meus sonhos ultimamente foram sendo despedaçados de uma forma tão gradativa, minhas expectativas andam sendo quebradas por minhas paranoias, confusão e dores passadas voltam ao estado atual da minha insanidade. sinceramente as coisas andam se acumulando em uma grande bola de neve.

sinto meu sangue pulsar lentamente por todo o meu corpo, o cansaço e o sufoco decepando as minhas costelas, lágrimas escorrem de meus olhos quase imóveis e mortos, encosto em uma parede fria e começo a desabar, mas tenho que levantar e continuar andando rumo a um beco sem fim, enquanto sinto uma imensa dor em em peito. preso numa caixa e lacrado com pregos, meu coração foi triturado e misturado com ácido, tudo disfarçado por um mero glitter desgasto pelo tempo.

sinto uma imensa vontade de gritar contra o vazio, mas sei que ele não me escutará, pelo contrário, cortará o meu cérebro, derramando toda a minha alegria pelo ralo da dor, triturando e triturando, morrendo e morrendo, decapitando e gritando, nem sei mais o que acontecerá depois.

as noites têm se tornado cada vez mais nubladas e frias, malditos trovões que ressoam de minha queda lenta e dolorosa, minha pernas estão todas mutiladas por causa do vale de espinhos, caminhei por lá para me castigar, torturar e até mesmo tenta me matar, tentei lutar por mim mesmo, mas não está dando certo.

aquelas rosas vermelhas cheias de espinhos foram comidas por minha boca desesperada, ansiando pelo chamado da morte, eu tenho nojo de tudo em mim, da minha alma, o meu reflexo no espelho faz-me chorar silenciosamente, rastejando pelo chão molhado e banhado e minhas lágrimas, irei até acertar o ápice da minha própria dor, sou um mero miserável.

não quero mais sentir pena de mim mesmo, na moral não quero sentir mais nada, lamento por isso tudo, até pelo melhor amigo, perdão Changbin, mas está sendo muito difícil respirar em meio a esse caos, a culpa não é sua.

oh meu amado, não tenho palavras para expressar a minha dor, pois ela dói num nível absurdo, e isso parece até uma carta de suicídio, mas não se preocupe, não tenho coragem o suficiente para fazer isso. o frio do gelo da minha alma congela até os meus ossos frágeis e desgastados pela minha insanidade.

sangramentos nasais preencher as minhas longas noites banhadas pelas lágrimas de meus olhos, isto está se tornando muito cansativo a cada dia que passa, lentamente estou morrendo por dentro, as esperanças em meu corpo estão indo embora e eu não sei mais o que fazer, a repetição dessa rotina deprimente tem rasgado as veias que bombeiam o meu coração.

não é nada lindo sempre ficar sozinho com os seus próprios pesadelos lúcidos, não aguento mais ouvir as correntes que se arrastam por minha consciência.

é pedir demais que tudo isso pare de uma vez?

milhares de perguntas e nenhuma resposta, talvez tudo que me reste é a longa e praticamente eterna dor. e não importa se o sol chegue a aparecer na minha janela, porque sóis me deixam deprimido atualmente.