Capítulo 15



Parei minha bicicleta ao lado da calçada e saquei o celular da calça. Do outro lado da rua, no prédio comercial, ficava o escritório onde minha mãe trabalhava. Queria encontrá-la pessoalmente para pedir um favor e dinheiro. Digitei os dois últimos do seu telefone, selecionei o contato e deslizei o dedo para o lado direito. Já estava chamando.

— Oi querido — respondeu ela, depois de alguns toques. Ela falou "oi querido", como se pedisse desculpa. Usou um tom patético, meloso, que ela nunca usava.

— A senhora não vai poder ir para em casa, não é? — deduzi, franzindo a testa. Já estava quase no final do expediente. Segundo minhas contas não teria que esperar muito por ela. Agora, via que tinha perdido pernada.

— Surgiu um imprevisto no trabalho, filho. Sabe que não dou nenhum caso por perdido. Um casalzinho de senhores chegou aqui, muito carentes e querem saber o que podem fazer pelo filho, que foi acusado de tráfico de drogas. Sabe como é, político que é ladrão de verdade ninguém prende, mas essa gente pobre, coitados, são filhos da cadeia. Eles estão muito nervosos e querem algo concreto para levar para o filho.

É mamãe! Muito bonito da sua parte, ficar mais tarde no trabalho fazendo caridade, minha mãe não cobrava um centavo de gente carente, e eu torrando no sol da tarde.

— Posso esperar a senhora aqui embaixo, então?

— Vai demorar um pouco as coisas aqui. Pedi para um colega me ajudar, assim tão de imediato não consigo dar nenhuma garantia para eles — disse com exatidão, e com aquele tom de voz de quem não quer ser contrariado. Depois desligou, como de costume, sem se despedir.

A rua onde estava fazia parte de uma praça, assim os prédios comerciais cercavam a praça, e as coisas que todo mundo conhece, Casas Bahias, Banco do Brasil, Itaú, McDonald's, bares. Nessa praça logo eu encontrei um banheiro. Nem ficava tão longe de onde havia estacionado minha Ferrari para ligar. Tranquei a bike com o cadeado, deixei do lado de fora do banheiro e entrei.

Entrei correndo, já poderia sentir a urina querendo molhar a cueca, queimando no canal. Fui para um mictório, abri o zíper e deixei a natureza fazer o seu trabalho. Sentia meu pau doer, por segurar tanta urina, esvaziando rapidamente a bexiga.

Do meu lado, um velhinho terminou seu serviço, deu as costas e foi embora, sem lavar a mão. Ficamos apenas eu e um outro cara no banheiro. E ele não parava de me olhar. Não era burro, sabia que ninguém ficava olhando assim para as pessoas, principalmente em locais como este, se não quisesse algo.

Tentei olhar melhor pra ver se ele representava ameaça: procurei saber se era mais alto que eu, caso quisesse confusão, deveria ter 1,90 de altura, mais alto; forte não parecia, debaixo daquela blusa de frio com capuz não dava para ver nada. Quem vestia aquilo no calorão que fazia? Usava uma calça jeans cinza, e sapatos pretos. Não parecia estar procurando confusão.

Mas também....

Por que ele não ia embora? Eu tinha um bom motivo para demorar um pouquinho. E ele? Nem o ouvia mijar.

Foi quando entendi o que realmente estava fazendo naquele mictório a dois passos de distância de mim: o cara estava se masturbando. Movia as mãos tão tranquilamente no pau que eu não percebi nada de início. Aquele velhinho deve ter visto, por isso foi embora sem lavar as mãos. Não teria notado nada, se ele não tivesse soltado um fraco gemidinho. Agora não conseguia mais mijar sem ver ele se masturbando, roçando os dedos em volta do seu membro. A essa altura já deveria estar duro.

— Só arrumo encrenca — sussurrei comigo mesmo, cortando a urina e levando a mão para fechar o zíper. Foi quando percebi meu pau duro batendo contra o zíper, se recusando a entrar na cueca com a situação ao lado.

Pior de tudo foi ver o cara virando o capuz dele pro meu lado e dando um sorrisinho. Ele viu meu pau duro, depois de tentar fechar a bermuda. Para ele, ver isso, demonstrou que eu estava interessadíssimo em suas orgias.

O sujeito então parou de se masturbar, olhou para os lados e deu um passo para trás. É, ele tinha o pau duro nas mãos, a cabeça estava molhada, mas não de urina. De onde estava não tinha como esconder minha ereção. Sorriu de novo para mim e entrou no último box.

Meu estômago embrulhou e as mãos formigaram e suaram ao mesmo tempo. O cara da blusa cinza não me disse nada, mas eu sabia o que estava acontecendo. Eu já fazia parte daquele jogo. Agora era apenas questão de: entrar com ele no box ou ir embora. Me senti frustrado quando meu pé não quis ir em direção a saída. Caminhei rapidamente para a porta onde ele havia entrado.

Com meu pau duro balançando fora da cueca, não perderia tempo ali fora.

— Demorou muito, já contava que fosse embora, mas vejo que ainda está animado — e sem minha permissão, ou consentimento desse ato, ele passou a mão no meu pau. Pegou a ereção com delicadeza, delineando os dedos ao redor até apertar a glande. Tocou as bolas, massageando-as, depois foi subindo novamente, até enfiar a ponta do dedo do oficio ejaculatório.

— Você cobra quanto? — a pergunta veio de um lugar da minha mente que eu já julgava esquecido para sempre. Eu já havia pagado por boquetes nos banheiros algumas vezes. Não tinha nenhum centavo comigo agora.

— De você, platinadinho e com pinta de playboy, vai ser por conta da casa. Hoje estou tranquilo, nem estava pensando em fazer nada, mas quanto te vi entrar, nossa, meu sangue ferveu e veio parar bem aqui — pegou minha mão e a encostou no seu pau. Estava duro, quente, e pulsava entre meus dedos suados e nervosos.

Quando afastei minha mão do pau dele, vi a baba seguindo meu dedo. Como muçarela bem quentinha.

— Tenho um fetiche por caras magros, como você. Não tem nenhum músculo nesse braço, mas eu fico louco de tesão, novinho — ele segurou no meu braço, passando a mão, deu alguns beijos e, por fim, cheiro minha axila.

O cara não era feio, tinha o cabelo preto bem curto, os olhos eram verdes bem escuro, eu acho, e o rosto bonito. Para um garoto de programa ele precisava ser bem apresentável e era. Tinha um corpo legal quando levantou a blusa para se exibir.

— Minha mãe está esperando, tenho que ser rápido — menti me soltando dele e segurando meu pau, para me masturbar. Não queria me envolver fisicamente com ele, mas se já estava ali dentro, era melhor fazer logo.

Ele piscou para mim e se jogou no vaso, ficou com o rosto na altura da minha cintura. Cheguei mais perto dele, colocando o pau a poucos centímetros do seu rosto. O cara, que eu nem me interessava o nome, passou dois dedos em volta do meu membro, olhou para ele e para mim, com aquela cara sacana, depois enfiou a cabeça dentro da boca, sem cerimônias, nem cheiradas.

Engoliu ela, passando a língua em volta. Ele recuou um pouco, vi que a glande estava toda babada de sua saliva. Ele já deveria ter sentido o gosto de urina, mas me chupava mesmo assim. Voltou a passar os lábios em volta da cabeça, tragando-a, chupava e sugava com força. Ele a beijava, desejava chupar apelas ela, com o maior prazer possível.

O cara da blusa cinza sabia o que estava fazendo. Chupava só a cabecinha, mas eu sentia como se todo meu pau estivesse em sua boca. No momento de prazer, me apoiei nas paredes do banheiro, joguei a cabeça para trás, fiquei na ponta dos pés e debrucei meu corpo na direção dele.

— Mija em mim — pediu, sem soltar meu pau por mais de três segundos.

Fiz o que pediu, sem pensar direito. Mijei o que ainda faltava no seu rosto, e na boca dele. Deixou a urina na sua boca, depois a cuspiu fora. Voltou para beber algumas gotinhas de mijo que caiam pelo canal.

Pouco a pouco, ele foi engolindo mais e mais o meu pau. Não foi de uma vez, como eu teria feito. Começou a tragar mais alguns centímetros além da cabeça, e assim continuou sempre indo e voltando engolindo meu pau quase sem eu perceber. Quanto mais ele descia, mais eu sentia meu corpo delirar de prazer. Não sei o que ele tinha de especial, mas tinha. Sua profissão lhe proporcionou uma ótima chupeta.

Aquilo estava fora do comum.

O cara puxou minha bermuda, deixando-a cair até os pés, e começou a brincar com a bunda que eu não tinha. Passando duas mãos vorazmente por cada face da nádega.

No meio de tudo isso, eu só conseguia pensar em Peter. Em com a boca dele ficava sexy quando estava comendo uma coxinha. Eu gostava de pagar coxinha pra ele, só pra vê-lo dar a primeira mordida, os lábios se fechando em volta da cabecinha do salgado, como ele mastigava e depois engolia. Eu adorava imaginar qual seria a sensação quando o meu pau estivesse em sua garganta. Se era mesmo tão boa quanto eu imaginava, ou melhor.

Um pouco mais de urina, o cara gostou disso.

Agora o cara me chupava, tragando o meu pau e mijo, eu adorava aquilo, pois me dava uma clara ideia de como seria fazer sexo com Peter. A única pessoa que me importava. Pensar nele, apenas nele andando comigo, ao meu lado, foi o suficiente para trazer um novo e incontrolável prazer.

O cara sentiu que eu gozaria, enfiou todo o meu pau na boca, e aguardou a esporrada. Devo dizer que nem demorou tanto: logo que pensei em Peter, o gozo veio abundante em seu encontro. A ejaculação foi o suficiente para deixar o cara de capuz ocupado por alguns instantes, engolindo a porra e tragando o pau, para não deixar nada cair fora de seus lábios.

Gozei tudo o que acumulara desde minha última visita a Peter. Ele me excitava para um caralho. Éramos bons amigos e com o problema do pai, não tentava forçar sexo com ele. Havia um empecilho maior, é claro. Temia que, se tomasse a iniciativa, ele lembrasse de Bruno e fugisses de mim.

— Obrigado e volte sempre! — disse o cara, em voz bem alta, sem se preocupar que houvesse alguém do lado de fora. Ele não se importava nem um pouco. Piscou para mim, naquela cara sacana.

Vesti a roupa e sai do banheiro sentindo que todo mundo estava olhando para mim, que sabiam o que eu estava fazendo ali dentro. Não esperei por minha mãe, que ainda demoraria. Destranquei a bike e comecei a pedalar pela braça.

— Isso mesmo, vou vestir um disfarce — contei meu plano para Lee, o único que me respondeu no Facebook e o que parecia ser mais adapto a minha ideia de espionagem.

Estávamos na sorveteria do Chiquinho, no centro da cidade. Ele quem escolheu o lugar para conversamos.

— Mas precisa ser bom — ele levou a colher até seu sorvete, chupou e depois continuou: — Ou vão descobrir que está entre eles, e vão te cobrir de porrada.

— Já pensei nisso, mas eles nunca bateriam em uma mulher — eu disse, passando minha colherzinha pela superfície gelada.

— Vai se vestir de mulher? — Lee começou a rir com sorvete na boca. Ele deve ter engolido e rido ao mesmo tempo, e engasgou. Pulei da minha cadeira pra ir ajudá-lo.

Vi Peter se levantando e correndo até as costas de Lee, dando tapas no nosso amigo. Foi exatamente no momento em que passei com a bike em frente a sorveteria que eles estavam. Peter não me viu, Lee nem pôde. Não parei, depois de gozar no banheiro na boca de um desconhecido, pedalei mais depressa. Era melhor ir direto para casa, esconder deles a minha vergonha.

— Qual o problema em me vestir de mulher? — Lee já parecia melhor. Voltei para meu lugar.

— Problema nenhum. Acho até que tem uma bunda bonita e vai ficar muito lindo de mini saia — ele coçou a garganta, estava com o rosto vermelho.

— Você repara na minha bunda?

— Todo mundo repara na bunda de todo mundo. É meio natural, tem uma pessoa andando na sua frente, para onde olha? Pra bunda da pessoa. E com essa rabetinha empinada, não tem como ficar desviando os olhos toda hora. Sou homem também, poxa — Lee chupou um pouco de sorvete. Seu rosto ainda vermelho, mas nada tinha a ver com sua garganta.

— Ora, ora — disse me divertindo com sua timidez.

— Tá legal, tem uma bunda gostosa. Só não conta isso pro Maicon — pediu.

— Então acha que pode dar certo? — estava excitado com a ideia. Me vestir de mulher já era bem legal, e descobrir alguma coisa da Máfia, seria meu Nobel daquele ano.

— Se fizer uma boa maquiagem, escondendo os traços masculinos do seu rosto, e uma roupa que cubra o volume do seu pau, até eu assoviaria para você. O único problema é disfarçar os traços masculinos do seu manequim, tipo peitos falsos. Com isso, vai ser sucesso.

— Tem uma loja de fantasias aqui perto. Eles são profissionais. Se conseguem criar aquelas máscaras de zumbis tão horríveis e reais, vão conseguir me transformar numa garotinha inocente. Vamos na loja, agora!

Lee concordou em ir comigo. Não sem antes dizer:

— Peter, acho melhor levar você em um médico de cabeça depois disso. Estou começando a achar que tem probleminhas.

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