Capítulo 17- Cavalo de Troia
"O que vocês Morwoods possuem de riqueza também possuem de burrice"
—Bom dia!
O raiar da manhã se instalava nos quartos do hotel Morwood. Alguns hóspedes saiam firmemente em direção ao refeitório para a primeira refeição do dia, enquanto outros iam ao seus lazares favoritos sem ao menos ter comido alguma coisa. Parecia estar começando um dia agradável, mas pelo contrário, um caos estava prestes a chegar.
Esther se encontrava entrando no quarto de Thomas, para lhe presentear com um café da manhã saboroso. No dia anterior ela jurou para si própria que nunca mais iria demorar a agir, pois em segundos, poderia ter perdido Thomas, aquele que estava gostando tanto e precisando tanto.
—Trouxe uma surpresa pra você! Não vai se levantar? —Esther disse fechando a porta.
—Bom dia madame! —Thomas se sentou na cama.
Ela estava com um vestido branco longo de cetim, com estampas sutis e delicadas de folhas de palmeira, seu cabelo estava com uma tiara também branca com diamantes embutidos. Depois de entrar, aproximou e colocou uma travessa com o café da manhã em cima de uma mesa ao lado da cama.
—Espera... trouxe um café da manhã para mim?
—Sim, ou agora está cego? —Esther abriu um sorriso irônico.
—Ai, essa doeu! Só estou surpreso de uma mulher tão dona de si e orgulhosa me presentear com comida na cama.
—Se é assim volto com ela para o refeitório e dou para outra pessoa comer, talvez tenha alguém mais agradecido que você.
—Obrigado linda. —Thomas a puxou e a beijou. —Eu adorei!
Esther se sentou ao lado dele e os dois começaram a comer biscoitos recheados, croissants, palhas italianas e pães de mel.
Sutilmente, os dois lançavam sorrisos um para o outro enquanto comiam e se acariciavam.
—Eric te disse o que aconteceu ontem enquanto não estávamos aqui? —Thomas disse.
—Sim. Aquela piranha de Glastonbury está me enchendo os nervos! Ainda bem que temos a Helena para controlá-la.
—E o Liv, está bem?
—Sim, deve estar por aí explorando a mansão, ele adora fazer isso.
—Falou para eles que queremos voltar para a casa do ritual? —Thomas disse quase sussurrando.
—Ainda não tive coragem. E também não sei que palavras usar.
—Posso ir conversar com eles com você, se quiser.
—Claro que você vai, afinal, agora só anda coladinho comigo, é o preço por eu ter salvado sua vida! —Esther riu.
—Ah é? —Thomas puxou Esther para o outro lado da cama e a deitou, deixando os dois deitados de frente para o outro, enquanto isso riam sem parar.
Quando pararam de rir seus olhares se conectaram, e suas mãos entrelaçadas esquentaram.
—Seus olhos são lindos sabia? —Thomas cochichou.
—Só meus olhos?
—Tudo em você, mas seus olhos, me encantam.
Esther sorriu enquanto se aproximava ainda mais.
—Não vai agradecer pelo café da manhã jornalista? —Ela disse entrelaçando suas pernas nas de Thomas.
—Quer dizer que trouxe querendo algo em troca? Nada formal da sua parte madame.
—Quero dizer que o que eu quero não precisa de café da manhã nenhum!
—E o que quer? —Thomas levou sua mão até o rosto de Esther.
—Você!
Os dois começaram a se beijar, acariciando cada parte do corpo um do outro. O calor humano se fundia, deixando os dois confortáveis e quentes. Thomas acariciava lentamente os cabelos loiros de Esther, enquanto ela agarrava sua cintura, o apertando firmemente.
—PATROA! —Luna gritou abrindo a porta.
—Luna! —Esther rapidamente empurrou Thomas, o fazendo cair da cama.
—Jesus Cristo! Estou atrapalhando alguma coisa aqui madame? —Luna disse disfarçando o riso.
—Não... nós, nós só estávamos conversando.
—Bem perto um do outro né? Adoro esse tipo de conversa também, se é que me entende.
—O que quer Luna? —Esther disse ajudando Thomas a se levantar.
—Seu irmão está precisando de ajuda para resolver alguns pendentes da administração do hotel e mandou te chamar, você não estava no seu quarto então imaginei que estivesse aqui!
—Ok ok, já vou!
—Desculpe atrapalhar sua "conversa". —Luna disse fazendo sinais de aspas com as mãos, logo após saiu.
—Você me salva de ser possuído por uma sombra em um dia e no outro me empurra da minha cama enquanto me beija? —Thomas disse a puxando.
—Sou imprevisível jornalista!
Os dois deram mais um beijo antes de Esther sair, e depois ela foi ao encontro do irmão.
Em um cômodo revestido por madeira bruta escura, de móveis luxuosos e grandes janelas, estavam Eric e Luna conversando.
—Sim beijando, uma pegação absurda! —Luna sussurrava.
—Luna? —Esther se aproximou. —Além de inconveniente é fofoqueira?
—Você estava beijando o Thomas Esther? —Eric disse bravo.
—Ah, eu devo ter sido uma péssima pessoa na vida passada para merecer isso!
—Te fiz uma pergunta Esther Morwood, você está beijando nosso hóspede?
—Vou ter que começar o dia com um copo de whisky!
—Esther estou falando com você.
Esther o ignorou e saiu andando mostrando o dedo do meio para trás.
Na adega da mansão, ela encontrou Liv sozinho em um canto, levitando garrafas de vinho.
—Veio beber também Liv? —Esther brincou.
—Não gosto de suco de uva. —Liv disse inocentemente, sentindo a presença dela.
—Como você está? Descansou? —Ela disse se sentando ao lado dele.
—Sim.
—Soube que fez um bom trabalho ontem, parabéns garoto. —Esther sorriu.
—Obrigado, mas fiz o mínimo. Esther...
—Diga.
—Sou capaz de fazer muito mais! Andei praticando e se precisar posso ser muito mais útil.
—Estamos tentando te deixar o mais longe possível de tudo isso Liv. Você é apenas uma criança.
—Mas não sou qualquer criança, quero ajudar. —Ele fez uma pausa enquanto descia as garrafas ao chão. —Minha vó está morta, a única pessoa que eu tinha, eles mataram, só tenho vocês agora.
—Por que não disse isso antes?
Liv ignorou e voltou a insistir.
—Só quero ajudar, sou capaz de muito mais!
—Ok garoto, você vai... não se preocupe.
Em um gesto rápido Liv pulou no colo de Esther e a abraçou.
—Obrigado. —Ele cochichou com uma voz doce e calma.
Um laço fraterno se construía pouco a pouco com as relações novas de Esther. Na noite passada só conseguia pensar em Thomas, e no que estavam construindo juntos, a mão dele acariciando seus cabelos começou a se tornar algo necessário. E Liv, estava a encantando, a ponto de não querer mais perder o garoto, e de fazer de tudo para protegê-lo
—Agora... —Esther se levantou. —Vou tomar meu whisky!
—O que é whisky?
—Um suco, mas nunca beba!
Na recepção, um pouco perto dali, Luna se instalava para receber novos hóspedes. Desde que Tyler foi capturado, ela oscilava seu trabalho na cozinha e na recepção. Quando de repente seu corpo entrou em choque ao ver o mesmo entrando pela porta principal, mancando e com o corpo totalmente mutilado.
Era Morgana. Estava ali iniciando seu plano de disfarce para conseguir o que queria. Em sua mente se passavam inúmeros cenários de como iria os convencer de que era realmente Tyler, e como iria conseguir levar os olhos de Liv e Helena para o ritual.
—Ty...Tyler? TYLER? —Luna pulou o balcão da recepção e correu.
Ela carregou Morgana até um sofá e a deitou.
—Tyler... onde você estava? O que aconteceu? Quem fez isso com você?
—Eu fui capturado. —Morgana disse fingindo uma voz dolorosa.
—ERIC! ERIC! —Luna gritava repetidamente.
Eric estava a poucos metros dali, conferindo os erros que o elevador possuía, então acabou escutando e correu até a recepção.
—Tyler... como? —Eric se aproximou.
—Anda, me ajuda a levar ele para um quarto, depois faz suas perguntas esquisitas.
Ele pegou o corpo falso de Tyler nos braços e levou até um quarto sem hóspede no segundo andar.
Os ossos de Morgana inflamavam de ódio e ira, por outro lado seus olhos pareciam como uma cachoeira de pureza, quando na verdade eram uma plateia pronta para ver chacina e sangue. Morgana era uma mulher orgulhosa e poderosa, quando não estava na forma de outra pessoa sua áurea se mostrava macabra e manipuladora. Uma lágrima de vez enquanto escorria seu rosto enquanto era levada para o quarto, uma lágrima que para eles era de dor, mas para ela significa prazer.
—Vá chamar Esther e Thomas! Rápido. —Eric ordenou Luna, e assim ela fez.
Helena, perto dali em outro quarto cuidando dos machucados de Hydra, não imaginava que uma assassina se estabelecia no local, e que ela era um dos alvos.
Hydra permanecia adormecida pela ordem mental de Helena, e só poderia acordar se Helena mandasse. Deitada em uma cama sua ex amada cuidava de seus machucados e a aquecia, mesmo depois de a ter traído, mesmo depois de a ter entregado a uma tortura e a abandonado. Quando terminou os curativos Helena sentou ao lado dela.
—Acorde. —Ordenou.
E assim Hydra abriu os olhos, rapidamente começou a se mexer e a tremer como forma de escape.
—Você não conseguirá sair da cama, e só irá se mexer se eu mandar! —Helena disse estoicamente enquanto fazia movimentos lentos com as mãos.
—Bom dia princesa, não precisava disso. —Hydra disse sorrindo.
—Ainda quer me matar depois de saber do que sou capaz?
—Nunca quis te matar. Você sabe que ainda a amo.
—Por que me entregou para a seita do seu pai então? Por que viu eles me torturarem e me usarem de arma e não fez nada?
—Não podia helena! Eu sei que é complicado de você entender.
—Eu te amava Hydra... confiava em você!
Hydra ficou calada sem saber o que responder, apenas olhava lágrimas caírem no seu braço vindo dos olhos de Helena. Agora ela não lembrava mais do cadáver que vira, nem de Gorven Pugy, e sequer que pretendia criar um plano contra os Morwoods.
Helena enxugou suas lágrimas, se recompôs e voltou a falar.
—Vai ficar por aqui, não quero que cause mais problemas.
—Nunca foi querendo causar problemas, não para você.
—Não importa Hydra. —Ela olhou fixamente em seus olhos. —Vou deter a seita que você faz parte, e impedir tudo o que querem fazer! Me entendeu bem?
—Helena você não me entende...
—E NÃO QUERO ENTENDER!
Ela se levantou bruscamente e levantou as mãos com rapidez.
—CALE-SE, EU A ORDENO QUE FIQUE CALADA!
Hydra sentiu sua boca se colar e se petrificar, não conseguia ao menos a abrir e soltar nenhum som. Agora, estava ali no campo do inimigo, paralisada e calada por aquela que prometeu amar.
Enquanto um romance desmoronava nas paredes da mansão, em virtude, outro começava a florescer. Na adega de vinhos e outras bebidas do hotel, Esther virava litros de whisky em busca de suportar a dependência emocional que estava criando em Thomas. Terminando o quarto copo, ela se assustou com Luna ofegante a chamando.
No quarto 106, se encontravam Eric, Thomas e Esther olhando fixamente para o falso Tyler sentado em uma poltrona.
—Tyler! —Ela se agachou na frente da poltrona. —Eu... desculpa, não conseguia parar de pensar em você todos os dias, em você naquela casa. Não queria ter deixado você lá... desculpa! Me perdoa! Por favor... me perdoa.
Morgana ficou calada enquanto fingia sentir dores.
—Como conseguiu fugir Tyler? —Eric disse cruzando os braços.
—Eles trocaram o turno nessa noite, aproveitei e consegui escapar sem que eles vissem.
—O que fizeram com você? —Esther limpava suas lágrimas.
—Me torturaram... me aprisionaram e me obrigaram a dizer onde certas pessoas estavam.
—Quem?
—Preciso que saibam de algo... fiz o meu máximo para fugir só para conseguir avisar vocês! Já tinha desistido e só estava esperando morrer, mas, quando os escutei falar que o garoto sem um dos olhos realmente era, precisei fugir e contar a vocês.
—Liv? —Thomas indagou.
—Sim! Ele é um perigo... não é quem vocês pensam que é! Não é um simples garoto. Ele e aquela menina de cabelos grandes, são um perigo e não podem ficar aqui!
—Como sabe da Helena? —Thomas borbulhava sua mente com novas ideias. —Ela chegou aqui depois de você ser aprisionado na casa.
—Eles falaram dela! Precisam acreditar em mim... eu vi coisas horríveis sobre eles e do que eles são capazes de fazer. Se não tirarem eles daqui... eles podem matar pessoas inocentes.
—E o que sugere que façamos Tyler? Nós estamos os ajudando, e eles estão fazendo o mesmo. Não parecem querer nos machucar! O Liv é apenas uma criança. —Esther disse baixo.
—Eles podem ser inofensivos agora, mas..., mas é questão de tempo para que eles não consigam mais se controlar. Confiem em mim! —Morgana dava pausas acompanhadas de tosse para passar uma imagem manipuladora. —Entreguem eles para o ritual! Deixe que eles os salvem, é o único jeito.
—O que? Está maluco? Não viu do que eles são capazes de fazer? Você mesmo presenciou Tyler. Enquanto esteve fora vimos eles acabarem com parte da cidade. Se entregarmos eles ao ritual eles irão os matar, e não os salvar! —Eric disse.
—Eu sei que é difícil compreender, mas..., mas eu juro, precisam confiar em mim, eles são um perigo enorme. Eu fiz de tudo, arrisquei minha vida para fugir e salvar vocês... por favor, acreditem em mim, acreditem no que eu vi, no que eu presenciei!
—Vamos ver o que podemos fazer, mas por enquanto não faremos nenhuma escolha precipitada. —Eric concluiu.
—Não... não! Vocês não entendem, precisam se livrar deles imediatamente...
—Tyler!
Esther se aproximou o interrompendo.
—Nós descobrimos que a força deles vêm do abrimento de um portal! Só precisamos fechá-lo, feito isso eles estarão seguros! De forma alguma devemos os entregar para o ritual.
—Eu escutei sobre esse portal... a forma de o fechar é quase impossível! Não tem mais volta... se querem ao menos começar a tentar salvar Grinvield, precisam entregar os dois ao ritual!
—Tem que haver outro jeito.
—Não tem! Não existe... por favor... por favor acreditem em mim!
Os três permaneceram calados. Seus batimentos aceleravam a cada vez que imaginavam a situação em que se encontravam. Com a respiração descontrolada, Esther decidiu sair dali e correr até Liv, logo atrás Thomas a seguiu.
—Deixe-a, está perturbada. —Eric disse. —Fazemos assim, nós continuamos a conversar depois, ok? Preciso encontrar Liv e Helena primeiro.
—Tudo bem, só não demorem. —Morgana suspirou.
Um sorriso estreito se abriu naturalmente no rosto de Morgana quando Eric se virou. Seu plano começava ali.
Quando ele saiu, ela começou a agir, sem remorso, sem culpa, sem ceder. Esperou alguns minutos e começou a procurar o garoto, com a intenção de o matar.
Na área culinária do hotel, Esther corria em direção à adega.
—ESTHER! ESPERE! —Thomas gritava pela sua atenção logo atrás.
—É o Liv Thomas! Ele é importante pra mim, não vou entregar ele para aqueles assassinos!
—Não vamos fazer isso, escutou seu irmão, não vamos tomar atitudes precipitadas.
—Ei! —Luna se aproximou largando os aperitivos que preparava. —Está bem Esther? O que aconteceu lá em cima? Tyler já disse o que aconteceu? E onde caralhos está meu carro?
—Não sabemos de muito ainda Luna.
—Desde o dia que resolvi trabalhar pra essa família me arrependo amargamente. —Luna disse bufando. —Meu carro, descubram onde ele está!
—Nós vamos.
Thomas e Esther começaram a caminhar conversando. Quando se afastaram de Luna, Esther parou de caminhar.
—Estou com medo Thomas, estou com um péssimo sentimento que algo horrível vai acontecer. Não quero, de forma alguma, imaginar algo machucando o Liv!
A respiração de Esther acelerava ao ritmo do desparamento de seu coração. Sem perceber se entrelaçou nos braços de Thomas e o abraçou.
—Não te disse isso..., mas não sofro só de insônia! Minha mente está destruída Thomas. —Esther sussurrava enquanto sua voz era abafada no peito de Thomas. —Não aguento mais meus transtornos atrapalhando meus dias..., e agora com isso tudo, com o Liv para proteger..., não sei se vou aguentar Thomas, não sei!
—Você vai aguentar, porque nós vamos, juntos!
De repente os consolos de Thomas foram interrompidos com um estrondo vindo dos corredores em direção a adega do hotel.
—UM TIRO!
Suas pernas se estremeciam com a rapidez de seus passos. Quando abriram as portas de madeira escura e chegaram ao corredor, um choque agoniante os queimou. Do outro lado da porta Liv estava deitado no chão sangrando. Morgana na forma de Tyler se encontrava segurando um revólver em direção ao corpo do garoto.
O caos que Morgana tanto queria, começava.
Alguns hóspedes que estavam perto dali, no refeitório, começaram a correr em desespero. Da cozinha, Luna começou a correr para a adega.
—LIV! —Esther soou um grito desesperador.
—Fiquem calmos ele é um olho de vidro, não morre sendo machucado, só fiz isso para ser mais fácil levá-lo ao ritual —Morgana disse com um tom calmo enquanto protegia o corpo de Liv.
—Você não vai levá-lo a lugar nenhum! —Esther ordenou.
—Eu preciso...
—A LUGAR NENHUM!
Esther começou a correr até Liv, mas foi obrigada a se conter quando Morgana estendeu a arma para ela.
—Eu tenho um propósito Esther, e vou cumprir! —Morgana disse e logo após deu um tiro para cima, causando um estrondo.
—O que... o que fizeram com você? —Esther sussurrou.
—Nada, como eu disse, só eu sei o que vi! —Morgana disse começando a dar passos lentos. —Entrem na adega! —Ela ordenou ainda os mirando com o revólver.
—O que?
—Entrem na adega! Agora!
Os dois amedrontados pelo revólver a obedecem e caminham até o interior da adega.
—Você não sabe o que está fazendo Tyler! —Thomas disse.
—Eu sei!
—Não, não sabe. —Eric disse dando um soco em Morgana e a derrubando no chão.
Com ele veio Luna em prantos e confusa. Ela se levantou do chão rapidamente e estendeu a arma.
—ENTREM NA ADEGA AGORA!
—Tyler para de...
—AGORA PORRA! NÃO TENHO MEDO DE ATIRAR!
Eles a obedeceram entrando lentamente pela porta.
Morgana esperou que se afastassem e ainda os ameaçando pegou cordas de caixas de entrega e os amarrou um por um em cano de ferro no chão, menos Luna. Ela a agarrou pelos braços e a virou, depois de tampar sua boca ofuscando seus gritos de socorro ela apontou a arma em sua cabeça.
—Tenho uma pergunta direta e se não responderem eu atiro, ela não terá a mesma sorte do Liv!
Luna chorava e gritava mesmo com sua boca tampada. Ela estava totalmente contida por Morgana não podendo se mexer. À frente delas Esther, Thomas e Eric estavam amarrados e presos.,
—Tyler por favor se acalme. —Eric disse firmemente.
—Eu? Eu estou completamente calmo, como disse, só vou fazer uma pergunta. Onde está a mulher de cabelos longos?
—Helena?
—Você sabe que sim!
Eles permaneceram calados.
—Eu fiz uma pergunta, e tenho uma amiguinha apontada para ela, respondam!
—É a porra da Luna, Tyler... —Esther disse tremendo. —Sua amiga... Luna!
—Não me importo! Pedi a ajuda de vocês e ignoraram.
—Eu disse que iriamos conversar e não tomar nenhuma atitude precipitada.
—O que vocês Morwoods possuem de riqueza também possuem de burrice! Não quero saber o que disse ou não! Quero que responda minha pergunta, onde ela está? Última chance.
A cada segundo que passavam calados ela apertava mais a arma na cabeça de Luna.
—Nada?
Eles permaneceram calados.
—Ótimo!
Sem ninguém poder a impedir, Morgana puxou o gatilho e uma bala atravessou a cabeça de Luna, a fazendo cair no chão e sangrar até a morte.
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