Capítulo 21 - Anjo da Guarda
Cameron observava calmamente o seu companheiro enquanto dormia na cama. O mecânico tinha passado quase a noite toda acordado, pois tinha medo de fechar os olhos e quando acorda-se o seu Kim não estaria consigo, medo de perdê-lo tomava o seu ser com força total.
Ele se mexeu na enorme cama e foi ver a hora pelo relógio eletrônico que estava em cima do criado mudo, porém foi impedido de fazer tal ato por uma mão, o que fez olhar com o cenho franzido para trás e encontrou Kimama acordado o olhando sonolento para si, o fazendo sorrir.
— Bom dia, meu amor. — disse em tom baixo.
— Hey, faz tempo que está acordado?
— Mm, um pouco. E você, como está? — Cameron deixou de lado o relógio e voltou a deitar na cama, se pondo de lado e fitou o seu companheiro. — Tão belo. — ele acariciou o rosto de Kim, que ao sentir o toque do companheiro fechou os olhos e suspirou.
— Estou maravilhosamente bem, principalmente porque estou contigo.
— Bom em escutar isto. — Cameron exclamou em tom suave. — Pronto para se levantar?
Kim negou com a cabeça e se aproximou mais do corpo do seu companheiro. — Só quero ficar com você aqui, por favor. — pediu ele manhosamente.
Cameron sorriu e o abraçou. — Você é quem manda. — ele fez com que o estilista colocasse o seu corpo em cima do seu, em seguida começou a acariciar as costas nuas do amado e a beijá-lo na testa.
Kimama suspirou pelo carinho e se aconchegou ainda mais no corpo de Cam. E entre carícias e afagos, os seus corpos despertaram e não demorou muito para que ambos se sentissem excitado, porém Cameron ao sentir o seu pau duro dentro da cueca, fez com que se afastasse, mesmo que tivesse com um enorme desejo de tomar o seu companheiro ali e agora, estava preocupado de machucá-lo e não se perdoaria.
O nativo americano franziu o cenho ao ver que o seu companheiro afastou-se. — O que está a fazer? Eu não mordo. — disse em tom de brincadeira. Ele afastou o seu cabelo do seu rosto e fitou Cameron.
— Eu sei, mas…
— Mas o quê? Oh… — o estilista empurrou a barreira que Cam tinha feito e fez com que todo o seu corpo colasse ao dele e ao sentir a ereção do outro, arregalou os olhos surpreso, porém ele rapidamente abriu um sorriso malicioso. — Vejo que alguém acordou bem desperto…
— Oh, não.. — o mecânico tentou afastar novamente o seu corpo, mas Kim o impediu. — Por favor…
— Por favor o quê?
Kimama não aguentou a maneira que o seu companheiro estava se comportando, com movimentos rápidos ele ficou de joelhos na cama e em seguida o montou, bem em cima do membro excitado de Cameron.
— Agora me diga qual foi o bicho que o picou por estar se afastando de mim. — ele falou em tom sério.
— Nenhum bicho, Kim.
— Então o quê? Para de tentar sair. O que aconteceu, Cam? Você não me quer? É isto? Está com nojo de mim? Eu sabia…
Cameron não o deixou terminar a frase e o puxou para um longo beijo molhado, que fez Kim se derreter em seus braços e perder o fôlego.
— Eu nunca sentiria nojo de ti, nunca. Eu estou perdidamente apaixonado e ardendo de desejo de reivindicá-lo, tomar o seu corpo, beijá-lo e fazer você sentir prazer o dia todo, mas não irei, pois não me perdoaria em te machucar ou aproveitar do seu estado.
— Oh Cam. — Kimama mordeu um sorriso e limpou uma lágrima solitária. — Oh meu amor, é por isso que o amo cada vez mais, mas às vezes você é um bobo.
— O quê?
O nativo lambeu os lábios e sorriu de lado, fez com que estivesse com o seu olhar fatal e traçou com o seu dedo o peitoral do mecânico enquanto falava. Ele vibrava ao sentir o corpo do seu companheiro se arrepiar pelo seu toque.
— Eu quero que você me beije, que toque-me. Quero que o seu perfume esteja em meu corpo como um sinal de que eu só te pertenço, que sou unicamente seu. Quero sentir o seu pau dentro de mim, quero unicamente você.
Cameron arfou de desejo. — Tem certeza?
— Mais do que tudo na vida.
Os dois travaram uma guerra no olhar, o mecânico tentou controlar o seu desejo de tomar o seu companheiro, mas acabou cedendo e o beijou ardemente. Kim gemeu entre o beijou e começou a esfregar as duas ereções, Cameron soltou um gemido rouco pela sensação.
Porém o casal não estavam a sós, Patty e Adrian acabaram se teletransportando no quarto deles.
O brasileiro arregalou os olhos surpresos pelos sons e movimentos, principalmente quando o seu membro ficou duro dentro da roupa e Patty estava na mesma situação, mas reagiu de forma diferente, o italiano olhava maravilhado para cena em questão.
— Será que devemos contar a ele que estamos aqui? — indagou o brasileiro na mente de Patrício.
— Tá louco? Ele vai nos matar e também está sendo a melhor cena de sexo da vida… Kimama é um baita sortudo, Cameron é muito gostoso. — Patty enviou de volta.
Adrian rangeu os dentes, o ciúmes o tomou e para fazer com que aquela cena terminasse, ele tossiu e bateu palmas, o que fez Kimama gritar e pular para o outro lado da cama vago.
— O quê? Ah, Adrian! Patty?! O que estão fazendo aqui? Ai meu Deus, é tão bom vê-lo, mas por que estão no meu quarto?
— Por que você fez isso? — Patty olhou para o brasileiro indignado. — Estava tão bom.
— Oh, bom saber que éramos o espetáculo. — Cameron revirou os olhos. — Porque estão aqui?
O italiano suspirou e voltou o olhar para o casal. — Precisamos conversar Kim. É sobre o negócio do recém criado, companheiro e tals.
— Estou tão feliz em saber que vocês são companheiros. Quase que não acreditei quando Cam falou ontem a noite.
— Então ele deve ter falado que Adrian disse, que é hetero. Dá para acreditar? Cristo.
— Posso fazer nada se gosto de buceta no lugar de pau.— Adrian explicou.
— Sinto muito, querido. Eu sinto cheiro de excitação vindo dos dois, acho que P não foi o único a gostar da cena.
O brasileiro baixou os olhos e sentiu sua pele esquentar.
— Tá vendo? É o que venho dizendo a ele desde ontem, mas como sempre, Adrian mesmo vampiro não deixou de ser teimoso. Espero que a nossa viagem para Polônia faça isso mudar.
— Viagem? Polônia? Como assim? — indagou Kimama surpreso.
— Vladymir disse que tinha um jeito para ajudar-me com a minha fome e o descontrole por sangue. Ele disse que na Polônia teria pessoas que ia me ajudar com isso e que não demoraria para me controlar de vez… e P vai comigo.
— Quando?
— Hoje mesmo. — respondeu Patty. — Por isso que estamos aqui, para nos despedir.
Kimama sentiu os seus olhos arder. Ignorado que estava só de cueca, ele tirou a coberta da cama do corpo e se levantou. Ele andou apressado e puxou os seus dois melhores amigos para um abraço apertado, ignorando o seu companheiro rosnar de ciúmes.
— Vou sentir tanta falta de vocês. Adrian, é tão bom vê-lo vivo. Depois que soubemos da sua morte… Falando nisso, como você se transformou? E o desgraçado do Maicon? Como ele virou um vampiro?
— Parece que quando Maicon estava beirando a morte, quando a gente pensou que o matou, ele acabou encontrando um vampiro que o mudou.
— Que vampiro?
— Hendrick Polanski… Lembro que na época que Maicon se lamentava quando descobriu que esse tal de Hendrick morreu, os dois eram companheiros.
— Não é possível. — Kim sussurrou. — Os dois se mereciam mesmo.
— Vlady nos contou quem era. A mãe natureza sabia o que estava fazendo os juntando como companheiros. — exclamou Patty.
— Pois é, mas ainda bem que agora eles estão no inferno juntinhos. Mas vocês vão agora mesmo? Nem para comermos o café da manhã juntos?
Patty e Adrian se entreolharam e assentiram. — Podemos ficar.
Kim sorriu e os abraços novamente. — Melhor eu ir me vestir, antes que Cam perca o controle.
— Engraçadinho. — O mecânico revirou os olhos, porém logo a sua atenção foi para o toque de celular. — Acho que é o seu. — disse após ver o som não vinha do seu smartphone.
— Onde será que está? — Kim estreitou os olhos e rondou procurando pelo quarto e abafou uma risada ao encontrá-lo caído perto da porta do banheiro. — Bom dia, Dakota.
— Kim, graças a Deus que você atendeu. Venha para casa do alfa, urgentemente.
— O que aconteceu? — indagou preocupado.
— A família de Minka vieram buscá-lo, por favor, venha logo.
[...]
Hopi esfregou os olhos e bocejou. Ele tinha acordado com um enorme enjôo e agora estava na cozinha tentando preparar o café da manhã para os dois homens da sua vida. Com esses pensamentos um sorriso se fez e começou a cantarolar ao redor da cozinha.
Ele não sabia de que horas era, mas tinha certeza que não se passava das seis horas da manhã, pois quando correu para o banheiro para vomitar, o céu ainda estava escuro quando viu pela janela do quarto.
O ômega odiava aqueles enjôos matinais e não via a hora de passar, principalmente a hora de pegar o seu filho nos braços.
Filho este que o ajudou de uma forma especial, Hopi ainda estava desorientado pelo que aconteceu. Sentir e ouvir aquela voz infantil na sua cabeça era uma coisa de doido e foi dessa forma que salvou o seu tio das garras do ceifador.
E que ceifador. Só de pensar naquele ser sobrenatural o fazia ficar bobo.
— Uau! O que aconteceu para estar rindo aqui no meio da cozinha, bebê?
Hopi sentiu o seu rosto esquentar e olhou envergonhado para o seu companheiro. Ainda bem que Kendall não podia ler sua mente, se não, estava numa má situação.
— Nada demais. — deu de ombros. Ele sorriu de lado e se apoiou no balcão. — E você? O que faz de pé agora?
Kendall se espreguiçou, fazendo com que o loiro visse todo o seu abdome, cada covinha e músculo.
Ele poderia admirar quem fosse, mas o seu Kendall era o único homem que o tinha e era o mais gostoso, sexy e carinhoso do mundo.
—Não o encontrei na cama e vim ver se estava bem e pelo visto, está ótimo. Mm.. Hopi, está sujo de baba… — ele apontou para o canto da boca, o que fez Hopi perder o equilíbrio e ligeiramente passar a mão na boca, o fazendo cair na gargalhada.
— Seu… — o loiro exclamou furioso.
Kendall sorrindo aproximou-se dele e colocou os seus braços na cintura do ômega. — Seu amor. Seu Herói, seu rei. É eu sei, sou demais.
Hopi revirou os olhos e bateu no peitoral desnudo do amado. — Muito modesto, senhorzinho.
— Que você ama.
— Não discordo.
— Todos me amam. — piscou sedutoramente.
— O quê? — Hopi disse rindo. — Todos quem?
— Todo mundo, uai.
— Oh com certeza… hm, que cheiro é esse? — o loiro franziu o cenho e farejou.
— Você deixou alguma coisa no fogo? — indagou Kendall.
Hopi arregalou os olhos. Ele empurrou Kendall e correu na direção do fogão, desligou o fogo e choramingou ao ver os ovos muito torrado.
— Porra! Estava indo tão bem. — lágrimas começaram a se formar.
— Hey amor, calma. Tenho certeza que está comes.. Er, não está, não. — disse abafando uma risada.
Hopi bufou em meio às lágrimas dando uma cotovelada em seu companheiro.
— Hey!!
— Para de rir que foi a sua culpa que os ovos queimaram e dê graças a Deus por não fazer você comê-los.
— UFF. Sei.
Hopi fungou e largou a colher que estava mexendo. — Sou um desastre.
Vendo que o seu companheiro estava chorando e com a feição triste, Kendall pegou a vasilha com os ovos e despejou no lixo em seguida pôs na pia.
— Agora se acalma, bebê! Não precisa chorar por causa disso. Ok? Vejo que você fritou tiras de bacon, fez torrada e o que é isto? Não acredito que o senhorzinho fez waffles. Minha boca salivou agora.
Hopi sorriu em meios às lágrimas. — Eu sei que você e o nosso filho é viciado em waffles e tem uma jarra com mel para despejar em cima.
— Você sabe dizer as palavras certas. Vamos comer? Pois estou preparado para devorá-los.
— Mas antes vamos acordar o Minka.
— Não precisa. Não precisa. Estou chegando, papa! Papai!
Os dois sorriram ao ver Minka correr na direção deles. O pequeno vampiro vestia um pijama de ursinhos, usava pantufas e o seu cabelo laranja estava apontado para toda direção.
— Calma, amor! — Hopi declarou ao abraçar o seu filho, que tinha vindo direto para ele. — Bom dia, bebê!
— Hey garotão. Vejo que acordou animado.
— Bom dia, papa! Papai! — Minka olhava sorridente para os dois. — Eu tive um sonho mega bom.
— Oh, que maravilha. E o que foi que o senhorzinho sonhou, hein? — Hopi perguntou enquanto acariciava as suas madeixas ruivas.
— Não irei contar, porque quero que se torne realidade.
— Agora que você me deixou curioso, mas não irei pedir para contar. Está com fome, bebê?
Minka balançou com a cabeça. — Garfield e eu!
— Falando no felino, cadê ele? — indagou Kendall.
— Ele estava vindo atrás de mim… oh, olha ele. — disse apontando para a porta.
O gato laranja espreguiçou e em seguida pulou numa cadeira da mesa.
— As vezes tenho medo dele, juro que este gato olha muito humano para um felino normal.
— O senhor está igual o Hanzel. Ele morre de medo de Garfield, mas um dia peguei ele dando carinho. Ninguém resiste a essa fofura.
— Tenho que concordar. Pronto para comer, bebê? Fiz waffles e se quiser, tem torradas ou posso colocar cereal com leite para você.
— Waffles, por favor.
Kendall riu. — É isso aí, filhão!
Hopi sorriu e pegou os pratos e colocou na mesa. — Seus viciados.
— Não podemos fazer nada se é muito gostoso. Tem mel, né?
— Tem sim, vou pegar. E ah, fiz suco e Kendall, tem café na cafeteira, ainda está fresco.
— Vou pegar.
Hopi foi na geladeira e pegou as duas jarras, na volta para mesa ele cruzou com Kendall, que o parou o beijando nos lábios por breve momento, em seguida se afastaram e se sentaram na mesa.
Hopi sentia o seu coração aquecer, aquele momento era tão natural e familiar, ele nunca pensou que um dia iria estar assim. Casado e com um filho e tendo outro já a caminho. Era único e amava aquilo.
— Ho, me passa o mel. — pediu Kendall.
Hopi pegou a jarra e o entregou e em seguida voltou a sua atenção para Minka e Garfield.
— Amor, você não pode dar sua comida para ele. Garfield tem a sua própria comida na vasilha dele.
— Mas ele prefere comer comigo. — disse olhando inocentemente para o loiro.
Hopi se derretia cada vez quando o seu filho o olhava daquele jeito. — OK, mas só dessa vez.
Minka sorriu agradecido e voltou a sua atenção para Garfield, assim continuou o que estava fazendo, dando as suas tiras de bacon para o felino.
— Só dessa vez? Na semana passada foi a mesma coisa.
— Cala boca. — o loiro falou rindo baixinho enquanto bebia o suco de manga, porém se engasgou pela repentina aparição de Hana. — Ave Maria, quase que fui para o céu. — disse entre tosses.
Hana olhou culpada. — Desculpas, mas não tenho tempo para me teletransportar na porta e bater. — disse aflita.
Kendall franziu o cenho. — O que aconteceu?
— Tenho uma má notícia. — Hopi e Kendall se entreolharam. — A família de Minka estão lá em casa e querem levá-lo.
— O quê? — o loiro gritou se levantando.
— Foi isso que acabei de dizer e eles não vão sair até levar Minka.
Hopi fechou as mãos em punho e estreitou os olhos. — Ninguém toca no meu filho e ninguém vai levá-lo longe da gente, nem por cima do meu cadáver.
Minka largou o pedaço de waffles e se jogou na perna de Hopi, o abraçando. — Por favor, papa, não deixem eles me levar. Eu te imploro, não deixem eles me tirar daqui. — disse chorando.
Kendall sentiu o seu coração quebrar ao ver o sofrimento do pequeno vampiro. Ele se afastou da mesa e tirou as cadeiras que estava no caminho, assim se ajoelhou e fez com que Minka soltasse um louco o ômega e olhasse para si.
O Beta limpou as lágrimas que desciam pelo rosto rosado e tentou sorrir para que a criança visse que estava tudo bem.
— Querido, ninguém vai tirar você da gente, ouviu? — o Beta falou firme, ele olhou para cima e viu que Hopi estava com os olhos marejados, mas a sua feição exalava firmeza e raiva. — Você é o nosso filho, nosso menino. Nós te amamos e ninguém vai fazer com que a gente se separe, somos uma família e família permanece unida.
— É isso aí! — Hopi se abaixou e puxou Minka para os seus braços. — Você é nosso menino. Ninguém vai tirar você da gente. Hana, nos leve para lá. Esses intrometidos vão receber o que merece.
— Tem certeza?
Kendall assentiu se pondo de pé, ele pegou na mão de Hopi e apertou levemente. — Iremos enfrentar o mundo se for preciso, ninguém vai tirar Minka de nós dois.
A bruxa sorriu emocionada. — Estão prontos? — disse erguendo a mão.
A criança olhou ao redor e negou com a cabeça. — Não, cadê Garfield? Cadê ele?
— Ele estava agora pouco aqui… deve ter ido dormir em algum canto da casa. Sinto muito bebê, temos que ir agora. Ok?
— Mas… OK — Minka suspirou.
Ele pegou na mão deles e Hana tocou em Hopi, segundos após eles se teletransportaram.
[...]
Ele sabia que esse dia ia chegar, porém não tão rápido assim. Com sua agilidade das suas quatro patas, rapidamente chegou no andar de cima e correu para o quarto de Minka que estava com a porta aberta.
Ele nunca pensou que um dia iria se transformar em um animal, pois nasceu um vampiro com mistura de anjo, mas por causa do seu amado irmão agora estava em forma de um gato só para protegê-lo e ele dava graças aos anjos por ter o escutado.
Garfield, ou melhor, Teos miou ao ficar no meio do quarto e em seguida fechou os olhos. — Espero que você esteja me escutando, pois preciso de ti, chegou o momento. Chegou a hora, por favor… Castiel, ajude-me, por favor, meu anjo da guarda.
— Vejo que você fez como tinha me dito, fico feliz que eles o receberam e ah, deram até um nome a ti. Garfield,um belo nome.
Teos revirou os olhos e miou estridente.
Castiel era um anjo e foi o único que escutou Teos no limbo e fez com que ele voltasse a vida na forma de um gato. O anjo queria que o vampiro voltasse normal, mas infelizmente não tinha tanto poder para fazer isto e também ao transformá-lo num gato desobedeceu uma ordem e se o deixasse vivo estaria ferrado.
O anjo de olhos bicolores sorriu para o gato e ajeitou o seu sobretudo marrom. — Desculpa, esqueci que você agora só é um gato comum. E falando nisso, espero que não tenha esquecido como andar em duas patas.
Teos virou a cabeça sem entender e se assustou ao sentir o seu corpo tremer e ondular.
— Mas que porra?!— Teos quase chorou ao ver o seu corpo humano de novo. — Será que eu não posso ficar assim para sempre?
— Sinto muito, mas não. Bem que eu queria, mas não tenho tanto poder assim e já estou desobedecendo várias ordens. E falando nisso, temos que ser rápido. O que você fazer? Os abutres chegaram?
— Sim. Eles estão na casa do alfa e isso quer dizer que precisamos agir rápido.
— E o nosso plano é?
— Espero que você saiba agir como um advogado. — o anjo ergueu a sobrancelha sem entender. — O único modo de fazer Minka ficar com Hopi e Kendall é com documentos oficiais assinado por mim dando a guarda e minha herança a eles.
— Esperto. E ainda bem que sempre ando com terno. — disse tirando o sobretudo. — Acho que irei precisar mudar um pouco para não desconfiarem. Mas deixarei bem claro, serei um anjo do conselho e que sou o único que você deixou esses papéis.
— Uma maravilha. Esses abutres vão ver o que merece, só querem Minka para poder tocar na nossa gorda herança e nunca iria cuidar do meu pequeno como Kendall e Hopi cuida. Sabe, eu fico feliz que eu tenha morrido, não que tenha pensamentos suicidas. — ele exclamou gesticulando. — Mas porque agora Minka está sendo amado, cuidado e tendo atenção e carinho, coisa que comigo não teve. Eu amo aquele pirralho como todo o meu ser, mas infelizmente fui um irmão ausente. Daria tudo de mim para ter uma segunda chance, poder fazê-lo feliz e se sentir muito amado. Mas meu tempo já acabou e esses dois estão fazendo esse papel muito bem.
Castiel após colocar o seu sobretudo em cima da cama, ele colocou as suas dentro do bolso e olhou seriamente para Teos.
— Você sabe que tenho ordens para seguir, não tenho muito poder para utilizar, mas tenho algo que posso fazer para que você tenha uma segunda chance, mas te digo que esta chance fará você esquecer sua vida como Teos, você voltará como outra pessoa.
— Uou. Como assim? — só de pensar que ele poderia ter uma segunda chance, de estar com o seu irmão o deixava animado e extremamente feliz. — Eu poderei estar com Minka de novo?
— Sim, mas esquecerá que um dia foi Teos, que foi irmão dele, mas terá a chance de vê-lo crescer e cuidar dele. Você toparia fazer isso?
— Se topei virar um gato malhado, porque não topar isso? Seria bem melhor que ser um gato, bem melhor. Um sonho. Mesmo esquecendo que sou Teos, bem no fundo saberei aproveitar essa segunda chance e irei cuidar do meu irmão como ele merece. Então, Castiel, faça a sua mágica, pois estou pronto para voltar.
Castiel sorriu. — Mas antes precisamos cuidar de algumas papeladas.
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