SUSTO


Susto

Liza

Guardei o bilhete deixado pelo corvo na janela e passei o dia seguinte no orfanato com aquele perfume enjoativo impregnado nas narinas.

Já as indagações, vinham no ritmo dos meus batimentos enquanto eu cruzava os corredores para deixar a igreja e sair nas ruas ao lado de fora.

Qual é a verdade que andaram ocultando de mim?

Por que estou obcecada com a cor verde? Posso jurar, que as vezes em sonhos, vejo um par de olhos intensos me encarando no escuro.

Devo estar louca.

Tive uma surpresa ao olhar para os portões de ferro.

Ethan me esperava. Estava bonito, usava calça e camisa social e sustentava um largo sorriso no rosto.

Acabei sorrindo de volta, contagiada por seu entusiasmo.

Desci os degraus da frente e ele me ofereceu seu braço, aceitei hesitante. Não pude deixar de notar como ele cheirava bem. Ele me deu um beijo no rosto, muito próximo de minha boca. Senti uma ligeira tensão na espinha, mas uma tensão boa dessa vez.

- Então Ethan, a que se deve essa surpresa?

- O dia estava calmo hoje no escritório e pensei em lhe levar para jantar. O que acha? Espero que não tenha lhe aborrecido, você já tinha algum plano?

- Não, por mim tudo bem. Mas e Raquel?

- Ela ligou avisando que chegará tarde em casa, sairá com algumas amigas.

- Então, ok. Onde vamos?

- Pensei em irmos ao novo restaurante asiático na Fifth Avenue.

Raquel como sempre, arrumando saídas misteriosas com amigas estranhas, será que nem casando pararia com isso?

Espera um pouco, de onde veio isso?

Uma lembrança!

Quase pulei de alegria, Ethan percebeu.

- Tudo bem, Liza?

- Ótimo! Acabo de ter uma quase lembrança de Raquel, mas foi só um feixe de luz, já voltei pro escuro. Mas isso é bom não é? Estão se tornando mais frequentes.

- Isso é maravilhoso Liza! – respondeu Ethan animado, mas eu podia jurar que o vi franzir a testa.

O jantar foi divertido, Ethan se mostrou uma companhia agradável, além de muito charmoso. Ele me tocava sempre que podia durante o jantar, mas daquela vez foi diferente. Daquela vez, eu queria que ele me tocasse.

Voltamos a pé do restaurante e somente quando entramos no prédio, me dei conta que estávamos de braços dados.

Meu corpo inteiro formigava, o silêncio pairou sobre nós quando paramos para aguardar o elevador.

As portas se abriram e a tensão se aproximava de algo palpável.

O desejo inexplicável de tocá-lo ameaçava me consumir.

Um casal jovem entrou correndo logo atrás de nós e derrubou Ethan em cima de mim. Desequilibrei e caí no canto ao lado do espelho, com o corpo de Ethan colado no meu.

A mão quente na minha cintura fazendo minhas células pulsarem, e o rosto dele perigosamente próximo.

Meu ventre doeu da vontade que senti de beijá-lo naquele momento.

Definitivamente enlouqueci.

Chegamos ao nosso andar e praticamente corri para fora do elevador. Parei por um momento de frente para a parede do corredor, e respirei fundo. Não estava raciocinando direito.

Eu sabia que bastaria um olhar, e tudo estaria perdido.

Ethan parou atrás de mim, puxou meu cabelo para o lado e beijou a minha nuca. Os poros do meu braço se arrepiaram em resposta.

Ele me virou lentamente, e eu não tinha mais forças para resistir, o beijei como se nada mais importasse.

Ofeguei quando ele intensificou o beijo.

Ethan caminhou comigo pelo corredor com os lábios se movendo junto aos meus. Suas mãos acariciavam meu corpo.

Notei que ele me levava para o quarto e não impedi. Era tudo o que eu queria naquele momento.

Ele me deitou em sua cama, e me despiu lentamente.

Eu estava nua quando ele tirou as próprias roupas, e se deitou por cima de mim.

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UI! Final polêmico =O  E aí? O que acharam?

PRÓXIMO CAPÍTULO: PAZ - NARRADO PELO NATE

Sobre a surpresa dos marcadores, todos que me enviaram o email com o endereço dentro do prazo, receberão em breve! =)

Beijosssss e até sexta!


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