Capítulo 12

_Você prometeu!


Cinco sentia que sua cabeça ia explodir a qualquer momento.

Ele sabia que tinha exagerado na bebida, seu novo corpo nunca havia ingerido álcool, mas se sentia tão desiludido e perdido, que apenas queria afogar suas mágoas. A porra do mundo ia acabar e ele não fazia idéia de como impedir.

A noite foi uma merda, na importava a quantidade de álcool em seu sangue, sem Ártemis ele nunca conseguiria dormir de modo satisfatório.

- Que bom que acordou. Precisamos conversar. - Péssimas palavras de se ouvir ao acordar, ainda mais com aquela enxaqueca terrível.

Luther estendeu uma caneca com café para o irmão mais "novo", que aceitou de bom grado.

O café não era dos piores, mas também não era tão bom quando o seu ou o de Art. - O que você quer saber? - perguntou por fim, sabendo que não teria como fugir daquela conversa.

Infelizmente, para Número Cinco, ele era um bêbado muito boca grande, e se lembrava perfeitamente do que tinha contado aos irmãos aquele noite.

- Primeiro, que história é essa de apocalipse?

E Cinco contou, contou tudo o que sabia sobre o apocalipse que acabaria com o mundo em 4 dias e suas tentativas frustradas de dete-lo.

Ainda absorvendo todas as palavras e o peso que elas traziam, Luther tentou se distrair, perguntando agora sobre outra coisa que o intrigava.

- Você e a Ártemis realmente são casados, ou o que você disse foi só um delírio de um bêbado como o Diego suspeita?

O rosto do garoto se transformou rapidamente para uma careta raivosa.

- Diga para o merdinha do Número Dois superar a apaixonite que teve na infância pela minha mulher, ouviu bem Luther? MINHA MULHER. - o rosto do garoto completamente vermelho de raiva.

Levantando as mãos em um sinal de rendição Luther diz - Tudo bem Cinco, já entendi, vocês são casados, ta legal, agora avisa isso pra ela.

Frustrado o de olhos verdes termina seu café de uma vez, ele tinha consciência que estava descontando sua raiva no irmão, mas desde que abriu os olhos, estava com uma sensação ruim em seu peito, como se algo estivesse errado.

Tinha que ver Ártemis.

- O que vocês estava falando ontem? O que houve na academia? - se lembrou da conversa entre os irmãos ao acha-ló.

- Dois mascarados atacaram a academia ontem, estavam procurando por você e Zero, ele...

Como se tivesse levado um choque, Número Cinco se pois rapidamente de pé, saltou para frente do irmão, que estava sentado a alguns metros de distância, o agarrando pela gola do sobretudo.

- ELA ESTÁ BEM?

Assustado com a rápida aproximação de Cinco. - Ela quem? - Numero um debilmente pergunta.

- A ÁRTEMIS SEU ANIMAL IDIOTA!!! PORRA LUTHER ME FALA QUE ELA ESTA BEM SE NÃO EU MESMO CAUSO A DROGA DO APOCALIPSE! - explode o mais velho.

Segurando nos punhos de Cinco, o loiro o força a solta-ló. - Você sabe que ela não pode se ferir, não é?

Cinco apenas revira os olhos para o irmão, era claro que ele sabia, como também sabia que se algum idiota daquela família se machucasse sua μέλι não hesitaria em cura-lo, sem ao menos pensar nas consequências que isso traria a ela.

Antes que Cinco começasse a surtar de novo a porta foi escancarada com violência.

- Vocês tem que vir comigo. - Diego disse, suas mãos completamente sujas de sangue.

- Esta ferido? - Luther questiona ao ver o estado do irmão Número Dois.

- Não, esse sangue não é meu. Temos que ir, agora.

O latino em nenhum momento cruza seu olhar com os irmãos.

- De quem é o sangue, Diego? - o mais velho questiona saltando até o irmão vestido de preto. Mas Número Dois não precisa dizer nada quando Cinco olha diretamente em suas íris castanhas. - Me leve até ela, agora. - sussurra.


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Diego não estava preparado para a cena que encontrou ao entrar naquele quarto de Motel.

Eudora toda suja de sangue precionava um ferimento no peito de Ártemis.

- O-o-o que, que a-aconteceu? - guague correndo até a irmã.

O homem rapidamente pega a irmã no colo enquanto a detetive o segue explicando o ocorrido.

- (...) Então ela apareceu, Diego, eu estava morrendo, e ela apenas tocou em mim e simplesmente me curou. - era nítido o espanto da mulher. - Ela disse para levá-la para a academia, mas ela precisa de um hospital.

Negando o Número Dois coloca a irmã no banco traseiro do seu carro, e Patch logo entra no carro também, colocando a cabeça da menina em seu colo.

- Não, Pogo deve saber como ajuda-lá, Art é diferente, tratamentos convencionais não funcionam nela. - explica enquanto dirige a toda velocidade.

Diego mal estaciona o carro e corre para pegar a irmã com o maior cuidado possível, a levando para dentro da mansão.

- POGO?! POGO?! PRECISAMOS DE VOCÊ. - o latino grita assim que entra, levando a irmã para a enfermaria.

O primata logo aparece, seu rosto mostrando preocupação. Ele não questiona nada, apenas começa a arrumar os instrumentos necessários.

Diego suspira aliviado ao ver Zero abrir os olhos.

- Πέντε, Πέντε e... - Art murmura fracamente, antes de desmaiar de novo.

Pogo e Diego trocam olhares. - Eu vou buscá-lo. - o homem diz por fim.





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.

- PA-PARA, POR FAVOR, NÃOOOO!

Cinco desperta com os gritos de Ártemis. - Μέλι, μέλι, acorde! - chacolha suavemente a garota que desperta abruptamente.

- Ta tudo bem, eu to aqui com você, Art. - Cinco a abraça passando suavemente a mão em seu cabelo tentando acalma-lá.

Zero respira fundo tentando conter as lágrimas. - Ele, ele esta me torturando, eu-eu estava afogando Cinco, e ele, ele não me deixava respirar. Ele queria ver até onde eu conseguiria aguentar, se eu poderia morrer, eu queria,. eu queria morrer. - ela conta ainda agarrada ao tronco do moreno.

Cinco se solta do aperto de Art e segura seu rosto, os polegares fazendo círculos em suas bochechas. - Não diga isso μέλι, está me entendo? Nunca mais diga uma coisa dessas. - suavemente o de olhos verde deposita um beijo na testa da mulher. - Que graça teria em salvar o mundo se você não estivesse nele? - Graceja.

A morena não conseguiu impedir a risada que brotou em sua garganta.

- Reginald não esta aqui, ele não pode machuca-lá, que ele nunca mais vai tocar em você, eu vou sempre estar do seu lado, prometo. - assegurou Número Cinco, com o rosto de Ártemis ainda entre suas mãos.

E sem hesitar ela selou seus lábios nos do moreno de modo suave, suas línguas exploravam a boca um do outro em um beijo lento e excitante. Colocando suas mãos entre os fios negros do garoto, Art os puxa suavemente, com uma mão Cinco enlaça a cintura da garota, colando seus corpos ainda mais, enquanto acaricia seu rosto com a outra mão.

Era a primeira vez que se beijavam sóbrios, os outros beijos trocados foram descartados e colocados na conta do álcool. Mas não aquele.

O álcool não podia ser responsabilizado por aquele beijo, o único culpado era o desejo que ambos sempre sentiram um pelo outro.

Cinco gemeu em frustação ao ter sua boca separada da dela. - Eu também prometo sempre estar ao seu lado, ο ταξιδιώτης μου.

E Cinco tomou seus lábios novamente, agora em um beijo muito mais urgente e desesperado.


                      

                     ☂️☂️☂️



Com aquela lembrança Número Cinco entrou apressadamente na mansão da Umbrella Academy.

Você prometeu sempre estar do meu lado μέλι. Você prometeu!

Pensava o velho garoto ao entrar na enfermaria.








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μέλι = querida

Πέντε = Cinco

ταξιδιώτης μου = meu Viajante

votem e comentem

Capítulo não revisado

espero que gostem

bjs da tia Charlie

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