A Narrativa
Olá! Como vocês estão?
Esperamos que bem!
Dessa vez, viemos falar sobre alguns pontos principais quando o assunto é narrativa. Esta parte será divida em duas, então não se preocupem caso sintam falta de algum detalhe neste capítulo.
Vamos começar?
Sabemos que, em uma história, destacam-se, dentre outros, os seguintes elementos: o enredo, os personagens, o lugar e o tempo. Vimos que no desenvolvimento do enredo existe uma apresentação inicial da situação; a complicação (etapa de conflito entre os personagens); o clímax e o desfecho.
Neste capítulo, iremos abordar a voz do narrador, o foco narrativo e o ambiente ( tempo e espaço).
• O FOCO NARRATIVO •
A narrativa de uma história nada mais é do que a sucessão de acontecimentos vividos pelos personagens contados por alguém.
Decidir a voz do narrador é saber como e quem contará sua história.
A história poderá ser narrada tanto em terceira quanto em primeira pessoa do singular. No primeiro caso, o narrador-observador está do lado de fora da história, sabe o que acontece, mas não participa dela. Por ser apenas um observador, ele expõe somente o que é mostrado para ele, sem conhecer de fato o que se passa na cabeça dos personagens.
No segundo, o uso da primeira pessoa indica que o narrador participa das ações contadas, ou seja, o narrador também é personagem. Aqui há um predomínio da subjetividade e temos apenas a visão dele guiando a narrativa, sendo impossível também de conhecer os outros personagens em sua totalidade.
O narrador também pode ser onisciente, quando ele conhece toda a história e os personagens em sua totalidade, sabendo seus movimentos e pensamentos desde o início até o final. Neste caso, o narrador expõe por vezes suas posições críticas ou comentários pessoais, principalmente pelo uso de adjetivos ou pejorativos, subentendendo uma visão pessoal.
⚠ATENÇÃO!
Os comentários ou juízo de valores apresentados representam a visão da entidade narrativa. Nem sempre a voz do narrador reflete a voz do escritor. É necessário ter isso em mente, tanto na hora da escrita quanto na hora da leitura.
Quando optamos por utilizar o narrador-personagem, há duas possibilidades de foco narrativo. A primeira é quando o narrador é o personagem principal da história contada, onde todos os eventos giram em torno dele e de como ele os percebe. A segunda é quando o narrador é o personagem secundário da trama, contando do seu ponto de vista. Um excelente exemplo é As Aventuras de Sherlock Homes, narradas pelo Dr. Watson, seu companheiro de investigação.
A escolha do narrador é muito importante e um excelente recurso literário, principalmente para a criação de contos, tendo infinitas possibilidades, vantagens e desvantagens.
• O AMBIENTE •
Onde e em que tempo sua história será ambientada?
Essa é uma pergunta muito importante. O onde e o quando interferem diretamente em como sua história irá se desenvolver e a linguagem que será utilizada. Não podemos escrever uma história ambientada no século XVII e os personagens se cumprimentarem com "cóe, rapaze, tudo suave?" Deve haver coerência e harmonia entre as partes.
Para contos, caímos naquele limbo de " fazer simples", o famoso "quanto menos, melhor!", mas a utilização e mudança de ambiente e tempo varia de acordo com a história e o autor.
Atenham-se também para os tempos verbais utilizados na narrativa. A mudança deve estar de acordo com a progressão dos acontecimentos. O tempo da narrativa e dos diálogos dos personagens, por exemplo, não é o mesmo.
Saibam identificar e diferenciar quando ocorreu tal coisa. Aconteceu antes? Depois? Antes do antes? Aconteceu e ainda acontece? Esses pequenos detalhes fazem toda a diferença. Sejam coerentes em suas escolhas e lembrem-se sempre de que o leitor não tem a mesma bagagem e visão que você.
Por hoje é só, pessoal!
❔Caso vocês tenham alguma dúvida, deixem aqui nos comentários. ❔
📚 INDICAÇÃO DE LEITURA: "O Vampiro de Sussex: Um Caso de Sherlock Homes" de Arthur Conan Doyle. Para ler, clique AQUI!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top