Discussões

Depois que eles saíram da sala ficou um silêncio constrangedor enquanto eu tentava achar a melhor maneira de me expressar e ele não sair correndo.

— O que quer me falar? Se você vai tentar defender ele de novo, eu... — tenta falar mas foi interrompido por meus lábios nos dele que retribui o beijo prontamente.

— Eu não tenho outra pessoa. Na verdade, acho que você foi um idiota por completo ao imaginar isso. — sempre me disseram que um beijo pode desarmar as pessoas, vamos ver se funciona.

— Se você acha que só porque me beijou eu vou... — ele é interrompido com a minha aproximação, acaricio sua boca e o seu rosto como se quisesse guardar todos os seus detalhes. — Tudo bem, mas eu quero que me diga exatamente o que aconteceu com você. Fiquei muito preocupado com você! — fala suspirando.

— Senti sua falta, mas não sei como você vai reagir com a notícia, tenho certeza que será melhor que a minha reação já que eu nem sabia que era possível. — falo receosa e ele beija delicadamente meus dedos.

— Tudo que vier de você é maravilhoso, até mesmo seus defeitos que parecem apenas uma perfeição pequena demais para ser notada. — fala me dando um selinho e eu entrego a caixa me afastando um pouco dele que senta em uma cadeira.

Assim que ele abriu o embrulho, dava para ver uma pequena capa e um cachecol da sonserina em um tamanho muito pequeno. Narcisa tem um excelente gosto, eu diria.

— Sabe que eu não vou caber aqui, não é mesmo? — fala se levantando para depois quase cair ao chão. — Estou bem, só quero que me diga que Narcisa apenas errou o meu tamanho. — fala com um riso nervoso e eu nego enquanto ele respira fundo diversas vezes.

— Eu sei que não era isso que você queria mas é um ser que está dentro de mim e não posso culpa-lo por nada, se quiser eu vou embora e você pode seguir sua vida normalmente. Mas se aceitar, iremos ser uma família como a que você nunca teve.

— Você não entende, eu não sou bom para ele e não sou bom para você mas ainda consigo me manter egoísta te mantendo presa nessa casa. — fala com as mãos nos cabelos em um gesto nervoso.

— Sejamos sinceros, eu não saio de casa então para mim não faz diferença se você quer ou não que eu fique aqui dentro cercada de Comensais. Se você acha que eu estou aqui apenas por você acho bom descer um pouco desse pedestal. — fala sorrindo divertida e ele apenas revira os olhos.

— Nada disso era para acontecer, você foi um deslize meu. Mas essa criança...

— Ela foi um deslize nosso, podemos fazer isso!

— Você sabe que eu não serei o suficiente para ela, te conheço o bastante para saber que vai acordar um dia e se arrepender de ter deixado ela perto de mim, principalmente quando se tornar igual a mim. — fala abaixando a cabeça como se essa verdade fosse dolorosa demais para ele.

— Sei que tudo isso não faz parte de seus planos, mas talvez seja o destino querendo nos ajudar a superar tudo o que passamos. Você não tem sentimentos, Tom. Sabe qual foi a maior causa disso? O abandono de seu pai e a morte de sua mãe que a impediu de ficar com você.

— Isso não é verdade! — fala começando a se irritar e acho que isso não é bom, então tento desviar o assunto de sua mãe e volto a acalma-lo.

— Você não é seu pai, Tom. Independente de suas escolhas, você não estará nos abandonando se não quiser, afinal sou eu que vou embora.

— Eu não posso te perder, mas não serei um bom pai para essa criança. — fala receoso e eu lanço um olhar compreensivo.

— Então irei embora amanhã com minha pequena fênix. — falo indo em direção a saída mas ele me puxa para o seu colo.

— Uma fênix? — pergunta com uma pitada de interesse e confusão na voz.

— Quem sabe ela não nasça mestiça, metade fênix e metade bruxa. Seria uma combinação bem interessante, aposto que seria tão inteligente quanto o pai. — faço uma última jogada para ele nos deixar ficar, Tom é controlador mas eu sei ser bem manipuladora quando eu preciso e ele apenas cheira meu pescoço em sinal positivo.

— Fique. — sussurra me causando arrepios e consigo sentir seu sorriso contra a minha pele quando de repente ele me coloca no chão. — Você está bem? — pergunto preocupada e ele apenas assenti fervorosamente.

— Apenas lembrei que tenho uma reunião com meus comensais e já faz mais de duas horas que estão né esperando. Tchau, querida! — fala dando um rápido beijo na minha testa antes de colocar a pequena roupa de todo jeito no bolso.

— Quanta delicadeza! — resmungo.

— Até mais, meu pequeno Lorde das Trevas. — fala com um sorriso enigmático para a minha barriga para logo depois beija-la.

Uns minutos depois de sua saída aparece Severo e Narcisa, ele com a mesma carranca de sempre e ela com um sorrisinho vitorioso.

— Como foi? Ele saiu daqui todo sorridente. — fala se sentando ao meu lado enquanto Severo ainda fica em pé.

— Não acham estranho ele aceitar normalmente? Tenho certeza de que ele está planejando algo. — fala Sevie pensativo e eu assinto.

— Estranharia se ele não estivesse, ele quer que meu filho seja como ele mas eu não vou deixar.

— E se ele tirar de você? Eu não acharia estranho se por um acaso...

— Não! Ele não fará isso, eu tenho meus planos para caso isso aconteça e vocês estão nele. Um deles inclue você ir com ele para o Brasil, eles tem uma proteção muito forte contra magia negra, principalmente nas floresta ao redor da Amazônia. — falo direcionando minha última fala a Severo que apenas assentiu.

— Temos que ficar alertas. Mas parando para pensar, alguém viu Regulus hoje? — pergunta Narcisa levemente preocupada.

— Não acho que ele tenha permissão para sair daqui, ou tem? — pergunto e eles negam.

— Ninguém tem, logo agora que você está nesse estado que irão mandar mais comensais para a sua proteção. Muitas famílias sangue-puros mandam seus filhos para servir você, é uma maneira de se manter longe da linha de ataque do Lorde e não se meter em uma luta. — fala Severo revirando os olhos.

— Não sabia que a sua família também tinha mandado você me servir, pensei que era apenas um covarde. — falo divertida e ele solta um riso soprado.

— As pessoas estão começando a falar sobre você, algumas famílias escreveram cartas endereçadas a Lady das Trevas. Sua fama é algo mais ou menos assim: sou boa, pura e poderosa, mas fui arrancada de minha vida para servir ao Lorde das Trevas e sou a sua única fonte de poder o que me faz a Lady das Trevas mais perigosa que já existiu. — fala Regulus chegando na sala e atuando.

— Quantas Lady existiram? — pergunto confusa e ele apenas dá os ombros.

— O pior que é verdade, mas por outro lado dizem que o Lorde é apenas um fantoche seu. — me confindecia Severo e eu apenas dou um sorriso ladino.

— Depende da ocasião, não é mesmo? — pergunto com um sorriso malicioso e todos riem, exceto Regulus que tem as suas feições mais frias. — Onde você estava afinal? — me viro para Regulus que apenas sorri nervoso.

— Escrevendo cartas para alguns amigos.

— Não sabia que tinha amigos. — fala Severo com a sobrancelha arqueada e ele se encolhe antes de se virar para ele.

— Podemos conversar a sós, Severo? Preciso da sua ajuda para fazer uma coisa. — eu o encaro de forma questionadora e ele desvia o olhar.

— Vamos dar uma volta, precisamos tomar um ar fresco, Cissa.

Pelo visto Regulus anda escondendo mais coisas de mim do que imaginava...

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Votem e comentem!!

Só eu que quando vou revisar o capítulo acabo colocando mais coisa? Tinha só 1000 palavras, quando eu terminei de corrigir já tinha uma história totalmente diferente e quase 1500 kkkkkk

Se tiverem algum erro me avisem para eu fazer a correção!

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