Capítulo 22 - Seja bem vindo, Protetor!

Hopi rosnava e olhava desafiadoramente para o cara que queria arrancar o seu precioso filho dos seus braços. Fazia poucos minutos que tinha chegado com Hana e foi só dar de cara com os parentes de Minka, que o ômega deixou bem claro que ninguém ia levar a criança dali, o que ocasionou palavras ameaçadoras e zombaria por parte dos Heavenly Anioł.

— Você pode rosnar o quanto quiser, mas o garoto vem com a gente. — vocacionou Oton.

— Só por cima do meu cadáver. Minka é nosso filho, meu e de Kendall e se pensar em triscar só num fio de cabelo dele, eu te mato.

A mulher que estava do lado do cara, arfou e olhou com medo para ele, o que fez Hopi avançar só para assusta-la e sorriu quando escutou o grito e viu o medo em seus olhos.

— É um bando de animais, só podia ser um lobo, a raça mais impugnante da terra e ainda quer criar um dos nossos? Um ser angelical? Estar a brincar com a nossa cara.

— Minha querida, a única animal que vejo aqui é você e o seu filho. Abutres. — Hopi sorriu e se afastou para o lado do seu companheiro e olhou para Minka que estava agarrado nas pernas de Kendall.

— Oton, faça alguma coisa com esses animais. A cada minuto que a gente perde aqui me faz ficar enjoada.

— Meu Deus, alguém me segura, pois acabarei dando um tapa nessa mulher se ela não parar de nos xingar. — Yukiya exclamou. Ele estava do lado de Atisla, que ao ver o japonês dar um passo, segurou a sua mão.

— Calma Yuki. Pessoal, nada vai se resolver se continuarem a brigar, tenham calma e conversem civilizados, sei que vocês são pessoas civilizadas, quer dizer, já esses dois ai eu não botaria minha mão no fogo.

— Quem é você para dizer que somos civilizados ou não? Nem era para entrar na conversar, era para estar junto com a sua família na África, seu animal preto.

Um silêncio se fez após Ksenia falar, um clima tenso tomou de conta, o pessoal que ali estavam olharam surpresos e indignado pelo preconceito escancarado na fala e no olhar da vampira.

— Uou, de baixo do meu teto ninguém é descriminado. — Meda quebrou o silencio e andou firme até a mulher. — Olha, senhorita. Sei que você está chateada e com raiva, mas isso não faz com que você descrimine uma pessoa, seja por cor, religião ou orientação sexual. Então, para eu não te expulsar da minha sala por esse preconceito escancarado, peço que se desculpe com Atisla.

— Você deve estar brincando com minha cara. Eu? Receber ordens de uma serva? Só pode estar de brincadeira. — disse empinando o nariz.

Kimama não aguentou e se levantou do sofá onde estava. Ele foi até mulher e estreitou os olhos. Se olhar matasse, Ksenia já estaria enterrada.

— Ainda bem que você é mulher, pois já teria avançado em ti. Queridinha, ninguém entra aqui diz esses absurdos não e já que você tem esse ar superior, que chama a gente de servo e manda para irmos a África, que se diga que passagem é um continente lindo e maravilhoso, onde que sua população é linda, você está um pouco equivocada. — Kim ergueu a mão e rodeou a sala mostrando a ela.

— Essas pessoas que está vendo com a pele um pouco escura, a maioria dela são nativos americanos, índios e não afro-americanos, por favor, vá ler história e deixe de passar vergonha.

— E para você saber, nessa aldeia tem pessoas negras, o meu marido é um maravilho afro-americano e o meu filho puxou o pai e oh, ele nasceu um alfa. Então... o próximo alfa da aldeia vai ser um lindo menino de cor escura, negro, preto o que você quiser chamar. Ele crescera sabendo respeitas as pessoas, abraçar as diferenças e Minka vai crescer aqui. Deus me livre uma criança crescer com seus ideias de pensamentos. Uma criança preconceituosa, ainda bem que Minka encontrou Hopi e Kendall, pais que vão dar amor, carinho e ensinar a ser um humano, uma pessoa de boa índole.

Ksenia revirou os olhos e deu de ombros. — Vocês me dão sono. Oton, por favor, pegue Minka e vamos embora dessa casa de pessoas... hum, de caráter duvidosas. Meu neto não vai ser criado por negros, gay... Um bando de animais, que eram para estar num zoológico.

Minka que estava agarrado na perna do seu pai Kendall, ele se afastou e foi até a mulher, que sorriu para ele. O pessoal, principalmente Hopi, o chamaram. A criança sorriu e voltou o seu olhar para a canela dela e a chutou e depois chutou ao do homem, que xingou e pegou em seu colarinho, fazendo levantar do chão.

— Seu pirralho. — disse entre dentes.

Kendall rapidamente agiu e deu um murro em Oton e ao mesmo tempo pegou Minka. — Não toque em meu filho. — rosnou ele. — Se pensar em tocar ou bater nele, você está morto.

— Animais! — gritou o cara. — Vocês são um bando de animais.

E assim começou a terceira guerra mundial na sala da casa do alfa.

Annika que estava sentada no sofá da imensa sala, revirou os olhos e procurou pelo seu celular, pois aquela briga iria demorar a terminar e seria um tedio. Ela ao pegar o seu Iphone X, quase que interrompia a discussão para pedir a senha do wi-fi, mas logo descartou a ideia, não queria ser o alvo daquela guerra.

Às vezes, ou quase sempre, odiava o seu pai e sua querida avó, que Anjos a perdoasse, mas Ksenia era uma dondoca de primeira linha e odiava ser chamada de avó, pois como a própria vive dizendo: Estava na flor da juventude.

Oh, com certeza. Só se for a flor da juventude da terceira idade. E além de ser velha que nem as escrituras, a sua avó ainda estava com a mente da pré-história, não evoluiu mentalmente. Ela odiava as palavras preconceituosas e como uma Youtuber Polonesa que tinha vários alvos de público, a deixava desconfortável.

Annika sabia que a decisão de levar o seu primo Minka era só para pegar a grande fortuna que seus tios deixaram e pior que podia nem opinar, da última vez as suas costas passaram uma semana ardendo. As vezes queria fugir de casa, mas como filha única de Oton, não conseguira passar nem cinco minutos na rua sem que os seus guardas a encontrassem.

Ela franziu o cenho quando passou a escutar batidas, o que fez ficar assustada e passou o olhar ao redor com medo de que eles aumentaram o nível da guerra.

De palavras agressivas para murro e tapa. Porém viu que todos estavam só gritando e acabou percebendo que vinha da porta.

— Hello, alguém? Estão batendo na porta... Ah, ok então. — ela revirou os olhos e se levantou.

A adolescente desviou das pessoas e foi até a porta, ao abrir ela abafou um grito. Na sua frente estava o anjo mais quente que o céus e o mundo já viu.

— Bom dia. Er, Hopi e Kendall Miwork-Potawatomi estão?

— Quem? Oh, sim. Bem, entra. — ela se afastou e deu espaço para o próprio Lucífer entrar.

Não era Lúcifer, mas se comparava a beleza do anjo caído. As vezes queria poder entrar no submundo só para olhar de perto aquele diabo em forma de deus grego, mas sabia que seria aniquilada só de passar pelo portal.

Então era melhor viver na terra, do que ir atrás de Lúcifer e morrer na primeira oportunidade ao encontrar um demônio. E também pelos boatos, o príncipe das trevas gostava dos escravos com um bastão na frente e ela não tinha aquilo para agradar o diabinho.

— Eles estão digamos um pouco ocupados. Sabe como é, reunião de família sempre termina assim. — ela deu de ombros e ao ver o anjo sorrir, quase que pulava de alegria. — Então... Eu chamo a atenção deles... Senhor?

— Ah pode deixar comigo e me chame de Castiel, senhorita Annika.

A adolescente abriu a boca surpresa e ficou que nem um peixe, abrindo e fechando sem conseguir falar.

Castiel colocou a sua maleta no chão ao seu lado e com as mãos desocupadas ele levou os dois dedos indicadores para a boca e assoviou e não era um simples som, este assovio o anjo aprendeu no céu e só era escutado na mente das pessoas e aqueles que estavam na sala, menos a garota e as crianças não ouviram, mas os adultos pararam imediatamente a discussão e se encolheram pelo alto som em suas cabeças.

O anjo sorriu de lado. — Desculpas pelo som irritante, mas tive que fazer isto.

— Tá, mas quem é você? — Indagou Hopi cruzando os braços.

— Castiel! — Sebastian murmurou e acenou para ele.

Daryn que estava no colo do seu pai Fred, olhou surpreso para Castiel, ele nunca pensou em vê-lo de novo, não tão cedo e bem ali. — Cass! Não acredito.

O anjo sorriu de lado, em seguida acenou para Sebastian e jogou uma piscadela para Daryn, mas logo sua atenção foi para Hopi e Kendall, ele ficou sério e pegou a sua maleta que estava no chão.

— Desculpas interromper o que estava acontecendo. Me chamo Castiel, sou um anjo serafim e também encarregado/advogado no Conselho dos Anjos, estou aqui justamente para falar com Hopi e Kendall Miwork-Potawatomi sobre a custódia de Minka.

Oton sorriu e ajeitou o seu terno. — Acho que tudo irá se resolver agora. Ele é um dos nossos e com certeza vai passar a guarda do pivete para nós, pois somos a família verdadeira e biológica dele.

O ômega franziu o cenho e se apoio em Kendall. — O que você quer? Quer dizer, você não vai tirar Minka da gente não, né?

— Claro que vai! — respondeu Ksenia. — Nenhum anjo vai permitir isto, que você e seus ideais duvidosos continuem a criar o meu neto.

— Uou, calma! Não vou tirar ou dar uma criança a ninguém, irei só ler o testamento e fazer como Teos Heavenly Anioł pediu.

— Meu irmão fez um testamento?

Castiel assentiu. — Sim, ele fez. E isto é algo sério e tenho que ler o testamento e fazer como ele pediu. Hopi, posso chama-lo assim? Então, podemos ir para um lugar em particular ou quer que eu leia aqui?

— Pode sim... E sim, por favor. Essas pessoas que estão aqui é minha família e não escondo nada deles, mas esses dois ai. — disse apontando para o casal de anjos-vampiro. — Podem ir embora. Não são bem vindos.

— Só saio daqui quando ele ler o testamento e disser que iremos ficar com Minka. — disse Ksenia batendo o pé no chão. — Ninguém me tira daqui.

— Filho, acho que eles devem ficar aqui e ouvir o que Teos deixou. — O alfa saiu do seu lugar e foi até o anjo, os dois se cumprimentaram. — Castiel, sou Manitu Potawatomi, sou o alfa da Alcateia Wolf Moon, por sente-se. Quer tomar alguma coisa?

— Obrigada, mas não. Agradeço a gentileza. E peço que vocês se sentem também. Se sintam à vontade.

Kendall puxou Hopi até o sofá e o fez sentar e em seguida Minka subiu em seu colo e o abraçou. O loiro sorriu para os dois e apertou a mão do companheiro, em seguida Minka colocou a sua mão em cima da deles.

Lágrimas desceram pelo rosto rosado do ômega.

Castiel abriu a maleta e pegou os papeis que estavam dentro e começou a ler.

Eu, Teos Heavenly Anioł, declaro que metade da minha fortuna e as duas propriedades em Londres e na Polônia, além da Ferrari de cor preta, o posher e minha motocicleta Suzuki B-King seja designado para o meu irmão, Minka Heavenly Anioł, quando não eu tiver mais vivo. O dinheiro vai para um fundo fiduciário e só será permitido mexer nele quando Minka completar 21 anos e até lá deixo como tutor legal do meu irmão o casal Hopi Miwork-Potawatomi e Kendall Miwork-Potawatomi, podendo vender as casas e os automóveis para ajudar na escolaridade dele.

Deixo para Minka as minhas câmeras fotográficas e como um pedido especial, deixo 13 cartas enumeradas, e em seu aniversário seja lido uma carta até completar 21, que é a última carta.

E para o casal Hopi e Kendall, deixo uma carta...

— Isso é um absurdo. — Ksenia se levantou indignada interrompendo Castiel. — Isto está errado. Teos não sabia o que estava fazendo. Minka é nosso.

O anjo deu de ombros e balançou com a cabeça negativamente. — Sinto muito, senhora, mas o que está escrito aqui é sério e válido. Hopi e Kendall possui a guarda e Minka é o herdeiro da fortuna.

— Aquele moleque infeliz, não pensou na gente, na própria vó. Oton, vamos embora daqui. Mais um minuto neste lugar ficarei louca.

— Já vai tarde. — disseram os membros da Gangue Rose juntos, o que fez eles se entreolhassem e rissem.

Ksenia revirou os olhos e continuo a chamar o seu filho, que logo se levantou e puxou Annika pelo braço e foi até ela e segundos após eles foram embora.

Todos que ali estavam gritaram em vitória, pois os abutres não conseguiram o que queria e oficialmente Minka era filho de Hopi e Kendall.

— Uou, cara! Graças a Deus que você chegou. E falando nisso, por que não veio logo? — Hopi perguntou animado.

— Estava um pouco ocupado com outras coisas, mas minha demora veio em uma boa hora. E ah, eu não terminei. Ainda falta a outra metade do testamento e acho que eles saíram na hora certa.

— O que diz nessa outra metade? — Kendall franziu o cenho, ele olhou curioso para os papeis que o anjo tinha em mãos.

— Olha, eu sei que vocês já tem Minka e agora já vem outro a caminho, um bebê, eu não sei se vocês irão aceitar o que está aqui e assim deixo em aberto para vocês negarem, pois já tem muita coisa para cuidar.

— Cara, fala logo! Estou quase roendo as minhas unhas. — o ômega sorriu e gesticulou para Castiel. — O que tem ai?

— Ok. Lá vai.

Na segunda parte do testamento, eu declaro que a outra metade da fortuna vá para Olek Theo Heavenly Anioł, meu filho. O dinheiro vai para um fundo fiduciário e só será permitido mexer nele quando Olek completar 21 anos. Além disso, deixo para ele minhas duas propriedades na França e Londres, minha Ferrari vermelha, a minha Harley Davidson Road King e a BMW8 8 Series Coupe.

E se um dia a mãe dele morrer e eu também, declaro que o casal Hopi Miwork-Potawatomi e Kendall Miwork-Potawatomi, sejam tutores legal de Olek, podendo vender as casas e os automóveis para ajudar na escolaridade dele.

Ao terminar de ler, Castiel colocou de volta o testamento na maleta e olhou seriamente para o casal. — Então, o que vocês decidem? Não julgarei se não querer ser tutor de Olek, ele é uma criança que só tem dois anos e meio, ainda é muito pequeno para saber sobre as coisas do mundo. A mãe recentemente morreu e está sendo cuidado pela assistência social. Por isso que vim aqui hoje, pois ontem recebi a notícia.

— Teos teve um bebê? Por que ele não me contou? Ele sempre me contava tudo... Eu posso vê-lo? Papa, papai! Por favor, quero encontra-lo.

Hopi não sabia o que fazer, ficou chocado com a notícia. Ele nunca pensou de que Teos fosse pai, ele nem falou nada a respeito quando estava com o pessoal no plano de matar Hendrick.

— Hopi? — O ômega soltou a respiração e olhou para o seu companheiro que o chamou. — Você está bem?

— Só chocado. Eu... Onde ele está, a criança?

— Em Londres. A sua mãe era de lá. A moça, Elizabeth não tem parentes e Olek só tem os parentes de Teos, mas com a sua morte... Ele está sendo mantido pela assistência social, o garoto está morando num orfanato. Olha, vocês não precisa tomar a decisão agora, vocês tem muita coisa para cuidar. Ok?

— Papa... Papai? — Minka os chamou. — Eu posso pelo menos vê-lo? Kendall apertou o abraço entre ele e a criança, em seguida fixou os seus olhos nos de Hopi por alguns segundos. A troca de olhares era como conversa interna, só os dois sabia o código.

E como para finalizar a conversa, Hopi sorriu e assentiu, mas quem começou a falar foi Kendall, que pegou na mão do loiro novamente e o puxou para os seus braços.

— No começo do nosso relacionamento, a gente nunca pensou em ter filhos, mesmo que fosse uma situação possível, sendo que Hopi podia engravidar por causa de ser um ômega. Mas Minka veio de uma forma inusitada, em uma situação trágica, mas ele fez a diferença. Eu por exemplo, comecei a me apaixonar por ele, por seu jeito e comecei a me apegar, queria que ficasse com a gente 24 horas por dia. E Hopi o conheceu naquele lugar, cuidou dele e os dois se apegaram de uma forma maravilhosa.

— E com a convivência, da maneira que a gente passou a trata-lo era mais do que um casal cuidando de uma criança de outra pessoa, como amigos, era mais além disso. A gente passou trata-lo e cuidar como se fosse nosso, um filho de nos dois. E quando decidimos de tornar isto oficial, de pergunta-lo se poderíamos ser como pais dele, de fazê-lo como nosso filho, foi só um passo para algo que já era real.

— E outra surpresa nos pegou, Hopi ficou gravido. A gravidez não foi planejado, mas ficamos felizes e loucos pelo bebê, já amamos ele, mesmo que ainda esteja na barriga e vai demorar para nascer. E repetindo, a gente nunca pensou em ter filhos, mas olha, temos duas crianças lindas e amadas. Dois filhos que veio de uma forma inesperada. Mas agora deram a oportunidade de escolher de ter mais um, de perguntar se queremos ou não. Não, não aceitamos que isso seja perguntado como se essa criança fosse um objeto, um produto que pode ser descartável. Esta criança, como Minka, ficou órfão de pais desde cedo, mas a única diferença é que Minka tinha o seu irmão para cuidar dele e este bebê não tem ninguém, até agora.

Todos que ali estavam ouvia o que o casal falava, principal os seus amigos, que sorria abertamente para eles. Hopi que ouvia atentamente e assentia para cada palavras do seu companheiro, se ajeitou na cadeira e tomou a palavra.

— Eu não conheci Teos muito bem, no começo tive raiva dele, mas entendi do porquê quando conheci esse garoto. Ele cuidou muito bem de Minka e saber que deixou a guarda dele para nós, foi uma surpresa e uma alegria, além de saber que é estranho por causa das circunstâncias. Como ele sabia que Minka e eu iria nos dar bem? De Kendall e eu faríamos de Minka nosso filho? São perguntas que jamais terei respostas, mas isto deixa claro que ele confia na gente para cuidarmos dele e de seu filho. E como Kendall falou, Olek não é um objeto que tem a opção de ser descartável, Olek é um bebê que merece ser amado e cuidado e como Teos confia na gente, seremos aqueles que iremos dar isto a ele. Seremos mais do que os seus tutores, seremos os seus pais. Ele já é nosso e farei a mesma pergunta de Minka: Quando podemos vê-lo?

Ao terminar de falar o pessoal gritaram de felicidades e foram para cima deles, os abraçando.

— Ai meu Deus. Serei vovó de novo. — exclamou Carmem abraçando o seu filho. — Estou tão feliz, já quero apertar e abraçar o bebê.

— Isso merece uma festa! — Kim comentou emocionado. — Uma grande festa.

— Calma lá! Primeiro temos que ajeitar o quarto do bebê. Colocar mais uma cama, comprar coisas novas... Estou tão animado. — Hopi disse sorrindo. — Mas depois disso tudo, podemos fazer uma festa para recebe-lo, claro, que depois da gente ficar um pedaço com ele, para não estressar ou estranhar a gente.

— Não se preocupe. Eu e o resto da Gangue cuidaremos da festa.

O ômega assentiu concordando, em seguida desviou o seu olhar para Minka que estava nos braços de Kendall. — Hey bebê, o que você acha disto tudo? — indagou ele ao se aproximar.

A criança sorriu e limpou o rosto machado de lágrimas. — Obrigado por querer ele também. Amo vocês, papa!

Hopi não aguentou e o abraçou fortemente, lágrimas desceram pelo seu rosto como uma cachoeira. — Oh bebê! Também te amamos, muito! — disse o enchendo de beijos.

— Mas eu tenho uma pergunta.

— Sim? — falou Kendall.

— Ele vai ser meu irmão ou meu sobrinho?

O casal abafaram uma risada. — Oh querido. — o nativo americano o beijou na testa. — Ele vai ser nosso filho, então, se sinta como irmão mais velho dele, ok?

— Olek, meu irmãozinho. Protegerei ele e amarei. Teos deve estar muito feliz.

Castiel que ainda estava sentado observando aquela enorme família feliz, se levantou e foi até o casal. — Desculpa interromper, mas preciso entregar as papelada e agendar o dia para Olek vir para cá. Além disso tem os papeis para vocês assinar, para se tornar tutor legal deles dois.

— Certo. Quando poderemos recebe-lo? Quer dizer, quero que seja logo. — falou o ômega.

— Bem, se vocês quiserem, amanhã está ok e também assinar os papeis, o que acham?

— Perfeito! — exclamaram juntos.

— Senhor, posso fazer uma pergunta?

O anjo assentiu. — Claro que sim, Minka! Pode falar.

— É possível eu mudar de nome?

— Como assim, filho? — disse Hopi sem entender.

— Eu... eu queria que tivesse o nome de vocês. Quero que me chamem de Minka Miw..Miwork-Pao...Pao, vocês sabem. — Minka falou tímido, as suas bochechas ficaram rubras.

— Isso é possível? — indagou Hopi apressado. — Por favor, diga que sim.

Minka olhou para o ômega surpreso. — Não ficou com raiva, papa?

— Oh meu menino. — o loiro abriu um enorme sorriso. — Você me fez feliz, só isso. E se não aceitarem mudar, mas mesmo assim passaremos chama-lo assim. Ok, né Kendall?

— Com certeza. — disse emocionado.

— Não se preocupem rapazes, isto é muito possível. Vocês vão querer mudar o de Olek também?

— Sim, mas não queremos mudar completamente, será que tem como deixar pelos o Havenly nos sobrenomes deles? Por que se for todos, vai ficar como uma lista de compras. — Indagou Hopi levando todos a rir.

— Claro que sim. Estou felizes por vocês.

— E imagina a gente. — Kendall falou olhando para o seu filho e companheiro. — Sou um homem completo, com três filhos. Explodindo de felicidades. Suponho que quer ajeitar os papéis, né?

— Sim e amanhã vocês estarão com Olek. Irei buscar pessoalmente.

— Será que podemos ir com você, hum? — O ômega perguntou mordendo a pontinha do polegar.

— Oh, se vocês quiserem, podem vim. E isto dar a vocês menos de 24 horas para organizar o quarto dele.

Kimama que estava ao lado do seu companheiro, tomou a frente sorrindo abertamente. — Não se preocupe, o meu sobrinho vai ser bem recebido e com um lindo quarto.

— Bom escutar isto. Mas agora é minha hora. Vocês guardem isto e amanhã nos veremos, venho encontra-los duas horas da tarde, pode ser?

— Sim e muito obrigado. — Kendall apertou em sua mão e pegou a pasta que o anjo deu. — Irei até a porta com você.

— Muito obrigado, Castiel! — Hopi o cumprimentou e se afastou para que o anjo pudesse passar.

— Foi um prazer conhece-los. Tenham um ótimo dia.

Após o anjo sair da casa, o loiro se sentou e suspirou. — Meu Deus, que começo de dia. Foi tanta coisa... estou tão feliz. — ele sorriu para Kendall que veio para o seu lado. — E ai, como está depois de tudo isso

— Pronto para preparar uma festa.

— É disso que estou falando. — Kimama exclamou animado. — E vocês podem ir se arrumar, pois vamos comprar os adereços para a nova casa de Olek, né Minka? Pronto para receber o seu irmão?

— Sim! Mapi, Daryn! Estou tão feliz. — ele correu para onde estava as crianças.

O nativo americano sorriu para o seu filho e abraçou o seu companheiro, mas sem tirar os olho do pequeno vampiro-anjo. — Somos tão sortudos.

— Muito. — Hopi disse e fechou os seus olhos ao escorar a sua cabeça no peito largo do companheiro. — Estou tão feliz... te amo, amo por ser esse cara tão especial, que está apto para tudo, por aceitar ter Olek, por ser você... Te amo.

— Oh meu amor. — Kendall o olhou para ele e em seguida o beijou na testa. — E eu amo você, meu querido companheiro de olhos azul cobalto, meu marido, pai dos meus três filhos, meu homem forte e corajoso. Te amo. — e em seguida ele finalizou a declaração o beijando.

[...]

Hopi estava ansioso, suas pernas balançava de um lado para o outro e mordia nervosamente a ponta do polegar. Ele olhou para Kendall que estava sentado do seu lado nos bancos da recepção do orfanato e quase invejou o homem.

O seu companheiro se detinha uma calmaria, a sua expressão neutra e com um pontinho de sorriso, além de que não transparecia nenhum nervosismo, longe de si, que estava quase pirando naquele lugar.

— Ele está demorando muito. — exclamou o loiro após alguns minutos. O ômega não aguentou e se levantou do banco duro, assim começou a andar de um lado para o outro, ganhando totalmente a atenção do seu companheiro.

— Calma, bebê! — disse o nativo americano. — Relaxa, logo Castiel está ai com Olek.

— Não dá para relaxar... E se não deixarem trazer ele? E se já o adotaram? E se...

Kendall não aguentou vê-lo assim e o parou imediatamente. — Bebê, olhe para mim. — pediu ele. — Vai dar tudo certo, ok? Respire fundo, se concentre em mim. Ok? Olek já é nosso, está escrito no testamento, assinamos antes de vim para cá. Ele possui o nosso sobrenome. Nada e ninguém vai mudar isto.

— Você está certo. — Hopi abaixou os ombros e suspirou. — Estou enlouquecendo por nada. Ele é nosso... Oh meu Deus, estou tão ansioso para vê-lo e Minka? Ele passou a noite toda só falando nisso e o pobrezinho queria vim.

— Eu sei. Logo ele verá o seu irmão-sobrinho. — disse fazendo Hopi rir. — Está vendo? Relaxar é bem melhor do que ficar todo ansioso e nervoso. Mas devo confessar que eles estão demorando.

— Ah não...

— Rapazes?

O casal rapidamente olhou na direção da voz e arfaram ao olhar Castiel de mãos dadas com uma criança ruiva e de enormes olhos laranja. O bebê vestia um macaquinho com um urso abordado e trazia consigo um gato de pelúcia.

— Oh meu Deus. Olek? — Hopi murmurou.

Castiel assentiu. — Olek, este é Hopi e esse é Kendall.

— Kendall. — disse o ruivo repetindo o ultimo nome que escutara e em seguida riu, revelando duas covinhas e alguns dentinhos já nascidos.

O loiro quase que explodia por tanta fofura. — Posso...?

— Ele é todo seu e tome cuidado, ele adora morder e correr. As moças daqui disse que Olek não para quieto.

— Oh meu Deus. Olha que lindo, Kendall! Ele é a cara de Minka. Hey Olek. — Hopi se abaixou próximo a ele e acenou. — Sou Hopi.

— Hopi! Olha, o meu gato de pelúcia, se chama Garfield. — disse amostrando o objeto.

— Oh, lindo o seu gatinho. Sabe, temos lá em casa um de gato de verdade e o seu nome também é Garfield.

A criança abriu a boca surpreso. — Sério? Eu posso vê-lo?

— Claro que sim. Você vai ama-lo e tem também o Minka, o meu filho, ele vai adorar brincar com você.

— Bom. A Clary me disse que terei uma nova família, é vocês? A mamãe morreu... me deixou sozinho — indagou a criança abraçando o seu gato.

— Kendall... — murmurou o loiro pedindo ajuda.

— Hey, garotão! Não fique triste, tá? Sabemos que é difícil, mas sabe de uma coisa?

— O quê?

— Ela não deixou você sozinho, ela sempre estará com você, aqui. — apontou para o coração e em seguida para a cabeça. — E aqui. Você nunca a esquecera, pois as lembranças vai mantê-la viva em ti. Elizabeth está no céu agora e está sorrindo para ti, te protegendo mesmo de longe. E é por isso que estamos aqui, iremos te proteger, estar com você. Sei que somos desconhecidos, mas logo isso se passará, agora você tem uma casa, um irmão que está te esperando ansioso e um monte de tios, avós e bisavós também.

— Tios? Avó? Terei isso? Era sempre a mamãe e eu.

— Sim, meu querido. — Hopi pegou em sua mão. — Você terá isso e muito mais. Está pronto para ir? E ah, além de Minka, tem outras crianças que estão doidas para te conhecer.

— Vamos! — Olek abriu um enorme sorriu mostrando algumas janelinhas.

— Cadê a mala dele? — Indagou Kendall sorrindo após ver Hopi de mãos dadas com a criança.

Castiel suspirou e o chamou de lado. Hopi arqueou a sobrancelha confuso, mas ficou em seu lugar e continuou a conversar com a criança

— Como posso dizer... — o anjo suspirou resignado. —O Olek só veio para cá com essa roupa e o gato, ele não tem nada. Por isso que fui urgentemente para casa de vocês. Ele não tem nenhum pertence, só o gato laranja, que não larga para nada.

— Então foi bom ter ido as compras ontem. Não se preocupe, Castiel. Agora em diante ele terá tudo.

— Não se esqueça, para uma criança o que mais importa do que objetos materiais, é o amor e carinho.

Kendall olhou para Hopi e o seu filho com um sorriso de lado. — Não se preocupe, isso nunca faltará a ele, nunca!

Continua...


Olek: protetor do povo

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top