:
-Você é meu Anjo.
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