Capítulo 3: Red: O Admirador secreto
Sons de pássaros cantando, das folhas se movendo, os grilos cantando, a água batendo nas pedras, de animais... Sons da natureza o despertaram o fazendo bocejar na forma de lobo.
Dakota levantou e espreguiçou. Olhou ao redor, quando constara que estava sozinho na bela cachoeira. Ele andou até a borda da mesma e tomou a doce água cristalina. Depois de beber até matar a sua sede, olhou para a direção da sua roupa e da cesta que estava vazia, só em pensar em comida o seu estômago roncou, fazendo um pequeno barulho. Ainda em sua forma de lobo, ele olhou ao redor.
Dakota não sabia se voltava a ser humano ou ficava na sua forma de lobo. Ontem ele passou o dia na sua forma de lobo, menos na hora do delicioso banho na cachoeira. Ele estava tão relaxado, que hoje ele não saberia o que fazer. Passar domingo na floresta, ou voltar para casa. Ao sentir uma enorme vontade de correr, ele soube o que fazer.
Correndo entre as árvores, ele não percebera que estava sendo vigiado por um lindo homem de cabelo de fogo. Vladymir estava desde ontem à noite o vigiando, cuidando e velando o sono do seu lobo, e ele iria ficar até o seu prometido ir para casa na aldeia, até lá ele iria ficar vendo o seu lobo negro brincar na floresta.
Vladymir estava muito curioso para saber o nome do belo homem que estava o deixando louco, para falar a verdade, Vlady estava louco para descobrir tudo dele, das qualidades, defeitos, o que mais gosta de fazer, o que não gosta, se é alérgico a algo, se não... Mas antes disso, ele queria fazer um pouco de mistério, ele começaria amanhã, hoje ele iria ficar aqui.
Vendo o seu companheiro caçar um coelho, apesar que ele estava mais para brincar com o coelho, Vlady teve uma enorme vontade de dizer “Não se brinca com comida”, mas deixou para lá. Ele queria que o seu lobo se divertisse.
Sentando numa árvore, ele lembrou que desde ontem ele não deu a notícias a ninguém. Ele pegou o seu celular do bolso, o mesmo estava no silencioso, e viu que tinha cinco chamadas não atendidas de Seb, uma de Dante e outra de Kendall
Olhou para hora, e viu que já passava das nove horas. Ele não queria chamar atenção do seu lobo falando ao celular, pois tinha certeza que ele escutaria, mesmo escondendo o seu cheiro, e não querendo ficar perdendo de vista o belo lobo ele mandou uma mensagem para Kendall dizendo que estava bem, que segunda-feira eles se encontrariam. E uma para Sebastian:
Eu o encontrei, finalmente eu encontrei Seb, e digo... Ele é uma coisa de outro mundo, eu nunca pensei que o meu prometido seria assim, e fico muito lisonjeado por ele ser meu!! Mas encurtando, eu vou ficar aqui essa semana, venha logo e traga o resto das minhas coisas. Mande um abraço para Dante e para as pessoas, eles só me verão quando vieram aqui, pois finalmente amigo, eu encontrei a minha alma gêmea.
Depois nos falamos mais, abraço!
De: Vladymir
Depois da mensagem finalmente enviada, ele procurou com os olhos o seu companheiro e o achou brincando com uma borboleta ao lado de uma carcaça de coelho. O seu estômago embrulhou, mas também embrulhou de fome, desde que ele deixou LA não bebeu nenhum sangue. Mas quando o lobo fosse dormi, ou ficar na cachoeira, ele iria atrás de um animal para beber do sangue, mas o seu interior pedia inesperadamente o sangue do seu companheiro.
Vlady imaginou-se bebendo diretamente daquela pele marrom-avermelhada, da veia pulsante do pescoço. Ele se perguntou qual seria gosto, pois ele sabia que sangue de um prometido era um afrodisíaco para um vampiro, mas ele teria que se controlar. Vlady não queria fazer nenhum mal ao seu amado, mas só em pensar em beber aquele sangue a sua boca secava e o seu coração palpitava de desejo.
Deixando esses pensamentos de lado, Vlady ficou observando o lindo lobo, mas alguns passos — e um cheiro tomou ao ar, o fazendo ficar de alerta, mas o seu lobo parecia nem ligar para esse novo cheiro. Um enorme lobo negro saiu do meio da floresta. Vlady ficou olhando, se esse lobo fizesse algo para o seu belo, ele iria sair dessa árvore e protegeria o seu lobo. Mas para sua surpresa os dois lobos começaram a brincar. Um sentimento de posse o tomo. Ele sibilou entre os dentes, mas os dois pareciam que só estavam brincando, e parecia só dois amigos, pois não fizeram nenhuma ato mais íntimo.
O cheiro desse novo lobo o estava deixando curioso, pois ele não sabia, mas estava sentindo uma enorme tristeza saindo daquele lobo, tristeza, angústia, decepção, solidão... Todos esses sentimentos estavam saindo daquele miserável lobo.
Vlady suspirou, ele ficou se perguntando pelo que esse lobo passara para ficar assim, ele viu pela sua visão algumas falhas no pelo negro do mesmo, O que ele passou? Perguntou Vlady na sua mente. Sem uma resposta, ele ficou vendo o seu lobo brincar com o outro, o ciúmes foi embora, pois vira que o outro era só amigo do seu prometido, mas mesmo assim ele ficou de alerta.
[...]
Depois que leu a mensagem de Vlady, Sebastian sorriu, sentindo o vento fresco bater no seu rosto pálido, guardando o seu celular de volta ao bolso o seu olhar voltou à lápide da sua querida.
— O nosso ruivo encontrou o seu prometido, queria que você estivesse aqui para vê-lo, queria que você estivesse aqui comigo. — Disse suspirando tristemente. Sebastian sempre vinha visitar a lápide da sua amada, mas agora que iria se mudar as visitas iria ser poucas.
De longe, estava Dante com lágrimas nos olhos, ele odiava que o seu pai assim. Ele sabia que Seb ainda amava a sua mãe, mas Dante queria que o seu amado pai seguisse em frente, ele teria certeza que Esmeralda, sua mãe, concordaria com ele.
Dante amou a ideia que seu pai mudasse, estava até torcendo pelo mesmo encontrasse um novo amor, ou até sua nova sua prometida, ou prometido, pois ele sabia que o seu pai era bi, igual a ele. Queria que seu pai sorrisse como antes, queria que ele fosse amado, queria que o seu pai não sofresse mais.
[...]
Ele se mexeu na cama enorme tentando procurar o corpo do seu loirinho, mas acabou encontrando o outro lado da cama vazia e fria. Olhando atordoado, ele levantou sua cabeça e olhou o quarto, e se encontrou sozinho. Voltou a sua cabeça no travesseiro e fechou os olhos. Um momentinho depois ele se virou e olhou a hora do despertador e já passava das onze horas, o deixando surpreso, pois fazia dias que ele não acordava tão tarde.
Tirando os lençóis de cima, ele se levantou mostrando sua gloriosa nudez. Sem se importa, ele caminhou até o outro cômodo do lado do quarto, quando abriu a porta, sorriu, pois ele finalmente viu o seu loirinho.
Kendall ficou admirando o seu Hopi pintar. Esse parecia tão sério e conectado com as tintas. O lobinho estava um pouco sujo de tinta e Kendall achou muito sexy. O pensamento de pintar o corpo de Hopi com as suas próprias mãos o deixou excitado, ah sim, um dia ele iria fazer isso, e outras coisas em mente.
— Bom dia! — Falou rouco.
Hopi parou de pintar e se virou, encontrando o homem de seus olhos dourados completamente nu, do jeito que eles dormiram ontem, depois que eles fizeram amor duas vezes. As imagens da noite anterior as suas bochechas esquentara, fazendo soltar um risinho.
— Bom dia amor! — Respondeu, deixando o pincel em cima do banquinho e se aproximou do seu amado, que estava sorrindo de lado. O abraçou quando ele estava perto, sentindo o delicioso cheiro de Kendall, Hopi suspirou contente.
—Dormiu bem amor? — Perguntou Hopi.
— Sim, dormi mais que a cama. — Disse os fazendo rir. — Mas eu não gostei acorda sozinho. — Disse franzindo o bico. Olhando para cima Hopi se deparou com o amor fazendo beicinho o fazendo rir, e bicou os seus lábios com o dele, os dois suspiraram e sorriram.
Hopi se afastou um pouco do rosto de Kendall, mas não foi por muito tempo, pois o maior tomou a boca de Hopi com a sua. Eles ficaram se beijando por alguns minutos. Hopi estava todo derretido nos braços do seu amado, depois que eles pararam de se beijar, Hopi encostou a sua cabeça no peito largou de Kendall.
— Amo você! — Sussurrou de Kendall passando a mão nos cabelos sedosos de Hopi.
— Também te amo! — Eles se entreolharam e sorriram, e Kendall deu dois selinhos demorados nele.
— O que você está pintando, amor? — Indagou.
— Eu ainda não sei. — Disse deixando Kendall confuso. — Eu tive um sonho ontem, e acordei com uma enorme vontade de pintar, e aqui estou eu, pintando uma coisa que eu ainda não tenho nenhuma ideia. — Disse os fazendo rir.
— Está com fome Ho?
— Estou, quando acordei vim direto para cá e não comi nada ainda.
— Vem, vamos comer alguma coisa, depois você para o seu quadro lindo.
Hopi pegou na mão de Kendall e os dois deixaram o pequeno quarto.
[...]
Uma batida na porta do quarto tirou Atilsa do seu livro. Ele deixou o livro de romance gay em cima da sua escrivaninha e abriu a porta, dando de cara ao um saltitante Yuki.
— Ohayō!! — Disse alegre.
— Bom dia! — Respondeu. — Entre! — Disse dando passagem para ele passar.
Quando Yuki entrou no quarto ele foi direto se sentar na cadeira giratória do seu amigo.
— O que anda fazendo? — Perguntou Yuki.
— Só lendo, e você? Precisa de alguma coisa? — Indagou.
— Nah, que livro? — Nesse momento Ati apontou para o livro em cima da escrivaninha. — Coração de terra vermelha, livro três... Ah, amo essa série! Já estou no quarto, — disse sorrindo.
— Nada de spoiler! — Disse Ati se deitando na sua cama de solteirão.
— Ok, ok! Não digo nada, mas só digo uma coisa... Você vai chorar muito! — Disse sorrindo malicioso, Ati nesse momento revirou os olhos, pois Yuki sempre soltava algum spoiler de um livro, filme... De qualquer coisa, e ele odiava spoiler.
— Você não me respondeu minha pergunta.
— Ah, é mesmo! — Disse rindo, colocando o livro de volta no seu lugar ele pulou em cima de Ati o fazendo gemer pelo peso repentino.
— Você é pesado.
— Que nada, sou igual uma vareta de tão magro.
— Mas ossos pesam! — Disse tentando tirar Yuki de cima dele, com algum esforço, Yuki se deitou do seu lado, ainda bem que a cama era resistente, se não, os dois já estaria no chão.
— Respondendo a sua pergunta, estava entediado em casa. Dakota está na floresta, Hopi em casa sendo paparicado por Kendall, e só me resta você para tirar da minha triste solidão. — Disse piscando os olhos para Ati, o mesmo bufou, mas logo caiu na risada, levando Yuki consigo.
— O que faremos então? — Indagou Ati.
— Não sei, eu pensei que você iria achar algo para fazermos.
— Me deixa pensar! — Alguns minutos ele respondeu. — Assistir filmes? Correr na floresta? Ir à cidade?
— Isso! Vamos à cidade e assistiremos algum filme no cinema.
— Legal, com que carro gênio? Pelo que estou lembrado, nenhum de nós tem carro ou moto.
— Ah, é mesmo! — Disse fazendo biquinho. — Mas quem deu a opção de ir à cidade você foi. Vamos ficar nos filmes mesmo, espero que você tenha filme que preste.
— Chato! — Disse se levantando, contudo ele sentiu uma coisa sendo jogada nele, se virando ele viu que Yuki tinha jogado o travesseiro nele, sorrindo de lado ele pegou o travesseiro e jogou de volta, os dois começaram a rir. — Melhor eu ir pegar os filmes, fica quieto ai e não faça nada! — Ditou
— Ok chefão! — Yuki disse todo esparramado na cama.
Balançando a cabeça negativamente e sorrindo, Atisla deixou o quarto.
[...]
Depois de brincar com Cameron, esse despediu com uma lambida na sua cabeça e correu para a aldeia. Dakota ficou brincando na floresta por mais um tempo em sua forma de lobo, até que cansou e se transformou de volta. Antes de retorna para casa decidiu tomar outro banho na cachoeira, ele sabia que ia ficar uma semana longe da floresta, e teria que aproveitar.
A sensação da água morna no seu corpo o fez suspirar. Sorrindo, ele deu um longo mergulho. Estava se sentindo tão livre, alegre... Ali ele estava se sentindo protegido. A angústia da semana foi-se nesses dois dias maravilhosos, menos um, o sentimento de solidão. Mesmo que ele só namorou uma vez na vida, e quase que perdeu a virgindade nesse namoro. Ele estava sentido falta de alguém que o abraçasse, ele sabia que era só por culpa dele, Carlos, o seu ex-namorado não era o seu companheiro, por isso que ele terminou tudo. Ele queria pelo menos a primeira vez dele fosse com o seu amado, ele sabia que estava fazendo era algo quase impossível, pois as chances de achar o companheiro era poucas, um em um milhão.
Dakota queria ter a sorte do seu irmão, ele era um bastardo de sortudo. Tirando esses pensamentos de lado a sua mente foi logo para Carlos, um lindo mexicano, que diga de passagem era muito belo e quente, ele estava visitando a aldeia com a sua família, e eles acabaram se encantando um pelo outro, Carlos ficou na aldeia por seis meses, nesse tempo eles namoraram, mas por seu termino o mexicano queria voltar para o México e assim ele nunca mais teve notícias do quente latino. Ele nunca o amou, mas ele gostava muito de Carlos, mas não ao ponto de amá-lo, o seu coração só tem lugar para um, e esse lugar já esta reservado.
Depois do longo banho na bela cachoeira, ele guardou a sua roupa de ontem dentro da cesta e olhou ao redor, um sentimento de saudades o tomou, ele iria passar outra semana longe da natureza, mas ainda bem que ele trabalhava com flores, ele iria ficar um pouco perto dela.
Dando um último suspiro e sorriso, ele voltou à forma de lobo e pegou a cesta pela boca e correu na direção da aldeia. Quando ele chegou à entrada algumas pessoas o cumprimentaram, balançando a cauda era o seu modo de dizer ‘Olá’.
Quando ele chegou perto da sua casa, algo puxou a sua cauda, sentido cheiro, ele sabia quem foi. Soltando a cesta no chão ele rosnou e pegou o filhote de cachorro e começou a mordê-lo de brincadeira. Rex sempre foi brincalhão com os lobos. Na primeira vez que ele chegou à aldeia o mesmo ficou com o rabo entre as pernas, até que Stan se transformou e começou a brincar com ele, fazendo Rex se sentir em casa, e ele não podia mais ver alguém na forma de lobo que ele corria para brincar, menos um, Manitu, Rex sentia o poder alfa emanando nele.
Ele escutou Stan rindo com Mapiya, dando uma modinha no pescoço de Rex ele se afastou, mas o cachorro ainda queria brincar, pois começou a pular em cima dele.
— Rex, para! Dakota quer ir para casa! — Disse Stan. Rex olhou para ele, mas logo recomeçou a pular em Dak e Mapiya continuou a rir.
— O que foi amor? — Indagou Tank se aproximando, ele trazia dois sorvetes, quando ele olhou para onde Stan o olhava, e ele se juntou a Mapi e começou a rir.
— Rex quer brincar mais Dakota! — Stan sorriu, e pegou o sorvete da mão de Tank, dando um selinho nele, se abaixando, ele entregou ao seu filho. Rex nesse momento parou e farejou o ar e correu para cima de Stan atrás do sorvete, o fazendo rir. — Para Rex! — Ditou. — Você não pode comer sorvete. Faz mal a você, principalmente chocolate!
— Depois te dou! — Sussurrou Tank, pegando Rex.
— Ah mais não vai mesmo! Não quero o meu cachorro doente depois. — Disse se levantando do chão.
— Ok! Foi mal Rex! — Disse acariciando o filhote, entregando o outro sorvete ao seu amado. Eles procuraram Dakota e não acharam, os fazendo sorri.
Obviamente ele foi embora quando viu que Rex estava distraído. Pegando na mão de Tank, eles foram para o parque, onde Rex e Mapiya, e claro, Tank começaram a brincar com as crianças. Stan ficou embaixo da árvore onde tinha um banco e ficou vendo os amores da sua vida se divertir.
[...]
Depois de praticamente fugir de Rex, ele foi direto para casa, onde se transformou de volta e abriu a porta com a chave que estava dentro da cesta, depois que fechou a porta ele deixou a cesta na mesinha da frente e se direcionou ao seu quarto. Depois de um banho quente ele rastejou a sua cama confortável onde passou o resto da tarde e noite vendo filmes e comendo besteira.
Ele não sabia qual parte do filme dormiu, mas o seu despertador tocou na hora de costume. Ele não se sentiu cansando como antes, se sentiu revigorado.
Tomou um longo banho e fez suas necessidades, depois que se vestiu para mais um dia de trabalho, ele fez o seu delicioso café que sempre o deixava animado.
Sorrindo, ele abriu a porta, mas um leve perfume chamou a sua atenção, aquele perfume ele reconheceria em qualquer lugar, o seu olhar procurou o dono do perfume e encontrou bem em frente da sua porta, em cima do tapete de boas vindas estava uma linda orquídea lilás. Dakota soltou um suspirou e abriu um lindo sorrindo, ele se abaixou e com toda delicadeza pegou a linda orquídea, e sentiu o delicioso perfume dela.
— Quem te trouxe aqui? — Perguntou. — Você é tão linda, e cheirosa!— Dakota sorriu para a bela orquídea e fechou-a porta e colocou a chave no seu bolso e caminhou na direção da sua loja com a orquídea na sua mão.
Dakota estava curioso para saber quem deixou o belo presente na sua porta.Ele estava pensando que poderia ser os seus amigos, mas não tinha nenhum cheiro familiar na porta, e curiosamente não tinha nenhum cheiro de quem poderia ser.
Quando chegou a Destiny Flowers, a sua linda e amada loja, ele abriu a porta, e viu os meninos trabalhando, na sexta passada ele tinha dado a chave da loja a Atisla, pois ele disse que iria ficar um pouco na loja no sábado.
— Bom dia, meninos! — Disse alegremente.
— Bom dia, Dakota! — Disseram juntos, eles olharam curioso para ele e se entreolharam, Ati e Hopi viram que Dak estava bem animado, estava bastante sorridente. — Você parece bem alegre, Dak!
— Pois eu estou! Os dois dias na floresta me fez assim, e para completar, olha o que eu achei na minha porta.
Os meninos curiosos se aproximaram e Dakota amostrou a única orquídea lilás.
— Que linda! Quem será que a deixou? — Perguntou Ati.
— Linda mesmo! — Disse Hopi em seguida.
— Eu não sei, eu pensei que poderia ser algum de vocês, mas não tinha nenhum cheiro para saber quem poderia ter sido. — Disse colocando a orquídea em cima do seu balcão.
— Isso é estranho e muito, muito lindo e romântico... Será que você tem algum admirador secreto? — Indagou Atisla com os olhos brilhando, Hopi e Dakota riram um pouco com a carinha feliz dele o fazendo sorrir.
— Eu não sei! — Dakota disse suspirando. — Mas estou bastante curioso.
— Eu também!— Disse Hopi e Ati juntos. — Tá, mas agora é hora de trabalhar! Mãos a obras, ou melhor, mãos as plantas. — Disse os fazendo rir.
O seu olhar recaiu de novo na linda orquídea e foi assim que ele começou a trabalhar numa segunda-feira, sorrindo, rindo a toa.
Quando o movimento na loja estava calmo, Dakota se sentou e começou a beber uma latinha de refrigerante com os meninos, ele escutou a porta se abrir, mas nem olhou.
—Aqui tem algum Dakota? — Disse uma voz muito conhecida, se virando com curiosidade, ele viu Yuki carregando um enorme buquê de orquídeas lilás, os seus olhos estava quase para fora e sua boca já estava no chão da tamanha surpresa.
— Ah? — Dakota não sabia o que falar, e também ele não conseguia formular uma frase naquele momento.
— Essas flores são suas, e se diga de passagem, são lindas! — Disse Yuki entregando para Dak, o mesmo olhava abismado para o lindo buquê.
— Como? — Foi à única coisa que ele conseguiu falar.
— Se acalma e relaxe, eu vinha aqui na loja para ver vocês e o que achei bem em frente à porta? Sim, esse buquê e essa cartinha endereçada a você. — Disse entregado a ele.
Dakota olhou para os meninos e viram que eles estavam o olhando com curiosidades, suspirando o seu olhar recaiu na pequena carta vermelha, a mesma tinha o seu nome, entregando o buquê para Hopi, ele abriu e ficou encantado pela linda caligrafa e principalmente pelo que tinha escrito.
Tenha um belo dia meu querido Kota! Espero que goste dessas orquídeas e entenda o significado delas, meu lindo lobo. Eu escolhi especialmente para ti, meu amado!
Assinado: Seu Red
Ps: Gosto do seu sorriso, gostaria de ver você assim para sempre.
— Que lindo! — Seus amigos falaram juntos, tirando Dakota dos seus pensamentos, e foi agora que ele percebeu que tinha lido a carta em voz alta.
— Sim, muito! Quem será Red? Ai meu Deus, isso... Isso. Foi tão lindo! — Disse sorrindo, ele levou a carta ao seu nariz e sentiu uma deliciosa fragrância emanando dela o deixando desnorteado. Ele sentiu o seu coração acelerar e sorriu feito bobo. — Me dê! — Disse pegando o buquê das mãos de Hopi e abraçou o mesmo e sentiu o delicioso perfume das orquídeas lilases.
—Você tem um admirador secreto titulado Red, ai meu coração, isso é tão, tão...
— Romântico! — Disse Atilsa e Yuki juntos.
— Concordo com eles! — Falou Hopi sorrindo.
Dakota tirou os olhos do lindo buquê e sorriu para os meninos.
— Estou feliz, isso... Esses presentes, eu... Era o que eu sempre sonhara receber flores, mimos, e bem, estou bastante lisonjeado sabe?! Eu quero saber quem é esse Red.
— O nosso Dakota está encantado minha gente, olha os olhinhos brilhando, a bochecha corada... Tão fofo! — Disse Yuki abraçando Dakota de lado os fazendo rir.
— Vou colocá-las num jarro meninos, olha a loja! — Disse Dakota indo para o interior da loja onde tinha uma porta. Eles o seguiram o olhar.
— Quem será esse Red? — Indagou Hopi
— Não sabemos, nenhum na aldeia tem um apelido desses e nenhum tem algo que possa se chamar Red. — Disse Atisla
— Eu só sei uma coisa, esse Red gosta muito de Dak e o mesmo se encantou!
Devemos descobrir quem é esse Red, mas quero ver o que ele vai dar para Dakota, com certeza que ele daqui em diante vai ter muitos presentes surpresos para ele. — Disse Yuki, eles se entreolharam e sorriram.
[...]
Depois de deixar o buquê em frente à loja e ver a reação do seu prometido, ele foi direto para casa de Ma, mas a mesma estava com uma linda mulher loira fazendo comida, e a imagem de Dakota sorrindo veio na sua mente e o seu coração acelerou. O sorriso de Kota era de tirar o fôlego, e com aqueles olhos brilhantes, Vlady teve muita força para não invadir a loja e tomar o lindo ali bem no meio.
As imagens de Kota tomaram a sua mente por longos minutos, até perceber alguém gritando com ele, olhando para baixo, ele estava em cima de uma árvore, a pessoa que estava gritando era nada mais nada menos do que Ma.
— Está me escutando não? Vladymir Polasnki desça já dessa árvore para não se machucar, se não descer logo eu juro que eu bato em você! — Disse firme o fazendo rir, e com rapidez ele desceu da arvore e circulou a pequena senhora nos seus braços.
— Senti falta de você, pequena Ma. — Disse beijando a testa dela, ele escutou ela fungar o fazendo sorrir.
— Nem parecia, pois você só me visitou uma vez! Ainda bem que existe telefones, se não mocinho, você estaria muito ferrado! — Disse dando leves tapas no braço de Vlady, o sorriso dos dois estavam bem grandes.
— Como você está Ma? Espero que esteja muito bem! — Disse afagando os cabelos dela.
— Estou ótima, e entre! Eu sei que você estava escondido ai faz tempo, não tem ninguém em casa. Vamos! — Disse o levando para cozinha.
Eles entraram e foram direto para mesa e se sentaram perto um do outro.
— Você está tão linda, Ma! O seu marido tinha sorte de ter você como esposa.
— Oh, que isso querido! Esta me deixando sem jeito! E sim, Migisi era muito sortudo por me ter do seu lado. — Disse piscando o olho, os fazendo rir. — Ah, como sinto falta dele. — Disse dando um sorriso de saudades.
— Peço que me perdoe por não estar aqui nesse dia para te dar conforto querida Ma. — Vlady pegou nas pequenas mãos dela e acariciou.
— Não se sinta assim, você não teve culpa por não aparecer aqui, e também não teria como avisar a você. — Falou sorrindo.
— Mesmo assim! Como você se sente a relação a isso? Acho que você deve sentir muita falta dele.
— Sim, eu sinto! Mesmo que ele não fosse meu companheiro, mas era o homem que me amou, me deu dois filhos lindos, amei muito ele, mas eu sei que ele está num lugar muito melhor.
— Por isso que sempre admiro você! Você é uma linda mulher, forte! Batalhadora, criou dois filhos, virou a única alfa do bando, pois os seus filhos não tinha idade para esse cargo.
— Oh meu querido, assim você me faz chorar. — Ma sorriu e limpou uma lágrima que caiu de teimosia, e sentiu ser abraçada. — Mas deixando isso de lado, você já o viu? — Disse sorrindo de lado.
— Sim... Eu vi Ma, e foi completamente perfeito! Ele não me viu.
— Conta-me tudo! — Ela ordenou sorrindo. E ele passou a dizer tudo.
— Eu tive sorte Ma, o meu companheiro é muito lindo, tem bom coração, ama a natureza... Eu estou doido para ter nos meus braços, mas antes disso, eu quero cortejá-lo com esses presentes misteriosos até que o nosso primeiro encontro aconteça.
— Isso é tão lindo Vlady, Dakota tem sorte de tê-lo como companheiro, como aquela visão que tive muitos anos atrás.
— Sim, essa visão sua que me fez voltar a morar aqui! E você tem que ver a minha boate Ma, para mexer os esqueletos. — Os dois começaram a rir.
— Mexer os esqueletos? Faz tempo que eu não mexo, mas acho que isso não é mais para mim querido.
— Você que pensa! Claro que é... Vai que um dia desses você encontra alguém especial. — Disse mexendo as sobrancelhas.
— Só se for um mais novo, pois meu bem, lá só anda meninos novinhos, e uma velha como essa vai achar alguém?
— Velha? Onde? Não estou vendo nenhuma idosa aqui não, só uma linda nativa americana, que da um belo caldo.
— Hahaha meu querido! Assim me deixa sem jeito, mas deixando isso de lado, qual vai ser o seu próximo passo com Dakota?
— Eu não sei ainda, você deve conhecê-lo, o que ele mais gosta Ma?
— Vamos ter uma longa conversa meu menino. — Disse sorrindo de lado.
— Estou gostando disso.
[...]
— Tchau garotos, tenha uma ótima noite! Hopi, depois diga a Kendall para aparecer lá em casa, estou com saudades daquela cabeça de vento.
— Ok Dak, você bem poderia jantar com a gente um dia desses.
— Ótima ideia! Mas não hoje, estou doido para assistir um filme que vai passar na TV. Tchau pessoinhas, vou levar o meu lindo jarro, tenho um lindo lugar para ele e para essa única orquídea aqui também, — Disse sorrindo.
— Tchau Dak. — Eles se despediram e cada um foi para sua casa. Dakota estava tão animado, estava doido para colocar o jarro no seu quarto.
Quando ele chegou a casa, ele colocou o jarro no chão, em cima do tapete, mas algo brilhou no chão, uma coisa dourada, se aproximando ele achou duas caixas. Quando ele pegou e leu o nome ele gritou de surpresa e felicidade, a caixa era nada mais do que as marcas de chocolate mais caras e gostosas do mundo, uma era da Bélgica e outra França. Ele abriu uma e viu que os chocolates dentro estavam intactos, não estavam derretido, só de cheirá-los a sua boca encheu-se de saliva. Olhando a graciosa embalagem ele viu algo escrito numa delas.
Querido, espero que goste desses pequenos chocolates, eu queria estar ai saboreando com contigo, na verdade eu queria estar ai do seu lado só vendo você comê-los. Queria te abraçar e sentir o seu perfume de perto, de ver os seus olhinhos brilhar, mas ainda não, um dia vou poder ter você do meu lado, mas ainda não é tempo.
Aproveite o seu filme meu amado, se divirta! Tenha uma ótima noite minha linda flor!
Beijos do seu Red!
Dakota sentiu os seus olhos arderem. Ele se sentiu tão encantando e amado naquele momento, com esses pequenos presentes. Bem ele sabia que essas duas caixas de chocolates era bem cara, e estava doido para experimentar cada um deles. Ele era um enorme fã de chocolate. Um forte sentimento de curiosidade o tomou, ele queria saber quem poderia ser esse Red.
Red...
Só de pronunciar a pequena palavra o deixava suspirando. Ele queria saber como era o rosto dessa pessoa, o verdadeiro nome, a cor dos olhos, do cabelo... Queria saber do por que esse Red estava fazendo para ele. Abrindo a porta e pegando o jarro ele olhou ao redor do lado de fora.
— Obrigado, meu querido Red! — Disse sorrindo, e dando o último sorriso, ele foi colocar seu jarro de flores no quarto, e guarda os chocolates, pois antes iria tomar um banho e então assistira seu filme degustado aquelas perdições doces.
— Não há de que meu bem! — Disse Vlady, ele estava em cima de uma árvore na floresta.
Continua.
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