Capítulo 38: Jantar com Lobos!
Ao descer a escada sozinho, o pequeno Minka olhou desconfiado para a grande sala de estar, onde só tinha poucas pessoas ali, pessoas essas que o vampiro ruivo não sabia quem eram, mas logo ele avistou Kaleo e Isaac, esses ele não o conhecia, mas os dois estava na mesma situação que ele estava antes, mas agora, ambos transparência mais limpo.
Kaleo e Isaac estavam sentados num dos grandes sofás negros da sala, os dois estavam com roupas novas, camisa e calças limpas e suaves, os cabelos deles estavam úmidos e cheirosos.
Isaac era completamente diferente do que Minka imaginava ser, mas era muito bonito. Ele tinha enormes olhos claros, uma linda mistura de verde e mel, a sua pele era um pouco mais escura, não era totalmente fechada, mas não negava suas descendências, de negros, os seus cabelos era de um lindo encaracolado castanho, tinha algumas sardas na região dos olhos, uma boca carnuda e leves traços suaves.
Já Kaleo era um pouco diferente do seu amigo coelho, dava para notar no seu traço que era de um lugar tropical, tinha o corpo bronzeado, cabelos loiros num lindo dreds, olhos claros e uma leve barba, que notava que fora aparada há pouco tempo. Mas o que chamava atenção nos dois shifter era a sua a proximidade peculiar.
O shifter Leão tinha os braços rodeando o corpo magro do shifter coelho, que olhava amedrontado ao redor, os dois corpos estavam tão próximos que Minka achara que ambos poderiam se fundir um no outro, mas ele entedia o medo do shifter coelho, ele estava igual, pois só cinco minutos atrás escutara que o seu querido e amado irmão jazia morto.
Ele estava com medo, triste, angustiado, mas fazia de tudo para não transparecer, pois dava para notar a alegria naquela casa, uma alegria que Minka entendia, a alegria de um ente querido voltar vivo para a sua moradia e esse ente era o seu amigo Hopi e também ele não queria preocupar o loiro, pois este o ajudou muito há passar esses meses naquela cela.
Mas sabia que toda a sua vida ele só teve dois amigos, o seu irmão, Teos, que estava morto e Hopi, que o ajudou a enfrentar o vampiro mau.
— Olá pequeno!— Falou uma voz doce ao seu lado, o tirando dos seus pensamentos.
Ao olhar para o lado Minka avistou uma linda mulher de longos cabelos cinza, esta o olhava carinhosamente e logo o ruivo lembrou-se o nome dela, Meda, a avó de Hopi e na mesma hora passou na sua cabeça Hopi falando da sua amada avó, que fez abrir um enorme sorriso, que parecia agradar a anciã.
— Vejo que desceu sozinho, devo imaginar que Hopi esta com Kendall.
— Sim!— Respondeu mesmo que não tivesse sido uma pergunta, pois ele achava que a linda mulher merecia uma resposta. — Os deixei sozinho, sei que Hopi estava com muitas saudades do seu Lobo de Olhos Dourados.
— Vejo que você sabe um pouco sobre eles!— Meda olhou curiosa para ele, que sorriu pelas suas falas.
— Sim, o maior passatempo de nós dois naquela cela foi de falar, falar e falar. E Hopi me contou um pouco da sua história... Quer dizer, ele me contou tudo. — Riu um pouco.
Meda achou linda aquela criança rir bem na sua frente, uma criança que fora preso por vários meses, alegrava o seu coração ver que Minka estava rindo, mesmo o que tinha passado.
— Ele me contou da senhora, do seu pai, da sua mãe... Também contei um pouco sobre mim!
— Oh, fico feliz que Hopi tenha falado sobre eu, espero que coisas boas!— Disse divertida.
— Bem, ele me contou que a senhora fazia maravilhas na cozinha, é verdade?— Perguntou com os olhos brilhando ansioso por uma resposta positiva, que fora logo respondida pela Meda, que estava risonha.
— Como o meu querido neto diz, é puramente verdade!— Os dois soltaram uma breve risada. — Falando nisso, a janta/almoço irá sair daqui a alguns minutos, sei que vocês e os outros estão mortos de fome, mas estamos esperando aqueles que fora em casa e enquanto isso estamos arrumando o quintal, pois mesmo que a sala de jantar seja grande, não irá caber todo mundo.
— Oh sem problema. — Pronunciou rapidamente. — Se não for muito incomodo, queria falar com o alfa da alcateia.
— Ah, claro! Poderia me dizer do que se trata?
— Do meu irmão, Teos, sei que ele morreu, Kendall me contou, mas quero saber mais da sua morte, de onde fora enterrado, se ele souber, claro. — Suspirou triste.
Meda olhou penalizada para ele. Ela tocou carinhosamente os seus cabelos. — Sinto muito! Vamos comigo, o meu filho esta no quintal.
— Obrigado!
— Não precisa agradecer, pequeno! Não precisa agradecer!— Disse amavelmente.
Os dois deixaram a sala, passaram pela cozinha, onde Meda avistou a sua companheira e acenou para ela, que retribuiu alegremente, ela estava mexendo na panela, que cheirava divinamente.
E assim eles foram para o quintal. Dava para ver o lindo céu azul, com poucas nuvens. Ainda era tarde, não se passava de quatros horas da tarde.
Ali tinha alguns shifter e vampiros ajudando na decoração daquele banquete, churrasqueira, já tinha carne assando, cadeiras sendo trazidas, luzes ao redor.
Minka olhou encantado para aquele local, aquilo parecia sair de um filme de comédia romântica de Hollywood, era completamente confortador, tinha um excelente perfume, um ar saudável. Um que ele sentia muitas saudades, quando se juntava com o seu irmão; aquele lugar onde ele estava agora, com tantas pessoas ajudando um ao outro tinha cheiro de amor, de paz, de esperança, de um lugar que ele queria ficar e nunca mais sair.
Só que a realidade para Minka era completamente diferente, a sua única família fora tirado dele, ele nunca mais poderia sentir algo especial assim de novo, então Minka iria aproveitar, pois para ele, nunca mais iria ser assim... Como uma família.
[...]
Dante estava sentado na grande varanda da casa do alfa, sentado num balanço que tinha ali, curtindo a linda paisagem da floresta que rodeava aquela aldeia, sentindo o vento fresco bater no seu rosto pálido. Era completamente incrível, achara o vampiro.
Na cidade grande não tinha aquilo, a natureza na sua porta, principalmente onde ele morava, Los Angeles, um lugar urbano, onde tinha milhares de prédios, concreto, asfalto, do que de arvores. Só que a única diferença era que ele amava aquela cidade, era completamente a sua cara, populosa, tinha diversos cheiros, cheiros de pessoas cheias de sonhos, musicas, cheiros exóticos, da luxúria, movimentação e ele amava, por que ele nasceu ali, nasceu e se acostumou.
Perdido nos seus pensamentos, na sua vida boemia, luxuria, diversão, que nem percebeu que estava sendo observado, só fora perceber depois de quase dez minutos, quando essa pessoa caminhou e sentou do seu lado no banco, o que fez levar um susto e quase bater na pessoa, que era Hana, mas ela fora rápida e desviou facilmente do seu punho.
— Nunca chegue de fininho perto de mim!— Falou firme. Ele suspirou e escorou a cabeça no banco.
Dante só escutou a risada da linda mulher. Ele só fez dar de ombros.
Ambos ficaram alguns minutos em silencio, olhando para o céu até que o vampiro não aguentou e olhou para a hibrida.
— Desembucha, sei que passou esses meses todos me observando, sei também que você é companheira de Meda, então por que fica me olhando desse jeito?— Enquanto falava ele olhava no rosto da bruxa, que contraiu um pouco a boca por alguns segundos até que ela simplesmente caiu numa gargalhada, o deixando confuso.
— Que?— Exclamou.
Hana tentou se controlar para poder falar, quando finalmente se recompôs ela se virou para ele com um grande sorriso na face, dava para ver que ela queria mais uma vez rir.
— Não creio que você estava pensando em que eu estava te "secando"... Não é?— Sem querer Hana Claire soltou uma pequena risada.
— O que eu pensaria de uma pessoa que passas meses me olhando? Ou ela quer profundamente transar comigo ou me matar, qual dessas duas coisas você quer fazer comigo? — Dante arqueou a sobrancelha ao falar.
— Não nego que você tem ótimas opções para isso, mas desculpa, não são nenhumas delas, eu não transo com mais ninguém, só com minha companheira agora. — Piscou. — E nem te matar, só fiquei curioso por algo que você tem, só isso. — Ela deu de ombros.
— Oh. — Suspirou. — Que algo?— Indagou curioso.
— Este colar. — Ela pegou num cordão que tinha em seu pescoço, o colar era mais como um medalhão, ele era verde esmeralda, ao redor dele tinha alguns símbolos feito de prata e ouro e a corrente que rodeava o seu pescoço era uma mistura dos dois. — Onde você o achou?— Hana desviou o olhar da joia e olhou profundamente nos olhos verde esmeralda do vampiro.
Dante entre abriu a boca e assentiu com a cabeça, entendo finalmente o que a híbrida estava atrás, ele pegou o colar, que ainda estava na mão dela e a acariciou-o o medalhão.
— Eu não achei, esse medalhão era da minha querida mãe, antes dela sair de casa, ela disse-me que era para cuidar desse medalhão e me fez prometer que nunca o tirasse do pescoço, até que ela voltasse para casa. Só que ela nunca voltou. — Ele fechou os olhos e respirou profundamente. Ficou alguns segundos em silencio.
— E eu nunca o tirei e nem o tirarei para nada no mundo, este medalhão é a única coisa que tenho dela, a única coisa que tenho de Esmeralda, minha falecida mãe.
Hana assentiu e suspirou.
— Por que você esta interessada no meu medalhão?— Dante perguntou um tempo depois.
— Ele me parece familiar, só isso! Ele parece ser muito antigo, poderia ter visto em algum lugar, mas pode ser também que me confundir... Olha, sinto muito pela sua mãe e por passar esses meses te "secando".— Os dois riram.
— O colar me chamou a atenção, foi só isso.
— Tudo bem. — Dante sorriu para ela. — Entendo, agora vamos entrar? Precisamos ajudar os outros.
— Claro, vamos!
Os dois se levantaram do balanço e caminharam para dentro de casa, mas quando Dante colocou o pé direito dentro da casa ele fora surpreendido por Mapiya abraçando as suas pernas, o fazendo rir.
— Ei gracinha!— Dante riu e bagunçou os cabelos brancos da fada. — Vem!— Ao terminar de falar ele colocou Mapiya nos braços e o beijou na bochecha e Mapiya respondeu o beijo rindo.
[...]
Ao chegarem em casa, os irmãos ursos suspiraram aliviados, ao finalmente verem a sua morada, não eram deles aquela casa, mas sentimentalmente aquele lugar transparecia paz para cada um deles, depois de meses rodando os Estados Unidos e naquela cidade finalmente eles ficaram em paz.
— Estava com saudades!— Peter falou abrindo a porta da caminhonete.
— Digo o mesmo!— Nick concordou se espreguiçando ao se por do lado do carro. — Preciso de um banho, tenho que tirar esse cheiro podre de sangue de vampiro.
— Concordo com você!— Paolo falou fazendo uma careta ao se cheirar.— Mas antes, temos que ter uma conversa, né Noan e Anoki?
— Muito bem lembrado!— Max disse estreitando os olhos para o seu irmão caçula e o seu companheiro, que rapidamente desviaram o olhar dos quatros e começaram a assoviar.
— Nem tentem desviar o assunto!— Peter dissera firme.
— Que assunto?— O urso caçula disse confuso. Ele começou a andar na direção da porta e começou a falar. — Não sei o que vocês estão falando, só sei que o chuveiro me espera...— Mas antes de poder pisar na calçada da casa, ele fora impedido por seu irmão Max, que pegou na gola da sua camisa. — Que é? — Exclamou surpreso.
— Você só vai tomar um banho, quando a gente tiver uma conversa, não aqui... Venham!— Ao terminar de falar Max arrastou o seu irmão caçula para dentro de casa e os outros quatros entraram em seguida.
Anoki suspirou ao entrar na casa e rapidamente sentou-se no sofá, pois sabia que ele só iria sair dali quando os ursos terminassem de gritar, ele não se irritava por isso, achava até engraçado os ursos vermelhos e irritados, principalmente o seu companheiro Max, ele ficava mais lindo ainda, com esses pensamentos o lobo sorriu trazendo a atenção do seu companheiro.
— Anoki, tem algo a dizer?— Max arqueou a sobrancelha.
— Mmm, acho que não. — Fez cara pensativa. — Definitivamente não!— Concluiu sorrindo.
— Certo!— Max disse contragosto. — Noan, sente-se. — Ao terminar de falar ele soltou o seu irmão, que logo em seguida sentou-se do lado de Anoki.
— Podem começar!— Noan soltou depois de bocejar.
Os outros ursos se entreolharam e Max tomou a frente da conversa.
— Vocês sabiam que a nossa missão era a riscada, que naqueles tuneis estava cheios de vampiros que isso poderia machucar gravemente vocês dois. Agora me digam, onde vocês estavam com a cabeça ao desobedecer as nossas ordens?— Perguntou severamente.
— Eu estava com a cabeça em ajudar!— Noan respondeu. — Eu tinha o mesmo direito de ir lá como cada um de vocês. — Ao falar ele se levantou do sofá e enfrentou o seu irmão. — Vocês têm que entender que sou um adulto, tenho 24 anos, posso ate ser o mais novo entre vocês, mas isso não quer dizer que irei ser sempre aquele moleque, que vocês sempre protegem, eu tenho que lutar as minha própria lutas, sozinho.
— Sabemos disso!— Paolo disse. — Mas mesmo assim a gente vai continuar a te proteger, mas de hoje em diante, você pode lutar com suas lutas, mas não sozinho.
— Mas...
— Não!— Peter o interrompeu. — Nunca impeça da gente querê-lo ajuda-lo, você sempre será o nosso irmão caçula, sempre será protegido, não lute contra isso, pois será em vão.— Concluiu.
Noan respirou fundo e assentiu relutante. — Pelo menos vão me deixar um pouco mais "livre".
— Anoki, tem algo a dizer?— Max perguntou de novo, depois que Noan se calou.
O lobo deu de ombros e fez que não com a cabeça.
— Tem certeza?— Insistiu.
Anoki revirou os olhos. — Olha, você não manda em me e não preciso explicar nada. Mas já que você insiste tanto, eu fui por que precisava tirar esse peso das minhas costas e olha, elas estão mais leve. Hopi não me perdoou, mas falei o que eu sentia. E se fosse para fazer novamente, eu era o primeiro a estar lá.
Max piscou diversas vezes desnorteado pelas palavras do seu companheiro, que se mantinha firme sentado no sofá, ele respirou fundo e assentiu com a cabeça devagar processando o que o lobo dissera. — Certo, só peço que faça de tudo para não se machucar, se acontecesse algo contigo eu não me perdoaria.
Agora fora a vez de Anoki ficar desnorteado, ele entreabriu a boca e olhou surpreso para o urso, o lobo se sentiu mal pelas falas que disse.
— Não se preocupe Max, irei me cuidar, você também se cuide, pois ficaria muito mal se você se m-achucasse. — Era difícil para Anoki proferir algo assim para alguém, mas ele iria que aprender, pois ele gostava do urso e queria ver o bem deste.
Max parecia gostar das palavras de Anoki, pois ele sorriu e piscou para o lobo, que logo em seguida sentiu as suas bochechas esquentarem.
— Já que esta tudo resolvido, melhor a gente ir tomar um banho, aqui só tem um banheiro, para nós 6, temos que ser rápido. — Nick falou depois do breve silencio.
— Eu não vou!— Anoki dissera em seguida.
— Por quê?— Noan e Max perguntou juntos olhando confuso para o lobo.
Anoki deu de ombros. — Eu sei que não sou bem-vindo naquela casa, naquela aldeia, fiz muito mal para aquelas pessoas, mesmo que eu esteja me sentindo mais leve, eles não, eles ainda me odeiam, só me aceitaram esses meses por que eu ia ajuda-los e estavam com vocês.
— Mas com certeza Meda iria sentir a sua falta, ela mesma disse que éramos para estar todos lá.— Max afirmou.
— Meda é uma mulher gentil, doce, carinhosa... Um grande exemplo de mulher, a admiro, mas mesmo assim sei que não sou bem vindo e também estou cansado, quero dormi. Se não for incomodar, é claro, posso voltar para a minha casa...
— Não!— O grito de Max os pegou de surpreso, todos olharam assustados para o urso, que pigarreou tentando esconder a sua vergonha. — É, que tipo... Eu...— Respirou fundo. — Queria que você morasse aqui, com a gente! Sei que aqui você se sente a vontade e como você disse, na aldeia você não se senti em casa... Não é?
Anoki assentiu.— É assim mesmo, obrigado Max, muito obrigado!— Ao terminar de falar Anoki caminhou até o urso e o beijou na bochecha. — Fico feliz que eu tenha você agora em minha vida, só queria poder... É melhor eu subir, vou tomar um banho!
Apressadamente Anoki subiu as escadas e sumiu no topo.
— É meu irmão, você tem uma grande batalha pela frente para poder ser feliz com o seu companheiro!— Paolo falou apertando carinhosamente o ombro do seu mais velho, que assentiu pelas suas falas.
— Uma grande batalha e nem sei como a enfrentar!— Disse desolado.
— Com o coração!— Noan respondeu ganhando o olhar dos seus irmãos.— Que é?— Se encolheu no sofá pelos olhares dos ursos. — Olha, para vencer essa batalha Max irá ter a melhor arma, que logicamente é o amor, dã!— Revirou os olhos ao terminar de falar.
— Acho que pela primeira vez o nosso irmãozinho cabeça oca tem razão!— Peter fora acertado por duas almofadas pelo seu irmão Noan, que o olhava enfurecido.
— Cabeça oca?— Perguntou indignado.
— Claro, dã!— Peter revirou os olhos jogando as almofadas de volta para o irmão caçula.
— Ok, podem parar de infantilidade, pois preciso tomar um banho e voltar rápido para a casa do alfa, tipo agora!
Todos olharam sem entender para Peter, que parecia um pouco nervoso, bobo e impaciente.
— Ok camarada, que bicho te mordeu?— Perguntou Max.
— Err..
— Acho que foi um pequeno lobo japonês!— Paolo disse com a sobrancelha arqueada olhando para o seu irmão.
— Como é?— Disseram os outros perplexos olhando para Peter.
Peter coçou a cabeça e sorriu para o seus irmãos. — Encontrei o meu companheiro!
[...]
Depois de um breve cochilo nos braços do seu amor, Hopi e Kendall desceram as escadas, pois fora acordado pelo alfa dizendo que o mega almoço/jantar já estava pronto e só faltavam os dois.
Ao descerem as escadas viram que na sala não havia ninguém, mas eles já dava para escutar barulho de pessoas conversando e um toque de uma musica no fundo, o que fez os dois sorrirem.
— Eu estava com saudades desse barulho!— Hopi falou rindo.
— E eu de escutar a sua risada!
Hopi olhou apaixonado para Kendall, ficou de ponta de pé e beijou docemente os lábios carnudos do seu companheiro, que rapidamente retribuiu o beijo com todo o amor.
Infelizmente o ósculo não durou muito, pois quando o beijo começou a se aprofundar os dois fora interrompido por um pequeno lobo a brincar entre as suas pernas, os fazendo se afastar e rir ao ver o pequeno Jade em forma de lobo mordendo a calça de Kendall, o puxando.
— Oh meu Deus! — Hopi se abaixou e começou a acariciar o pelo negro do lobo, que deixou a calça de Kendall e pulou em seus braços, fazendo soltar uma gargalhada.
— O nosso afilhado é bem agitado!— Kendall falou acariciando o lobo junto com o seu companheiro.
— Sim! — Concordou. — O nosso novo alfa, daqui a alguns anos, muito louco, neh?— Hopi dissera rindo.
— Aham! O seu pai vai ensina-lo bem direitinho, Jade vai ser um bom alfa!
— Com certeza vai!— Hopi abraçou o lobo e sorriu para Kendall.
— Oh então é aqui que ele se meteu!— Hopi e Kendall olharam surpresos para a porta que dava para a sala de jantar e riram quando viram Stan ofegante escorado na porta. — Não riem, deixe chegar a sua vez para sair correndo pela casa pelo bebê fujão.
— Iria adorar!— Hopi piscou ao falar. — Jade é muito energético, ama brincar.
Stan riu e caminhou até eles. — E adora fugir! — Eles riram.
Stan pegou o lobo nos braços e na mesma hora Jade se transformou de volta e olhou com enormes olhos para o seu pai, que riu amorosamente e beijou a testa do filho.
— Queria tanto ter estado aqui para ver o nascimento do meu afilhado!— Hopi falou se levantando do chão.
Stan sorriu triste para o seu amigo. — Mas o que importa agora é que você esta aqui, salvo e feliz, junto com a gente. Não é?
— Com certeza!— Ao terminar de falar Hopi abraçou Kendall.— Aqui é o onde eu pertenço.
— E nunca mais deve sair!— Kendall completou beijando os lábios de Hopi.
— Como é bom ver vocês dois assim, alegra o meu coração.— Stan suspirou contente. — Mas agora esta na hora de você, Hopi, saber de duas coisas, duas coisas agradáveis... Dakota já esta lá, falta só você!
— As surpresinhas?—Indagou curioso.
— Sim!— Stan riu. — Vamos!
Hopi rapidamente pegou na mão de Kendall e junto com Stan eles deixaram a sala e foram na direção do quintal.
O quintal da casa do alfa estava completamente belo, tinha várias mesas com cadeiras ao redor do quintal, o grande portal do quintal estava aberto e tinha várias pessoas entrando por eles, eram pessoas da alcateia, que foram convidados para aquela festança.
Tinha várias luzes ao redor do grande quintal, luzes coloridas, iluminando aquelas pessoas, iluminando a alegria que resplandecia, uma alegria de ter dois entes queridos de volta aquela casa, de volta aquela alcateia, de volta aquela grande família.
Tinha carne sendo assada, pessoas conversando, rindo, comendo, dançando ao redor com a melodia que dois jovens tocavam nos seus violões numa roda cheia de crianças.
Aquele cenário colocava um sorriso em cada um deles, pois aquilo era completamente familiar, doce, calmo, tinha paz, amor, esperança... Um lugar para uma grande família ficar e curtir.
Hopi fora tirado dos seus pensamentos quando Dakota ficou na sua frente, ele respirou fundo e sorriu para o seu amigo, ambos tinha lágrimas nos olhos, os dois se entreolharam profundamente e num passe de mágica ambos se abraçaram aliviados.
O abraço fora apertado, com carinho, com amor... Com saudades e finalmente em paz, os dois ficaram mais relaxados, sentindo que finalmente estavam a salvos, que mesmo que o vampiro Hendrick os tenha prejudicado de alguma forma, os dois iriam dar a volta por cima, juntos!
Dakota beijou a bochecha rubra do amigo e afastou um pouco para poder olhar nos olhos azuis de Hopi. — Fiquei com medo por você, sozinho com Minka, mas fico feliz que agora estamos a salvo e qualquer coisa que queira falar o que passou lá, estou a ouvidos.
— Digo o mesmo!— Hopi disse em seguida. — Qualquer coisa!
Dakota abaixou a cabeça e assentiu, engoliu em seco e olhou para Hopi.
— Agora, você tem algo a saber, algo pequeno e fofo!
Hopi olhou confuso para o amigo, que sorrindo saiu da frente deixando Carmem, na sua frente, só que ela não estava sozinha, ela tinha em seus braços um pequeno pacote, um pacote de enormes olhos negros.
O loiro abriu e fechou diversas vezes tentando falar, mas a surpresa fora tanto que palavras não saia.
Carmem e os outros riram da expressão dele e com calma ela colocou a menina nos braços de Hopi e na mesma hora o alfa Manitu ficou do lado dela e sorrindo deu a grande noticia.
— Diga olá a sua irmã Hopi, a Yamka!
Hopi suspirou. — Minh-a irmã?!— Disse sem acreditar. Carmem assentiu sorrindo.— Oh meu Deus!— Sussurrou.
Com cuidado Hopi a segurou com todo o carinho e acariciou delicadamente o rosto rechonchudo da menina, que soltou um pequeno som contente o fazendo rir e sem se segurar lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. — Ela é linda!— Falou emocionado.
Hopi ficou admirando a linda bebê com um enorme sorriso no rosto, ele não acreditara que finalmente tinha uma irmã, uma pequena bebê, ficara triste por não acompanhar a gravidez da sua mãe, mas ao mesmo tempo feliz que estava em casa e poderia ver a linda Yamka sorrindo para ele e faria de tudo para a protege-la de todos os males, isso era uma promessa, uma promessa para sua querida irmãzinha.
— Yamka, um nome lindo para uma linda menina!— Ele a beijou na testa e sorriu para os seus pais. — Irei protegê-la de tudo! É uma promessa.
— Sabemos disso!— Carmem disse sorrindo. — Agora para a mesa, acho que a sua vó tem algo a te contar!
— A outra surpresinha, né?! Maravilha... Gente, vocês viram o Minka?— Hopi arregalou os olhos ao lembrar do garoto e começou a procurar o vampiro ruivo no meio da multidão.
— Calma amor!— Kendall riu e o abraçou de lado. — Acho que o encontrei, é aquele ali sentado ao lado de Hana?
Hopi suspirou aliviado ao ver o seu menino comendo um enorme hambúrguer.
— Espera, ele não é um vampiro? Por que esta comendo comida humana?— Dakota falara confuso.
— Por que ele é um Heavenly Anioł, por isso que pode comer comida humana e beber sangue!— Vladymir respondeu o seu companheiro a chegar perto do grupo com Jaspe em seus braços. — E falando em sangue, o nosso lobinho esta com fome, precisa de sangue!
Dakota revirou os olhos e pegou o seu filho. — Ele não precisa de tanto sangue, igual ao um vampiro, ele é um híbrido, só precisa mamar! É o que irei fazer agora, amor!
— Ah!— Vladymir coçou a cabeça. — É que, eu não sei muito bem coisas de criança, sabe...
Dakota riu e beijou os lábios docemente do seu companheiro.— Não se preocupe meu vampiro, você vai ser um excelente pai! Claro que depois de trocar todas as fraldas do pequeno Jaspe, a coisa fede!
Todos riram pelas falas de Dakota. — Vamos ver, seu sabidinho!— Vladymir riu e beijou a bochecha de Dakota, que suspirou e sorriu para o seu amado.
— Vamos para a mesa!— Carmem chamou rindo. — Temos uma mesa só para a gente! Vamos!
Antes de poderem ir Hopi entregou a sua irmã ao seu pai, mas antes ele a beijou na testa da menina e depois ficou de mãos dadas a Kendall.
Assim eles caminharam até a principal mesa, que tinha os amigos deles lá e todos os cumprimentaram com um sorriso no rosto e abraços.
Hopi na mesma hora sentou ao lado de Minka e o beijou na testa e olhou em volta da mesa, viu Dakota já sentando ao lado de Atisla e de Vladymir, que estava olhando apaixonado para o seu companheiro, que estava dando de mamar ao pequeno jaspe, o que trouxe um sorriso no loiro.
— Hopi, você tem que experimentar esse mega hambúrguer que Hana fez, estar tão saboroso, nunca comi algo assim! — A voz de Minka o fez despertar o fazendo olhar para ele e quando viu Minka com a cara suja com molho de hambúrguer o fez rir e começar a limpar o rostinho dele com um lenço que achara na mesa.
— Estou vendo que você gostou!— Hopi disse rindo. — E ai, como foi à conversa com o meu pai?
Depois de engolir um pedaço da sua comida Minka olhou para o seu amigo e o respondeu.
— Ele me disse sobre a morte do meu irmão, disse que ele morreu lutando, Teos ia os ajudar para nos resgatar, mas infelizmente Hendrick quebrou o pescoço dele, disse também que o enterrou no cemitério da aldeia.— Disse calmamente. Hopi assentiu e acariciou os cabelos rebeldes do ruivo.
— Sinto muito Minka, se você quiser que eu vá nesse cemitério com você, estou a disposição.
— Era o que eu ia pedir, você ir comigo!
— Amanha?
— Amanha!— Minka assentiu e sorriu para Hopi.
— Vejo que os meus garotos estão todos aqui! Que alegria imensa em ver todos vocês reunidos de novo e minha felicidade só aumenta em ver que a família esta aumentando. — Meda pronunciou ao a se aproximar da mesa deles, ela tinha um enorme sorriso no rosto e os seus olhos estava a brilhar.
— É bom esta em casa, Ma!— Dakota disse em seguida. — Me sinto em paz agora!
— Bom saber meu menino, bom saber!
— Flor, sente-se, você já fez muita coisa, esta na hora de sentar e relaxar!
— Certo meu amor!— Ao terminar de falar Meda sentou-se do lado de Hana e a beijou nos lábios, na mesma hora o copo de Hopi caiu da sua mão fazendo a agua ir para todos os lados.
— Ho, esta tudo bem meu amor? — Kendall indagou preocupado.
— A-amor? Vocês estão juntas?— Hopi perguntou sem acreditar.
Meda e Hana se entreolharam e a nativa olhou fixamente para o seu neto e assentiu.
— Sim meu filho, eu e Hana estamos namorando, ou melhor, morando juntas... Somos companheiras! Hana é a minha companheira predestinada pela mãe natureza! Espero que você a aceite e goste dela, pois eu já a amo, você e Dakota, quero que os meus dois meninos tenha uma amizade com ela!
Todos na mesa olharam de Dakota para Hopi, quem estava mais "abalado" era Hopi, que estava paralisado tentando processar aquilo, já Dakota tinha um pequeno sorriso no rosto.
— Seja bem-vinda a família, Hana! Desejo felicidades a vocês, que faça Meda feliz, pois ela merece e se você fizer a sofrer, se verá comigo!— Dakota dissera firme.
— Pode deixar!— Hana respondeu e em seguida olhou apaixonada para Meda. — Até o meu ultimo suspiro irei a fazê-la feliz, Meda é uma grande mulher, tenho como orgulho de ser companheira dela e farei os seus dias mais especiais, por que ela é especial e a amo muito!
Meda mordeu as bochechas internamente e esfregou os olhos tentando conter as lágrimas, mas fora inútil. — Faço as suas palavras as minhas, minha bela flor, eu te amo... Minha bruxinha!— Ao terminar de falar Meda a beijou nos lábios e em seguida olhou para o seu neto, Hopi. — Sei que esta sendo difícil para você...
Meda fora interrompida pelos braços de Hopi circulando o seu pequeno corpo, o abraço fora igual ao que Meda deu em Hopi no primeiro dia que ele voltava para casa, no ano passado, os dois corpos era do mesmo tamanho, tinha as suas diferenças, mas a única coisa igual era o amor que aquela mulher e aquele homem tinham um pelo outro, um amor materno e fraternal, um amor puro e único.
Lágrimas começaram a descer pelos ambos os rostos, sentindo a energia do amor que pulsava veloz nos coração deles, o abraço era como um laço, deixando que essa energia ficasse mais agitada e mais inusitada, até que Hopi tirou um pouco dessa força e tentou falar em meios a lágrimas.
— Não importa quem a senhora ama, quem dormi com você, quem você desfruta de um amor, irei amar quem você ama, seja uma mulher ou um homem, o que importa é que você seja feliz Ma, você é especial, uma forte mulher, corajosa, uma excelente mãe e avó e me orgulho de ter você como avó, uma linda avó alfa! Amo você tanto Ma! E tenho certeza que Hana será uma bela companheira, que irá lhe ajudar nas difíceis horas, te fazer feliz, por que você merece, você merece as mais belas coisas desse planeta!
Meda soluçou ao escutar cada palavra gentil do seu menino e foi a vez dela ao abraça-lo com força.
— Amo você, Hopi! Amo você!
Era uma bela cena de se ver, emocionava cada um que via, quer dizer, aqueles que estavam ao redor já estavam emocionados, vendo um neto e uma avó abraçados e emocionados.
E não mais tarde Hopi puxou Hana para o abraço, um grande e apertado abraço e finalmente aquele sentimento no peito da híbrida se completou, agora ela realmente se sentia parte daquela grande família e iria fazer de tudo para fazer feliz todos eles, pois ela já os amava.
Continua...
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