EP.1 [1/4]

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A luz da lua iluminava o caminho enquanto Park Roseanne corria, seus passos ecoando com força cada vez que seus pés tocavam no chão. Sua respiração estava ofegante, e o peito subia e descia rapidamente. Sempre que podia, lançava olhares para trás, vendo que o homem que a perseguia estava cada vez mais perto.

Ela adentrou num caminho deserto, cercado por árvores altas que lançavam sombras ameaçadoras sob a luz fraca. O breu ao redor parecia engolir tudo, mas Rosé não parava. Seus olhos fixaram-se na luz pulsante do Farol de Haeun-dong à frente, e logo ela seguiu o caminho até lá.

Finalmente, seus pés tocaram a areia fria e úmida da pequena praia de Haeun-dong. Rosé olhou para trás novamente, seus passos diminuindo à medida que percebia que o perseguidor não parecia mais estar por perto. Com o corpo cansado, inclinou-se para frente, apoiando as mãos nos joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego. Seus olhos pousaram no mar, onde as ondas quebravam nas rochas, enquanto o suor gelado escorria pelo rosto e suas mãos tremiam. Ainda assim, seu sangue parecia ferver, como se seu corpo soubesse que o perigo ainda não havia passado.

De repente, tudo aconteceu rápido demais. Mãos firmes agarraram seu corpo, ergueram-na e a jogaram sobre os ombros do perseguidor. Rosé gritou, debatendo-se com todas as forças, mas ele não parecia sequer hesitar. Seus pés chutavam o ar, e suas unhas tentaram arranhar a pele dele, mas nada parecia funcionar.

Sem nenhuma palavra, ele a carregou até o mar. Quando chegaram perto da linha d'água, ele a jogou violentamente no chão de areia, fazendo seu corpo bater com força contra o solo. Rosé tentou se levantar, mas foi logo atingida com um soco forte na lateral da cabeça, fazendo sua visão se turvar e sua cabeça girar. Ela caiu de volta na areia, atordoada, sentindo a dor irradiando da ferida no crânio.

Ainda sem uma palavra, o homem a levantou novamente, como se fosse uma boneca de pano, e a carregou até o mar. As ondas geladas envolveram o corpo de Rosé, fazendo-a tremer. Ela tentou lutar, mas ele a mergulhou na água com brutalidade, pressionando-a para baixo.

A água começou a entrar na boca e no nariz de Rosé, enquanto ela se debatia inutilmente. O desespero tomou conta de seu corpo, mas suas forças estavam indo embora. As ondas batiam contra eles, e tudo que Rosé podia sentir era o frio da água e o peso esmagador da mão que a mantinha submersa.

A escuridão começou a tomar conta de sua visão, e sua mente ficou lenta, como se estivesse desligando. Antes que sua consciência se apagasse completamente, uma única imagem lhe veio à cabeça: um sorriso. O sorriso de quem ela tanto amava escondida do mundo.

Finalmente, Rosé parou de lutar. O homem manteve seu corpo submerso por mais alguns segundos antes de soltá-lo, deixando-o ser levado pelas ondas. Ele se levantou, ofegante, e olhou ao redor para se certificar de que ninguém o havia visto. Então, caminhou para longe.

A praia ficou em silêncio, com apenas o som das ondas quebrando na areia. Rosé estava morta, mas a verdade de sua morte ainda estava prestes a aparecer.

__________

Ao amanhecer, o céu se pintava com tons suaves de azul, amarelo e laranja, tingindo a cidade com uma luz dourada e serena. Como todas as manhãs, Lisa corria pela beira-mar, cuidando de sua saúde. Seus fios curtos, acima dos ombros, voavam com o vento, enquanto alguns se mantinham presos sob seu boné preto.

Lalisa Manobal, uma moradora de Haeun-dong desde o nascimento, era conhecida por todos na cidade como promotora. Com 31 anos bem vividos, havia enfrentado grandes problemas, mas nenhum deles se comparava com o que estava prestes a enfrentar.

Lisa, com seu cabelo curto e uma franja bem alinhada na testa, sempre cuidou de sua saúde e alimentação. Para manter seu equilíbrio, organizava seu dia de forma meticulosa.

Ela vestia um short preto, um moletom de zíper cinza, boné preto e tênis da mesma cor. Seu rosto, livre de maquiagem, refletia a simplicidade de sua rotina. Nos ouvidos, fones tocavam músicas variadas — algumas estrangeiras, outras nacionais — e no pulso, um relógio que contava os quilômetros percorridos.

Enquanto corria, seus olhos avistaram, à distância, algo estranho perto de uma grande rocha. Franziu o cenho, forçando a vista para ter certeza de que era uma pessoa. Sem hesitar, acelerou o passo em direção ao local.

"Não pode ser...", pensou, enquanto se aproximava rapidamente da vítima. Tirou os fones de ouvido e os colocou no bolso do moletom, parando bruscamente ao se aproximar. Levou as mãos até a cabeça, como se não conseguisse acreditar no que via.

— Rosé... — sussurrou, os olhos se enchendo de lágrimas. — Puta merda... — Sua voz estava embargada, as mãos tremendo. Mas, apesar disso, pegou o celular e ligou para a polícia.

Lisa e Rosé eram amigas desde a infância, e quando crianças, moravam uma ao lado da outra. Juntas com Kim Jennie, formavam um trio inseparável.

— Delegacia de Haeun-dong. Como posso ajudar? — a voz masculina do outro lado da linha soou profissional.

— Encontrei um corpo perto do farol. É uma mulher, e pelo estado... já está sem vida.

— Entendido, senhora. Mantenha-se no local, a equipe de resgate está a caminho. — O policial parecia tentar manter a calma, mas a urgência na sua voz não passava despercebida. Lisa desligou a ligação e olhou novamente para o corpo de Rosé, agora completamente pálido, com os olhos semiabertos, como se quisesse gritar, mas não pudesse. A cena era surreal.

Ela se agachou ao lado de Rosé, o calor de seu corpo misturando-se com o frio da manhã, e observou a amiga. O vento batia suave contra o rosto de Lisa, mas tudo parecia parado ao seu redor, como se o mundo tivesse se transformado em uma paisagem borrada e distante.

"Quem faria isso? Quem? Não acredito que isso tenha sido suicídio. Você estava tão bem, Rosie" - a pergunta ecoava em sua mente, sem resposta. Mas uma coisa era clara: Rosé não merecia esse fim.

— Não... não pode ser... — murmurou para si mesma, como se a palavra repetida fosse capaz de desfazer a tragédia.

Lisa observou o braço de Rosé e percebeu que havia alguns cortes, parecidos com arranhões, o que a fez franzir o cenho e olhar mais de perto, tomando cuidado para não encostar no corpo da amiga.

— Isso não foi suicídio — sussurrou para si mesma. Alguém matou Rosé. E Lisa estava determinada a descobrir quem e por quê.

Sem mais hesitar, ela deu um passo atrás, olhando em volta, procurando pistas, procurando marcas de que alguém havia passado por ali. Mas tudo o que encontrou foram vestígios de sujeira que os moradores jogavam na areia.

Ela estava disposta a descobrir a verdade por trás da morte de sua amiga, e como promotora, ela investigaría tudo e todos que tinham contato com Park Roseanne.

Sentiram minha falta??? Mais uma fic pra vcs

Depois dessa, vem aí, máfia 2

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