17
Eu cheguei em casa e deitei na cama, olhando para o teto. Meu coração parecia que iria sair do meu corpo. Eu fechei meus olhos imaginando a cena do Vinicius se aproximando de mim.
- O que está acontecendo comigo? - respirei fundo - Controle-se coração. Ele mesmo disse: "Nicole, eu nunca gostei de você. Eu te odeio. Eu nunca sentiria nada por você." - imitei a voz dele
Me levantei e fui ao banheiro para tomar um banho.
****
As finais dos jogos chegaram. A torcida parecia bem maior do que na semana anterior. Eu vejo Leonardo olhando com os outros olhos para loira da mechas, talvez mais intenso do que a primeira vez que eu ouvi eu te amo dele.
Eu me aproximei dele.
- Tem alguém apaixonado?
- O que?! Do que está falando?
- Você olhando para amiga do Vinicius. Como é o nome dela mesmo?
- Letícia. Mas eu não gosto dela dessa maneira.
- Seus olhos dizem outra coisa. - digo sorrindo maliciosamente - Está gostando dela. - apontei pra cara dele
Ele abaixou meu dedo.
- Por que não vai falar com suas amigas?
- Já entendi. - estendo as mãos em sinal de redenção - Eu já vou indo.
- Tchau.
- Apaixonado! - gritei e saio correndo
****
Parece que sempre nas olimpíadas aumentam mais que normal. Os alunos adoram se divertir dentro da escola e isso é tão ilógico. Não creio que não encontrei as meninas, eu sei que não obrigação delas mas meus pensamentos sempre me dizem que estou sozinha e isso me deixa ter menos vontade de sair de casa.
- Droga. - digo ao sentir alguém pisa no meu pé
Será que as pessoas não olham por onde anda? Minha garganta estava seca porque eu tinha torcido, os gritos de guerra sempre são divertidos de cantar. É meu ponto fraco. Eu fui ao bebedouro e bebi água até sentir um alivio na minha garganta.
Assim que me virei, eu me assustei. O corpo do Vinicius estava muito colado ao meu.
- Que você está fazendo aqui? – perguntei em voz baixa
- Eu preciso muito falar pra você que sinto muito. – ele segurou a minha mão
- Vinícius, você não deveria estar aqui. – digo preocupada
Eu olhei para todos os lados. Ninguém deveria me ver sozinha com ele, foi um alivio quando me disse que não tinha interesse em mim. Não quero que ele se envolva mais ainda.
- Nicole, eu vim aqui para mostrar o quanto aquela brincadeira foi idiota. – ele coloca a minha mão próxima no peitoral dele
Vejo um vulto passando.
- Droga. – eu puxo a mão de volta e saio correndo
- Nicole volta aqui. – ele gritou
Mas eu continuei correndo.
Estar naquela escola e naquele momento que estava vivendo me deixava insegura com qualquer coisa. Sim, eu admito que não estou bem. Mas, não quero que as pessoas se envolvam completamente em minha vida.
Sentei no chão e encostei a cabeça na parede.
- Me odeie que é melhor do que viver a minha vida. - respiro fundo
****
Eu cheguei em casa e minha tia estava almoçando na cozinha enquanto minha mãe dormia na sala. Preparo meu prato e sento com minha tia.
- Ela teve alguma recaída hoje? - perguntei
- No almoço, não foi tão grave. - ela olha pra sala lembrando do momento - Hoje ela está bem melhor do que as outras vezes que eu vim.
- Ela, as vezes, acha que está gravida. - comento - Isso me preocupa. - eu encaro a comida - Eu não sei o que fazer quando isso acontece.
- Eu estou pensando em aproveitar o feriado e levar para chacará da família. O que você acha?
- Estou precisando e ela também. - sorriu triste
- Ótimo. - ela sorriu - Assim que terminar o almoço, arrume suas coisas e da sua mãe que iremos logo hoje.
- Mas já vamos depois do almoço? Tão rápido assim...
- Temos que aproveitar cada momento do feriado e ele começa hoje. - ela estava bem empolgada - Assim que sua mãe acordar, temos que estar prontos.
Eu dou risadas da empolgação dela.
- Ok. - digo - Você é quem manda.
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