Capítulo 2 - Conhecendo a aldeia e suas histórias
Quando Hopi abriu a porta, ele se deparou com uma cena que o deixou com uma sensação estranhamente horrível, em frente da casa estava Kendall, o mesmo estava rindo maravilhosamente, mas ele estava com um homem alto, bronzeado, os olhos do mesmo pareciam cristais, de tão belos que era. O mesmo estava pegando no ombro de Kendall, a sensação só aumentou, pois Kendall parecia muito feliz ao lado desse estranho que parecia muito a vontade ao lado de Kendall.
Hopi sem querer bateu a porta que ainda estava aberta, chamando a atenção de Kendall e do estranho. Hopi sentiu o rosto esquenta e abaixou o rosto. Kendall quando viu o seu Hopi ali, com cabeça baixa, e bochechas vermelhas o mesmo abriu um enorme sorriso.
— Pequeno! — Disse Kendall se aproximando de Hopi.
Quando Kendall chegou perto de Hopi, com os dedos ele pegou no queixo macio de Hopi e o levantou, Kendall soltou um suspiro, a face de Hopi era tão magnificamente linda aqueles olhos azuis cobalto brilhantes, a bochecha avermelhada, e aqueles lábios vermelhos cheios, que o mesmo estava mordiscando. Kendall sentiu uma enorme vontade de beijar aqueles lábios, de mordisca-los e sentir o delicioso sabor da boca de Hopi de novo.
Uma tosse falsa quebrou aquele momento, Hopi ligeiro se afastou, Kendall e Hopi olharam para a direção de onde tinha vindo o barulho.
— Olá! — Disse o estranho com um sorriso de lado. Naquele momento Kendall de repente ficou um pouco tenso, Hopi percebeu, mas ligeiro Kendall relaxou e falou: — Bem, há... — Disse sem jeito. — Estávamos falando de você. — Disse se Referindo a Hopi, o mesmo olhou de Kendall para o outro homem.
— De mim? — Perguntou surpreso.
— Sim! — Disse Kendall sorrindo, — Bem, eu ainda não os apresentei, Hopi, esse é Anoki, o meu amigo, e Anoki já sabe quem é você desde que nos tornamos amigos.
Hopi olhou para os dois confusos, mas não disse nada. Então aquele cara é o tal de Anoki?! Hopi ficou olhando para ele, o mesmo parecia desconfortável, mas por quê?
— Sim, desde que me tornei amigo dele, ele não parava de falar em você.
—Disse Anoki olhando diretamente para Hopi.
Hopi se sentiu desconfortável, pois aquele olhar era um pouco sinistro, parecia que ele estava o analisando-o, aqueles olhos bonitos agora pareciam duas pedras de gelos. De repente Anoki desviou o olhar e o mesmo suavizou quando olhou para Kendall, Hopi olhou para os dois e percebeu que Kendall estava sorrindo, não para ele, e sim para Anoki, aquilo o deixou um pouco mal, pois aquele sorriso não estava na sua direção, será que aquilo era ciúme?
Hopi começou estalar os dedos da mão como um tique, pois estava um pouco nervoso diante daquilo. Uns passos apressados chamou atenção deles, era um menino, o mesmo quase esbarrava em Anoki, só que o mesmo foi rápido fazendo o menino cair no chão. Hopi olhou surpreso e correu e ajudou o pobre garoto do chão, o mesmo tinha uma respiração ofegante e estava um pouco sujo da queda. Hopi o ajudou a levanta-lo e a limpa-lo.
— Arigato, — Disse o jovem garoto com um enorme sorriso, Hopi viu que aquele garoto tinha descendências japonesas. O mesmo era um pouco alto, era um pouco magro, mas não era feio, não nada disso, ele parecia um belo sol com aquele sorriso, ele radiava alegria.
— Dõitashimashite, — Disse Hopi sorrindo. O belo menino o olhou surpreso mais voltou a sorrir logo. Hopi sentiu uma mão no seu ombro, quando ele olhou para cima, estava Kendall com uma carranca, será que aquilo era o que ele imaginava ser?
— Você esta bem, Yukiyo? — Perguntou Kendall franzindo o lábio.
— Sim, só foi uma quedinha, o menino aqui me ajudou. — Disse apontando para Hopi.
— Mais respeito, você não esta falando com qualquer um, e sim com o filho do alfa! — Disse Anoki com uma voz alta.
Com aquilo o sorriso de Yukiyo morreu, olhou sem jeito para eles e abaixou a cabeça e se desculpou.
— Não tem para que se desculpar, eu não sou muito importante, e você não me faltou com respeito. — Disse Hopi o olhando. Hopi escutou uma bufada de Anoki, só que ele não ligou, ele pegou no ombro do garoto e o apertou o confortando o fazendo abrir um sorriso.
— Obrigado de novo... Cara eu ia esquecendo. — Exclamou Yukiyo, — O curandeiro está-o chamando Anoki.
— Ah, aonde? — Contrariado Anoki perguntou.
— Vem que eu te mostro. — Respondeu Yukiyo.
Anoki e Yukiyo saíram deixando Kendall e Hopi sozinhos, Kendall ainda estava com a mão no ombro de Hopi, Kendall foi se aproximando e Hopi sentiu o corpo quente colado nas suas costas, Kendall passou as mãos para a cintura de Hopi e o beijou na cabeça fazendo-o suspirar.
— Nem te perguntei, dormiu bem pequeno? — Perguntou Kendall.
Hopi se aconchegou naquele corpo quente e respondeu: — Dormi sim, depois daquele bei... — Hopi prestou atenção no que ia dizer o mesmo arregalou os olhos e colocou a mão na boca fazendo Kendall ri.
— Depois daquele beijo, eu dormi nas nuvens! — Disse Kendall virando Hopi.
Os dois ficaram se olhando. Hopi para aqueles impressionantes olhos e aquela deliciosa boca, Kendall foi se aproximando, as respirações dos dois ficaram irregulares esperando que seus lábios se tocassem, quando os seus lábios se tocaram, foi como provar a maior iguaria do mundo.
A língua de Kendall adentrou naquela magnifica boca, provando do mais delicioso mel, os dois soltaram suspiros, Kendall se aproximou mais o corpo dos dois, fazendo assim Hopi perceber a excitação de Kendall, mas não era só ele que estava assim, na sua calça o seu membro estava duro que nem pedra, só a pressão dos dois fez com que Hopi gemesse.
Os dois ficaram se beijando, se esfregando, os dois estavam já ofegantes e Hopi estava perto do seu clímax, só que um som de porta abrindo e sons de risadas interromperam aquele momento.
Hopi afastou rapidamente de Kendall, e ligeiramente tapou a sua ereção com as duas mãos, o mesmo estava com as bochechas avermelhadas, com os lábios inchados do beijo trocado e com a respiração ofegante. As risadas só aumentaram, em frente da porta estava Tank, abraçado a Stan e Cameron, o mesmo estava com as mãos no bolso da calça.
— Nunca imaginei ver Kendall se agarrando com alguém, e quando vejo o mesmo quase engoli o Hopi. — Disse Stan rindo.
— Há, há! Muito engraçado, parece que eu nunca vi você quase sendo engolido pelo Tank, — Disse sarcasticamente, — Há se fosse só beijo! Esse dia os meus olhos sangraram. — Disse Kendall dramaticamente.
— Você bem que gostou! — Disse Tank com um sorriso malicioso.
— Vai pensando... — Disse com um ar de indiferença.
Hopi tinha esquecido que fora pego aos beijos com Kendall, agora ele estava aos risos com a "pequena discursão". Ele gostou quando Stan disse que nunca viu Kendall beijando ninguém, mas tinha uma possibilidade de que Kendall já tivesse ficado com alguém sem ninguém saber, só pensando o seu coração apertava, pois quem será que provou da boca deliciosa de Kendall?
Hopi não poderia ficar com ciúmes do passado de Kendall, pois ele não sabia ou não se lembrava de Kendall, e Hopi era muito pequeno, já Kendall... Hopi também não poderia ficar com raiva de que Kendall, pois quando ele tinha uns 12 anos um menino da escola o beijou, o seu primeiro beijo, e foi dai que ele descobriu que era gay. Foi tão torturante.
Hopi não sabia o que fazer, ele descobriu que era gay e o mesmo era uma mera criança, mas ele nunca escondeu um segredo sequer de sua mãe. O que mais deixou surpreso foi que ela aceitou numa boa, agora ele vê o porquê.
— Vamos deixar os dois pombinhos se paquerando, temos muitas coisas por fazer. — Disse Stan.
Eles se despediram e de novo só ficaram Hopi e Kendall.
— De novo a sós, — Disse Kendall sorrindo maliciosamente — É né! — Disse Hopi contrariado, — Você não tem nada para fazer? — Perguntou tímido.
— Na verdade! O teu pai me deu o dia de folga, — Disse coçando a cabeça, — E eu estava até falando com Anoki que ia passar o dia contigo, mostrar a aldeia, se você quiser, pois você poderia querer que o seu...
— Claro que eu quero! — Exclamou entusiasmado e percebeu que falou alto demais. — E também o meu pai vai querer mata as saudades da minha mãe sabe... — Disse com as bochechas vermelhas.
— Sei sim. — Kendall riu e pegou na mão de Hopi, era tão macia, tão pequena.
— Vem, vou mostra a Wolfe Moon.
— Wolfe Moon? — Perguntou Hopi, eles já estavam andando.
— Sim, é o nome da nossa aldeia. — Respondeu sorrindo. — Olha, esse é o centro da nossa aldeia, viu que as casas estão ao redor né? Mas, ainda tem casas mais para lá, somos uma pequena aldeia, mas aqui funciona como uma pequena cidade. Essa é a loja de flores é de Dakota, ele parece ser da sua idade, mas ele é mais velho do que você, ele tem vinte dois anos.
A loja de Dakota era tão linda, tinha na vitrina o nome "Destiny Flowers" o mesmo era escrito com uma linda caligrafia, e na vitrina tinha desenhado umas lindas flores, rosas e por volta da loja era cheio de flores, de plantas. Dava para sentir o cheiro delicioso da natureza, o cheiro das arvores, e das flores de Dakota ficou tudo mais perfeito, e também para completar o delicioso cheiro de Kendall.
Kendall foi puxando Hopi e mostrando a pequena aldeia. Mostrou o consultório do curandeiro, o mesmo era um homem simpático, parecia que tinha a idade do seu pai, o ajudante dele era Yukiyo, o mesmo pediu para ser chamado de Yuki. Depois foi a vez da pequena mercearia e a loja de artesanatos.
Kendall disse que por eles serem lobos, o alfa teve uma ideia que eles poderiam ter os próprios mantimentos, e até essas pequenas lojas independentes exportam para fora, para própria cidade e cidades vizinhas.Tinha até uma escola, a mesma era tão linda, tinha umas dez salas, todas tão tecnológicas e modernas.
Hopi estava amando conhecer essa aldeia, o povo era tão carismático, simpáticos.
Nessa aldeia parecia que tinha uma mistura de tudo, de norte-americanos, japoneses, italianos, chineses, africanos e tantas outras pessoas com nações diferentes, mas todos eram amigos, um ajudando o outro. Kendall mostrou tudo, e os dois já estava cansado de andar, mentira! Era só Hopi que estava cansado, Kendall não parecia que andou três horas, o mesmo estava sorrindo, falava com entusiasmo e não largava a mão de Hopi para nada.
Hopi avistou um pequeno parque, quem diria uma aldeia ter isso tudo, ele teve tantas descobertas maravilhosas.
Eles foram se aproximando e nele avistou Tank sendo feito de um trepa-trepa, o mesmo estava com um sorriso de orelha a orelha, os olhos deles pareciam brilhar brincando com aquelas crianças, sentando num banco, estava Stan admirando o seu grande urso, o mesmo estava tomando alguma coisa gelado num copo, não dava para ver o que era, mas ele parecia esquecer aquilo e ficava só rindo e sorrindo.
Hopi e Kendall foram se aproximando de Stan e o mesmo percebeu a chegada dos dois. Eles se complementaram e Hopi se sentou, Kendall avistou um homem vendendo sorvete e foi lá comprar.
Tank percebeu a chegada e deu com a mão, mesmo na hora que uma criança se transformou num lobo e pulou em cima dele, foi tão engraçado que Hopi e Stan começaram a rir.
— É tão bom ver ele assim! — Disse Stan, — Ele se transforma quando vê crianças, e as mesmas amam passar o tempo com ele. Às vezes penso que não era para continuar com ele, — Disse com os olhos tristes.
— Porque você diz isso?—Surpreso Hopi perguntou.
— Bem, eu sou um homem, e homem não dar a luz... E se eu continuar com ele, o mesmo nunca vai ter um filho, se ao menos eu fosse um ômega...
— O que??! — Perguntou Hopi com os olhos esbugalhados.
— É... Eles não te disseram? — Perguntou com um sorriso amarelo.
—Dizer o que? — Kendall perguntou, o mesmo estava com dois sorvetes de casquinha.
— Que ômegas dão a luz, — Respondeu Stan coçando a cabeça. Nessa hora o rosto de Kendall ficou branco e começou a ficar vermelho ele entregou rápido o sorvete de Hopi e se sentou debaixo da arvore, o banco que eles estavam era de baixo de uma enorme árvore.
Quando Hopi ia falar, uma voz bem alegre o interrompeu: — GENTEE! — Exclamou Dakota alegremente, o mesmo estava com Yuki, Os dois trazia uma enorme cesta.
— A Ma mandou para nós essa cesta, ela disse que era para você comer, Hopi! Pois você estava muito magro, palavras dela! — Dakota riu e Yuki estendeu uma toalha de piquenique no chão e Dakota colocou a cesta em cima.
Quando Dakota sentou Tank apareceu com duas crianças, Hopi olhou para os dois e sorriu e continuou o olhar para Stan, o mesmo estava com um sorriso enorme e mesmo assim nos olhos dele dava para ver uma enorme angustia.
— Depois te explico!— Sussurrou Kendall no ouvindo de Hopi, o fazendo arrepiar, ele balançou com a cabeça e Kendall o puxou para ficar no meio das pernas dele, Hopi ali se aconchegou naquele corpo quente e sentiu os braços de Kendall circular a sua cintura. E começaram a comer o delicioso sorvete que antes fora esquecido, para surpresa de Hopi, o teu sorvete era do seu sabor favorito, leite ninho, e o de Kendall era de chocolate.
Yuki abriu a cesta e foi tirando os mantimentos de dentro e foi espalhando na toalha, todos estava envolta, conversando, rindo! Um pouco depois chegou Cameron, Anoki, Manitú, Carmem e algumas pessoas que Hopi viu pela aldeia. Todos estavam alegres, se divertindo, rindo das piadas de Tank, comendo a deliciosa comida de Ma.
Hopi olhou admirado para aquela linda cena, ele nunca sentiu uma alegria assim, de ter amigos, de sentir querido! Era tão bom ver seus pais namorando, rindo, se abraçando, nunca imaginou que iria presenciar aquilo. De ter um lindo homem o abraçando, o beijando de vez em quando.
Aquela tarde foi tão mágica, ele riu tanto quando Stan, Dakota, Yuki se transformaram e ficaram brincando, as crianças adoraram e se juntaram na brincadeira. Quando já umas seis horas só estavam eles lá.
— Cara, eu preciso de um ajudante lá na loja! — Exclamou Dakota— Mesmo sendo uma loja "pequena", temos muita encomenda, Atsila e eu não vamos dar de conta da loja sozinhos!
— Sério? — Perguntou Hopi com os olhos esperançosos.
— Sim! — Respondeu Dakota, — Por quê?
— Bem, é que já faz algum tempo que eu estou procurando emprego, só que sempre ganhava um não! E se você quiser, amanhã te dou o meu currículo.
— Claro! Estou desesperado por ajuda, e você vai resolver muito os meus problemas!
— Amanhã te entrego o meu currículo!—Hopi estava com um enorme sorriso.
— Agora, se você me contratar, vai ter que me ensinar tudo sobre flores. — Disse rindo.
— Vai ser uma honra!— Respondeu Dakota.
Eles só passaram alguns minutos lá e depois foram embora. Dakota saiu mais Yuki, Tank e Stan saíram abraçados, Cameron saiu sozinho, o mesmo se transformou em um lobo e foi na direção da floresta. Carmem e Manitú foram se abraçando na direção da casa. E só restou Kendall, Hopi e Anoki.
— Bem, só sobrou à gente, — Disse Anoki, — Mas eu já vou saindo também, vou deixar os "pombinhos" a sós, — Disse rindo. Dando adeus, Anoki deu um último olhar para eles, quando olhou para Kendall os seus olhos pareciam brilhar, mas quando seu olhar passou para Hopi o mesmo desfez num passe de mágica.
— Estou esperando certa explicação, — Hopi olhou para Kendall, colocando a mão na cintura e começou a bater o pé. Com aquela cena Kendall não aguentou deu um sorriso de lado, Hopi com aquela carinha de bravo e com o jeito que ele estava fazendo era muito fofo, deu uma enorme vontade de puxar e beijar aquele adoráveis lábios, mas não agora!
— Vamos andando, eu te explico, — Disse pegando na mão de Hopi, ele começou a gostar de andar de mãos dadas com Hopi.
— Bom mesmo! — Hopi franziu o lábio em um bico. Kendall achou mais adorável e não resistiu e deu um selinho, fazendo que Hopi soltasse um suspiro.
— Bem, o seu tataravô, Aiyana, nasceu um ômega, e para a surpresa dele o seu companheiro era o alfa da alcateia, Wolf Moon. Só que eles só sabiam que eu te disse ontem à noite, para a surpresa deles, quando eles fizeram amor, duas semanas depois descobriu que Aiyana estava esperando um filho.
Eles não sabiam do porque um ômega dava a luz, mas aceitaram, mas só que o alfa da alcateia vizinha descobriu que a Wolf Moon tinha um ômega e o mesmo estava grávido, e tentou sequestrar o teu tataravô, com isso aconteceu tanta lutas entre as duas alcateias, mortes, pessoas feridas, tudo isso para proteger o Aiyana, só que uma tragédia aconteceu, Aiyana deu a luz, só que no mesmo dia o alfa vizinho deu um ataque surpresa.
...
No quarto deitado estava Aiyana, o mesmo detinha o mais belo cabelo já visto, longos cabelos negros, e os olhos era de um azul cobalto impressionante, o mesmo estava com um enorme sorriso no rosto, ele estava acariciando a enorme barriga que o seu companheiro, Hehewuti, estava beijando-a.
— Não acredito que o desgraçado de Anaba morreu, eu já não estava aguentando toda essa tragédia, — Disse Aiyana com a voz sofrida.
— Calma, minha pequena flor, toda turbulência já se foi, agora estamos em paz, disseram que Anaba fora morto pelos ursos da montanha, e vamos esquecer toda essa tragédia, e vamos focar no nosso filho. — Disse beijando a barriga e depois na testa de Aiyana.
Aiyana estava sorrindo até que sentiu uma enorme pontada na barriga e sentiu algo molhado. — AHHHHHH, — Gritou Aiyana, Hehewuti se assustou com o grito e quase caia da cama.
— O que foi? — Perguntou assustado.
—Vai nascer, — Respondeu com a respiração ofegante. — Chame o curandeiro, esta doendo muito. — Disse Aiyana.
Ligeiro Hehewuti saiu correndo e gritando, mesmo que sentindo muita dor, Aiyana sorriu, mas só que outra pontada o fez ofegar e gemer. Alguns minutos depois Hehewuti apareceu com o curandeiro.
— O que fazemos? — Perguntou Hehewuti.
— Eu nunca fiz um parto de um ômega antes, então não sei o que vai acontecer. — Disse o Curandeiro. Ele mandou Aiyana abrir as pernas, e tirou a roupa de baixo do mesmo, para a surpresa dele, ali não mais continha um membro masculino, e sim uma vagina, impressionado ele disse em voz alta, Hehewuti olhou assustado, mas não disse nada, o mesmo colocou a cabeça de Aiyana no seu colo e pegou nas duas mãos dele e ficou acariciando.
Algumas horas depois um choro de um bebê é ouvido, lágrimas vieram aos olhos de Hehewuti, Aiyana estava cheio de suor, o mesmo detinha um lindo sorriso. O curandeiro sorrindo entregou o bebê aos braços do progenitor.
— É um lindo menino. — Disse o curandeiro.
Quando o bebê foi para os braços do pai o mesmo cessou o choro. Hehewuti vendo aquela maravilhosa cena, de seu amado segurando o seu precioso filho, ele abriu um enorme sorriso, ficou acariciando os dois.
— Vamos chamar ele de que? — Perguntou Aiyana, o mesmo já estava amamentando o bebê.
— De Amitola, o nosso pequeno arco-íris. — Disse Hehewuti. — Ele vai ser um grande alfa.
O bebê de repente se transformou num belo lobo negro, o mesmo era maior do que um bebê lobo normal, por isso que Hehewuti disse que ele ia ser um grande alfa, alfas quando nascem são maiores do bando, o progenitor acompanhou o filho e se transformou num lobo cinza, e aconchegou o teu filhote para mamar.
Com alguns minutos depois, o pai e o bebê já estavam adormecidos depois de beijar os seus dois amore, Hehewuti saiu por um instante. Quando Hehewuti saiu da cabana o mesmo escutou gritos no começo da aldeia, ele saiu correndo, mas só que um bando de lobos marrons o circulou o fazendo se transforma num enorme lobo negro. Esse era um ataque da alcateia de Anaba.
Os lobos começaram a ataca-lo e ele começou a revidar, ele mordeu no pescoço deum lobo marrom até que escutou um estalo, o lobo marrom estava morto, o seu bando estava ajudando a lutar com contra os lobos.
Algum grito bem conhecido o chamou sua atenção, quando olhou para o lado, ele viu Anaba carregando o seu precioso companheiro, o mesmo parecia ferido na barriga. Fúria tomou o seu corpo o fazendo se transforma na ultima forma de Alfa, o seu corpo começou a ficar mais forte e maior, ficando nas duas patas, o mesmo ficou em pé, ele ficou mais humanoide, a sua pelagem tinha umas listras vermelhas e as garras era maiores e bem afiadas, essa era a ultima transformação de alfa.
Hehewuti começou a se aproximar de Anaba, o mesmo colocou Aiyana na frente dele.
— Solte o meu companheiro. — Rosnou Hehewuti.
— Não, ele é meu. — Disse rindo.— Se você não o soltar, vou matá-lo e não vai restar nenhum pedaço de você. — Disse se aproximando mais.
Hehewuti olhou para de trás de Anaba, lá estava Vladymir Polanski. Vladymir acenou com a cabeça, num movimento rápido Vladymir pulou nas costas de Anaba, o fazendo soltar Aiyana, mas um lobo marrom rápido pulou em cima de Aiyana, o fazendo ficar ferido, Hehewuti ligeiro correu e pegou o lobo marrom e começou a estraçalhar com as enormes garras e numa mordida no pescoço um estalo se ouviu e foi o fim do lobo marrom, quando Hehewuti o soltou o lobo já sem vida Hehewuti correu e foi ajudar Vladimyr que já estava machucado. Hehewuti começou a lutar com Anaba.
Anaba mordeu o braço de Hehewuti, Hehewuti revidou e com as garras ele atacou o abdômen de Anaba, perfurando o abdômen, grunhidos, gemidos, rosnados era o único som que se ouvia, quando o ultimo gemido de Anaba foi escutado Hehewuti pegou no pescoço de Anaba e arrancou a cabeça dele com as mãos. Um mar de sangue era que via em volta da aldeia, pessoas feridas, mortas.
Quando Hehuwuti cassou Aiyana pelo olhar ele viu o mesmo deitado no chão, Vladimyr estava do seu lado o ajudando, quando Vladimyr olhou para ele, a sua expressão fez com que Hehewuti sentisse um aperto no peito. Hehuwuti voltou na sua forma normal e não ligou se estava pelado e correu onde estava Aiyana.
Aiyana estava muito ferido, o mesmo já estava fraco porque tinha dado a luz e com esses ferimentos se agravou mais. Quando Hehewuti viu o estado do seu companheiro, ele caiu de joelho e começou a gritar pelo curandeiro.
— Já tentei ir atrás do curandeiro, mas ele está morto. — Disse Vladimyr.
— Não, tem que achar algum curandeiro, você não pode fazer alguma coisa nele? — Perguntou angustiado.
— Sinto muito, mas não... — Respondeu com a voz triste.
— Calma. — Disse Aiyana.
— Não, você está ferido, minha pequena flor, você não tem como usar o seu poder?
— Estou sem forças para isso, não tenho como usá-lo, e o meu lobo está bastante ferido para se transforma. — Aiyana estava com bastante dificuldade para respirar. — Vladimyr vai pegar o Amitola, eu o deixei, — Fez uma pausa para tomar folego. — Eu o deixei trancado no quarto, por favor, o pegue e traga-o para cá!
Hehewuti não aguentou, lágrimas escorriam do seu lindo rosto.
— Calma, meu amor, — Disse Aiyana limpando-as. Vladimyr com a sua super velocidade trouxe o pequeno bebê e entregou á Aiyana.
O bebê estava com os olhos arregalados, ele tinha olhos azuis cobalto, igual à Aiyana. — Tão lindo igual a você, minha preciosa flor.
Hehewuti acariciou os dois, os beijou. O ferimento de Aiyana ia ficando pior, a dor ia aumentando, mas só que ele não dizia nada, ele sabia que não ia aguentar muito, a ferida era muito profunda, o seu lobo e o poder não podia ajudar ele a sobreviver.
Ali sentado no chão da aldeia, por incrível eles estavam no centro da aldeia. Aquela cena durou quatro horas, e as ultimam palavras de Aiyana foram: — Cuide do nosso pequeno arco-íris, e se cuide meu grande guerreiro. — Depois dessas palavras ele deu um beijo em Hehewuti, o ultimo beijo dos dois. Aiyana morreu nos braço do seu amado e do seu precioso filho.
...
— Não pode ser! Porque ele tinha que morrer? — Perguntou Hopi as lágrimas.
— Pequeno, eu sei que é uma história triste, se acalme baby. — Disse abraçando Hopi. Depois que Hopi se acalmar, Kendall beijou a testa de Hopi.
— Eu não te contei o resto, Hehewuti descobriu que a suposta morte de Anaba foi uma invenção de alguns lobos negros, esses lobos negros ajudaram a fazer a emboscada, por que eles não aceitaram que o alfa casasse com um homem e principalmente esse homem engravidasse. Hehewuti e Vladimyr mataram esses lobos.Hehewuti criou o Amitola até que o seu filho tivesse uma idade para tomar o seu lugar e no mesmo dia ele morreu, parecia que estava só esperando esse dia.
— É uma história linda e ao mesmo tempo triste. — Disse Hopi com os olhos marejados. — Quem era esse Vladimyr?— Perguntou Hopi.
— Um vampiro. — Quando Hopi escutou o mesmo olhou assustado para Kendall o fazendo rir.
— Vam... piro?— Perguntou temeroso. — Eles existem?
— Claro que existe! — Disse rindo. — Também existe: Fadas, duendes, elfos, dragões, demônios e entre outros seres.
— Sério? Ainda não estou acreditando! Mas, e esse Vladimyr, pelo que eu li vampiros e lobos não se dão muito bem.
— Eles não se dão. Uma rixa natural, bem o seu tataravô Hehewuti salvou Vladimyr uma vez e os dois se tornaram amigos, mas depois da morte de Hehewuti o mesmo deixou a aldeia, todos viraram amigo dele, mas ninguém sabe por onde anda Vladimyr, só teve uma vez que ele visitou a aldeia, quando sua vó era bem nova e nunca mais.
Algumas passadas, eles chegaram à casa de Hopi.
— Ah, ia esquecendo... O seu bisavô, Amitola, foi procurar saber mais de ômegas, pois eles não sabiam muito deles. E Por isso que seu pai temeu quando você nasceu um, e também descobriu uma coisa...
— Que coisa? — Perguntou Hopi
— Bem, nem todos os ômegas querem ter filhos e os curandeiros fizeram uma injeção para impedir que eles engravidem por um ano.
— Ual, se eu não quiser engravidar é só levar uma injeção?!
— É sim. — Disse coçando a cabeça. — Bem... Chegamos. — Disse Hopi, ele olhou para a casa e viu que as luzes estavam acesas e parecia que tinha gente na casa e voltou o olhar para Kendall. — Esse dia foi maravilhoso, adorei passa-lo ao teu lado. — Disse mordendo o lábio inferior.
— Eu também! Foi um belo dia e ao teu lado ficou perfeito. — Disse fazendo Hopi suspirar. Kendall se aproximou de Hopi e puxou para os seus braços. — Nunca pensei que isso aconteceria, mas aconteceu e é mais do que sonhei. — Kendall se aproximou do rosto de Hopi e sentiu a respiração irregular o fazendo sorrir e beijou aqueles lábios macios.
Eles se beijaram até perderem o fôlego. O cabelo de Hopi estava um pouco bagunçado, pois Kendall estava com as mãos no cabelo dele quando eles estavam aos beijos. Kendall amou a maciez do cabelo de Hopi, parecia seda, de tão macio.
— Quer entrar? — Perguntou Hopi depois que tomou fôlego, os lábios de Hopi estavam muito vermelhos. Hopi estava com a testa no peito de Kendall, sentido o delicioso cheiro de Kendall.
— Eu adoraria pequeno! Mas só que já esta um pouco tarde. — Disse beijando a cabeça de Hopi e sentindo o magnifico cheiro dos cabelos de Hopi.
— Ahh! — Disse fazendo bico. — Amanhã a gente vai se vê?
— Espero que sim. — Disse beijando o bico de Hopi.
Depois que eles se despediram Hopi entrou. Lá ele encontrou o seus pais aos beijos o fazendo ficar morto de vergonha e passou bem devagarinho para não perceberem a sua presença, só que não resolveu muito.
— Estamos vendo você. — Disse Carmem.
Hopi olhou para eles e acenou com a mão direita e com a esquerda coçou a cabeça.
— É! — Tímido falou. — Bem, eu vou saindo para não atrapalhar vocês. — Disse se virando.
— Nananinanão! — Disse Carmem, — Queremos ficar um tempo com o nosso filhote! — Exclamou Carmem e Manitú concordou. — Venha já para cá!— Disse estendendo a mão.
Hopi abriu um sorriso e foi onde os pais estavam e se sentou no meio dos dois. Eles viram filmes; conversaram, riram, choraram. Ma trouxe comida para eles e se juntou. Eles falaram de tudo, Hopi amou passar aquele restinho de noite com eles, foi tão bom ficar perto do seu pai da sua vô, ouvir história, rir junto com eles, ali era a sua família, seu lar!
[...]
No outro dia, Hopi foi à sua casa, mas acompanhados de Kendall e Cameron. Eles foram pegar as coisas de Hopi. Kendall estava dentro do quarto de Hopi, Hopi estava no banheiro e Cameron tinha ido à cozinha beber um pouco de água.
Kendall olhou ao redor do quarto e suspirou. O quarto tinha uma cama de solteirão, a mesma estava um pouco bagunçada, tinha um raque com uma televisão de plasma, um aparelho de DVD, um raque de PC, um closet e uma escrivaninha, os móveis era todos brancos, as paredes eram pintadas com a cor azul e tinha alguns desenhos esboçados na parede.
O quarto era grande, e o mesmo tinha três portas, Kendall sabia que a porta da esquerda era para o banheiro e a outra para a varanda, já a terceira... Kendall colocou a pequena mala que estava segurando e foi na direção da porta, quando ele chegou à frente da porta ele pegou na maçaneta e percebeu que a mesma não estava trancada.
Quando ele entrou o mesmo olhou admirando, pois ali era um pequeno estúdio de pintura, o mesmo estava todo cheio de tinta no chão e nas paredes, tinha muita iluminação naquela sala, quadros e mais quadros ali tinha, Kendall olhou encantado para aquelas obras de artes e para a surpresa dele ali só tinha pinturas de lobos, de paisagem noturna, era tão sobriamente lindo.
— Ual! — Exclamou Cameron, o mesmo quando viu aquela porta aberta foi em direção e olhou para dentro da pequena sala e o mesmo ficou admirado.
Kendall olhou um quadro que estava ainda num cavalete, e olhou os detalhes, o esboço, as cores.
Ali no cavalete pintado estava um lobo, e não um lobo qualquer, aquele lobo do cavalete parecia o seu lobo, os olhos, a pelagem, o que deixou abismado e fascinado.
— Aqui que estão vocês! — Disse Hopi.
— Esse estúdio é seu? Você pinta? — Perguntou Kendall olhando para a pintura do lobo dos olhos dourados.
— É sim! — Disse sorrindo. — Desde os setes anos.— Você tem muito talento, os quadros são lindos, tão cheios de detalhes. — Disse Cameron, ele estava olhando para um quadro que tinha chamado sua atenção.
No quadro tinha um lobo olhando para a lua, deitando numa montanha, o lobo parecia triste, parecia que estava chorando, um lobo solitário, triste, amargurado, a lua era sua única amiga, só ela sabia dos seus segredos, dos seus demônios, do seu passado. Cameron sem perceber estava com os olhos cheios de lágrimas.
Hopi percebeu que Cameron mudou de repente, os ombros antes relaxados agora tensos, Hopi se aproximou de Cameron e olhou o quadro que Cameron estava em frente, era o quadro que ele tinha feito quando tinha 14 anos. Hopi olhou de lado para Cameron, ele estava com os olhos fixados para o lobo da pintura e mordendo o lábio inferior.
—Cam, você está bem? —Hopi perguntou receoso.
— Ah?!Sim, sim, claro. — Cameron ligeiramente coçou os olhos com as duas mãos.— Eu vou pegar as outras coisas e coloca na mala. Cameron rapidamente saiu da sala e deixou Hopi sem entender nada.
— O que houve? Aconteceu alguma coisa? Eu disse algo que o deixou assim?
— Perguntou Hopi com a voz triste.
— Você não fez nada, pequeno! — Disse Kendall o abraçando pelas costas e deu um beijo na cabeça de Hopi. — Esse quadro... Agora sei por que ele ficou assim.
— Por que quando olho nos olhos dele eu vejo uma grande tristeza? Por que esse quadro de um lobo solitário o deixou assim? — Hopi estava olhando para Kendall a espera de uma resposta.
— Sinto muito baby! Eu não posso te contar um negócio que não é meu. Essa é a história de Cameron, só vou dizer uma coisa: Ele sofreu muito na vida, esse lobo no quadro, pense que ele é Cameron e pense do por que você o fez assim.
Hopi olhou de Kendall para o quadro e balançou com a cabeça.
— Entendi, se um dia se ele quiser um amigo ou para qualquer coisa, eu estou aqui! — Disse Hopi, ele estava com os olhos cheios de lágrimas.
— Meu pequeno! — Disse dando um selinho em Hopi.
Depois daquele momento, Kendall e Hopi saíram do pequeno estúdio, Cameron estava na varanda e para a surpresa deles, as coisas de Hopi já estava empacotada.
Hopi agradeceu a Cameron e foi pegar os seus documentos, e lá tinha o seu currículo, pois ainda hoje ele ia entregar a Dakota. Eles colocaram as malas e alguns pertences da mãe de Hopi na caminhonete e foram na direção da aldeia.
Continua
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