Edu Robinson:

Estou mais feliz do que nunca em ter o Marcos conversando comigo ou o Matthew querendo se divertir o tempo todo. Ele aproveitou para que o levássemos a um parque. Esse garoto sabe como seu pai faria tudo por ele, e vi que ele me perguntava o que eu gostava de fazer a todo momento, falando diretamente o que o pai dele gostava.

— O Papai gosta de framboesas das mais docinhas — Mat disse quando fez Marcos ir atrás de um churros. — Ele gosta de comprar no mercado perto da casa do vovô. Diz ser das mais doces do mundo todo.

Isso me fez soltar uma risada que deixou o pequeno confuso. Estava na cara o que ele estava tentando fazer nesse momento; essa criança é um gênio.

Um sentimento de orgulho começou a surgir dentro do meu peito, o que me fez sorrir amplamente.

— Do que mais seu pai gosta? — perguntei.

— Ele gosta de cantar bastante quando está cozinhando, mesmo que isso seja algo muito raro nos últimos dias — Mat sussurrou, olhou para os lados. — O Papai gosta muito de ajudar as pessoas, e ainda mais quando se trata dos meus tios. De vez em quando, ouço ele dizer para os meus tios que o presente ideal para ele é receber uma flor e, ainda mais, uma linda cesta de chocolates.

Eu iria perguntar mais algumas coisas quando notamos que Marcos voltou com três churros. Mat pulou do meu lado e correu para o lado de Marcos, mas antes olhou para mim como se pedindo para manter a nossa conversa de segundos atrás em total segredo.

Isso me fez rir alto dessa situação; esse garoto estava tentando nos juntar, mesmo que nós nos conhecêssemos apenas por algumas horas mas já queria me ver junto com o pai dele.

— Qual foi a piada que vocês dois fizeram? — Marcos perguntou desconfiado, sentando ao meu lado no banco. Ele me entregou um churros. — Doce de leite.

— Não temos nenhum segredo — Mat disse, mordendo o churros de chocolate dele. — Não fizemos nada demais, não é tio Edu?

— Claro, Marcos. Não foi nada demais, apenas estávamos compartilhando algumas histórias engraçadas — eu respondi com um sorriso.

Marcos pareceu aliviar-se e começou a conversar conosco sobre suas próprias histórias engraçadas, e assim, a tarde continuou de forma leve e agradável no parque.

A tarde no parque continuou agradável, com risadas e histórias compartilhadas entre nós. Mat e Marcos pareciam se dar bem, e eu me sentia como parte daquela pequena e acolhedora família por algumas horas.

Conversamos sobre nossos gostos, hobbies e planos para o futuro. Foi uma tarde memorável, repleta de momentos especiais e conexões inesperadas. Mesmo sendo um encontro casual, a sensação de que o destino havia cruzado nossos caminhos naquele dia deixou um sorriso em nossos rostos.

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Voltei para o hotel, exausto após um longo dia de aventuras. Desmaiei de imediato na cama macia e confortável, sentindo o peso do cansaço em cada músculo do meu corpo. O quarto estava mergulhado na penumbra, e o silêncio era quebrado apenas pelo suave zumbido do ar-condicionado. Os lençóis macios abraçavam meu corpo, proporcionando um conforto reconfortante.

Minha mente vagueou pelos eventos do dia, relembrando as paisagens impressionantes que explorei e as pessoas interessantes que conheci. Cada detalhe da viagem ficava mais nítido à medida que meu cansaço se dissipava.

Enquanto eu fechava os olhos e me entregava ao sono, senti uma sensação de gratidão por todas as experiências que o dia havia trazido e a promessa de novas aventuras no horizonte.

Quando acordei na manhã seguinte, foi com uma mensagem do meu assistente dizendo que conseguiu marcar uma reunião de última hora com uma empresa. Saí correndo para me arrumar, e cinquenta minutos depois, estava esperando o presidente da empresa me chamar para o horário da reunião.

Me permitiram entrar na sala e lá estava o senhor Derbyshire.

Sean Derbyshire era um homem na casa dos 60 anos, com boa aparência e um magnata com grande reputação entre todos dessa cidade, tanto quanto a empresa do padrasto de Marcos. Ele tinha uma personalidade temperamental e gostava de ser um tanto intrometido, além de ter um ótimo senso de investimento e ainda mais segundo alguns rumores dizendo que ele é um dos amigo mais fiéis e leais a Caleb Jenkins Dawson.

Isso me fez engolir em seco. Ele pode saber o que aconteceu na reunião com o senhor Jenkins e desprezar ainda mais a minha empresa.

— Edu Robson, por favor. Por favor, evite posições repentinas iguais ao que estou vendo que está passando na sua mente nesse instante. Simplesmente recusar prejudica minha reputação ou a de qualquer pessoa sem simplesmente ouvir o posicionamento da pessoa. Além disso, ainda não estou pronto para me estabelecer como um inimigo. Quero dizer, é hora de trabalhar. — Senhor Derbyshire falou com calma, enquanto me sentava à sua frente.

Com um suspiro de alívio, eu me acomodei na cadeira. A tensão que eu havia sentido minutos atrás começou a diminuir à medida que o senhor Derbyshire demonstrava uma abordagem mais compreensiva.

— Tem razão, Senhor Derbyshire. Peço desculpas pela minha reação inicial. Estou disposto a ouvir e a trabalhar juntos para encontrar uma solução que seja benéfica para ambas as partes — eu respondi sinceramente, sentindo a esperança de que a reunião pudesse tomar um rumo mais construtivo.

A discussão que se seguiu foi produtiva, e, à medida que colaboramos na busca de soluções, percebi que, apesar do início tenso, talvez pudéssemos estabelecer uma relação de trabalho mutuamente benéfica.

Contei a minha ideia inicial de construir uma clínica para expandir a carga horária dos profissionais, o que seria ideal para ajudar a comunidade da cidade e até mesmo auxiliar os grandes hospitais da região, disponibilizando seus médicos e enfermeiros e reduzindo a demanda.

— Em primeiro lugar, você tem um bom ponto para fazer tudo isso, além de uma maneira de seguir conforme as normas da lei — o senhor Derbyshire disse e entrelaçou os dedos. — O que você acabou de me dizer seria muito benéfico.

Sorri internamente.

— Senhor, na verdade, essa ideia também veio do meu assistente pessoal — falei. — Trabalhamos juntos nisso.

Ele sorriu para mim.

— Sua humildade é comovente — o senhor Derbyshire disse e voltou a analisar os papéis. — Vocês encontraram alguém com quem fazer parceria, e esse alguém serei eu e o Caleb. — Isso me fez olhar na direção dele, completamente surpreso. — Por que acha que ele não revisaria esses documentos? Ele me pediu para aceitar essa reunião depois que Marcos conversou com ele, pelo menos para analisar as informações.

Marcos, mais uma vez, sendo minha salvação. Sempre serei grato a ele por isso, agora e para sempre.

Aqui está a correção da gramática e pontuação:

Ao que tudo indica, o senhor Derbyshire foi imprudente em me contar essa última parte, e ele deu um peteleco na testa. Ao vê-lo sorrir com entusiasmo, suspirei secretamente.

Então, Marcos deve ter pedido a Caleb que me desse uma segunda chance, mas como Caleb não queria arriscar que eu aparecesse à sua frente novamente.

— Mesmo que você não tenha uma rede de segurança, você provou ser merecedor, de acordo com o que Caleb me contou, para que tivéssemos essa reunião. Então, vou lhe dar um conselho: é melhor você aproveitar a oportunidade de ter alguém generoso ao seu lado. Desde que você tenha talento e beleza, você se destacará em qualquer lugar, então é perfeito se você continuar ao lado de uma pessoa assim. Mas posso ver que você tem alguns problemas pessoais?

— Sim, eu realmente tenho problemas pessoais — admiti.

— Trate destes problemas antes que seja tarde demais. Essa pessoa já fez com que você perdesse uma oportunidade e pode fazer o mesmo com várias outras. — Ele disse calmamente, seu telefone tocou, olhou para a tela por alguns segundos e depois voltou seu olhar para mim. — Me diga, por que você está interessado em tudo isso? Não é bom perder muito tempo com sonhos impossíveis, senhor Robson.

Quando ele disse essa parte, eu sabia que estava falando a verdade.

— Quero criar um novo nome para a empresa da minha família. Meu pai construiu aquele lugar baseado no medo das pessoas, e quero mudar essa reputação. Nos últimos anos, tenho trabalhado para melhorar essa imagem, colocando cada acionista ao meu lado. No entanto, ainda há muitos a conquistar, e com esse projeto da clínica, acredito que posso construir um futuro melhor e mostrar quem realmente sou — falei e apertei minhas mãos em meu colo. — Quero me orgulhar de mim mesmo e dar orgulho ao meu filho.

O senhor Derbyshire assentiu com uma expressão ponderada, parecendo levar minhas palavras a sério.

— Se esse é o seu objetivo, Edu, então estou disposto a dar uma chance. Vamos trabalhar juntos nesse projeto da clínica e no renascimento da imagem da sua empresa. Mas, como eu disse antes, trate dos seus problemas pessoais. Não se esqueça de que o sucesso nos negócios começa com o equilíbrio na vida pessoal. — Ele me ofereceu um aperto de mão.

Aceitei com gratidão e um novo senso de determinação. Com essa reunião, uma parceria improvável havia começado, e o futuro da minha empresa e a possibilidade de redimir minha reputação tomaram um novo rumo.

Assim, concluímos nossa reunião de maneira positiva e cheia de promessas. Saí da sala com um sorriso e um sentimento de esperança renovada. A jornada para transformar o legado da minha família e construir um futuro melhor para meu filho estava apenas começando.

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Gostaram?

Até a próxima 😘