O Atentado
Capítulo 18 - O Atentado.
Jimin procurava Jungkook por todos os lados, o alfa parecia ter desaparecido e aquilo era preocupante. Se algo tivesse acontecido com ele nunca se perdoaria.
Havia se distraído enquanto dançava com Yoongi. O alfa lhe contava como havia se divertido naquela manhã ao conversar com a senhorita Della. A dama de companhia que parecia fazer questão de a cada segundo reforçar o quão encantador o príncipe era e o quanto o Infante era um homem de sorte.
Yoongi se divertia ao ouvir a menina falar, porque era claro que ela não sabia sobre a verdade de seu relacionamento e era adorável o quão fiel ela era ao príncipe. O Infante a achava encantadora de uma forma geral.
Jimin não sabia como se sentia sobre aquilo. Não gostava da ideia de estar mentindo para as duas servas de sua confiança, ainda mais quando Kirby era tão fiel. E ao ouvir o relato do Infante, achou que deveria contar a verdade para ela, já que os dois pareciam ter certa atração um pelo outro.
Mas assim que as danças acabaram, tentou procurar Jungkook para lhe convidar para uma valsa, mas o alfa não estava em lugar algum e aquilo preocupava o ômega.
— Ele está ali. — Yoongi apontou para o alto do mezanino e o coração do príncipe se acalmou por um segundo ao ver o alfa ao lado de seu pai. — Seu pai está bem? — Questionou ao ver a expressão séria do rei. De longe era difícil distinguir, mas pareciam estar tendo uma conversa complicada.
— Acho que estão falando sobre algo sério. — Jimin comentou aéreo. — Acha que ele descobriu?
— Sobre o que? Os atentados ou os seus atos libertinos. — Provocou tentando distrair o ômega que parecia aflito e percebeu que conseguiu ao sentir uma cotovelada do mais baixo.
— Fale baixo. — Reclamou. — E não tem nada de libertino no que estamos fazendo.
— Claro que não. — Negou rindo. — Quer mesmo que eu acredite que não passaram de beijos? — O alfa alfinetou, mas arregalou os olhos ao ver as bochechas coradas. — É sério? Vocês dividem uma cama todas as noites e ainda não...
— Estamos indo com calma. Jungkook preza muito minha pureza e quer esperar o casamento.
— Vocês não irão se casar. Por que esperar? — Questionou confuso.
— Ele é romântico e tradicional. Não estamos com pressa, teremos a vida toda. — Respondeu desviando o olhar.
— Você quer, mas ele não está pronto? — Tentou mais uma vez e o ômega o encarou em repreensão.
— Você é muito enxerido. Não aprendeu que não deve falar abertamente sobre certos assuntos?
— Aprendi que se algo não é discutido, morre na ignorância.
— Pra falar a verdade, essa é uma boa lição. — Admitiu pensando sobre o assunto e logo pensou que talvez, Yoongi fosse a pessoa certa para lhe ajudar naquele assunto.
Apesar de estarem cercado de pessoas. A música, o barulho alto de conversas paralelas e taças batendo, lhe davam certa privacidade, mesmo a luz de todos e Jimin abaixou o tom para dizer o que queira.
— Eu o vi. — Afirmou constrangido e ao notar a confusão clara do alfa, completou. — Durante a febre.
— Você o que? — Jimin o beliscou ao ouvir o alfa aumentar o tom de voz. — Como?
— Ele me disse que havia viajado para Thule, mas uma serva foi até o meu quarto e me contou onde ele estava de verdade. Eu achei que ele estava fugindo de mim, porque havíamos discutido e então eu vi ele. — Se interrompeu ao notar onde sua linha de raciocínio acabaria e ao notar seu lobo eufórico, tentou ao máximo conter seus feromônios em público. — E agora sempre que a gente se beija, eu lembro do que eu vi e... é difícil para mim.
— Imagino que seja mesmo. Deus, não consigo nem ao menos imaginar como está sendo. — Foi sincero, mas algo na história chamou sua atenção. — Porque a serva lhe contou isso?
— Como assim? — Perguntou sem entender.
— É, digo, qual era a intenção dela em lhe falar algo do tipo. — O alfa questionou pensativo. — Ela provavelmente sabia que ele estava em febre, então sabia que seria arriscado você ir até lá. Porque lhe contaria algo que lhe colocaria em risco?
— Eu não sei. Não pensei sobre isso. — Admitiu com a voz baixa. — Ela apenas disse onde ele estava e foi embora. Não falou nada a mais e também não pediu nada em troca.
O alfa encarou o ômega por alguns minutos e a ideia de que havia sido de propósito, que a serva queria que o ômega encontrasse o duque no cio, queria que algo acontecesse e que o ômega se metesse em um escândalo, arruinando o casamento e sua chance de subir ao trono, pareciam claras para ele, mas não queria ser inconsequente, precisava conversar com a serva, antes de tomar uma atitude.
— Alguém viu você lá nesse dia? — Perguntou tentando conseguir mais informações. — Alguém mais sabe que você esteve lá?
— Não. — Disse pensativo. — Eu usei uma das passagens secretas e sai de lá assim que ouvi alguém se aproximando.
— Você sabe quem era?
— Quem? A pessoa que também estava lá?
— Não. A serva, você sabe o nome dela?
— Não. Ela não me disse e é meio impossível conhecer todo mundo. Jungkook nunca deixou uma mesma pessoa cuidar de mim depois de um acidente com duas betas a alguns anos atrás. Antes da Senhora Wood eu não tinha contato fixo com nenhuma delas.
— A senhora Wood deve saber quem é. Acha que consegue fazer uma descrição?
— Acredito que sim. Ela era bem simples e comum, mas me lembro bem do cabelo curto e loiro e dos olhos verdes. — Afirmou tentando se lembrar de mais algum detalhe. — Porque quer saber sobre isso?
— Porque acho que essa mulher pode estar por trás de quem quer te pegar.
— Está falando sério? Porque se estiver, ela estava tentando me pegar muito antes do ataque a Burly.
— Talvez os atentados não estejam conectados como pensávamos. — O alfa respondeu se sentindo tonto com todas as informações. — Precisamos falar com o seu Duque. Contar para ele o que descobrimos.
— Vamos subir. — Sugeriu, mas o alfa negou.
— Acho que seu pai quer privacidade para falar com ele. — Afirmou segurando o ômega. — Depois do baile conversamos com ele. Apenas mais algumas poucas horas e então iremos atrás da Senhora Wood.
— Certo. — Concordou, mas logo se virou para o alfa novamente, parecendo constrangido e ansioso. — Será que poderíamos deixar a parte em que eu o vi durante sua febre fora da nossa descoberta?
— Esse é o ponto principal, Jimin. — O alfa apontou. — Ela te mandou para lá, para que você fosse pego.
— Ele sabe que alguém me contou, mas não sabe que eu o vi. Então podemos continuar com essa versão. — Sugeriu e assistiu Yoongi bufar.
— Irei manter mais esse segredo seu comigo.
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O tempo parecia se arrastar, ainda mais com a adrenalina que corria em seu sangue. O ômega se sentia elétrico e temeroso. Observava seu pai conversando com Jungkook e quando o alfa ameaçou descer, sentiu que seu coração poderia parar a qualquer segundo.
Teve que se controlar para não correr até o alfa, que caminhou a passos calmos demais em sua direção.
— Até que enfim. Pensei que passaria o resto da noite lá em cima. — Yoongi reclamou.
— O Rei tinha algo importante para me dizer. — Jungkook afirmou, omitindo toda a conversa difícil que haviam tido.
— Temos algo para te contar. — O Infante o interrompeu, sem se importar com o que o Rei poderia ter dito. — Temos uma suspeita. Na verdade, eu quase me arrisco a dizer que ela é a culpada.
— O que? Quem? — A pergunta saiu rápida, mas antes que Yoongi ou Jimin pudessem lhe contar, algo caiu em sua cabeça, um pequeno pedaço de vidro do enorme lustre do salão de dança. — O que? — Questionou baixo ao ver, que vários outros pedaços estavam caindo e que aos poucos as pessoas paravam para ver o que era.
— O lustre vai cair. — Alguém gritou e logo uma enorme confusão começou, com pessoas correndo e gritando histericamente, com medo de serem atingidas.
Em um movimento automático, Jungkook puxou Jimin para que pudessem correr na mesma direção e sair de perto da zona de perigo. Yoongi os seguia de perto e não demorou muito para ouvirem o barulho alto do vidro se estraçalhando contra o chão, a poucos metros de distância de onde estavam.
— O que acabou de acontecer? — Jimin questionou tremendo, apavorado com o que havia acabado de presenciar.
— Não vamos ficar aqui para descobrir. — Yoongi afirmou, ofegante e desnorteado. — Acho que pode ter sido mais uma tentativa. Temos que ir, seja quem for, está ficando mais ousado e desesperado.
— E pra onde nós iríamos? Não sabemos quem fez ou onde a pessoa está. — Jungkook disse alarmado, irritado por aquilo acontecer bem debaixo de seus olhos.
— Temos que ir para um lugar pequeno, com poucas entradas, algum lugar em que possamos controlar quem entra e quem sai. Para diminuir as chances de sermos pegos de surpresa.
— O Escritório do meu pai tem uma única entrada. — Jimin disse ao se lembrar do lugar. — Foi feito para ser um refúgio em casos de ataque.
— É perto?
— Perto o suficiente para conseguirmos ir no meio da confusão. — Jungkook respondeu, já andando em direção a saída enquanto puxava Jimin consigo, mas pararam ao ouvir um grito.
— Filho! — O Rei se aproximava, sendo seguido por seu conselheiro, que assim como Stewart, olhava preocupado para seu filho. — Vocês estão bem?
— Estamos. — Afirmou acalmando seu pai.
— Precisamos sair daqui, Majestade. — Yoongi avisou. — Teremos tempo para explicar tudo, mas precisamos ir até o seu escritório.
O rei concordou, mesmo sem saber o que estava acontecendo e logo todos se apressaram pelos corredores para chegar o quanto antes até a sala do monarca. Com a atenção redobrada, seguiram corredor por corredor, até finalmente chegarem em frente à enorme porta de madeira maciça, com desenhos talhados a mão.
Entraram às pressas na sala escura e Clarence Jones logo foi para perto da enorme mesa, procurar por duas lamparinas e o fogo. Assim que a pequena chama iluminou a todos, puderam enfim respirar aliviados.
— Onde os guardas estão? — Jimin questionou assustado. — Onde todos estavam?
— Eu não sei. Os meus tentaram me tirar do local, mas eu fiquei preocupado com vocês. — O Rei afirmou. — Imagino que estejam nos procurando, ou tentando descobrir o que aconteceu.
— Nem mesmo nós sabemos o que aconteceu. — Clarence se pronunciou, se aproximando de seu filho. Havia ficado com medo de que algo acontecesse ao seu menino. — Foi tudo tão rápido.
— Estão atentando contra a vida do Jimin. — Yoongi contou. — Já vem acontecendo há algum tempo. Estamos nos revezando para o manter seguro, mas mais e mais acidentes vem acontecendo.
— Porque não me contaram? — Stewart questionou alarmado.
— Eu pedi para que não contassem. Já tem preocupações demais e achamos que poderíamos dar conta. — Jimin resmungou segurando o choro, agora que havia se acalmado, sentia todo o estresse o levando para a beirada. — Sinto muito. — Pediu fungando, enquanto se aproximava para abraçar o pai.
— Está tudo bem. Vamos dar um jeito. — Afirmou. — Logo os guardas devem chegar e então poderemos resolver isso de alguma forma.
— Achamos que uma serva está por trás de tudo isso, mas ela não deve estar trabalhando sozinha. — O Infante contou, nervoso ao ver o quão abalado Jimin estava.
— Uma serva, quem? — O conselheiro real questionou para o filho, que negou já que ainda não sabia sobre aquilo.
— Uma moça me visitou na noite do meu baile de apresentação, ela me disse onde o Jungkook estava. — Jimin fungou, se afastando do abraço, se encolhendo em seu próprio corpo, se sentindo desamparado e com vergonha em contar aquilo.
— E qual o problema? — O Rei questionou sem entender.
— Vossa graça estava em seu período de febre. — O Infante explicou. — Jimin não sabia, mas ela queria o mandar para a ala em que o Duque estava para que o pegassem no flagra e arruinassem as chances de um casamento.
— Deus, que bom que você não foi atrás do Duque. — O Rei resmungou aliviado e Jimin apenas desviou o olhar, sem afirmar nada, aquilo passou despercebido aos olhos de seu pai, mas Jungkook não deixou aquilo passar. — Mas afinal quem é essa mulher?
— Não sabemos o nome, iríamos perguntar para a Senhora Wood no final do baile, quando tudo aconteceu. — Yoongi contou enquanto se apoiava na mesa, completamente exausto de toda a adrenalina em seu corpo.
— A porta está trancada, estamos seguros aqui. — Clarence afirmou, se sentando em uma das cadeiras.
— Será que todos estão bem? — Jimin perguntou com a voz baixa, em um tom assustado e preocupado.
Haviam muitas pessoas no baile, inocentes que nem ao menos sabiam sobre o risco que corriam. Todos foram pegos de surpresa e alguém poderia ter se machucado. Jimin não gostava daquela ideia, pensar que a cada dia mais, mais pessoas se machucavam por sua culpa, apenas o deixava ainda mais agoniado.
O ômega sabia que Jungkook estava ao seu lado, mas com a iluminação precária de duas lamparinas e um feixe de luz que entrava por debaixo da porta, ficava difícil de vê-lo com total clareza. Gostaria de abraçar o seu alfa e procurar por conforto, mas sabia que seu pai e Clarence não sabiam sobre a veracidade de sua relação.
— Tem algumas velas no armário perto da porta. Talvez seja melhor acender mais algumas. — O Rei disse pensativo. A luz fraca machucava seus olhos e dificultava a visão do ambiente. Não costumava ficar durante as noites naquela sala, mas sabia que em algum lugar por ali, havia outra lamparina.
— Eu vou pegar. — Jimin se pronunciou, mas parou ao sentir a mão de Jones o segurando.
— Eu vou, fique aqui. — Pediu, indo na direção indicada, mexeu em algumas gavetas e logo sentiu o que parecia ser algumas velas, mas antes que pudesse voltar para onde estava, uma sombra atrás de Yoongi se mexeu e o grito do ômega ficou preso em sua garganta ao ver uma lâmina contra o pescoço do Infante.
O Rei que estava afastado, logo viu o movimento suspeito e assim como todos se viraram para onde o Infante estava. Clarence levantou mais a lamparina, iluminando a face do alfa e junto dela a de um homem que vestia roupas escuras com um capuz pontudo, ameaçando Yoongi com uma faca.
— Solte ele. — Jungkook rosnou, sentindo seu sangue ferver ao ver o homem que provavelmente era o culpado de tudo aquilo.
A ideia de que durante todo aquele tempo em que estavam ali, o homem os vigiava pela escuridão era perturbadora, mas a única explicação. A porta estava fechada, não havia passagens secretas para aquele lugar e a única forma, seria ficar à espreita.
Jungkook se sentiu burro. O escritório era a primeira medida de segurança para esconder o Rei, era um esconderijo óbvio e previsível, fácil de calcular para alguém que provavelmente trabalhava no castelo. Deveria ter previsto e aconselhado outro lugar quando Jimin recomendou o refúgio.
— O príncipe vem comigo. — O homem resmungou em um tom perturbador fazendo com que todos ficassem em alerta. — Irão nos deixar sair daqui, ou então eu matarei esse pequeno bastardinho. — Blefou.
O ômega já sentia o medo percorrendo seu corpo, tremendo em puro pânico e terror. Ver Yoongi correndo perigo por sua causa era desesperador.
— Vamos, abra a porta, garoto. — Gritou para o ômega, apertando ainda mais Yoongi contra seu corpo. Jimin não hesitou em se movimentar, indo em direção a entrada para abrir passagem para o homem cruel.
O Rei e o conselheiro observavam a cena com total angústia, sem saber o que fazer. Sem os guardas estavam desprotegidos e desarmados. O homem ameaçava o Infante, que em um passo em falso poderia acabar morto. Estava exigindo que Jimin o seguisse e estar de mãos atadas era a pior das sensações.
— Ele não vai sozinho. — Jungkook garantiu.
— Não tente nenhuma gracinha. — O homem rosnou. — Matarei o bastardo sem pensar duas vezes.
— Por favor. — O ômega implorou para o homem, com medo de que não fosse apenas uma ameaça vazia. — Eu irei com o senhor, mas não faça nada.
O homem ordenou que fossem na frente e empurrando Yoongi com violência, saíram no corredor iluminado. Jimin não conseguia reconhecer o homem que parecia ter tanto rancor contra sua pessoa.
O homem parecia um beta, não era tão velho, mas estava maltratado com o tempo, talvez um servo, um guarda ou apenas um plebeu qualquer que havia enlouquecido, talvez um peão no meio de um jogo maior.
— O que quer com tudo isso? — Yoongi questionou para o homem.
Jimin chorava, segurando o braço de Jungkook, que o acompanhava em silêncio, tentando pensar em uma forma de os tirar daquela situação. Yoongi como um Lúpus deveria ser mais forte do que um beta, então talvez se o homem vacilasse, ele conseguiria se soltar. Precisava o distrair.
— Porque quer matar o príncipe? — O Duque perguntou.
— Eu não tenho a pretensão de matá-lo. Dina e Marta queriam. Eu tenho planos maiores para ele. — Afirmou caminhando a passos apressados e atentos pelos corredores. Sabia que os guardas deveriam estar atrás dos monarcas e aquilo dificultaria seu plano.
— Que plano um homem como você poderia ter com o príncipe? — Yoongi rosnou, tentando ganhar tempo e pensar em uma forma de se livrar do aperto do alfa.
— Um plano que me tornará o futuro Rei de Katar. — A voz perturbadora e alucinada disse com certeza e Jimin se arrepiou ao notar o tom sombrio com que o homem falava.
— Você está louco. — Yoongi afirmou. — Nunca será Rei.
— Serei se ele não tiver outra opção. — O homem riu, o empurrando com mais força. — Com o Rei morto, você preso e ele desonrado, iremos nos casar e eu irei herdar a coroa.
Jungkook sentiu o sangue ferver ao ouvir o plano e teve que se controlar para não se virar contra o homem armado e o atacar com suas próprias mãos. Se estivesse sozinho, faria sem pensar duas vezes, mas com Yoongi em perigo, as coisas mudaram de perspectiva.
— Como pretende fazer isso? O Rei ficou para trás. — O Infante se manteve falando, decidido a tentar criar uma distração. — Os guardas irão encontra-lo e virão atrás de você.
— Dina e Marta irão cuidar do Rei. — Afirmou. — Nada que um chá calmante de ervas não resolva.
— Seu plano tem falhas e é ridículo. Não deveria ter nos trazido junto se pretendia atacar Jimin. Não iremos deixar que chegue perto dele. — Afirmou.
— Entrem na porta a direita. — O homem mandou e ao receber certa resistência, voltou a ameaçar. — Ou então irei degolar esse maldito falador.
Jungkook abriu a porta, olhando ao redor da sala para ter certeza de que não havia mais ninguém ali. O cômodo era bem iluminado, com algumas poltronas, uma lareira e duas estantes de livros. Não conhecia o lugar, mas não era tão longe do escritório onde estavam.
Assim que a porta se fechou com todos dentro, o beta voltou a encarar os dois homens que estavam soltos e logo sorriu de canto.
— Meu plano dependia de trazê-los junto. — Contou e Jimin se sentiu enojado com a forma como o homem parecia satisfeito com aquilo. — Eu precisava de provas, testemunhas e um refém. Alguém com quem o príncipe se importasse o suficiente para não querer ver morto. — O estômago de Jimin se revirou. — Porque se ele não for bonzinho e fizer tudo o que eu mandar. Irei matar seu precioso noivo.
— Nunca iremos confirmar tal barbaridade. — Jungkook rosnou com ódio e desprezo.
— Eu vou com você. — Jimin se manifestou tremendo, atraindo a atenção de todos. — Faço o que quiser se soltar os dois. — Garantiu e Jungkook iria rebater, perguntar se Jimin havia perdido o juízo, mas o olhar do ômega lhe garantia que havia um plano.
— Você vai? — O homem disse confuso.
— Vou. Irei de bom grado se deixar meu noivo e o conselheiro irem. — O ômega deu um passo à frente. — O senhor está certo. Eu os amo demais para deixar que morram por mim.
— Eu não sou idiota, menino. Se os deixar sair, eles irão voltar e me matar. Os guardas aparecerão e eu não terei provas.
— A porta tem tranca e quando os guardas conseguirem abrir, eles terão toda a prova que precisarem. — Garantiu se sentindo nauseado. — Eu mesmo irei testemunhar.
— Jimin. Isso é ridículo... — Yoongi se meteu, não acreditando no que o ômega estava fazendo. Não sabia o que se passava na mente de Jimin, mas seja o que fosse, ele não poderia estar falando sério. — Não pode estar falando sério.
— Estou. Tem a minha palavra. — O homem então pensou por um tempo. Seria realmente mais fácil se aqueles dois não estivessem ali. Eles atrairiam a atenção e então teria muitas outras testemunhas, testemunhas que não iriam omitir o que viram.
— Certo. Se afaste da porta para que eu os mande embora. — Ordenou e tremendo, Jimin se virou de costas indo para perto da estante de livros, fugindo dos olhos atentos do bárbaro. — Você, saia. — Mandou e Jungkook encarou Yoongi, como se pedisse por ajuda, uma ideia que fosse para conseguir salvar Jimin daquele destino cruel, mas o Infante estava tão desesperado quanto o Duque. — Vamos, agora.
Contra vontade, Jungkook foi a passos lentos, implorando para que alguém chegasse, para que os guardas chegassem, mas assim que a porta foi aberta, perdeu as esperanças ao ver o corredor vazio. O beta impulsionou Yoongi contra as costas de Jungkook, empurrando os dois para fora.
Assim que a porta se fechou atrás dos dois alfas. O desespero tomou conta e Jungkook não acreditava no que estava acontecendo. Havia prometido cuidar de Jimin, mas agora se via completamente de mãos atadas.
— O que vamos fazer? — O Duque questionou.
— Ele tem um plano. — Yoongi afirmou. — Ele não faria isso se não tivesse.
— Mesmo que o plano dele seja bom. Não tem garantia de que dará certo e agora ele está sozinho com um homem armado. — E como uma luz em sua mente, Yoongi encarou Jungkook, sentindo um breve alívio, que não chegava nos olhos.
— Ele não é o único armado na sala.
| O SEGREDO DO PRÍNCIPE |
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