capítulo 1
Capítulo 1
O começo
Jhow Miller
Com o passar da vida percebi que nem sempre um assassino a sangue frio é assassino porque quer, as vezes é por causa das circunstâncias, circunstâncias essas que podem te levar a cometer muitas coisas que nunca imaginou ser capas, a noite estava muito fria, nunca havia sentido tanto frio igual aquela maldita noite, meus ossos congelavam, naquela casa escura só havia uma única luz, a de um candieiro que pelo jeito ja estava por fim.
__Socorroooo! __ Sua voz era em tom desesperador. __Alguém me ajuda por favor! Me tirem daqui! __Ela batia na porta como uma louca, seu choro era de desespero. __Me tira daqui por favor! Por favor! __Ja havia três dias que a mesma gritava em desespero por socorro, por ajuda, ele havia a trancado, sim! Ele há trancou dentro de um quarto, um quarto sem cama, sem luz, muito estreito e muito frio, há três dias ela não comia nada.
O cheiro de lixo era normal naquele lugar, era como se estivéssemos presos em um esgoto repleto de ratos e lixos.
__Me ajudem por favor! Me ajudem! __Ela gritava, era seu quinto dia, seu corpo já sem forças pois não comia e não bebia nada há cinco dias, o som dos ratos caminhando por todo aquele local me deixava irritado, mas, os gritos dela enlouquecia a minha alma de uma forma que não dava para explicar.
__Mamãe! __Minha voz naquele momento era tremula e medrosa. __Mamãe! Eu vou te tirar dáir eu te prometo. __Falava baixinho para ele não ouvir, minha vida nunca foi fácil, crescer vendo sua mãe sendo escreva e apanhando não era nada fácil, nunca pude fazer nada contra ele pois era mais velho, ele era mais forte, ele era meu pai.
__Filho! Cuidado por favor, eu não quero que ele te machuque. __Minha mãe ja estava sem forças, sua respiração estava fraca, sua voz tremula.
__O que faz air? __ Ouço passos e logo sua voz grosseira e fria, logo assim que perguntou senti suas mãos marcarem meu rosto, senti o sangue quente desenhar meu rosto fazendo um trilho do meu nariz a boca de uma forma rápida e dolorosa.
__Nada! __Naquele momento respondi limpando o sangue, sentindo meu nariz arder muito enquanto ele limpava sua mão cheia de sangue dos animais da floresta.
A floresta era escura, nossa casa era feita de grande pedras sem muita forma em meio a uma floresta assustadora, ali era o lugar preferido do meu pai, era ali onde ele poderia caçar animais sem ser incomodado, nao, ele nao os matava assim que via, ele os capturavam e levava para nossa casa, era em nossa casa que tudo dava inicio, ouvia os gritos daqueles animais enquanto o meu pai os cortavam pouco a pouco, naquele momento não entendia, mas, agora entendo, entendo como ele fazia para que os animais demorassem e sofressem muito para depois morrer.
__Acho bom você não se meter em meus assuntos ou você e sua mãe vão sofrer as consequências. __Ele falava me pressionando na parece, me levantando do chão pela gola dá camisa, logo o mesmo me soltou e saiu colocando uma faca em seu quadril, ja sabia que toda aquela matança ja iria iniciar então apenas sentava no canto, sentia aquele chão frio, enquanto tapava meus ouvidos com minhas pequenas mãos, meus olhos sempre estavam em alerta, meu corpo por inteiro não conseguia relaxar por nem um instante.
__Jhow! __ A mamãe estava chorando, em seu tom de voz dava para perceber. __ Jhow! meu filho você está bem? __ A mamãe perguntava muito preocupada, logo ela teve uma crise de tosse, uma tosse forte vinda todo aquele frio e lugar nojento onde estava trancada. __Responde a mamãe meu filho... __Sua voz tremula me fazia fixar meus olhos naquela porta de madeira. __A mamãe te ama muito meu coelhinho...
__Coelhinho... a mamãe me chama assim.. __Falava enquanto me balançava ainda abaixado naquele canto frio.
__ Jhow meu coelhinho, como é maravilhoso ouvir sua voz meu amor! __Naquele momento a voz da mamãe era rouca e baixa, demonstrava toda sua tristeza e dor.
__Eu estou bem mamãe! __ Falava tirando aos poucos minhas mãozinhas dos meus ouvidos. __Seu coelhinho esta bem mamãe, Não foi nada de mais, vou arrumar um jeito de te tirar dair, ele saiu, o papai foi pintar os animais lá no porão mamãe... __Falava procurando por a chave do cadeado mas, o monstro havia levado junto com a faca, ouvir mais uma vez a crise de tosse dá mamãe, ouvir também algo cair, naquele momento senti todo meu corpo entrar em desespero, não conseguia me concentrar em nada.
Como descrever toda dificuldade que tinha para entender as coisas? Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções, sentia dificuldade em entender o que acontecia ao meu redor, Transtorno do Espectro Autista (TEA).
__Mamãe! Mamãe! Você está bem? __Perguntava batendo na porta, mas ela não respondia, minha mãe sabia que quando eu há chamasse ela teria que responder, mas, daquela vez foi muito diferente. __Mamãe o coelhinho esta te chamando, o coelhinho esta com muito medo mamãe... __Falava enquanto batia na porta enchendo meus olhos de lagrimas e sentindo meu coração disparar de uma forma como nunca havia acontecido antes. __Mamãe dormiu? mamãe coelhinho quer te ver... __Batia e pedia para ela responder mas, a mesma não respondia, meu coração doeu, a tristeza bateu, a angústia tomou conta, então comecei a bater na porta como um louco, minha respiração ja havia sido tomada pelo desespero. __Mamãe! Mamãe! Mamãe! Me responde mamãe! coelhinho não quer mais brincar de esconde-esconde... __Batia repetitivamente a minha cabeça naquela porta, gritava e batia na porta sem parar. __Coelhinho quer mamãe... __ Sentia meu ser todo se tremer enquanto as lagrimas molhavam todo meu rosto, lagrimas, aquelas foram as primeiras que meu ser me permitiu sentir, sentir uma dor em meu peito que tomava conta da minha respiração e sem pensar duas vezes gritei, gritei, foi um grito desesperado, um grito angustiado. __MamãeEeeeeEeeeeEeeee! haaaaaaaaaaaaaaaaaa! __Aquele grito foi de toda minha alma, todo meu ser gritava por minha mãe.
Ao mesmo tempo que gritava as lágrimas desciam, ao mesmo tempo que gritava a angústia me envolvia cada vez mais, as lágrimas desciam em meu rosto, eram lágrimas de desespero, era lágrimas de angústia e dor, não entendia o que estava acontecendo comigo, não entendia porque meus olhos estavam vazando agua, não entendia porque meu peito doía e ardia tanto.
___ AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! __ Com minhas duas mãozinhas tapando meus ouvis gritei com todas as minhas forças e então algo incrível aconteceu, com o meu grito o cadeado se rompeu assim como a corrente, com dor e desespero entrei dentro daquele quarto, o fedor de podridão era enorme, havia ratos mortos ali, também havia sangue, quando olhei para a minha mãe ali caída no chão não suportei então deixei lágrimas escorrerem mais ainda dos meus olhos. __Mamãe, mamãe.... __ Em ato de desespero comecei a bater forte em minha cabeça com as duas mãos, gritava mais não era alto e sim um grito sufocado, um grito que vinha da alma.
__Eu te amo meu filho, você esta tão grande meu coelhinho, seus cachinhos de ouro ja esta cobrindo seus olhos meu pequeno... __ Ela falava para mim antes de dá outra crise de tosse, a mesma colocou sua mão a frente da boca, mesmo assim pude perceber que seus braços estavam cortados assim como todo o seu corpo, quando acabou de tossi estava muito mais fraca que antes, logo olhou para a sua mão a qual tinha colocado na boca para tossir foi quando vimos sua mão cheia de sangue.
__A mamãe comeu morango? a mamãe vai cortar morango para o coelhinho? __Perguntava enquanto via os olhos da minha mãe molhados com muitas e muitas lagrimas. __Mamãe seu rosto tem mancha preta, a mamãe nao tomou banho? a mamãe vai tomar banho para comer morango com o coelhinho? __Naquele momento ela tocou meu cabelo, sentia um desconforto enorme ao senti sua mão em minha cabeça.
__Quero que prometa que sempre vai se proteger meu coelhinho, quero que prometa que vai crescer e vai ser forte, prometa que ninguém vai te fazer meu coelhinho... __ Sua voz estava embargada.
__Coelhinho promete que vai crescer forte mamãe, forte como um urso... __Naquele instante vi a minha mãe desabar enquanto eu colocava meu dedo mendinho no dela.
__Eu te amo meu filho, da um abraço na mamãe...
__Não! nao pode! o coelhinho não pode abraçar...
__Por favor meu filho, só essa vez.. __Assim que me aproximei senti seu abraço, naquele momento senti suas lagrimas molharem minha camisa. __A mamãe te ama muito Jhow!
__O Jhow também ama a mamã....
Não terminei de falar que há amava porque sua respiração parou, seus olhos se fecharam devagarinho e um leve sorriso se formou em seus lábios quando me ouvio falar que eu há amava.
__Mamãeeeeeeee! Mãezinha por favor não me deixar, mamãe acorda por favor, Jhow ainda esta sem soninho mamãe... __ Algo dentro de mim me dizia que seus olhos negros jamais abririam novamente, pedia, implorava para ela acordar, e ali ela morreu, ela morreu deixando lagrimas molharem seu rosto, ela morreu porque ele há matou, ela morreu me ouvindo dizer que há amava.
Logo sentir uma paulada em minha cabeça a qual deixou minha vista turva, toquei em minha cabeça pois sentir algo escorrendo nela quando olhei era sangue.
__ O que você fez miserável? __ Ele perguntou quando me tirou de perto da mamãe me encostando na parede com a faca em minha garganta.
__Você há matou! Você há matou! __ gritava para ele repetidamente, então o mesmo fez um corte em meu rosto dando um soco com seu anel, sentir sangue descer. __Você é um assassino! Assassino! __Gritava levantando do chão, mas, ele deu outro soco acompanhado de um chute em minha barriga. __Me mate seu assassino! Me mate seu desgraçado! __Gritava outra fez tentando me levantar então ele puxou meu cabelo me levantando e dando socos em minha barriga. __Você é um desgraçado, você é um assassino, eu te odeio, eu te odeio! __Gritava enquando cuspia sangue em seu rosto, aquela minha ação fez com que ele fizesse outro corte em minha barriga com a faca que estava em suas mãos.
Quando fez esse corte me concentrei para não gritar de dor, enquanto ele fazia outros cortês olhei para o quadro que tinha na parede, esse quadro era a foto do casamento dos meus pais, emcarei aquele quadro o qual caiu no chão quebrando o vidro que se espalhou e um pedaço dele furou a perna do Evan Miller (o meu pai), por o vidro entrar na perna dele o mesmo me soltou e caiu no chão de joelhos.
__Vidro desgraçado! __Ele murmurava tentando tirar o vidro de sua perna, mesmo ensaguentado, mesmo fraco, mesmo ferido em todos os sentidos levantei, encontrei forças para levantar, peguei um machado que ele sempre deixava perto da mesa. __O que você vai fazer Jhow? Vai matar seu pai? __Ele perguntava olhando para mim sorrindo, um sorriso malisioso, um sorriso frio. __Vai Jhow, me mata! Me mata logo e vira um assassino, mata seu próprio pai, vamos eu estou esperando. __Naquele momento o ódio e a angústia tomou conta de mim, olhei para o corpo da mamãe então sentir a adrenalina em minhas veias e a dor também, levantei o machado. __Você é um assassino assim como eu Jhow! __Quando ele falou isso minha alma se encheu de ódio e rancor.
__Jhow não tem pai! __ Falava enquanto lembrava das vezes em que ele chegava em casa e me batia dizendo que não tinha filho.
__ Sua mãe era uma puta desgraçada que não serviu nem para me dar um filho, você é quebrado Jhow, você não é um ser normal, você é um monstro, um monstro quebradoooo! __ Evan gritava enquanto seus olhos ficavam vermelhos de raiva.
"Usa o machado para demonstrar toda sua dor, seja forte Jhow, Jhow é forte mostre isso!"
Aquela foi a primeira vez que ouvir uma voz calma dentro de mim, uma voz que tinha uma força enorme para me fazer acreditar nela.
__Jhow é forte, Jhow não é quebrado... __ Assim que falei isso descir o machado com toda a minha força em sua cabeça a partindo ao meio, Expanando o seu sangue por todo o lugar, seu sangue estava em meu rosto, seu sangue estava nas paredes, seu sangue estava em minhas roupas, seu sangue era quentinho.
Fui para perto da mamãe e deitei ao seu lado, olhava seus lindos cabelos cor de ouro, cabelos esses que foram cortados por meu pai, ele cortou com um facão enquanto gritava para ela que eu era um monstro, um garoto totalmente defeituoso e sem conserto.
__ Mamãe Jhow fez um novo amiguinho, agora a senhora pode sorrir, Jhow tem um amiguinho que não bate e nem xinga o Jhow, sorria mamãe. __Pedia chorando enquanto olhava seus lindos cabelos cacheados, mas logo levantei, olhei para o canto do quarto e vi um galão de gasolina.
"Vamos ser forte pela mamãe Jhow, pegue aquela agua amarela e derrame por todo lugar, a mamãe vai gostar e o Jhow vai ganhar muitos sorrisos da mamãe."
Ouvindo mais uma vez aquela voz peguei aquele galão e joguei gasolina em toda a casa, pequei o fósforo e risquei, olhei para o corpo de minha mãe e deixei uma lágrima cair junto com o talo de fósforo que tinha em minha mão, a casa pegou fogo, minha mente ja não sabia o que era realidade e o que era ilusão, comecei a caminhar sem olhar para trás, caminhei com Passos firmes e lágrimas em meus olhos com poucos segundos a casa explodiu, mas mesmo assim continuei caminhando sem parar e sem olhar para trás. Caminhava em Passos firmes, minha forças estavam acabando mas, mesmo assim não me rendia, não olhei para trás, não me arrependi de nada do que fiz, o mundo é um lugar melhor sem ele.
Olhei para minha mão percebi que o local ferido estava sangrando demais, estava muito fraco por isso, minha visão estava escurecendo pouco a pouco, por está fraco fui caindo até cair totalmente no chão, de olhos ainda abertos os vi.
__ Olha o que encontramos aqui! __Eram três, um ruivo, gordo, outro moreno, baixo, magro e por fim o branco de cabelos castanhos, musculoso parecia ser o líder, eles falavam me arrodeando com sorrisos maliciosos.
__Um bebê machucado, vamos cuidar dele? __O líder deles falou sorrindo, seus dentes eram perfeitos, perfeitos para arrancar um por um, logo o ruivo se aproximou do meu rosto e puxou meu cabelo.
__Ele deve está muito machucado, vamos começar logo seu tratamento, vamos ver se assim a mente dele volta a funcionar, ne Jhow? lembra de mim? __Aquela pergunta me fez para um pouco no tempo e lembrar que aqueles garotos eram os garotos enormes que me batiam todos os dias por eu nao conseguir falar. __ Ainda continua com cara de idiota. __Quando ele falou isso o moreno pegou uma barra de ferro e entregou ao seu líder, o qual pegou a barra de ferro com sorriso malicioso.
__Não se preocupe não vai doer muito! e se doer, você não vai ligar mesmo ne? __O moreno falou quando se aproximou do meu rosto, naquele momento gravei o rosto deles.
"Olhe bem Jhow, olhe os rostos deles, um dia vamos mata-los juntos."
__Se eu ficar vivo eu irei atrás de todos vocês e matarei um por um. __Falava com dificuldades antes do líder deles começar a me bater com a barra de ferro, logo os outros começaram a me chutar também, aquilo estava me matando por dentro e por fora, cada pancada me fazia cuspir sangue, muito sangue.
__Eu vou matar vocês! __Gritei com as últimas forças que me restavam, foi quando o moreno ficou assustado.
__Maikon! Maikon!
__Oi Marlon! __O líder deles respondeu.
__Vamos embora, tem alguém vindo ai.
Logo o Maikon parou a pancadaria assim como o outro.
__Vamos! Vamos!
O Maikon falava para eles então saíram correndo e eu? fiquei ali, minha cabeça girava, sentia o sangue descer da minha cabeça, sentia dores por todo o meu corpo, então acabei desmaiando ali, no mesmo local em que me mataram de vez, não falo literalmente, falo o humano que havia ainda dentro de mim, a minha parte gentil, a minha parte afetuosa havia acabado de morrer.
Ainda meio tonto abro os olhos percebo que estou dentro de uma casa, tento me levantar e arrancar os aparelhos que em mim estavam, mas um deles que estava em meu coração começou a apitar fazendo barulho, desço da cama um pouco fraco e caminho devagar para a porta a qual se abre, foi quando cair.
__Posso te ajudar a levantar? __Ele perguntou me estendendo a mão, percebi que não estava sendo nem um pouco amigável, fiz sinal que sim com a cabeça então ele me ajudou, seus cabelos já estavam brancos, sua pele branca cheia de rugas, seus olhos azuis parecia já estarem cansados, ele era um senhor, mas, um senhor de um bom coração o qual me ajudou e não me deixou morrer ali sozinho.
__Qual seu nome? __Ele perguntou quando começou a pôr os aparelhos outra vez em mim, não respondia, fiquei calado só observando, pelo jeito que estava vestido era um médico, parecia ser amigável mas, não queria confiar em ninguém, meu lado humano tinha morrido e o que restou foram apenas cinzas do Jhow Miller. __Meu nome é Hugo Collon! __Ele falava enquanto mexia em meus olhos iluminando com uma lanterna, quando ele fez isso segurei seu braço com um pouco de força __Calma Rapaz! Eu não vou te machucar, afinal se eu fosse fazer isso já teria feito não acha?
Quando ele falou isso balancei a cabeça que sim, então ele continuou a me examinar, sentia muitas dores, dores que eram como alguém me cortando aos pedaços, tinha apenas quatorze anos, mas, minha fala não era bem desenvolvida, assim como também meu jeito de pensar e agir.
__Você está em minha casa, pode ficar tranquilo que aqui ninguém vai te achar. __Nesse momento ele aplicou um remédio em meu soro que fez meus olhos pesarem, sentia muita dores ainda por isso ele teve que me dopar para poder suportar aquelas dores.
Quando acordei percebi que estava sozinho no quarto, ouvir o som como se alguém estivesse chorando, desliguei o aparelho para não fazer barulho e levantei um pouco fraco, me olhei em um espelho que lá estava e vi que em minha cabeça tinha curativo assim como em minha barriga, ouvir outra vez um som de choro então fui até a porta e fiquei a observar pela brecha da porta.
Ele estava lá sentando no sofá com um retrato em suas mãos, ele chorava abraçando aquele retrato.
__Como eu sinto a falta de vocês, para mim o tempo não passou, eu não me acostumei com essa dor horrível que sinto há anos, Amélia sinto falta da nossa pequenina. __Quando ele falou isso uma mulher de pele branca, cabelos ruivos, cacheado e olhos escuros tocou em seu ombro, de seus olhos desciam lágrimas. __ Amélia como eu queria que estivesse aqui comigo, queria que a nossa filha tivesse aqui conosco. __Assim que ele falou isso ela tentou abraçá-lo mas, não dava, ela não podia abraçá-lo nunca mais, ela tentou mais vezes mesmo assim não conseguiu então chorou mais ainda, ela se afastou, sentou no canto da parede e ficou encolhida chorando.
__Eu estou aqui Hugo! __ Sua voz estava tremula. __Eu estou aqui, eu te amo, eu te amo Hugo! __Ela falava enquanto chorava mas, ele não há ouvia, na verdade nunca mais ele iria ouvir sua voz, mesmo ela chorando abriu sua mão fazendo aparecer uma garota, parece ser ela só que mais nova e cabelos liso, suas lágrimas desciam sem parar. __Hugo! Nossa filha está viva! Nossa filha está muito linda. __Ela falava olhando para o Hugo o qual não poderia ouvi-lá nunca mais, logo ele percebeu que não estava sozinho pois me aproximei do sofá.
__Elas eram os tesouros de minha vida, a dor ainda não passou, elas eram lindas não eram? __Ele me perguntou mostrando a foto da mesma mulher que estava ao seu lado com um bebê em seus braços, não falei nada mas peguei aquele retrato em minhas mãos, os olhos do Hugo estavam marejados, sua voz e mãos tremulas. __Para mim é como se os anos não tivessem passado, para mim é como se ainda ouvisse a risada dela quando brincava com a nossa pequenina. __ Com seus olhos chorosos e de cabeça baixa Hugo falava da sua família enquanto chorava muito, naquele momento olhei para a mulher a qual estava estendendo a mão para tocar na dele mas, logo ela desapareceu. __È difícil ficar aqui e Não lembrar delas. __Falou assim que pegou o retrato beijou e logo depois colocou na estante. __Você precisa comer algo para melhorar logo. __Ele falou e logo foi para a cozinha buscar sopa para mim.
Mesmo naquele momento de dor o Hugo, ele estava cuidando de mim, cuidando de um estranho que ele achou largado na rua, cuidando de um ser humano quebrado.
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