Meu terceiro erro
Ano de 1945...
- É sua formatura, Tom! - falo animada.
- Não deveria estar tão animada, você estará aqui na escola enquanto eu vou ficar em um estágio qualquer no Ministério - fala Tom emburrado.
- Se anima um pouco - falo e ele dá um falso sorriso de animação - Por mim, por favorzinho - falo fazendo biquinho e ele me rouba um selinho para depois rir da minha cara - Riddle!
- Não começa, Milady. Eu tive que esperar mais de 3 anos para a senhorita perceber que eu gosto de você, tenho que ter meus privilégios e benefícios - fala sorrindo e a beijando apaixonadamente.
- Não abusa da sorte, querido.
- Não é sorte, sei que você não viveria sem mim até porque você já me disse isso várias vezes nas nossas brigas e...
- Menos, bem menos - falo, ele sorri como se tivesse ganhado a discussão e depois suas feições mudam - O que houve?
- Você viveu muitos anos, certo? - assinto estranhando sua pergunta - Já matou alguém?
- Que tipo de pergunta é essa, Tom? Não, nunca matei e não pretendo matar. Sou um ser da natureza que teve a infelicidade de ganhar uma maldição para adquirir a forma humana. Matar é contra as minhas leis.
- Mas... Você já torturou alguém? - fala me encarando sério.
- Aonde você quer chegar?
- A lugar nenhum, só uma curiosidade. Vamos? - fala em um tom nada convincente, se tem uma coisa que eu sei bem, é ver através de sua máscara. Ele não me engana.
- Certo, já estamos atrasados. Mas não pense que escapou dessa conversa mocinho!
Ano de 194, jantar de boas vindas.
- Estou muito contente, Horácio. Consegui convencer Tom a participar do estágio no Ministério que o senhor providenciou para ele, mal tive tempo de agradecer... - sou interrompida.
- Estágio?! Eu não ofereci estágio nenhum, o que ofereci ele negou várias vezes dizendo que já tinha um plano para seu futuro. Acho que a senhorita enganou-se.
- Ah, é mesmo! Me enganei - falo com um sorriso falso indo em direção a saída enquanto cumprimento alguns fantasmas e alunos segundanistas.
Quando chego perto da orla da floresta proibida acabo não resistindo meus impulso e adentro para mais fundo. Até que escuto uma voz chamando meu nome, um centauro?!
- Não deveria vir aqui sozinha, da última vez que esteve sozinha em uma floresta foi amaldiçoada. Mas espero que saiba que essa floresta é intocada por humanos, está segura - fala em um tom muito gentil.
- Muito obrigada, posso saber seu nome?
- Me chame de Quíron, sou um dos mais novos guerreiros de meu bando. Estou sempre a disposição para a proteção de espíritos e seres da natureza, minha fênix - fala com uma reverência.
- Fico feliz que todos saibam de minha condição deplorável - falo sorrindo de modo sarcástico e ele ri.
- Todos sabem, alguns pensam que é uma lenda, mas aqui está você! Viva e saudável como um hipogrifo.
- Espero não estar cheirando a um também - rimos e continuamos nossa conversa até a hora dele voltar para casa.
Após a despedida vou caminhando lentamente até meus aposentos, onde fico apenas sentada sozinha olhando para o lugar onde antes era ocupado por Tom.
O que ele está escondendo de mim?
Outubro de 1946, véspera do dia das bruxas
- Tom! - sou surpreendida ao acordar e tê-lo ao meu lado dormindo em uma cadeira, como se tivesse me observado a noite inteira. Ok, isso é estranho.
Não espero ele acordar para dar-lhe um abraço e ele ao acordar desnorteado apenas retribui e me beija como se estivesse me vendo pela primeira vez.
- Senti tanta sua falta, Milady - fala distribuindo beijos no meu rosto e não me resta nada a não ser rir.
- Também senti, Milorde - falo com um sorriso enorme.
- Consegui ter uma folga do estágio e resolvi te visitar, com a permissão de Dumbledore, é claro! - fala revirando os olhos e com uma careta de nojo ao pronunciar o nome do bruxo.
- Jura? E como está sendo o estágio? - vamos ver até onde essa mentira vai dar - Acho que vou agradecer a Horácio pela gentileza...
- Não precisa se preocupar, eu já resolvi tudo com ele e agradeci devidamente. Logo terei o suficiente para comprar uma casa para nós dois, uma casa não, uma mansão. Tão grande que vai precisar que alguém lhe carregue para subir tantas escadas, o mundo inteiro irá saber os nossos nomes. Iremos governar o mundo e você será somente minha - fala com um brilho diferente no olhar, ele parece esquecer seus pensamentos para me puxar pela cintura de forma possessiva - Seremos só nós dois - E me beija da melhor forma possível.
- Tom, você nunca mentiria para mim, certo? - falo receosa.
- Nunca colocaria em risco nossa relação por uma bobagem, saiba disso - me olha nos olhos como se estivesse perdido em pensamentos - Eu vou cumprir o que prometi.
- Não preciso de promessas, preciso apenas de você.
Ano de 1950
- Uma carta do Sr. Riddle para a senhorita Mallory - fala Dumbledore entrando em meus aposentos e pulo de alegria ao ouvir o nome de Tom.
- O que diz na carta?! - falo ansiosa pegando-a de suas mãos e lendo a carta rapidamente.
Minha lady,
Fico triste em dizer que irei partir por uns tempos para por minha cabeça em ordem, quando voltar irei cumprir todas as promessas que lhe fiz, serei imortal.
Essa jornada será longa e árdua, talvez eu não volte, mas quero que saiba que a amo com todos os pedaços do meu coração. Você é minha luz!
Quando ler está carta já estarei longe, eu irei voltar para nos casarmos. Eu já achei a casa perfeita para nós dois, estou mandando o endereço e a chave dela.
Coloquei ela em seu nome, pois assim como eu, ela lhe pertence.
Te amo,
Seu Tom, futuro Lorde das Trevas.
Ignoro, tudo o que estava na pequena carta, só consigo pensar que ele vai embora e começo a chorar. Ele me abandonou, se quer despediu-se de mim. Mas ele disse que ia volta, essa é minha única esperança.
- Está tudo bem, Adhara? - pergunta tio Dumble, tinha esquecido de sua presença mas apenas digo que fiquei emocionada com a carta de amor que ele me mandou.
- Eu queria pedir uma coisa, eu não posso mais dar aulas. Já desconfiam de minha aparência e eu quero dar um tempo - falo e ele se mostra compreensivo ao dizer que é uma escolha minha.
- Peço apenas que fique até o final do semestre para encontrar uma nova professora de Astronomia, sabe como é difícil achar alguém que se adapte a essa matéria como a senhorita - fala sorrindo de modo gentil e eu concordo.
Acho que será melhor para mim passar um tempo fora de Hogwarts, depois eu volto já que não consigo ficar muito tempo sem lecionar, é minha paixão!
Só espero que ele esteja bem, tenho medo de que machuquem-o.
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