Capítulo 36: O Ritual

Quando Vladymir ao sentir o cheiro do seu companheiro correu escada a baixo, todos o seguiram e ao desceram as enormes escadas eles acabaram entrando numa sala circular, que em volta tinha varias escadas, iguais a que eles desceram.

Mas todos não prestaram atenção nesse fato, mas sim em Dakota, o nativo estava amarrado pelas mãos num gancho que ficava no centro, ele parecia desacordado, vestia as mesmas veste que Hopi, Minka e Kaleo. Ele estava no mesmo estado deles, magro, pálido, mas a única diferença era que já não existia mais os seus belos cabelos longos, mas sim um cabelo curto, que ia até a orelha.

— Dakota!— Vladymir sussurrou sem acreditar em ver o seu amado ali, rapidamente o vampiro veio em si e começou a correr para tirar o seu companheiro dali, mas antes de chegar perto do seu amado ele foi impedido de ir com uma enorme força trombando com ele, o fazendo cair no chão.

O grupo ficou assustado com aquilo e rapidamente o alfa, com os seus betas, ursos e a gangue rose correram rapidamente para encontrar com o vampiro, mas eles foram impedidos com uma força invisível.

Ao caírem no chão eles escutaram uma gargalhada e ao olharam viram Hendrick em pé do lado de Dakota sorrindo, ele vestia um terno negro, tinha os seus cabelos numa trança e o seu sorriso de merda no rosto, demonstrando superioridade aos seus anfitriões.

— Fico impressionado com a inocência de vocês, principalmente você, meu querido filho mais velho. Vocês entram na minha fortaleça e pensam que eu não sabia? Mero engano. Eu vi tudo o que vocês fizeram. Vi você, meu filho, matando de uma vez dois vampiros, vi vocês lutando corpo a corpo, com garras e dentes, com armas e facas e pensam que não iriam me ver, que iriam sair daqui com eles sem me enfrentar?— Hendrick mais uma vez riu.

— Acho que estraguei seus planos, sinto muito... Oh, na verdade não sinto muito, não sinto nada... Só desejo de ver vocês mortos aqui, por entrar e matar os meus queridos vampiros.

Vladymir sibilou e se levantou. — Não importa o que você diz, iremos mata-lo e sairemos daqui vivos! Agora!— Ao terminar de falar Vladymir partiu para cima do seu pai, mas uma vez sem antes de proferir o seu golpe ele sentiu uma força invisível o impedindo, mas sem antes poder falar ele sentiu sua energia sair do seu corpo.

— Mas? C-omo?— Falou sem entender. Ele estava no chão, sem poder levantar um dedo.

Todos ficaram surpresos pelo que Vladymir estava passando.

Stan vendo que todos estavam perplexos vendo Vladymir fraco e de joelhos ele pegou a sua arma e mirou em Hendrick, mas sem antes de poder apertar o gatilho a sua força fora completamente roubada o fazendo cair no chão derrubando a arma e um por um foi ao chão sem força.

O vampiro ancião sorriu vendo todos ao chão e bateu palmas.

— Como é prazeroso ver todos assim, de joelhos! Como escravos reverenciando o seu rei, que claro, sou eu e logo, logo isso vai ser uma ação comum!

— O q-ue você fez, maldito?— O alfa perguntou lançando o seu olhar mortal para o vampiro, que só fez sorrir para o alfa.

— Todo mágico tem os seus segredos! Simples assim!— Deu de ombros.

— Não quando uma feiticeira sabe os seus segredos!— Hana e Snow apareceu com o seu pequeno grupo, que era com Dante, Tank, Gary e Paolo.

— Sejam livre senhores da escuridão. Saia dessa prisão que te puseram. Que Morgana te liberte! Morgana, deusa mãe, liberte as sombras da escuridão, os seus próprios guardiões do mundo escuro. Liberte essas sombras dessa prisão sem volta... Os liberte!

Hana e Snow falaram junto em latim, ele tinha dois colar ao redor do pescoço, os mesmo começaram a brilhar e na mesma hora varias sombras começaram aparecer ao redor da sala e na mesma hora as energias do corpo das pessoas que estavam ao chão começaram a voltar ao seu corpo.

Snow e sua irmã escutaram uma voz na sua cabeça os agradecendo e na mesma hora as sombras desapareceram.

— O que vocês fizeram? Sombras, voltem!— Hendrick bateu palmos, uma vez, segunda e na terceira ele desistiu frustrado. — O que você fez, sua libertina? E tu, vagabundo?

Hana simplesmente riu. — Libertina? Essa é a sua única ofensa contra mim? Meu caro, melhor melhorar o seu vocabulário e claro, se atualizar, estamos no século XXI meu bem!— A mulher piscou para o vampiro e se escorou no seu irmão que sorria pelas suas falas.

— Acho que você acabou perdendo, Hendrick! Seus vampiros estão mortos, as sombras foram libertas e agora só resta você e a gente, não somos poucos e não somos simples pessoas!— Kendall falou se levantando do chão junto com os outros.

Antes de todos poderem fazer um ataque contra o vampiro o mesmo pegou uma adaga de prata de dentro da camisa e cortou as cordas que segurava Dakota e em seguida colocou a ponta afiada na garganta do nativo e sorriu ameaçadoramente.

— Se tentar me machucar, vai machuca-lo também! Vladymir, você não quer isso, não é? Não quer que Dakota sofra um corte nessa garganta, um tiro... Qualquer coisa que faça o seu companheiro sofra.. Não é?

— O que você quer, maldito?— Vladymir falou entre os dentes.

— Simples!— Riu. — Hopi, por Dakota, uma troca justa!

Todos ficaram em silencio olhando sem acreditar. — Você é louco!— Atisla constatou negando com a cabeça. — Não iremos trocar nada, você vai deixar o nosso Dakota em paz!

Hendrick simplesmente riu. — Vocês quem sabe, pois se não fizer o que eu disse...

— Você irá fazer o que, Hendrick? Mata-lo? Tem certeza?— Todos olharam ficaram surpresos ao escutaram uma voz femininas e ao virarem para ver acabaram se deparando com uma linda mulher, alguns acabaram a reconhecendo.

Era Ewe, mãe de Vladymir. Ela vestia um elegante vestido, tinha o cabelo num coque e o seu olhar esverdeado demonstrava força e determinação.

— Mãe?

—Ewe?

Hendrick e Vladymir falaram junto sem acreditar. Ewe simplesmente sorriu para o seu querido filho. — Olá meu querido! Estou orgulhosa de você!— Disse se aproximando.

— O que você esta fazendo, querida?— Hendrick perguntou entre os dentes lançando o seu olhar ameaçador para a mulher, que só fez franzir o cenho.

— O que eu estou fazendo?— Riu. — Algo que eu devia ter feito há vários séculos!

— Fazer? Fazer o que? Você devia esta em casa, cuidando dela, Ewe!

— Cuidar de casa? Querido, devo concordar com a senhorita, se atualize! A mulher não é só para cuidar de casa, principalmente quando o seu "marido" esta fazendo vários absurdos! — Fez aspas com as mãos. — Bom, voltando o assunto almejado, Vladymir esta na hora de você conhecer o passado do seu querido "pai"!

Hendrick rosnou. — Cala-se sua vadia, não irá contar nada!

— E você vai me impedir? Sinto muito querido, mas não! Você devia soltar o companheiro do seu sobrinho, você o fez sofrer demais!

— Sobrinho? Como assim mãe?— Vladymir olhou para sua mãe sem entender, que tocou a face do vampiro e sorriu o confortando.

— Sim meu bem, você é sobrinho de Hendrick, não filho! Nunca, você nunca foi!

— Não estou entendo!

— Nem eu, tia!— Sebastian falou.

Ewe suspirou. — Calma garotos, irei contar tudo!— Ela fez uma pausa.

Todos estavam olhando para ela. Kendall estava abraçado a Hopi, Stan a Tank, que ficou surpreso ao ver o seu companheiro ali e o restante estavam com armas em punho, que infelizmente não podia fazer nada contra ao vampiro, pois podia machucar Dakota em vez dele.

— Tudo o que Hendrick vem falando esses séculos todos é tudo mentira, uma farsa! Começando que ele não foi o primeiro vampiro do mundo a nascer e sim o seu querido irmão Heiko, o primogênito de Edward I, o primeiro vampiro nascido, príncipe dos vampiros! Heiko era o único a ter determinadas feições poderosas, cabelos e olhos completamente vermelho sangue, um lindo vampiro!— Ewe sorriu. — O conheci, ele deixava as mulheres completamente apaixonadas por seu charme, que na época eu tive uma quedinha por ele, o que trouxe inveja do seu irmão caçula, Hendrick!

— Cala boca, sua porca!

— Hendrick, era vampiro, mas o segundo a nascer, não era aquele que herdou o poder do primeiro vampiro feito, não foi o primeiro vampiro a nascer. Não era o querido do pai, era sempre o segundo! Hendrick sentiu inveja, muita inveja, mas tudo mudou quando Hendrick apresentou a sua querida noiva, Margot, minha irmã! — Ewe olhou para Hendrick e franziu os lábios, dava para ver que falar da sua irmã mexia com ela.

— Margot, era minha meia-irmã, uma linda francesa!— Suspirou. — Quando Heiko e Margot se conheceram foram amor à primeira vista, os dois eram companheiros predestinado! O que acabou completamente com o pobre coração de Hendrick, que teve que se separar do amor da sua vida, para o seu odiado irmão!

— Margot e Heiko tiveram um lindo casamento, Hendrick e eu fomos padrinhos, foi quando os conheci! Um ano depois tivemos uma grande surpresa, Margot estava gravida e de acordo com a feiticeira, amiga da família, era um varão, um menino!

— Só que nem todos sabiam do que Hendrick estava aprontando, quando Margot teve a criança, Vladymir Heiko II, Hendrick apunhalou a sua própria família. Matou o seu próprio pai, seu irmão e sua esposa, deixando um menino órfão e um reino sem rei! Eu descobrir quando ele entrou no quarto da minha irmã e a matou, eu estava no lavabo, escutei tudo, mas não deu tempo para impedir!— Lágrimas começaram a descer do seu belo rosto.

— Vi minha querida irmã morta na sua cama com Vladymir nos braços, o peguei e foi na hora que Hendrick voltou para o quarto! Ameaçou-me, dizendo se eu atrevesse a contar, iria colocar a culpa em mim e me matar, eu não pude fazer nada, não queria deixar aquele bebê indefeso nas garras daquele traste! E quando fui ver já estava casada com ele, Vladymir era meu filho, todo mundo esqueceu de Margot e de Heiko, ninguém se atreveria a falar os nomes dos dois ou de Edward.

— Então...— Vladymir mordeu o lábio, ele tinha os olhos marejados.

— Sim meu querido, você não é meu filho, sou sua tia, mas é como você fosse!

— Você é minha mãe, você é! Mas você, Hendrick! Fico aliviado em saber disso, graças a Deus ou que for, eu não sou seu filho! Obrigado por dizer a verdade, mamãe!

— Ainda não acabou...

— O q-ue esta acontecendo?— A voz de Dakota chamou atenção deles, o nativo estava meio desorientado, tinha acabado de acorda, ao ver que estava preso começou a se mexer, Hendrick rosnou e apertou a faca na garganta do nativo fazendo um corte.

— Me solta! Arg!— Dakota gemeu ao sentir a ardência.

— Hendrick, o solte!— Vladymir falou enfurecido.

— Vla-dy? VLADY!— Dakota gritou sem acreditar. — Oh meu Deus! Vladymir, meu amor!

— Calma meu anjo, vou te tirar dai, não se mexa, por favor!— Disse preocupado.

Dakota balançou com a cabeça, ele estava chorando.

— Cale-se!— Hendrick rosnou.

— Não se preocupe meu filho, Já esta na hora de me vingar pela morte da minha querida irmã!— Ewe falou determinada.

— E você vai fazer o que, sua cadela?— Hendrick apertou ainda mais a faca no pescoço de Dakota.

Ewe sorriu. — O que eu devia ter feito naquela noite, te matado!

— Se chegar perto, eu acabo com a vida dele!— Hendrick ameaçou.

Tudo aconteceu tão de repente que quase ninguém soube explicar o que aconteceu.

Quando Hendrick terminou de falar Ewe partiu para cima dele com uma seringa que estava na sua cintura, o assustando, ela travou uma pequena batalha, tentando tirar Dakota das mãos do vampiro, foi quando os outros entraram no meio para ajuda-la, mas no meio do combate a adaga que Hendrick tinha em mãos acabou perfurando o estômago de Dakota, que tentou se desvencilhar das garras do vampiro e mesmo com ajuda dos outros o nativo acabou se ferindo ainda mais, a adaga perfurou toda a região da barriga dele.

Ewe estava enfurecida e com ajuda do seu filho ela acabou atacando Hendrick no pescoço, ao perfurar a pele e deixar o liquido negro entrar no corpo o vampiro caiu no chão desacordado finalizando aquela batalha.

— Dakota, Dakota! DAKOTA! Meu amor, reaja!— A voz assustada de Vladymir fizeram todos desviar o olhar de Hendrick no chão para ele, que estava do outro lado com Dakota em seus braços deitado no chão, os preocupando.

— O que aconteceu com ele?— Stan perguntou ao se ajoelhar e ao ver o mar de sangue saindo barriga e um pouco no recanto na boca de Dakota, que tinha a adaga de prata enfiada no estômago o assustou. — Oh meu Deus! Tire a adaga!

— Não sei se tirar o vai machucar mais ainda!— Vladymir estava sem rumo e completamente assustado. — Alguém me ajuda!— Pediu desesperado.

— Oh meu filho, sinto muito!— Ewe disse ao se ajoelho do lado do vampiro. — Eu tentei tirar ele de perto, mas não deu!

— Tudo bem mãe! Alguém pode me ajudar a curar ele, por favor!

— Vla-dy, meu amor, eu te amo!— Dakota falou tossindo.

— Não fale, vai o prejudicar mais!— Vladymir estava em lágrimas.

— E-u te amo, te amo! Eu n-ão vou so-breviver, cu-ide de J-asp...— Dakota teve outra excesso de tosse com sangue.

— Shii meu amor, você vai sair dessa, você irá!

— Ele está muito mal!— Kimama disse assustado. — O sangue está vindo demais e a prata o machuca cada vez mais, tenho certeza que o corte foi muito profundo!

— Não pode ser, ele tem que curar, vou tirar a adaga! Podemos levamos para casa, lá tem o médico, não é?

— O que houve com ele?— Todos olharam surpresos ao ver o Doc Adoette em pé com sua maleta ao lado de Fred.

— O trouxe para ajudar!— Fred disse apertando a mão, ele tinha a expressão de preocupado, igual a todos.

— Ele foi ferido gravemente com uma adaga de prata. — Kendall explicou acariciando o rosto do seu irmão. — Por favor, o ajude, não quero o perde!

— Certo, vou fazer o que posso, mas não posso prometer nada!— Adoette ficou de joelho, pegou a sua maleta e começou a trabalhar no ferimento de Dakota, que respirava dificilmente.

Todos estavam apreensivos pelo estado de Dakota, eles estavam rezando para que o Doc ajudasse a Dakota.

Tinha se passado trinta minutos, no meio tempo Ewe e o alfa amarram Hendrick, que Ewe disse que tinha dado um feitiço, que faria o dormi por cinco horas, pois ela queria fazer a morte de Hendrick fosse um show, seria uma linda vingança pela morte da sua irmã.

Quando se passou trinta minutos Adoette suspirou e olhou com lágrimas nos olhos para o seu alfa.

— O que houve?— Vladymir perguntou vendo a expressão do médico. Ele e Kendall eram que estavam muito próximos de Dakota, ambos tinham vários rastros de lágrimas, Hopi era o único a confortar Kendall. Nesse meio tempo os membros da gangue rose o abraçaram, vendo que aquilo era real, eles tinham Hopi salvos, mas eles sabiam que faltava um para terminar a roda, que estava muito ferido.

Adoette desviou o olhar do alfa e olhou para o vampiro. — Sinto muito! Eu tentei de tudo, mas a adaga perfurou alguns órgãos vitais, tentei fazer uma pequena cirurgia, mas não adianta! Ele precisa se curar e só o seu lobo pode fazer isso, mas Dakota não tem forças para fazer isso, está muito fraco! Mais uma vez eu sinto muito... Dakota está morrendo!

O mundo deles despencou, todos ficaram paralisados tentando processar o que o Doc tinha acabado de falar.

— Não!— Stan sussurrou. — Não pode ser!— Atisla sussurrou com lágrimas nos olhos. — Ele tem que viver!— O resto da gangue falou junto.

— Você deve está errado!— Vladymir pegou no ombro do médico e o sacudiu; — Dakota não esta morrendo, ele não pode!

— Se acalme!— Adoette pediu assustado.

— Vladymir, o solte!— O alfa pediu. — Isso não se resolvera, temos que achar um jeito!

— Hopi pode ajudar, ele não tem o poder da vida?— Fred sugeriu.

Todos olharam para o loiro, que estava sendo segurado pelo seu companheiro. Hopi olhou triste para eles. — Acho que eu não conseguiria!

— Por quê?— Vladymir perguntou, ele já estava com Dakota em seu colo, que já estava muito pálido.

Dakota estava meio acordado e meio que dormindo.

— Estou muito fraco, nem me aguento em pé! Ontem Hendrick passou o dia todo abusando dos meus poderes, só parou quando eu desmaiei e só vim acorda quando Anoki estava na minha cela, eu não tenho forças nem para me transformar, eu queria ajudar, Dakota tem que viver, mas infelizmente eu não posso ajudar!

Eles olharam penalizados para Hopi e começou a bater um desanimo neles todos, pensando como poderia ajudar Dakota a viver, mas parecia que ninguém tinha uma solução, eles estavam de coração partido, alguns chorando vendo Kendall e Vladymir agarrado ao nativo, todos queriam ficar perto dele, mas sabiam que não era uma hora para isso.

— O que eu faço? Não quero te perder meu amor!— Vladymir choramingou. — Meu amor, te amo tanto!

— E-u te amo!— Dakota sussurrou. — Kendall, meu irmão, amo você... Todos vocês, fico feliz que pelo menos eu vou poder ver os seus rosto pela ultima vez!

— Não diga isso!— Kendall falou apertando a mãe de Dakota. — Você não irá morrer!

— Você não irá!— Vladymir afirmou a fala do cunhado.

Dakota sorriu. — Vlady, eu te amo, esse tempo todo eu pedia para ver você de novo e você esta aqui, mesmo que os nossos felizes para sempre não tiver um final feliz, mas para mim o meu final vai ser feliz. Você me sentiu único, especial, foi uma eternidade para mim, um amor que durara até a minha morte, eu te amo e te amarei! Mesmo que não seja para sempre, mas será a eternidade!— Lágrimas escorria pelo rosto pálido de Dakota. Ele tinha um sorriso no rosto e olhava apaixonado para o seu amor, que estava no mesmo estado. A voz de Dakota estava muito fraca, quase que não conseguia falar.— Eu te peço, cuide do nosso Jaspe.

Vladymir o olhou sem entender, mas em seguida sorriu e sussurrou— Eu te amo!— O beijou.

Um beijo cheio de saudades, de dor, de sofrimento, de alegria, de raiva, de paixão, de tristeza... Eram tanto sentimentos naquele beijo que deixou os dois meio atordoados.

— Será para a eternidade!— O vampiro sussurrou quando o osculo teve fim...— Eternidade.. Et... Oh meu Deus!— Ele arregalou os olhos assustando Dakota e os outros.

— O que houve?— Kendall perguntou.

— Acho que acabei de lembrar de algo que pode salvar Dakota!— Todos olharam curiosos para ele. — O Ritual!

— O Ritual? Que Ritual?— Todos começaram a falar sobre, se perguntando o que poderia ser.

Sebastian suspirou e se aproximou do seu amigo, que tinha o olhar direcionado ao seu amado. — Você sabe que é arriscado, as chances são mínimas para darem certo!

— Eu sei, mas é a minha única chance, tem que dar certo!— O vampiro olhou para Sebastian. — Vai dar certo!

— Será? Você sabe que quando fiz não deu certo, não quero que você do mesmo jeito quando vi o resultado quando eu a fiz com Esmeralda!

— Vai dar certo, eu sei que vai!

— Por que você acha isso?— Sebastian franziu o cenho olhando fixamente para Vladymir. Os outros ficaram calados prestando atenção na conversa.

— Por que eu e Dakota somos companheiros, isso com certeza vai fazer o ritual funcionar, por isso que não funcionou quando você o fez!

— Mas eu a amava!— Sebastian disse ferido.

— E ainda a ama? — Atisla perguntou ao se aproximar, ele tinha o olhar em Sebastian, a procura de uma resposta, mas o vampiro só fez baixar a cabeça, Atisla só fez assentir e desviar o olhar com o coração ferido.

— Eu vou fazer! Não importa que as chances são mínimas, ele vai funcionar... Volto já meu amor!— Vladymir ao beijar o seu companheiro carinhosamente se tele transportou.

— Que Ritual é esse?— Kendall perguntou olhando para Sebastian.

— Um Ritual antigo, foi feito poucas vezes, mas ninguém sabe ao certo se funciona! Eu fiz uma vez, mas não deu certo.

— Certo! Vamos torce para que dê, pois parece que é o único jeito!— Kendall acariciou o rosto do seu irmão ao falar.

Cinco minutos depois que Vladymir se tele transportou ele voltou com uma adaga feita de cristais num formato de coração, um cálice que tinha ao seu redor um anjo e um demônio lutando e um enorme livro velho.

— Vladymir!— Sebastian o chamou. — Boa sorte! Estou torcendo para que dê certo meu amigo!

— Obrigado!— Vladymir sorriu agradecido. — Kendall deixe Dakota deitado, por favor pessoal, façam silêncio!— Pediu.

— Vai precisar de ajuda?— Hana perguntou.

— Não, esse ritual só deve ser feito pelo parceiro.— Respondeu. — Para quem estar curioso sobre, é ritual da união de vidas!

— Foi criado quando a parceira de Romeu foi morta, ele era um bruxo muito poderoso e com o cálice da vida, a adaga da união e o sangue deles dois, ele entrelaçou as duas vidas, a salvando da morte. Assim para sempre se algum deles se ferir, o outro compartilhara do mesmo ferimento, dando chance para se curar. Vou entrelaçar a minha vida com Dakota, misturando os nossos sangues para que ele seja curado e salvo.

— Nesse livro estão as palavras que ele usou, é em latim, mas se errar qualquer palavra, o ritual não se completa!— Ao terminar de falar Vladymir abriu o livro até uma determinada página, colocou ao seu lado e pegou a adaga e o cálice.

Ele olhou para o livro e tentou memorizar as palavras e em seguida olhou para o seu amado, que tinha um pequeno sorriso no rosto o olhando, dando mais confiança ao vampiro.

— A palavra vida nunca teve tanto sentido, vida e união, duas palavras distintas, mas quase com o mesmo propósito. O cálice da vida representa a nossa, a adaga vai nos entrelaçar com o nosso sangue, formando uma união.— Vladymir falava erguendo os dois objetos. — A união vai nos fazer ferir e sangrar, todo sangue nos representa, o sangue vermelho vivo e vibrante, se juntara com o cálice, nos entrelaçando na nossa vida.

Ao terminar de falar ele colocou o cálice próximo a ele e ergueu o braço esquerdo.

— Com um corte represento a minha lealdade, força, determinação e amor, para o meu parceiro, para entrelaçar a minha vida com o meu Dakota, para que tudo se possa se resolver tendo nós dois vivos, desfrutando da nossa união. — Vladymir cortou com a adaga a sua mão até sangrar, logo em seguida ele pegou o cálice e deixou o sangue cair dentro, até ter uma boa quantidade.

— O cálice da vida agora tem o meu sangue, tirada com a adaga da união, para a completa vida.

Ele pegou a mão de Dakota, que estava muito fraco para poder falar, mas mantinha o seu olhar no seu amado. — Mesmo que o meu parceiro não possa falar, mas o seu espírito diz as palavras sagradas, para o amor e a vida não precisa dizê-las, mas sim dizer com a voz da verdade que tem dentro de si. O amor e a vida, forma uma linda união e com o seu sangue entrelaço as nossas vidas no cálice.

— Nesse cálice, tem a nossa força vital dos nossos corpos, agora só tem uma força, uma força que nos entrelaça e forma só um, Vladymir e Dakota, agora são uma pessoa só, a dor que eu sentirei, ele sentirá, a dor que o flagela, eu sentirei, o medo, o sofrimento, que tudo no final ambos possam se curar, com o mesmo corpo, com o mesmo sangue e com o mesmo amor. — Ao terminar de falar Vladymir bebeu do sangue e em seguida fez com que Dakota beber o sangue do liquido no cálice.

— De agora em diante, somos um só!

Ao dizer as palavras Vladymir sentiu uma enorme dor no seu estômago, fazendo que o cálice cair da sua mão e se a ponha no chão, todos em sua volta correram para ver o que tinha acontecido mas para a surpresa e felicidade de todos, ao virar Vladymir e levantar a camisa que continha sangue, viram um enorme corte na barriga do vampiro, o mesmo que estava em Dakota, que estava com a expressão de aliviou.

O corte em Vladymir foi crescendo e o de Dakota diminuindo, até então o corte no nativo sumir e em seguida o corte no vampiro sumiu em seguida.

Eles estavam com lágrimas nos olhos ao ver que o ritual dera certo, agora os dois companheiros não eram só entrelaçados por causa do acasalamento, agora sim ambos eram entrelaçados pelo sangue e pelo forte amor que ambos tinham um para o outro, o único amor puro e verdadeiro.

Com a cura a cor de Dakota voltara no seu corpo, dando forças de volta ao seu corpo o fazendo se sentar e olhar com lágrimas nos olhos para o seu vampiro, que estava o olhando com o mesmo estado.

— Funcionou!— Dakota sussurrou sem acreditar.

— Sim, funcionou meu amor, agora somos um só!— Ambos riram e se beijaram e os casais que estavam em volta se beijaram aliviando o clima tenso de antes.

— Fico feliz em ver vocês dois juntos, que agora Dakota está a salvo, mas acho que falta alguém com vocês, não é bebê?!— A voz de Yukiya os surpreendendo.

O descendente de japonês estava um pouco afastado deles, este tinha um enorme urso ao seu lado, Yuki mantinha um enorme sorriso no rosto e um pacote em suas mãos.

— Jaspe!— Dakota sussurrou.

— Quem meu amor?—Vladymir perguntou olhando para o companheiro.

Dakota sorriu para o seu amado, se levantou do chão e caminhou até o seu amigo.

— Obrigado!— Dakota disse a Yuki, este entregou o pacote que tinha em mãos. Yuki tinha lágrimas nos olhos e se encostou ao urso em seguida.

— Dakota?— Vladymir o chamou, ele já estava atrás dele.

Dakota riu e virou para o seu amado. — Acho que já esta na hora de você conhecer o seu filho!

Vladymir franziu o cenho sem entender. — Filho?

— Sim! Jaspe Tulip Miwork Polanski, o nosso filho!— Dakota disse entregando o bebê nos braços do vampiro, que não esboçou nenhuma reação. O nativo sorrindo tirou o pano que enrolava o seu bebê, o deixando com a roupinha que vestia.

Vladymir sufocou um suspirou ao ver o bebê e olhou com lágrimas nos olhos para o seu amado.

— Nosso? É nosso? Oh meu Deus!

— Sim meu amor, é o nosso filho!— Dakota disse chorando.

Vladymir olhou para o bebê, que estava em seus braços, que tinha um sorriso no rosto e olhava curioso para Vladymir, o fazendo se derreter.

Ele acariciou a bochecha rosada do neném.— Ei bebê, é o papai Vladymir!— Ele olhou para Dakota, que tinha um enorme sorriso nos lábios. — Ele é tão lindo! Dakota, eu te amo e você também, meu Jaspe!

Dakota não aguentou e abraçou de lado o seu companheiro e pegou na mãozinha do bebê.

— Os amos!— Vladymir falou beijando a testa de Dakota. — Os amos tanto!

Continua...


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