Capítulo 11

_Procurando alguma coisa doçura?




Assim que Vanya saiu de sua vista, Ártemis entrou na academia.

Seu corpo estava exausto, mas ela não conseguiria dormir se apenas se deitasse, sabia disso.

Não olhou para nenhum de seus irmãos ao passar pela sala, estava decepcionada pela forma com que trataram a Número Sete.

Pogo estava na cozinha, e depois de perder dez minutos o procurando finalmente o achou lá.

- Você está bem, Pogo? - perguntou assim que viu o primata.

- Sim, senhorita Ártemis. E senhorita, se machucou? - ele se aproximou de Art para poder analisar seu corpo em busca de ferimentos.

Ela se conteve para não rir daquela pergunta, era engraçado como eles se esqueciam que era quase impossível ela se machucar.

- Estou bem, mas muito cansada, você teria um remédio para me fazer dormir, eu não conseguido sem o... - Cinco. Ela se deteve antes de falar o nome do moreno. - Bom se tiver ficarei agradecida.

- Claro, claro, vou levar pra no seu quarto.

- Muito obrigada, Pogo. - agradeceu se retirando do local.

A morena seguiu até seu quarto, onde aproveitou para tomar um banho e tentar relaxar.

Ao sair do banheiro secando seus curtos fios negros se deparou com Alisson sentada em sua cama.

- O que faz aqui? - perguntou não fazendo esforço nenhum em disfarçar seu desagrado com a presença da irmã.

- Queria pedir desculpas. Não deveria ter ficado do lado do Diego...

Ártemis corta a morena antes que ela possa continuar. - Não, não deveria.

- Eu só estava pensando no bem dela, me procupo com Vanya tanto quanto você, ela não tem poderes, poderia ter se machucado. - Alisson se justifica olhando pela primeira vez para a irmã desde que entrou no quarto.

- Eu entendo seu ponto Alisson, mas não é assim que funciona. Na visão da Vanya aquilo não pareceu preocupação e sim exclusão, agora deixa eu te perguntar uma coisa. - Se ajoelhou em frente a Número Três. - Vanya sozinha lá fora sem saber se defender esta mais segura, com dois psicopatas procurando seus irmãos, do que Vanya aqui dentro com irmãos que podem protege-lá? Você já tinha olhado por esse lado?

Alisson sem saber o que dizer apenas ficou encarando os olhos castanhos da irmã. - Foi o que pensei. Agora vá descansar e amanhã procure a Van, é pra ela que você deve desculpas não a mim.

Tocou de leve o rosto da irmã, e Alisson sentiu aquela sensação morna dos poderes da menor a curando, o corte em seus lábios havia sumido.

- Obrigada.

Assim que a ela saiu, Pogo entrou e lhe entregou um comprimido junto a um copo cheio de água.

- Grata. - Antes que o primata se fosse também Art o detém. - Você viu o Klaus? Ele estava aqui na hora da invasão?

- Não sei senhorita, mas se o vir lhe informo imediatamente. - E com um aceno o mordomo se vai.

A mais velha toma o comprimido e logo se deita.



                        ☂️☂️☂️

- Nada do Klaus? - Ártemis pergunta.

- Nada ainda senhorita. - Pogo responde ao ver a garota entrar.

Assim que Zero acordou naquele dia, depois de uma noite extremamente mal dormida, a velha garota foi até a van onde Número Cinco estava de tocaia.

Para melhorar seu humor o moreno não estava lá, e depois de algumas horas o esperando acabou desistindo e voltando para academia na esperança de que Número Quatro estivesse lá ou ao menos tivessem notícias dele.

- Estou preocupada, ele pode ter sido levado na confusão de ontem a noite.

- Diego tem amigos na polícia, talvez deva falar com seu irmão. - Pogo sugere.

Sem se conter a velha garota fez uma careta, não estava em bons termos com o irmão Número Dois depois das atitudes dele com Vanya ontem, mas Klaus podia estar em perigo e brigas idiotas não eram mais importantes do que a vida do seu irmão.

- Você tem o endereço dele?




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A Hargreeves olha atentamente a academia de boxe no objetivo de encontrar o latino.

- Procurando alguma coisa doçura?

Ela se vira vendo um homem alto barbudo com idade para ser seu pai, levando em conta a sua aparência física, o que era algo engraçado de se pensar, no ringue a olhando de modo indecoroso.

- Na verdade alguém, Βλάκας. - igonrando o homem, ela seguiu para o balcão de atendimento.

- Eu sou irmã do Diego Hargreeves, ele esta por aqui? - pergunta a um senhor de cabelos brancos, parecia ser o dono do estabelecimento.

- Não, contudo uma mulher ligou aqui procurando por ele também. - comentou o homem.

Sorrindo da maneira mais doce possível Art perguntou. - E o senhor poderia me dizer o que ela queria?

Ela pode perceber a hesitação do homem, então alargou o sorriso tentando dissimular um falso senso de inocência.

O que, é claro, não funcionou.

Talvez o método do Cinco funcionasse melhor com aquele cara, pensou a Número Zero.

Sem muita paciência ela agarrou o homem pelo colarinho da blusa. - Escuta aqui, meu irmão pode estar em perigo nesse exato momento, cada segundo que eu perco aqui ele pode estar sendo ferido, então me passa a porra do recado logo, pois acredite, você não vai querer me ver irritada.

O velho gaguejou o endereço que a Detetive Eudora Path havia lhe passado mais cedo naquele mesmo dia, e Ártemis saiu satisfeita da academia com todos olhando para ela abismados.

Mesmo sendo menor do que qualquer pessoa ali dentro, aquela garota tinha algo de assustador, e isso todos conseguiam notar.

É talvez os métodos de Cinco fossem bons afinal, pensou sorrindo de modo perverso.





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Número Zero entrou rapidamente assim que viu a porta de um quarto escancarada.

Estirada no chão havia uma mulher morena usando um distintivo da polícia com uma poça de sangue ao seu redor.

Sem hesitar correu até ela colocando a mão no ferimento da detetive. Ártemis inspirou bem fundo, conseguia sentir a vida da mulher se esvaindo entre seus dedos.

Art fechou os olhos em concentração, e um luz arroxeada saiu da palma de sua mão, a garota se concentrou em fechar o ferimento, a dor do tiro se fazendo presente em seu peito quase a fez chorar.

Eudora abriu os olhos em surpresa, sua respiração ofegante, e a dor no peito completamente inexistente, a Ártemis foi jogada ao chão como se tivesse acabado de levar uma bala no peito.

A velha garota podia sentir uma mancha de sangue em sua blusa e a dor pungente de levar um tiro a queima roupa, se enganara ao achar que a detetive tinha levado um tiro direto no peito, na verdade a bala atravessou as costas da mulher.

O que era ainda mais dolorido, sentia seu corpo enfraquecido e a sabia que iria desmaiar a qualquer momento.

- Ei, garota? Quem é você? - podia escutar ao longe a voz da mulher recém curada.

- Ar-Ártemis Hargreeves. - se forçou a dizer.

Não conseguia enxergar nada além de borrões.

- Você é irmã do Diego. - apenas teve forças para acenar positivamente. - Tenho que te levar para um hospital.

Pode ouvir a mulher dizer.

- Me leve para a academia, Θέλω να δω τα πέντε μου. - murmurou antes de ser abraçada pela escuridão.

Sem saber se voltaria a acordar dessa vez.

  




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βλάκας = idiota

Θέλω να δω τα πέντε μου = quero ver meu Cinco.



Capítulo não revisado

espero que tenham gostado

bjs da tia Charlie

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