Capítulo 18- A Justiça do Injusto

"A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro"

O que é a justiça quando se nada há além do injusto? O que é o Injusto quando tudo que se prega é justo? 

A justiça pode muitas vezes ser injusta, mas e a injustiça, pode ser justa?

A morte de Luna foi justa ou injusta? Os atos de Morgana poderiam ser ao menos serem justos de alguma forma? 

Para ela sim, aquilo era o justo e o necessário para tomar Grinvield com as forças de Whitchlock. Mas Witchlock, o dono do ritual pelo qual controla Glastonbury, não é o único inimigo que Thomas e aqueles que estava aliado teriam que enfrentar. Diante deles Morgana da forma de Tyler não se importava com um corpo sangrando em sua frente. 

—Eu disse que tinha um propósito, e que iria cumprir.

Esther gritava gritos de dor, que doíam sua garganta. 

—Você... você a matou. —Esther disse pausadamente.

—Sim, não sou cego!

—LUNA! LUNA!

—Ela está morta! E mais um de vocês irá morrer se eu não conseguir cumprir meu propósito. —Morgana disse.

—Você se tornou um monstro... você a matou —Esther sussurrou enquanto escorria lágrimas em seu rosto.

—E você será a próxima Esther. 

Morgana se aproximou, desamarrou Esther e a levantou com a arma em sua cabeça. Esther tentava se soltar com movimentos fortes, mas Morgana conseguia a conter. 

—Vamos lá, segunda chance. Onde ela está? 

—Tyler...

—EU FIZ A PORRA DE UMA PERGUNTA E QUERO UMA RESPOSTA!

—Ela está aqui, no segundo andar. —Thomas disse só conseguindo olhar para Esther chorando e agonizando de medo nos braços de Morgana. 

—Você não pode levá-los Tyler! —Eric disse tentando ao máximo não descontrolar em meio a situação.

O nervosismo de todos ali estava ao limite, seus corações nunca estiveram tão acelerados. Enquanto Morgana sentia prazer em causar sangue e desespero.

—Já responderam a minha pergunta, obrigado. Seria injusto a matar mesmo assim? —Morgana apertou mais o revólver na cabeça de Esther.

—Se a machucar eu te mato lentamente seu filho da puta. —Thomas afirmou com sangue nos olhos.

—Não sei se percebeu mais está amarrado, e eu, armado.

—Tyler, não sei o que fizeram para você, ou o que estão te obrigando a fazer, mas isso é loucura. —Eric disse.

—Como eu disse, eu tenho um propósito, e vou cumprir.

Morgana pausou e ajoelhou Esther à frente deles. 

—E matar você faz parte do meu propósito!

Morgana estendeu a mão e apontou a arma para a cabeça de Esther. 

Quando desviou seus dedos para puxar o gatilho, sentiu seu corpo se mover sem seu controle, e em segundos foi jogada para o outro lado do cômodo e arremessada à parede. Da porta da adega, Liv se aproximava com suas mãos estendidas.

Com sua mente transbordando raiva, Liv a levita e com um grito grave a arremessa para fora da adaga em um só movimento, a fazendo atravessar a porta e passar por todo o corredor até a janela. O corpo de Morgana se funde ao vidro quebrando a janela e a fazendo atravessar para o lado de fora. Ainda insatisfeito ele a levita novamente e a arremessa na floresta. 

Chorando e em desespero Esther desamarrou Thomas e Eric, após isso colocou Luna em seus braços a sujando de sangue. 

—Ela não merecia isso... não merecia. 

—Não tivemos como evitar Esther. —Eric disse a consolando. 

—Sim irmão nós tínhamos como evitar e você sabe que tínhamos, a tempos devíamos ter esvaziado esse hotel! Esse não é mais um lugar seguro... olha o que aconteceu... ELA ESTÁ MORTA! LUNA ESTÁ MORTA!

Um silêncio inquietante se instalou na adega do hotel Morwood. Luna que odiava se dizer fazer parte da família, agora estava morta na residência dos mesmos. 

O dia passou junto a noite e logo amanheceu um novo dia nos campos e florestas de Grinvield e Glastonbury.

Todos estavam se recompondo do dia anterior e da morte pela qual teriam que enfrentar o resto de suas vidas. Logo pela manhã Eric e Esther começaram a esvaziar os quartos de hóspedes justificando ser uma evacuação necessária, enquanto Thomas enterrava o corpo de Luna perto do hotel, tarefa que os Morwoods não possuíam coragem para fazer.

Morgana acordou machucada entre as árvores da floresta, mas agora não era mais Tyler. Uma culpa dolorosa borbulhava sua mente, aquilo que era pra ser feito não foi feito, seu propósito não se cumpriu, sua justiça não foi completa. Ela caminhava em direção a Glastonbury pensando varias maneiras de como mataria cada um deles, com sofrimento agonizante. Quando chegou na casa do ritual, foi criticada por Witchlock por não conseguir cumprir sua missão. Agora, o ritual estava mais perdendo do que ganhando.

Depois de enterrar o corpo Thomas foi ao encontro de Helena no quarto em que Hydra estava.

—Helena.

—Thomas. Soube o que houve ontem, me desculpe por não ter tido ajudado de alguma forma.

—Não tinha como você chegar a tempo, está tudo bem, já passou. Preciso que me permita uma coisa.

—O que seria?

—Quero fazer algumas perguntas para a Hydra, sobre o Tyler.

—Ah, ok. Vou acordá-la. —Helena caminhou até a cama estendeu seus braços e controlou a mente de Hydra a fazendo acordar do sono aprisionador.

—Olá Hydra, quero fazer algumas perguntas.

—Oi oi garanhão, não vai dar em cima de mim na frente da minha ex namorada né? —Hydra disse se sentando na cama.

—Quero saber sobre o Tyler, o que fizeram com ele?

—Os amigos do meu pai podem ser um pouco agressivos as vezes.

—Vocês o torturaram?

—Não diria tortura, mas sim, alguns machucaram ele para o próprio prazer.

—Fizeram algo com ele além disso? O obrigaram a fazer algo?

—Não que eu saiba.

Thomas se comprimiu não parecendo estar satisfeito.

—O que aconteceu? 

—Nada. 

Thomas agradeceu e saiu do quarto.

—Helena? O que aconteceu?

—Ele voltou.

—Tyler? Voltou? Como? 

—Ele matou a Luna.

—O que? A cozinheira?

—Se você sabe de alguma coisa, por favor diga Hydra.

—Não sei, juro. Não mentiria pra você.

—Mas me trair pode?

—Já conversamos sobre isso Helena!

—Sim conversamos, e ainda não te perdoei.

—Está tudo bem, nem mesmo eu me perdoei pelo o que te fiz passar, me desculpe. Saiba que ainda te amo, e tudo que passamos ainda se passa pela minha mente, cada momento, cada beijo.

—O que passou... passou.

Helena estendeu seus braços e quando seus olhos embranqueceram, Hydra adormeceu em um sono que não podia acordar.  

Thomas Evan estava desmoronando perante a situação que se encontrava. Toda sua investigação não possuía nenhum intuito e nunca avançava, agora estava em uma luta de sobrevivência e em uma guerra contra lunáticos que não fazia a mínima ideia de suas intenções. O caso de cinco crianças mortas sem seus olhos se transformou em mais mortes e acontecimentos fora da realidade.  Ao verificar correspondências do hotel na recepção, viu que uma era pra ele, assinado por sua conferência de jornalismo. 

"Pela falta de retorno da investigação e do artigo que precisamos, estou enviando uma equipe juntamente comigo para Grinvield, para acelerarmos com o artigo do jornal. Dezenas de pessoas estão vindo de toda a Inglaterra para essa cidade, ficaremos atrasados, me espere Thomas Evan"

Thomas só conseguiu pensar no suicídio que estavam cometendo ao ter essa ideia, mas até retornar e avisar sobre os perigos da cidade, já seria tarde.  

—Bom dia Jornalista. —Esther descia as escadas curvais da recepção do hotel.

—Bom dia linda. Está melhor?

—Melhor sim, mas bem não. 

—Ontem foi um dia conturbado. Vi que esvaziaram o hotel, fez bem.

—Não podemos mais arriscar a vida de nenhum hóspede. Não quero mais cadáveres enterrados no campo Morwood. 

Esther se aproximou de Thomas e o beijou por alguns segundos. 

—Somos um casal estranho né? Nos aproximamos no meio disso tudo. —Thomas disse acariciado seus cabelos loiros. 

—Quer dizer que somos um casal Evan? 

—Não sei, me diz você!

Ela abriu um sorriso e pegou nas mãos de Thomas.

—Não sei como consegui me apaixonar passando por tudo isso.

—Por isso somos um casal estranho! —Thomas sorriu e a beijou em seguida.

Do segundo andar Eric os olhava de longe com um olhar nada receptivo. 

—Esther? Podemos conversar —Eric gritou de cima.

Ela parou de o beijar e subiu. 

—O hotel está vazio, Liv está machucado desde ontem, Luna está morta, e você está de pegação na nossa recepção?

Ela se aproximou do irmão e colocou um dedo em sua cara.

—Vai se foder seu filho da puta!

—Parece que nunca se importa com nada não é Esther? Queria que nossos pais estivessem aqui para te controlar, porquê eu? Eu desisto.

—Sim eles não estão porque morreram! 

—Assim como a Luna, e você não se importa.

—Quem é você para dizer o que me importa ou não? Ele me conforta, se ele não estivesse aqui já tinha me jogado de um precipício ou cortado minha garganta a muito tempo, e tudo seria parte culpa sua! Tá me escutando irmão? A morte da Luna me importa muito mais do que se fosse você no lugar dela. Então cala a porra da sua boca e para de dizer o que sou ou não sou, deixa esse trabalho pra mim mesma!

Eric ficou calado a encarando sem reação.   

—Claro que eu queria que nossos pais estivessem aqui também, para que assim você parasse de agir como se fosse responsável por mim. 

—Eu sou responsável por você.

—Não, você não é.  

Ela abaixou a postura e o empurrou para passar por ele.

Glastonbury

A justiça do injusto seria todos atos considerados injustos, mas que necessários para se alcançar a justiça, sendo assim justos. Para Witchlock esse era seu principal pensamento, que a cada atitude, essas palavras corriam sua cabeça.

Tudo estava se transformando em ruínas para o grande mestre do ritual. Se tudo aquilo fosse considerado uma guerra, ele a estava perdendo. A busca de conquista e poder o trouxe o aprisionamento de sua própria filha. Witchlock subiu as escadas de sua mansão e entrou em seu quarto empoeirado. Sua casa era a maior de Glastonbury e a única que parecia ser uma casa de verdade, e mesmo assim a poeira e a velhice a dominava.  Ele se sentou à uma mesa de madeira de pinheiro e colocou as mãos em seu rosto. Lágrimas de dor começaram a escorrer. Ele era um homem centrado e de bastante convicção e agora estava desmoronando sem saber o que fazer. Em busca da justiça, ele acabava cometendo todo tipo de escândalo, mas que para ele era o necessário para alcançar seu próprio caminho, sua própria justiça.

Passos vindo de baixo começaram a surgir.

—Licença mestre.

Era Morgana em seu ápice destrutivo. 

—Como entrou?

—A porta estava aberta. Você está tão confuso esses dias que acaba esquecendo das pequenas coisas.

—Não sei o que fazer Morgana. Estávamos no controle, como tudo está dando errado?

—Bom a resposta pra isso você já sabe. Morwoods! 

—Que nem mesmo você conseguiu conter.

—Eles estão aprendendo a usar os nossos poderes contra nós mesmos mestre. É inevitável!

—Não sei o que fazer. —Uma lágrima escorreu seu rosto.

—Eu vou tomar controle da situação mestre... meu mestre! —Morgana disse calmamente e em seguida se aproximou.

Ela pegou as mãos de WItchlock e o beijou lentamente. Depois de alguns segundos ele se afastou, levantou e começou a andar de um lado para o outro.

—Vamos dar uma pausa. 

—O que? —Morgana disse espantada.

—Não quero mais problemas... vamos dar uma pausa!

—Ficou maluco mestre?

—Sei o que estou fazendo Morgana.

—Temos tudo em controle só precisamos atacar o mais....

—NÃO! —Witchlock gritou a interrompendo. —Vamos dar uma pausa. 

—Pelo menos escute o meu plano.

—Qual seria?

—Matei um deles na forma do Tyler. Eles o odeiam agora, fiz tudo para que o detestassem ao máximo. Se enviarmos ele para o hotel...

—Perderíamos um dos poderes dos olhos de vidro.

—Mas ele faria nosso trabalho mestre! Quando ver que foi traído pelos seus amigos e estiver sendo odiado sem motivo, ele irá se revoltar. Confie em mim!

—É muito arriscado.

—Melhor do que não fazermos nada e esperarmos sentados! 

Ela se aproximou de Witchlock e o abraçou por trás.

—Nosso poder é inimaginável, somos grandes manipuladores! Só eles não sabem.

—Mande-o para o hotel.

—Claro mestre! Meu mestre!

E assim foi feito. Morgana foi até a casa do ritual e apenas cortou as cordas que o prendia enquanto ele dormia, e deixou tudo preparado para que ele imaginasse que fosse uma fuga. Quando Tyler acordou viu a porta debaixo aberta e fugiu pela floresta. 

Os ventos fortes vindo do norte balançavam as folhas das árvores, e aquilo significa que uma tempestade forte estava por vir. Tyler de vez em quando caia sobre a grama, tremendo de medo de ser pego, quando na verdade tudo fazia parte de um plano maior. De repente Tyler correndo sem parar e ofegante se deparou com dezenas de corpos mortos. Quando conferiu ao seu redor, estava cercado por cadáveres que se estendiam por toda a floresta. 

—Olá Tyler. 

Um dos cadáveres se levantou, aquele mais longe, aquele que era impossível de identificar, mas aquele cuja voz era grave e amedrontadora. A voz se instalava na mente de Tyler com muita altitude.

—Não tenha medo. Não fique sentido. Isso não é um ataque, não é uma armadilha, é uma libertação, para você, para mim, para nós.

—Quem... quem é você? —Tyler gritou com uma voz trêmula.

—Sou aquilo que se foi, aquilo que se há, e aquilo que ainda há para acontecer.

—O que você quer...?

—Me responda você Tyler, o que você quer? Como eu disse isso é uma libertação. Lembre se a justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro!

A entidade despareceu entre as árvores, fazendo com que os outros cadáveres também sumissem de um segundo a outro, e sem perceber Tyler estava sozinho de novo na floresta.

Depois de ficar cerca de cinco minutos parado em choque, ele seguiu seu caminho para o hotel, o lugar mais perto que ele poderia se estabelecer. 

Tyler andou durante todo o dia pelas ruas e campos de Grinvield até chegar ao hotel Morwood. Já era noite e do lado de fora, a grande mansão parecia estar abandonada por estar tão apagada. 

Ele deu três toques na campainha e esperou por resposta.

Do outro lado Esther abriu a porta e se surpreendeu rapidamente.

—Ty... Tyler?

—Eu... eles...

—Como você teve coragem de voltar Tyler.

—Faça ele entrar! —Do lado de dentro a voz de Eric vinha descendo as escadas.

—Eric...

Ele correu até a porta e agarrou Tyler pelos braços.

—Como você é corajoso de voltar aqui seu filho da puta!

—O... o que? —Tyler estava fraco e cansado, impossibilitado de conseguir se livrar de Eric.

—Você vai pagar por cada coisa que fez seu...

—O que eu fiz? Eu preciso de ajuda...

—Ah você precisa de ajuda? —Eric disse gargalhando e em seguida o socou, fazendo ele cair no chão. —ELA TA MORTA POR SUA CAUSA!

—Eric...

—CALA A BOCA ESTHER! EU A AMAVA! E NINGUÉM SE IMPORTA! 

—Quem está morta? Eu... eu não fiz nada. —Tyler estava tremendo no chão amedrontado e sentindo-se ameaçado. 

Eric dominado pela raiva e pelo ódio de vingança arremessou Tyler para o lado de dentro e começou a espancá-lo. Abalada sua irmã o assistia sem ter algum sentimento, lágrimas corriam seu rosto, lágrimas sem significado.

—ERIC! —Thomas correu até a recepção e o conteve. 

Tyler sentia dor, uma dor horrível. Ele começou a se sentir culpado por algo que não tinha cometido, e começou a se sentir traído por aqueles que confiava. "O que eu fiz? O que eu fiz?"  Ele pensava repetidamente enquanto limpava o sangue escorrido de sua boca. 

—Tenha calma Eric. —Thomas o segurava com força.

—Eu estou calmo... estou! ME SOLTE.

—Não vou deixar você derramar sangue por vingança!

—Não é vingança... é justiça! 

—Não é assim que funciona a justiça Eric.

—A minha é!

Com seu cotovelo, ele golpeou a barriga de Thomas e se soltou. A primeira coisa que fez foi correr para cima de Tyler e o bater o mais forte que conseguisse.  

Sentindo dor e arrependimento Tyler começou a ouvir uma voz se repetir no fundo de sua mente. 

"A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro"

"A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro"

"A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro"

A voz se aproximava a cada fala e quando tomou conta de Tyler, seus olhos escureceram, seus dedos e braços começaram a esfumaçar, suas veias escureceram ficando totalmente pretas e visíveis, as pontas de seus cabelos começaram a cair, tudo sentindo uma força o dominar. Ele estendeu um dos braços e golpeou Eric, o fazendo atravessar a recepção pelo ar e bater na parede. Livre, seu corpo começou a flutuar em meio a uma fumaça escura. As luzes de toda a mansão começaram a piscar sem parar, as paredes começaram a tremer, e pela janela era possível avistar sombras flutuantes fazendo círculos do lado de fora. Um grito agudo e sofredor de Tyler, fez as almas que estavam sobrevoando entrarem pelas janelas as quebrando e vagar pelo interior da mansão.

—Eles o abandonaram Tyler, e agora o traiu! —A voz repetia na mente de Tyler. —Torture-os, mate-os, façam pagar pelo que fizeram!

Os olhos de Tyler começaram a criar raízes em seu rosto que percorriam todo seu corpo

"Torture-os, mate-os, façam pagar pelo que fizeram"

"Torture-os, mate-os, façam pagar pelo que fizeram"

"Torture-os, mate-os, façam pagar pelo que fizeram"

Ele manipulou uma fumaça escura e com ela levitou um pedaço de vidro da janela e o controlou com velocidade até o corpo de Eric, fincando sua barriga. 

—ERIC! —Esther gritou o mais alto que conseguiu.

Do andar de cima Helena correu ao encontro deles e começou a tentar controlar a mente de Tyler em busca de uma solução, mas seu poder era inútil contra o de Tyler, que agora o estava controlando como se sempre soubesse como.

—Rápido helena! —Thomas gritava repetidamente.

—Não consigo! É uma mente dupla eu... não consigo ter uma abertura.

—A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro. —Tyler sussurrou enquanto controlava as almas e as fumaças escurecidas. 

Ali sobrevoando junto as entidades, a alma do policial que antes os observava também fazia parte de sua vingança.

—NÃO AS DEIXE ENTRAR EM VOCÊS! —Thomas gritou.

Tyler estendeu os braços e sobrevoou ainda mais, junto a ele fez o corpo de Eric ainda ferido flutuar. 

Um portal obscuro de força escura começou a se formar na parede do hotel, e em segundos se formou uma passagem para a dimensão dos mortos. Tyler controlou a fumaça que cobria Eric e o empurrou pelo portal, o aprisionando na dimensão. 

—A justiça é de modo que somos dois como um, e um como qualquer outro.

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