CAPÍTULO VI | PRESENTE DE NATAL

Oioi, leitores. Como vão? Queria pedir desculpas pelo imprevisto e por não postar no dia correto, que seria ontem. Acabei por estar ocupado com outras coisas e não tive tempo para publicar.
Mas cá estou eu publicando. (Postarei o CAP 7 também como recompensa no período da noite)
Lembrando que a partir do Capítulo 7, é onde se encerra a primeira temporada na versão original, podendo ficar um pouco confuso a partir do capítulo 8. Tentei ao máximo fazer uma narrativa que explicasse o inicio do capítulo 9, mas ainda sim ficou um pouco confuso. Mas ainda sim, a fic é muito boa e vale a pena terminar de ler. Espero muito que aproveitem bastante esse cap.
Boa leitura!!

Era véspera de natal, e Chris foi quem acordou primeiro. Ele trocou as bandagens do braço ferido, foi até o quarto dos bebês e lá os viu tentarem ficar em pé no bercinho agarrando as grades, mas acabavam caindo de bundinha. Com um sorrisão ele os pegou no colo e os vestiu para irem até a padaria com ele. Chan vestiu o acessório “canguru”, em que um dos bebês ficava nas suas costas, e o outro virado pro seu peito. Era um acessório bem prático para passeios rápidos que não precisaria do carrinho duplo de bebê.

Depois de preparar os bebês e vesti-los bem por causa do frio, saiu até a padaria na esquina.

Apesar de não ter como saber de certeza, Christopher podia apostar que os gêmeos adoravam visitar a padaria por causa do cheiro de pão fresco que pairava no ambiente.

— Ba. – Jake disse tentando tocar o rosto de Chris. Aquele biquinho que ele fazia ao dizer “ba” era fofo demais.

— Ba. – Chris sempre respondia a ele.

— BA. – Wonpil disse às suas costas.

— Ba. – Chris respondeu a ele.

A espera de sua vez para ser atendido, Chan ajeitou o capuz de tigrinho de Jake e o estava fazendo tirar a mão da boca pela décima vez quando uma senhorinha se aproximou deles.

— Gêmeos! – ela disse admirada – Como são lindos!

— Obrigado – O alpha disse com o sorrisinho como se ele é quem tivesse feito aqueles bebês, até que se lembrou que não foi. Ficou até um pouco constrangido ao lembrar disso.

— Eles são os gêmeos daquele ômega grávido do navio, não é? – ela sorria.

— A senhora estava no navio? – Bang se surpreendeu.

— Estava sim. Eu, meu marido e nosso pug sobrevivemos, graças a Deus – Olhou para o teto com a mão no peito — fico tão contente que você e o seu ômega também estão bem.

— Ah, eu também estava no navio, mas acho que está me confundindo com outra pessoa.

— Ah, perdão. – ela colocou a mão na boca - É que você é muito parecido com o alfa daquele ômega, por isso me confundi.

— O alfa dele não sobreviveu... – contou.

— Coitadinho – se referiu a Seungmin - E você é o novo parceiro dele?

— Sou sim.

— Você também perdeu seu amado no naufrágio? É normal alfas e ômegas que perderam os parceiros encontrarem conforto juntos.

— Não, eu não perdi um ômega.

Ela arregalou os olhos.

— Ora, um alfa que nunca teve um ômega se envolver com um ômega marcado? Isso é bastante raro...

— É sim...

A senhora começou a falar com os bebês, contando que foi ela quem deu uma sopa para eles comerem enquanto ainda estavam na barriga.

Christopher não estava prestando atenção, estava distraído.

.
.
.

Enquanto caminhava de volta pra casa, Bang ficou pensando no que a senhorinha falou.

Ah, perdão. É que você é muito parecido com o alfa daquele ômega, por isso me confundi.”

Então... ele era parecido com o tal de “Bang”.

Será que é por isso que Seungmin se interessou por ele?

Bem, não adianta pensar nisso.

Chegou em casa com a sacolinha com o pão fresco e depositou sobre a mesa.

Suspirou.

Mesmo sem querer, estava se sentindo triste.

Olhou para o apartamento grande. Aquele apartamento Seungmin comprou com as economias que ele e o Bang guardaram para a vida juntos. Era um alpha com dinheiro e que pôde conceder conforto pra família. Até disso estava com ciúmes.

— Minnie? – chamou depois de botar os gêmeos no cercadinho e tirado o acessório canguru. – Minnie? – chamou outra vez com a ausência de resposta.

Foi até o quarto e o encontrou vazio.

Procurou Seungmin e não o encontrou pela casa. Olhou para o celular, mas não havia mensagem alguma.

— Que estranho... – murmurou.

Ouviu a porta da frente se abrir, e foi até lá para ver seu amado chegando.

— Aonde você foi? – Chan perguntou preocupado. – Saiu sem deixar recado...

Seungmin tinha um sorrisão grande no rosto e as mãos estavam nas costas escondendo algo. Em um gesto cuidadoso revelou o que escondia.

Um lindo buquê.

— Hoje faz um mês que começamos a morar juntos. – Min sorria lindamente.

Chris encarou o buquê recheado de rosas e carinho. Sem querer, lacrimejou um pouco.

— E parece que foi ontem – Kim voltou a falar, entregando as flores – que o alfa mais fofo, carinhoso, forte e incrível do mundo, me convidou para tomar um café.

— Eu não sou fofo. – disse tentando disfarçar os olhos cheios d’água enquanto abraçava as flores.

— Acha que está enganando quem? – Min deu risadinha.

Sentindo o rosto corar, Chris levantou os olhos para seu ômega

Ah, como o amava tanto...

Dane-se todas as inseguranças. Amava Seungmin mais que tudo no mundo. Puxou seu amado para um beijo gostoso, e Kim o abraçou lhe dando beijinhos na bochecha.

— Eu te amo – murmurou o ômega.

— Eu também te amo, Minnie.

Ainda segurando as flores em uma das mãos, Bang abraçou o ômega apertado apoiando o rosto em seu ombro para esconder as lágrimas que surgiram por sentir seu peito quente de tanto amor que sentia e recebia.

...

De tarde, Kim estava fazendo uma chamada no Skype com os pais dele, e mostrava Jake e Wonpil para os avós, conversando com eles para desejar um Feliz Natal. Fez um gesto para chamar Chris para se juntar a eles, e nervoso se juntou a eles no sofá.

— Olá. - Bang cumprimentou nervoso seus sogros pela primeira vez.

— Olá, Christopher. - a mãe de Min o cumprimentou. - Muito prazer.

— Você não mudou nada - o pai de Kim falou e a mãe o deu uma cotovelada discreta — N-Não mudou nada d-desde a última a última foto que Seungmin mostrou. - riu nervoso.

Min revirou os olhos com a bola fora que seu pai deu, quase revelando que os dois já conheciam Chris no passado.

O alpha conversou com eles um pouco antes de se despedirem todos. Os avós prometeram que no ano novo visitariam os netinhos.

...

Naquela noite os quatro foram tomar um banho de banheira para se prepararem para a festa. A banheira era um espaço um pouco apertado pra todos eles, mas dobrando-se os joelhos, os pais ficavam cada um de um lado com um bebê no colo. Seungmin segurava Jake, e Christopher, Wonpil.

Kim afundava a boca e fazia bolhas assoprando sob a água. Os bebês riam e tentavam imitar.

Os gêmeos batiam com as mãozinhas na água e riam enquanto viam os patinhos navegarem pela banheira. Os papais aproveitavam a distração deles para lavar as cabeças dos pequenos com o shampoo baby.
Sentiam-se a família mais feliz do mundo enquanto sorriam um para o outro.

...

Vestiram Wonpil com uma roupinha vermelha e uns enfeites em seus fios, e Jake estava com calça jeans e blusa verde, com gel no cabelo.

Pareciam dois bonequinhos fofos, e Chan estava ajoelhado tirando um monte de fotos deles enquanto eles engatinhavam em sua direção sorrindo e dizendo “ba”.

A ceia de Natal seria no apartamento deles, e os hyungs viriam também. Daqui a algumas horas todos chegariam.

— Jisung vai trazer a sobremesa – Min contou lendo a mensagem no celular. Estava de um lado ao outro na cozinha com o preparativos da ceia.

— Channie, pode ir nos Jeongbin pedir um pouco de sal? Esqueci de comprar ontem.

— Eu vou lá – Chris disse depois de tirar de Won uma bola vermelha de árvore de natal, o pequeno a estava chupando como se fosse uma fruta. – Isso aqui não é de comer – contou para ele.

Chan saiu do apartamento, andou pelo corredor e bateu de leve na porta dos amigos. Ouviu lá de dentro:

— Será que nos desejos de ano novo o meu vai se realizar de você parar de quebrar tudo que toca? – disse Jeongin.

— Eu já pedi desculpas! – retrucou Changbin.

Com a porta entreaberta, Chris já estava pronto para interromper quando ouviu citarem Seungmin.

— Tem acontecido tantos milagres ultimamente que tenho esperanças. – riu - Vê o Seungmin, depois de meses desejando notícias do alpha dele, eu nunca achei que o dito cujo voltaria.

Changbin respondeu suspirando:

— Foi um milagre ele ter sobrevivido. Agora que está de volta, acho que os dois não se separam mais.

Chris apertou a maçaneta que segurava, chocado com a notícia.

— Também acho bem difícil. – Jeong admitiu — Aqueles dois são prova de que tem casais que nem o destino pode separar. Me passa os guardanapos? Vamos ter que levar também.

Christopher encostou a porta.

Estava em choque.

Olhou para o chão.

Estava ficando difícil respirar.

.
.
.

— Ah, Channie, e então? Trouxe o sal? – Min perguntou passando as mãos no avental.
Chegando mais perto, Chris lhe lançou um olhar ferido.

— É verdade que o seu alpha sobreviveu ao naufrágio? – questionou.

Seungmin pareceu chocado por ele saber dessa informação, mas pelo visto não tinha como escapar. Desviando os olhos, ele respondeu fracamente:

— Sim...

— Porque não me contou? Ele entrou em contato com você?

— Entrou, mas...

— Não me diga que quer voltar para ele...

— Channie, não é assim tão simples... – disse se aproximando.

— Ele quer tirar vocês de mim. – protestou — Não. Eu não vou deixar. – começou a andar de um lado para o outro, falando rápido. Continuou;

— Eu quero ficar com você e as crianças. Ele não estava aqui quando você precisou, EU estava! Eu... eu não posso ficar sem vocês três. - não conseguiu segurar o lacrimejo, pensando na possibilidade — Não posso, Minnie. – ele parou na frente do ômega, estava tremendo

— Eu não posso perder vocês três... Não posso... – soluçou — vocês são tudo para mim...

— Amor, se acalma. – Kim lhe segurou o rosto com carinho.

Bang segurou as mãos do outro, tirando-as de seu rosto, depois o puxou para abraça-lo apertado.

— Eu te amo mais que qualquer um nesse mundo... – O alpha chorava - por favor...

— Channie, para de chorar, assim você acaba comigo – chorava junto.

— Eu vou ser um bom pai pro Jake e pro Won. Vou ser o melhor alpha do mundo para você. Eu juro.

Seungmin o afastou em um movimento calmo, removeu o avental, foi até a árvore de natal e pegou dois objetos lá.

— Eu ia te dar isso amanhã, no Natal. Completei o álbum ontem. – contou alisando a capa — E esta aqui – esticou — é a minha história.

Chan pegou o álbum sem entender e o abriu começando pela parte de trás, onde havia as fotos mais recentes. As páginas folheadas mostravam: os quatro juntos, Chan com as crianças, depois fotos de Seungmin e os hyung com os bebês com apenas poucas semanas de idade, depois fotos da gestação, e por último as fotos da história de Seungmin antes da gravidez.

Fotos de Seungmin com seu alpha.

Mas...

Era Christopher quem estava nas fotos.

Em todas elas, o casal se abraçava, se beijava e sorria bonito para câmera. Dois rapazes extremamente apaixonados.

Chan não reconhecia aquelas fotos, aqueles lugares, aquelas roupas, aquelas pessoas ao redor...

— Esta foto aqui – Seungmin apontou – foi tirada no terceiro encontro. – depois apontou uma em que estava dormindo – meu alpha sempre gostou de tirar fotos minhas, principalmente quando eu estava dormindo. – deu uma risadinha, continuando;

— me lembro que essa aqui foi na manhã que ele me ensinou a virar panquecas. Essa aqui foi em uma viagem nossa.... essa aqui estávamos no gramado da faculdade, e essa aqui é de poucos dias antes de descobrirmos sobre a gravidez, e essa aqui foi no dia que descobrimos que eram gêmeos.  – disse com nostalgia. — Meu alpha sempre gostou de tirar fotos, muitas vezes me contou que queria largar a faculdade para fazer um curso de fotografia.

Chris não podia acreditar. Ainda estava processando as informações vendo as dezenas de fotos a sua frente com grande choque.

— Chris... – O ômega disse com carinho – Esse nas fotos é o meu alpha, o pai dos meus filhos e o amor da minha vida. Ele perdeu a memória ao sobreviver ao naufrágio, mas mesmo assim voltou pra mim.

— P-Porque não me contou antes? – Chris balbuciou.

Seung sorriu.

— Você voltou porque me ama, e não por causa do nosso passado. Achei que ia ser muito chocante contar tudo assim que nos encontramos. E eu queria terminar de escrever isso aqui. – entregou o segundo embrulho.

Chris ainda não conseguiu processar tudo aquilo. Abriu o presente e deu de cara com um livro fino intitulado na capa:

“As memórias perdidas de Christopher Bang.”

— Eu queria terminar pra te entregar no Natal – Seung contou – Escrevi todos os nossos momentos juntos, de quando nos conhecemos até o dia que fugimos. Eu te avisei que era um romance. - sorriu.

Chris levantou os olhos para ele.

— Minnie...

— Sim?

— Você... é meu ômega?

— Sou sim.

Chris já estava chorando ao continuar:

— Jake e Wonpil são meus filhos?

Seungmin também chorava junto com ele.

— São sim. São nossos bebês.

Bang se encolheu até o chão usando o livro para tampar o rosto que estava manchado com tantas lágrimas. Min se ajoelhou a sua frente, rindo e chorando ao mesmo tempo, e o puxou para um abraço. Bang o abraçou chorando um monte, chegando até mesmo a soluçar, enquanto Seung lhe acariciava os cabelos.

— Eu te amo tanto... – Bang chorava com ranho escorrendo do nariz. — Tanto... tanto... tanto...

— Eu também te amo, meu amor. – Kim disse lhe limpando as lágrimas.

Christopher procurou com o olhar os seus bebês e viu que os gêmeos os olhavam curiosos. Chris foi até eles e os segurou no colo, vendo aqueles olhinhos redondinhos e as chupetas na boca mexendo sem parar.

Seus filhos.

Sempre sentiu que eles eram seus filhos, mas estava contentíssimo em descobrir que também eram filhos de sangue.

— Eu sou papai de vocês – contou rindo junto às lagrimas.

Seungmin se uniu a ele e pegou um dos gêmeos no colo para que se abraçassem como família.

Chris ainda não conseguia acreditar naquela felicidade toda que estava sentindo. Parecia um sonho... e não queria acordar.

— Esse é o melhor presente que eu poderia receber. – o alfa disse abraçando todos.

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