Prólogo: o historiador
Almon abriu os olhos. Seu corpo débil e velho não queria se movimentar. Deuses! Preciso de forças! Era sua interminável obsessão que o movia: montar o impossível quebra cabeças da história. Gemeu até ficar de pé. Seu quarto, assim como ele, estavam tomados de poeira. A torre era um lugar sossegado, isolada na fronteira entre o mundo dos homens e as terras do sono eterno. Além daquele ponto jazia, fora do tempo, toda uma antiga civilização.
Suas mãos tremiam, a fadiga era aterradora. Arrastou-se até a mesa sobre a qual estava o anel. O presente que recebera do arquimago continha fragmentos das memórias de alguém que lhe era muito querido, seu trisavô: Ofinnël Prístimos.
Os deuses me darão forças e completarei mais esta tarefa.
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