Capítulo Vinte e Dois

Marcos Dawson:

Não fiquei mais tempo no hospital, e então fui embora, sentindo Edu logo atrás de mim. Quando nos despedimos de Charles, desejei melhoras para os meninos.

— Você não precisa me seguir, Edu. Estou esperando uma criança, mas não sou frágil – falei, parando e me virando para ele. – Pelo menos pode agir com cuidado. Eu não sou feita de vidro.

Ele ficou em silêncio, e eu me virei, mas algo me fez parar no lugar. Virei-me novamente, e lá estava Edu, segurando meu braço, impedindo-me de me afastar dele.

— Não estou te enxergando como uma pessoa frágil — Edu disse. — Marcos, você é a pessoa mais forte que eu conheço no mundo todo, e a única que sempre vou amar com todo o meu coração e alma.

Olhei para sua direção com o coração acelerando, Com suas palavras carinhosas, um clima romântico envolveu o ar. Nossos olhares se encontraram e, lentamente, nos aproximamos um do outro. Em um momento repleto de ternura, nossos lábios se tocaram suavemente em um beijo apaixonado que selou nosso amor e cumplicidade.

O beijo se aprofundou, repleto de paixão e carinho, e o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Cada toque, cada suspiro, era uma expressão do nosso amor intenso e eterno.

Quando finalmente nos separamos, nossos olhos brilhavam com a felicidade do amor compartilhado. Sabíamos que estávamos destinados a enfrentar juntos qualquer desafio que a vida nos trouxesse, fortalecidos pelo nosso amor e pela conexão única que compartilhávamos.

— Quero estar ao seu lado pelo nosso filho que vai nascer — Edu disse, sussurrando. — Deixe-me amar eles e você como merecem e mostrar que sempre estarei lá para todos, dando o meu melhor.

Com lágrimas de alegria nos olhos, isso é algo que eu realmente quero é estar com o Edu

— Estar ao seu lado é tudo o que eu desejo, para nosso filho que está prestes a nascer e para todos nós. Deixei-me amá-los e cuidar de vocês como merecem, e quero que saiba que estarei sempre lá para todos nós, dando o meu melhor, com todo o meu amor. — respondi suavemente.

Ele se aproximou e me deu um selinho delicado, que me fez derreter em seus braços. Mas ele só parou quando o celular dele começou a tocar.

— Parece que o Matthew conseguiu convencer o seu pai a me ligar — Edu disse, mostrando a tela do visor. — Vejo você depois, prometi a ele que faria uma surpresa para você mais tarde.

Sorri e ele me deu um selinho novamente enquanto atendia o telefone e se afastava. Ouvi-o falar com Matthew, sua alegria enchendo meu peito de felicidade.

Saindo do hospital, meu celular começou a tocar, e vi que era a Gisele. Fiquei aliviado por termos trocado de número e tê-la salvo nos contatos.

— Oi, Gisele! – Falei quando atendi o celular. – Tudo bem?

— Olá, Marcos – Gisele falou e parecia eufórica. – Você pode vir até a casa que aluguei em Los Angeles? Descobri várias coisas contra os Robinson e também o motivo pelo qual a construtora cancelou o contrato sem nos informar.

Não pude acreditar que ela conseguiu descobrir. Foi exatamente como ela me contou, levou duas semanas ou mais, e estou a caminho dessa casa para descobrir tudo.

Lisa e Dener estão em apuros agora; eles vão aprender a não mexer com quem está quieto.

— Eu vou! – Falei. – Manda a localização da sua casa!

— Irei mandar! – Gisele falou. – Você não vai acreditar em tudo o que eles têm feito.

— Já estou chegando! – Falei, desligando o celular e verificando a localização que ela me enviou, a casa estava a uns quarenta minutos daqui.

Fui em direção ao carro, entrei e segui em busca das respostas que minha nova amiga havia descoberto e que eu poderia usar contra aqueles cretinos.

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Quarenta minutos depois, cheguei em frente a uma casa de dois andares, pintada de cor vinho. Aguardando na entrada, encontrei Gisele, que usava um vestido florido, com Samuel ao seu lado segurando a barra do vestido da avó. Atrás deles estava um homem de expressão séria, com cabelos parecidos com os de Samuel e vestindo um terno preto. Eu sabia que aquele era Edson, o marido de Gisele, sobre quem ela tanto havia me falado nos últimos dias por mensagem.

Estacionei o carro junto ao meio-fio e desci dele.

— Oi, tio Marcos — Samuel falou quando me aproximei. — Onde estão o Mat e o Brian?"

Sorri para ele e fiquei admirado de como o meu Matthew conseguiu fazer um amigo que mora na Inglaterra.

— Eles estão em casa, precisei sair e ficaram com meu pai e a tia deles – Falei, e ele fez uma expressão triste. – Não fica assim, que tal amanhã você ir lá em casa com seus avós e poderá brincar com eles?

Olhei para o casal mais velho e me surpreendi ao ver um pequeno sorriso no rosto sério de Edson.

— Os três estão convidados! – Falei, e Samuel olhou para os avós. – Tenho certeza de que irão?

— Iremos adorar! – Gisele falou docemente. – Agora, vamos conversar!

Gisele olhou para o marido, e ambos se comunicaram pelo olhar, era visível.

— Sam! – Edson falou. – Por que não vem com o vovô? Vamos assistir aquele desenho, daquela esponja amarela!

— Vamos! – Samuel gritou, correndo para dentro e cantando a música tema do desenho. – Vocês estão prontos, crianças?

Estamos capitão!

Eu não ouvi direito

Estamos capitão!

Ohhh!

Edson seguiu o neto, que cantava a letra com alegria, e percebi que todas as crianças que conheci até agora realmente amavam esse desenho.

— Vamos para o escritório do andar de cima! – Gisele falou quando o neto e o marido se distanciaram. – Separei todos os papéis que vão te ajudar contra a Lisa e o Dener, e também o que você me pediu!

Assenti, e ela se virou para entrar na casa. Sabia que algo importante estava prestes a acontecer ao ver esses documentos que Gisele tinha.

Subimos as escadas e, ao virar para a direita, entramos na segunda porta do corredor. Lá, vi uma mesa no centro da sala com uma pasta marrom.

Gisele foi até a cadeira que estava atrás da mesa e gesticulou para que eu me sentasse em uma das cadeiras em sua frente.

— Então, por onde você prefere que eu comece? – Gisele perguntou. – Quer saber o que pode usar contra eles ou por que o contrato foi cancelado sem nenhuma explicação da construtora?

Pensei que o que mais me intriga é o motivo do cancelamento do contrato.

— O contrato! – Falei. – Há algo estranho nele, não é?

Gisele assentiu para mim e pegou a pasta, abrindo-a em uma página específica.

— Com a minha investigação, descobri que a empresa não existe! – Gisele falou. – É uma empresa fantasma. Inicialmente, estava associada a uma construtora, mas depois ficou claro que não existia de fato.

— Como isso é possível? – Perguntei.

— Espere, ainda tem mais! – Gisele falou. – Fui ainda mais fundo na pesquisa e descobri quem era o dono da construtora. Isso me levou a um sobrenome de uma família que perdeu toda a sua fortuna há vários anos e só possuía milionários. O nome da família é Camargo! Os idiotas só reorganizaram as letras fora de ordem!

Sempre desconfiei que a família de Samira estava envolvida em atividades duvidosas, mas agora a parte de sempre enganar os outros fingindo serem milionários é nova para mim.

— Então eles tentaram roubar o dinheiro da família Robinson? – Perguntei. – Mas por que não continuaram com tudo isso?

— Pela minha investigação, os Robinson estavam à beira da "falência" – Gisele continuou. — O restante do dinheiro que eles tinham foi usado pelos Camargo, e o Edu estava tentando manter a empresa, conseguindo a maior parte do dinheiro depois que o pai o considerou um possível investidor. Esse dinheiro que entrou, ele investiu junto com seu assistente. E aí é onde entram as atividades obscuras daquelas pessoas desonestas.Lisa ajudou em tráfico sexual de menores de idade para outros países fora dos estados unidos, tráfico de drogas, associação com políticos corruptos que os ajudam com um pouco de dinheiro que roubam! Na pesquisa, o marido não sabia disso. Ele é apenas um homem idiota e metido.

Levantei a mão ao ouvir tudo isso.

— Como você conseguiu saber dessa parte do que a Lisa faz? – Perguntei. – E isso pode me ajudar no tribunal?

Gisele sorriu amplamente.

— Digamos que a agência da minha família encontrou essas pessoas e as desmantelou pouco a pouco, entregando os comparsas, incluindo o nome de Lisa. Isso será de grande ajuda, assim como os crimes que a Agência Alves descobriu que Lisa cometeu no passado! — Gisele falou, despertando minha curiosidade sobre essa agência. — Além disso, temos o histórico da família de Lisa e seus antecedentes antes do casamento. O nome real dela é Laila Summer.

Ela tirou os papéis de uma pasta e me entregou uma ficha de prisão.

— Anos atrás, ela estava entre os suspeitos do assassinato de sua própria família e da irmã grávida! — Gisele falou. — Mas ela foi descartada logo no início. Algum tempo depois, casou-se com Dener Robinson, e meses depois, ela apareceu com um bebê!

— Isso quer dizer o quê? — Perguntei.

— Virei a página, é um resultado de teste de DNA — Gisele falou. — Isso foi feito após o nascimento do bebê, e há dois resultados: um falso, que Dener viu, e um verdadeiro!

A primeira folha confirmava a paternidade de Dener, enquanto a segunda não.

— Então, isso significa o quê? – Perguntei, embora já suspeitasse do que veria no teste.

— Edu não é filho biológico de Dener Robinson – Gisele falou. – Apenas compartilha compatibilidade de DNA com Lisa e outro homem.

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    Que revelação 🙀

  Gostaram?

Até a próxima 😘





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