𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝚅

𝓖 𝓮 𝓷 𝓮 𝓿 𝓲 𝓮 𝓿 𝓮  𝓓 𝓪 𝓿 𝓲 𝓼

AS ESTANTES da biblioteca atrás de nós estão a ponto de sofrer um colapso. Eu não sei se elas vão aguentar mais, assim como eu. Estou a ponto de chegar no meu ápice. Por sorte esse é o horário mais vago do segundo andar da biblioteca.

— Mais... rápido... Andrew... — a minha voz sai baixa, entre os meus gemidos contidos.

Apoio a minha cabeça no ombro dele enquanto suas estocadas vão fundo em mim. Sinto cada parte do meu corpo entrar em ebulição. O meu sangue está fervendo nas veias e eu estou explodindo de tesão. É impossível os nossos lábios se tocarem agora. Cada vez que ele retrocede e entra em mim, cravo as unhas nos ombros dele.

As minhas pernas estão bambas e, por sorte, estou em cima da mesa. Mesmo assim, sei que não vou conseguir ficar em pé nos próximos minutos.

Abafo os meus gemidos no ombro dele, talvez tenha alguém procurando por um livro aleatório de Literatura Holandesa bem ao nosso lado.

— Andrew... — digo, quase num sussurro.

— Vieve, eu vou... — a voz dele está rouca e baixa.

Antes mesmo de conseguir completar a frase, consigo sentir fogos de artifício e atinjo o meu orgasmo aqui mesmo, assim como ele. Ele respira fundo e me olha nos olhos.

— Bem-vindo ao Grêmio... — sussurro e, sem que ele responda, dou um selinho nele.

— Obrigado pela recepção calorosa. — Ele dá um sorriso de canto, veste a boxer e fecha o zíper do jeans.

Ajeito o meu sutiã e abaixo a minha camiseta branca, arrumo o meu jeans também. Desço da mesa e, como o previsto, as minhas pernas estão tremendo. Procuro pela minha escova dentro da mochila, acho a mesma e passo no cabelo, que tem estado curto ultimamente.

— Você faz isso com todos os novos membros do Grêmio? — ele pergunta.

— Quase todos. — Dou risada. — Johann, até parece que não me conhece.

— Eu te conhecia.

— Que papo é esse? — indago.

— Bom, a gente ficou quase um ano sem se falar, é óbvio que eu não te conheço mais — ele tenta explicar. — Você foi da garota que queria me ver todo dia e tornar o nosso namoro oficial à garota que me mandou mensagem no meio da aula de História para transar na biblioteca.

— Escuta aqui, Johann, eu posso ter mudado muito um ano para cá, mas isso não te dá o direito de falar mim por aí.

— Eu nunca faria isso.

— Qual é, Summers. Você é o fodão do time da escola, têm milhares de garotas babando em cima de você, também têm caras tão babacas quanto você esperando que você chegue perto deles hoje dizendo: hoje eu fodi Genevieve Davis no segundo andar da biblioteca da escola. E então eles vão te aplaudir como um Deus.

Por um momento a imagem da Emily surge na minha mente, é a minha irmã postiça quem provavelmente daria um sermão desses. Me sinto uma tola falando isso.

— Esquece, eu não estou nem aí para quem você vai contar sobre a gente.

— Se acalma, Vieve.

— O que vocês estão fazendo aqui? — a senhora Clarke, bibliotecária da escola, indaga.

— Eu pedi ajuda para a Genevieve me mostrar onde estavam os livros de Biologia... — Andrew tenta se explicar, balanço a cabeça negativamente.

— Engraçado procurarem isso na sessão Literatura — a senhora Clarke diz, sem nenhuma expressão de humor no rosto. — Vão para a sala de vocês antes que eu chame a Diretora.

Pego a minha mochila e coloco no ombro. Johann me segue e descemos as escadas.

— Foi mal...

— Do que você está falando?

— Eu pisei na bola.

— Pode voltar para a sua aula de História, Summers.

Sigo na direção oposta à dele, o meu estômago está tremendo de fome, tenho mentalizar qualquer outra coisa, mas não consigo. Sinto que vou ficar tonta a qualquer momento. Eu já deveria ter me acostumado com isso.

Me aproximo do bebedouro e tento preencher o meu vazio com água. O que definitivamente é uma das piores decisões, sinto a água revirar no meu estômago. Corro para o banheiro mais próximo — o banheiro do refeitório.

Entro na última cabine, me aproximo do vaso sanitário e vomito instantaneamente. Mesmo não tendo o que vomitar, forço mais um pouco, colocando o dedo na minha garganta, toda a — pouca — comida de ontem sai.

Fico em silêncio total para ver se há mais alguém no banheiro, acho que não tem, então apenas saio da cabine e vou até a pia. Pego a minha mini maleta de maquiagem de dentro da mochila e retoco a maquiagem. Eu já sou extremamente branca, quando isso acontece eu sumo. Então passo um blush nas bochechas e um batom vermelho.

Guardo tudo na mochila de novo e saio do banheiro. Tenho aula vaga durante os próximos vinte minutos, então vou esperar a Havena e a Dora na nossa mesa do Grêmio no refeitório.

O meu celular vibra assim que eu pego ele na mão.

Não se esqueça se chegar às cinco para a nossa janta! Com amor, papai.

Reviro os olhos com a mensagem.

O meu pai trabalha quase todos os dias até as sete horas da noite, exceto os dias que ele tem plantão, que são três vezes por semana e em finais de semana alternados. Um dia ele passa com a Vivian e outro ele sempre faz uma janta com nós quatro. Nos finais de semana ele alterna entre eu e a Vivian.

Eu não gosto disso, não me sinto parte dessa família. Não é a mesma coisa que era com a mamãe. Eles sempre tinham tempo tanto para eles, quanto para mim. Agora não é a mesma coisa, os jantares não são os mesmos; os meus pais costumavam cozinhar juntos e eu ficava sentada na mesa, observando como eles eram felizes juntos e como amavam estar na presença um do outro; já hoje em dia a última coisa que eu quero é ficar na cozinha enquanto o meu pai e a Vivian desfrutam do seu amor.

Só de pensar que hoje é dia de passar por isso, o meu estômago revira.

O sinal para o almoço bate e logo o refeitório enche. A presença dos cabelos rosas de Havena logo me chama a atenção, ela e a Dora se aproximam, hoje também é dia de almoço do Grêmio Estudantil. Esses almoços acontecem apenas para o Diretor ver que a gente realmente se reúne e faz alguma coisa. Já que, na realidade, não passa de um almoço entre pessoas que não aguentam mais organizar coisas em prol da escola.

Havena, Dora, Elijah e Evan chegam com suas bandejas repletas de carboidratos e proteínas. Sinto o meu estômago revirar.

— Não vai comer? — Hav pergunta, se sentando à mesa.

— Eu tive o meu horário vago antes desse e resolvi almoçar antes — minto, todos assentem.

Eu não posso comer ainda, preciso perder o que eu ganhei nesses últimos dias, não suporto as minhas gorduras que pulam quando eu coloco um sutiã ou aquela dobrinha na bunda quando eu coloco shorts curto.

Johann, o último membro do Grêmio a entrar, chega na nossa mesa e se senta ao meu lado.

— Sei que vocês já conhecem, mas esse é o Andrew, o nosso novo integrante do Grêmio Estudantil — apresento.

— Oi — Johann diz, todos sorriem para ele.

Passamos o almoço conversando sobre coisas nada a ver, até que finalmente um assunto da Homecoming Week surge.

— Amanhã precisamos nos reunir para terminar as decorações do salão e da pista de dança — Hav diz.

— Também temos que entregar o pen drive para o Diretor aprovar as músicas — Evan lembra.

— Que merda! — Johan diz. — Não podemos simplesmente contratar uma banda?

— Você tem dinheiro? — Dora indaga. — Esquece... — Ela muda de assunto.

Ninguém mais fala nada, apenas concordamos com as datas e logo o sinal toca novamente.

Todos saem em disparada para as suas próximas aulas, ainda temos três antes de dar o horário. Infelizmente eu não quero que essas aulas acabem, não quero ter que ir para vasa aturar aquela família feliz que não é minha.

Olá gente, primeiramente, queria deixar claro que essa é uma obra em conjunto com a babyluxifer e que este capítulo foi escrito por ela.

Deixem suas opiniões e críticas construtivas.

Tia Bia ama o cês!

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