Capítulo 4
CAPÍTULO 4
"Se esse garoto não aparecer, ele vai se ver comigo..." resmungava Gorum, enquanto limpava a armadura do pai de Kyle. Faltava pouco tempo para a cerimônia. Gorum cuidava dos preparativos e, ao mesmo tempo, olhava a rua. Não queria admitir, mas já estava ficando preocupado e nervoso. "Onde esse garoto se meteu?" pensava e repensava. Seus pensamentos foram interrompidos pelo barulho de uma carroça, puxada por dois cavalos, com um brasão da casa Atir, aproximando-se de sua oficina. Gorum se levantou, andou até a porta e viu que a carroça estava parando. Ele então a observou e escutou as vozes que dela vinham.
– Muito obrigado, Sr. Atir, nos veremos em breve!
– Sou eu quem agradece, meus jovens.
Gorum viu que Kyle descia da carroça e sentiu um grande alívio. Mais algum tempo e perderia a paciência. O outro que desceu devia ser Archibald, pensou, por causa das roupas que usava.
– E então, rapazes, prontos para a farra? – disse Gorum, num tom mais alto que o normal.
Os dois olharam para ele e sorriram. Kyle tirou a bagagem de Archibald da carroça e fez sinal para Sadi, que a colocou em movimento imediatamente.
– Você sabe que sim. – respondeu Kyle, irônico.
Archibald aproximou-se e cumprimentou Gorum.
– Archibald, que roupa é essa? Você até parece um daqueles monges Naomir! – disse Gorum, com a expressão severa.
– Isso deve ser porque eu sou um monge Naomir. – respondeu Archibald, estranhando.
– Garoto, não precisa me dizer isso, eu só estou brincando!
– E parece que você caiu direitinho. – disse Kyle, colocando a mão sobre o ombro do amigo.
– Acho que ainda terei de me acostumar com Gorum de novo. – disse Archibald, entrando na oficina.
– Diga-me, Kyle, por que a demora? – perguntou Gorum, ao fechar as portas da oficina.
– Essa é uma longa história, Gorum... – disse Kyle, olhando com desconfiança para a armadura que estava pendurada na parede, mas que ele ainda não sabia que fora de seu pai.
**********
"Não acredito que acabei concordando com isso..." pensava Kyle, repetidamente, enquanto limpava o suor da face.
– Fique calmo, garoto, não vai ser nada de mais, nós só vamos subir naquele palanque e receber as condecorações. – disse Gorum, tentando acalmar Kyle.
– É claro, e todos aqueles nobres, inclusive o Duque, vão ficar nos observando! – exclamou Kyle, demonstrando muito nervosismo.
– Gorum!? – veio uma voz de trás.
Gorum virou-se. Era seu amigo Julius, o Cavaleiro Carmim.
– Julius! – exclamou Gorum, ficando sem ação por uns instantes.
Era a primeira vez que Kyle via Julius, de quem sempre ouviu histórias contadas por Gorum.
– Julius, você voltou! – disse Gorum, andando em direção a seu velho amigo.
Julius não respondeu e andava na direção de Gorum apenas olhando para ele. Os dois veteranos se encontraram e se abraçaram no meio dos jovens cavaleiros.
Kyle, olhando-os, sentiu um aperto no coração e não entendeu bem o motivo. Talvez fosse porque ali, diante de seus olhos, estavam os dois companheiros de seu pai. As histórias que Gorum lhe contava sempre começavam assim: "Estávamos seu pai, Julius e eu..." Kyle pôde, então, ver como era o famoso Julius: um homem de meia idade, cabelos brancos e curtos e traços remanescentes de quem havia sido uma pessoa muito vigorosa quando jovem. Ficou olhando para os dois. Como havia muito barulho, não escutava o que conversavam, mas compreendeu que realmente havia um laço especial entre eles. Simplesmente não podia compreender como pessoas que não se viam há mais de dezoito anos podiam estar já tão íntimas.
– Gorum, não posso acreditar, você realmente tem uma saúde de ferro! Como pode ser que não tenha um só cabelo branco?
– É, meu amigo, parece que você não teve a mesma sorte...
– Sabe, Gorum, vejo seu senso de humor se manteve.
– Veja pelo lado bom, Julius, pelo menos você não ficou careca! – e Gorum começou a gargalhar.
Julius fez força para não rir, chegou a ficar vermelho. Finalmente não agüentou, começou a gargalhar também e disse, com dificuldade:
– Você sempre diz essas coisas sem graça e eu acabo rindo. Só você mesmo!
– O que eu posso fazer? É um talento nato!
Quando pararam de rir um pouco, Gorum disse:
– Vamos, há alguém que gostaria de lhe apresentar.
Andaram na direção de Kyle. Quando Julius o viu, disse a Gorum:
– Por Taior, não pode ser... é o filho de Armand?
Gorum não respondeu, nem precisava; olhar para Kyle era como voltar no tempo.
– Kyle, gostaria que conhecesse meu grande companheiro Julius Fortrail.
O jovem olhava para os dois e não podia deixar de estranhar a diferença de tamanho. Gorum era grande mesmo, e ele sempre imaginara que Julius também fosse.
Estenderam as mãos, cumprimentando-se. Kyle não acreditou na força com que Julius lhe apertou mão.
– Kyle? Não é mesmo?
– S... sim.
– Se me permite, quero me desculpar. – disse Julius, abaixando a cabeça, mas com os olhos fixos em Kyle.
Kyle reparou, agora de perto, nos olhos de Julius, tão azuis e claros que lembravam um dia de inverno.
– Não, senhor, não foi nada...
– Por favor, me chame de Julius. – ele parecia absorto em seus pensamentos. Lembrava-se de tantas coisas, que ficava difícil concentrar-se na conversa. Uma voz, por fim, os interrompeu:
– Atenção, cavaleiros, é chegada a hora! Logo depois, soaram várias cornetas diferentes.
Kyle sentiu alívio e medo. Alívio por deixar de encarar o olhar penetrante de Julius, que o estava deixando incomodado; medo pela cerimônia que iria enfrentar.
Os cavaleiros que estavam atrás do palanque começaram a subir. Era apenas um dos palanques do conjunto que havia sido montado em círculo no pátio externo do palácio real. A luz do sol já estava muito fraca, dando um tom avermelhado em tudo o que iluminava. O povo aplaudia e gritava, havia olhares de admiração, indiferença e até mesmo inveja. Ao subir no palanque, Kyle se viu junto com mais quatro veteranos. Muitos jovens como ele iriam receber a ordenação de cavaleiros de primeira ou segunda ordem.
De cima do palanque, podiam ver a bela decoração que fora feita para o festival. Havia muitas barraquinhas e faixas coloridas que cruzavam o céu, presas em postes de madeira, ornamentando os palanques. O povo completava a cena com roupas de cores vivas. Todos os palanques eram interligados por pequenas pontes, para que os convidados especiais pudessem circular por eles. Havia o palanque da Real Santa Igreja, da Alta Escola, da família real, dos músicos, das casas comerciais e outros com mesas repletas de comidas e bebidas.
O povo ficava na parte de baixo, onde haveria muita diversão, barracas de brincadeiras, leitura da sorte, comidas e bebidas.
O palanque em que eles estavam ficava ao lado do palanque da família real, onde estavam o Duque Dwain, de Kamanesh, seu filho, Sir Clyde, sua filha, Lady Kátia, o Barão Ludwig Fannel, a Baronesa Lígia Fannel, seu filho, o doutor Adam Fannel, o Barão Aaron, de Whiteleaf, e o convidado especial Lorde Nasbit, soberano do reino vizinho, Homenase.
Kyle estava surpreso com o que sentia. Estar ao lado dos grandes cavaleiros, prestes a receber sua ordenação, sendo visto por todas aquelas pessoas o emocionava de uma forma que não poderia descrever.
O povo fazia muito barulho, mas ficou em silêncio após o soar das cornetas, que foi seguido pelas palavras do porta-voz, localizado num pequeno palanque separado, mais alto que os outros.
– Povo de Kamanesh, estamos aqui hoje para celebrar os vinte anos do fim da guerra dos bestiais.
O homem fez uma pausa, virou-se para o palanque dos cavaleiros, esticou o braço direito, fazendo um gesto amplo, e acrescentou:
– E o melhor é que nós vencemos! Devemos nossa vitória a esses homens, bravos cavaleiros que lutaram por nosso povo e nossas terras!
O porta-voz vestia um belo uniforme de gala vermelho e falou por mais alguns momentos sobre a guerra. Finalmente, chamou Sir Clyde para começar a cerimônia de ordenação dos novos cavaleiros.
Sir Clyde, o filho do Duque, levantou-se de seu lugar, andou até a ponte que ligava o palanque dos nobres àquele onde estavam os cavaleiros e a cruzou. Era um homem muito jovem, de rosto quadrado e olhos apertados; trazia os cabelos castanhos amarrados; vestia um conjunto aveludado de cor vinho, com uma gola branca cheia de bordados. Aproximou-se dos jovens cavaleiros que formavam uma fila, puxou sua espada, apontou-a para o céu, olhou para seu pai e, ao receber um aceno de confirmação com a cabeça, disse:
– Hoje vocês serão ordenados Cavaleiros da Segunda Ordem. Terão de demonstrar bravura e lealdade ao Duque. Quando, um dia, forem ordenados Cavaleiros da Primeira Ordem, terão o privilégio de servir diretamente ao nosso amado Rei Corélius.
Todos os cavaleiros disseram em voz alta:
– Juramos lealdade ao Duque!
Sir Clyde abaixou sua espada, e todos os jovens cavaleiros ajoelharam-se ao mesmo tempo. O nobre passava por cada um dos candidatos, apoiava a espada sobre seus ombros e dizia:
– Eu o proclamo cavaleiro de Kamanesh!
No fim da fila, estava Kyle Blackwing, alguém de quem se esperava mais que de todos os outros. No entanto, quando chegou sua vez, Sir Clyde não olhou para ele, virou-se e começou a voltar ao palanque dos nobres.
Kyle ficou ainda alguns momentos com os olhos fechados, começou a desconfiar da demora e resolveu levantar um pouco a cabeça. Abriu um dos olhos e, para sua surpresa, não havia ninguém à sua frente. Sentiu o suor escorrer pela sua face, sentiu vontade de limpá-lo, mas continuou imóvel. O tempo parecia não passar. Ele escutava todos os ruídos e falas como se estivessem mais lentos que o normal.
Enquanto isso, Sir Clyde já estava no palanque dos nobres. Parou à frente de seu pai e estendeu a espada que era usada há mais de cem anos para ordenar os cavaleiros de Kamanesh. O Duque se levantou, empunhou a espada e dirigiu-se ao palanque dos cavaleiros. Dwain era um homem de idade avançada, porém vigoroso. Trajava uma roupa de gala negra, com vários botões prateados, muito discreta. Além disso, vestia uma capa vermelha, que desabotoou e entregou ao filho.
Kyle suava muito e começava a ficar realmente preocupado. Sua preocupação foi interrompida pela voz do próprio Duque de Kamanesh:
– Levante-se, Kyle Blackwing.
Kyle gelou e obedeceu imediatamente. O Duque aproximou-se, virou-se para o povo e disse:
– Todos sabem que eu só estou aqui, vivo, graças ao pai desse jovem, o cavaleiro Armand Blackwing. É uma história que vale a pena ser relembrada. Tudo aconteceu muito rápido. Meu pai estava sob a custódia dos bestiais, e eu me vi, pela primeira vez, Duque de Kamanesh. O cavaleiro Blackwing estava junto com os cavaleiros Gorum e Carmim, aqui presentes. – o Duque indicou ambos e continuou: – Eles estavam no acampamento, em uma missão de espionagem das lideranças bestiais. Na ocasião, descobriram que havia um assassino, destinado a tirar minha vida, infiltrado no palácio e descobriram sua identidade. Resolveram, então, voltar imediatamente. No caminho, tiveram um encontro com uma patrulha de bestiais, quando se travou uma sangrenta batalha. Os cavaleiros Gorum e Carmim ficaram gravemente feridos e não puderam prosseguir. Blackwing, porém, mesmo ferido, viajou um dia e uma noite inteiros, até chegar ao palácio. Exatamente no instante em que o assassino, traidor cujo nome não vale a pena recordar, me ameaçava com esta mesma espada que está em minhas mãos agora, ele apareceu.
O Duque suspirou, olhou para baixo e prosseguiu:
– Eu não podia me defender, já que minha espada fora sabotada pelo traidor, que era o próprio capitão da guarda do palácio. O cavaleiro Blackwing chegou e lutou bravamente. Seus ferimentos e a fadiga de sua viagem, no entanto, contribuíram para que ele não estivesse hoje aqui conosco. – fez uma pausa. – Mas eu devo minha vida ao sacrifício desse nobre cavaleiro!
Voltando à expressão severa, virou-se para Kyle e disse:
– Quando soube que você seria ordenado Cavaleiro, decidi fazer sua ordenação pessoalmente. – ergueu a espada e disse: – Ajoelhe-se, Kyle Blackwing.
Kyle ajoelhou-se, seu suor se misturava às suas lágrimas. Ele, que sempre lutou contra seu destino, sempre tentou fugir do fantasma de seu pai, chegando mesmo a odiá-lo, sentia agora que ser um cavaleiro era realmente seu destino.
O Duque colocou a espada sobre o ombro esquerdo de Kyle e passou-a, sobre cabeça do jovem, para o ombro direito, dizendo:
– Eu o proclamo Cavaleiro de Kamanesh.
Kyle levantou-se, viu a mão do Duque estendida e também estendeu a sua. Foi um longo aperto de mãos. O Duque inclinou-se um pouco e disse ao ouvido de Kyle:
– Não me decepcione, garoto.
O Duque se afastou e fez sinal para um dos guardas, que trouxe uma almofada vermelha, sobre a qual havia alguns objetos.
– Hoje contamos com a presença de quatro cavaleiros que lutaram na guerra dos bestiais. Por favor, palmas para eles. – disse o porta-voz, de seu palanque, e completou: – Eles serão condecorados com a adaga de honra!
O Duque fez a entrega das adagas e cumprimentou os cavaleiros. Kyle também recebeu uma, em nome de seu pai.
**********
As coisas estavam menos tensas, Kyle havia relaxado. Ele e Kiorina andavam no meio da animada multidão. Ela disse:
– Nossa, Kyle, você estava sensacional lá em cima!
– Kina, você vai parar de repetir isso ou não? – disse Kyle, que não conseguia se aborrecer muito com sua amiga de tanto tempo.
– Tudo bem... – ela fez um rápido silêncio e exclamou: – Olha, Kyle, uma barraca mística!
– Barraca mística? Você acredita nesses adivinhos de barraca?
– Na verdade, eu sempre gosto de ver se o adivinho tem realmente o dom místico, sabe como é?
– Tudo bem, vamos lá!
Ao se aproximar, Kiorina surpreendeu-se ao ver Ector saindo da barraca.
– Ector, não vá me dizer que você entrou para checar se o adivinho é ou não é um farsante... – disse, com ironia.
Kyle lançou um olhar mortal a Kiorina, que percebeu e completou:
– É, só se for para isso mesmo, que era exatamente o que eu ia fazer!
– É verdade. – confirmou Kyle, apoiando a amiga.
Ector, sem ligar muito para a situação, abriu um sorriso e disse pausadamente:
– A adivinha disse que eu vou ser grande!
– Ah! E você acreditou? – disse Kiorina, cutucando Kyle com o cotovelo.
O garoto deu as costas e foi cantarolando no ritmo da música:
– Grande! Ser grande! Eu vou ser... grande!
Kyle segurou a lona para que Kiorina passasse. Ao entrar, não havia como se desviar de todos aqueles penduricalhos. Dentro da barraca, o som da música e o barulho da multidão eram ligeiramente menores, o que dava um certo alívio.
– Bem-vindos à barraca de Giordana. – disse uma mulher jovem e bonita, de cabelos negros e olhos de um azul tão claro como nunca haviam visto. Estendeu as mãos indicando as almofadas e completou: – Por favor, sentem-se.
A mulher era completamente o oposto de que Kyle esperava: uma velha feia, talvez como o velho Ourivart. Isso fez com que ele se desconcertasse um pouco.
– Qual de vocês quer saber sobre os mistérios da teia da vida primeiro? – perguntou Giordana, fixando o olhar nos olhos de Kyle.
Kyle pensou na mesma hora "Farsante, como pode dizer uma coisa dessas, se eu nem quero saber nada?"
– Qual o seu nome, minha jovem? – perguntou a adivinha, fechando os olhos.
– K...
Foi interrompida por Kyle, que perguntou:
– Você não consegue adivinhar?
– Não se deve usar energia para descobrir coisas que podemos simplesmente perguntar...
Antes que Kyle pudesse se manifestar, Kiorina disse seu nome todo.
– Muito bem, minha jovem. O que você deseja realmente saber acredito que não deva ser dito aqui, agora, pois é algo muito íntimo... – disse Giordana, ainda com os olhos fechados.
Kiorina queria falar alguma coisa, mas uma espécie de nó na garganta a impedia.
– Agora você, Kyle...
– Como sabe meu nome?
– Calma, meu jovem, seu nome foi muito bem pronunciado e repetido, há pouco, pelo próprio Duque.
– Claro... – disse Kyle, embaraçado, e começou a respeitar um pouco mais aquela mulher, vestida em panos vermelhos. Observou uma pequena marca em sua testa.
Ela se inclinou e lhe disse:
– Dê-me suas mãos.
– Por que eu preciso e minha amiga não?
– Porque os sentimentos dela são muito óbvios e os seus, não.
Kiorina fez uma cara feia e chamou Kyle para sair. Ele discordou. A garota então se levantou num salto e saiu.
– Vê o que eu disse? – sugeriu Giordana.
– Entendo perfeitamente.
A mulher segurou ambas as mãos de Kyle, ficou em silêncio por alguns instantes e disse:
– A primeira coisa que tenho para lhe dizer é que você está fazendo tudo errado.
– Como assim?
– Você não precisa seguir os passos de seu pai para ser feliz. Retire o Duque de sua mente, olhe para si, examine seus sentimentos.
A voz de Giordana o acalmava, mas, ao falar sobre o Duque, ele soltou suas mãos, dizendo irritado:
– Eu jurei lealdade ao Duque e nunca vou tirá-lo de meus pensamentos!
"Sabia que não deveria ter mencionado o Duque." pensou Giordana, passando a mão no cabelo e disse: – Bem... como queira! A segunda coisa é... – parou de repente, abriu os olhos e começou a respirar rapidamente.
Kyle se assustou e disse:
– A senhora está se sentindo bem?
Ela pareceu não ouvi-lo e caiu para trás, soltando um gemido. Kyle foi ajudá-la, segurou-a em seus braços, enquanto ela tremia e suava muito. Ele então gritou:
– Kiorina! Preciso de ajuda! – mas não houve resposta.
Depois de uns instantes, Giordana se acalmou, colocou as mãos sobre a testa e limpou o suor.
– Você está bem? – perguntou Kyle, muito preocupado.
– Sim. Por favor, saia agora...
– Mas...
– Por favor!
Kyle saiu, muito transtornado; começou a andar no meio da multidão sem conseguir orientar-se. Procurava Kiorina, mas não a encontrou. Resolveu fazer uma visita a Archibald em sua barraca da Real Santa Igreja. Quase não pôde conversar com ele, que mal havia chegado e já estava cheio de tarefas. Seu novo superior, o irmão Weiss, realmente não era fácil.
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