Memórias que não voltam mais
Um ano e alguns dias depois...
Dezembro de 1979
Adhara está colocando seu filho para dormir em no quarto enquanto conversa com Lestrange, Rodolfo Lestrange. Por mais que sua antipatia por Bellatriz continue, não foi possível fazer a mesma coisa com o Rodolff.
- Deveria dormir um pouco, pode colocar o pequeno Matteo no berço. Estrarei vigiando a porta a noite toda.
- Obrigada, Rodolff. Estou mesmo cansada, crianças dão mais trabalho do que eu imaginei. - falo olhando para o pequeno rosto do meu filho. Dei o nome de Matteo Lucius Riddle, mas Lucius não aceitou a homenagem, disse que eu iria preferir colocar o nome de outra pessoa.
Mas "Lucius" não é um nome feio, se ele sofria na escola com ele, tenho certeza que foi pela cara de doninha.
Antes de tudo coloco o pequeno no berço delicadamente e me despeço de Rodolff que parece prestar atenção em todas as minha ações. Demorei para confiar o mínimo nele já que eu tinha guardas suficientes, principalmente o Reggie, mas depois percebi que deve ser horrível ter Bellatrix como esposa, então resolvi ajudar os necessitados de afeto.
Assim que abro a porta do meu quarto escuto um barulho, mas não tem ninguém! Pego um livro e deixo embaixo do travesseiro antes de me deitar e fecho os olhos fingindo que adormeci quando na verdade estou pensando no que fazer caso a pessoa apareça e tente me matar.
- Sei que não está dormindo! - fala um voz desconhecida no momento mas muito familiar ao mesmo tempo. Confuso, eu sei.
- E eu sei que você está no meu quarto para me matar. Se acha que pode fazer isso, ou é o grande Dumbledore ou um grande tolo, qual dos dois você é? - pergunto me virando para ele e me deparo com um garoto de apenas 18 anos, Reggie. - O que você está fazendo aqui, Reg? Me assustou!
- Vim pedir perdão e deixar uma carta para você, não queria olha-la nos olhos porque sabia que se pedisse para eu ficar, eu ficaria por você. - fala com um olhar intenso.
- Não mais? Deveria parar de ser tão pessimista, Regulus. - falo revirando os olhos e abraçando o travesseiro em um gesto fofo. - Além do mais, para que o meu perdão? Eu não vou fazer isso. Pelo menos não se isso fizer você ir embora, você prometeu.
- Você sabia que esse dia chegaria. É exatamente pela minha promessa que irei, esse mundo não merece alguém como você e não quero que você se transforme em alguém como ele, você já está mudando, Adhara. Diga apenas que me perdoa, eu só quero ir em paz sem o peso de ter te deixado sozinha em minhas costas.
- Não! -falo olhando em seus olhos com a coragem de uma verdadeira grifana e me levanto para ficar mais próxima dele que se afasta.
- Você não entende, não é? Eu preciso fazer algo que você vai fazer você me odiar por toda eternidade, nada dura para sempre. - fala pegando uma de minha mãos ainda distante.
- Então não faça.
- Bons sonhos, querida. Não esqueci de nossa aposta e espero que não tenha esquecido de sua promessa. - fala tocado meu rosto antes que tudo escureça.
Acordo com meu corpo suado e a respiração ofegante enquanto analiso os fatos. Nunca tinha chegado tão longe nesse sonho, apenas até a parte que o encontro no meu quarto.
Tem alguma coisa errada em tudo isso, eu nunca fui próxima do Black e mesmo assim esse sonho não se encaixa. A não ser que não seja o sonho e... Não! Foi apenas um sonho, se eu o conhecesse alguém iria me perguntar sobre ele ou algo do tipo.
Tenho me esforça para o jatar de hoje a noite, Narcisa vai contar um novidade a todo mundo e estou eufórica, ou pelo menos esta antes desse maldito sonho. Sabe o pior? É que realmente não foi um sonho, ele deixou um bilhete dentro do livro que estava em meu travesseiro, encontrei um dia desses quando fui lê-lo.
Irei ser rápido com isso, provavelmente, já deve saber o que eu fiz e apenas lhe digo que foi por você. Não vai entender agora mas em futuro próximo verá que eu fiz o certo a todos, espero apenas que lembre-se disso. As memórias são a nossa maior fonte de conhecimento. Quero também que ignore as lágrimas que maculam esse papel e foque no que irei lhe dizer partir de agora, no verso da folha vai encontrar dois endereços, um em Londres e outro no Brasil, o primeiro é para você ir assim que encontrar essa carta, ela não vai aguentar esperar muito tempo por você. O segundo é um presente para vocês.
Espero que cumpra sua promessa, sejam feliz, minhas pequenas estrelas.
Com muito amor e gratidão,
Seu eterno Reggie.
Meu eterno Reggie. Estou evitando o máximo possível ir a esse endereço, a verdade sempre me parece pior do que a bela mentira, pena que não posso viver assim para sempre.
Levando rapidamente e coloco um vestido negro simples e pego minha capa da mesma cor, não posso fugir para sempre. Tenho pena de quem ficar em meu caminho. Mas antes, permita-me analisar os acontecimentos recentes:
As coisas estão bem agitadas por aqui. É o primeiro natal que o Lorde das Trevas vai participar depois de passar mais de um ano fora de casa, ele apenas me mandou uma carta dizendo que me daria uma missão mas a vontade de ir mandá-lo à merda é enorme.
Há boatos que existe uma profecia de uma pessoa que pode derrotá-lo, ele deve estar possesso.
Me acostumei a ser a Lady das Trevas, é algo realmente encantador. Bem, não gosto do odor de morte que esse título traz mas eu nunca matei ninguém, temos seguidores suficientes para não precisar disso.
Um dos meus guardas foi morto por Voldemort após se mostrar um traidor e seguidor de Dumbledore, o, aparentemente, "meu" Reggie. Tenho poucas lembranças dele, além de uma noite antes de sua morte, mais precisamente, quando invadiu meu quarto. O pior foi o sentimento de vazio que eu fiquei de depois que ele foi embora, ainda sinto ele, principalmente a noite, como se estivesse esperando vê-lo na entrada de meu quarto me esperando para entrar.
Desde então tenho recolhido informações, perguntei aos Malfoy e a Severo mas eles responderam apenas frases vagas, todos parecem estar escondendo algo, pelo menos não são os únicos. O mais estranho foi que ele deixou uma sacola da dedos de mel, pelo menos ele é um louco com um pouco de senso.
Bem, me desejem sorte!
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