CAPÍTULO 10: Rumo a Fortaleza Elfica


  PARTE 1

  O dia finalmente amanheceu belo. O sol, não tão quente. Poucas nuvens naquele céu que estava muito azulado. 

  Tōnpo foi o último a acordar. Quando se levantou, viu Gormaor sentado próximo a janela. 

  — Falei que era gostoso mas acabou sendo um desconforto. Pensei que fossem nos dar uma cama melhor.

  Gormaor retrucou. — Não é porque ela é maior que as outras que ela seria boa.

  As camas da residência do Rei eram maiores que as normais. Embora os Anões tenham pouco mais de 1,30 de altura, o Rei gostava que suas camas fossem maiores, para que ele pudesse esbanjar seu corpo nelas.

  — Onde está ele? - — Saiu mais cedo. - Conversavam sobre Elthenkai.

  O mago entraria pela porta em alguns segundos. Bem alto, ele se esqueceu disso. Bateu com a cabeça na divisão da porta. Colocou seu chapéu num pequeno móvel a sua esquerda.

  — Parece que hoje é o funeral do Rei. — E nós iremos? Retorquiu Tōnpo.

  Elthenkai balançou a cabeça positivamente.

  Minutos depois, Nätaf entrou pela porta. — Perdão pela minha falta de bom senso ontem! Trouxe o café da manhã. Espero que tenham dormido bem. Ficarão para o funeral?

  Elthenkai confirmou presença e disse que iriam embora logo depois.

  Pelas janelas do pequeno quarto, era possível ver os Anões caminhando com flores. Eles estavam preparando o local para a despedida.

  Horas depois, seguiram para o funeral do Rei. Uma despedida. Num pequeno gramado que ficava atrás da residência central. Chegava a ser extenso mas nem tanto, algumas árvores pequenas ao lado. Ao centro, o corpo do Rei tampado por um véu em cima de uma tábua prateada. Flores ao lado e algumas velas espalhadas. O clima era de luto total e muita comoção. Gimnáin era um herói para todos na Vila. Um exemplo de líder e guerreiro.

  O funeral duraria cerca de meia hora e o céu se fechava. Por sorte, não era tão tarde. As pessoas iam se retirando aos poucos do local. Elthenkai e seus dois companheiros deram as costas e seguiram bem emocionados. O mago segurava seu chapéu. Ao saírem, foram recebidos por dois Anões que estavam da casa do Rei.

  — Aos senhores, uma lembrança de nossa Vila. - Disse o mais baixo.

  O pequeno entregou uma espada ao Animago e uma outra ao Arquimago. A Elthenkai, foram entregue duas espécies de garrafa com um líquido azul no interior. — O que é isto?

  — É uma poção que regenera alguns ferimentos, senhor. O Rei guardava dezoito dessas. Use com cuidado. É um presente.

  Tōnpo colocou sua espada nova na cintura, sob um pequeno tecido que ficava em volta. Gormaor encaixou-a em suas costas e Elthenkai guardou o recipiente em sua sacola marrom.

  Eles três seguiram para a porta da frente para irem embora. Nätaf os receberiam na entrada. — Tenham uma boa cavalgada, senhores. Ah! E espero que tenham gostado dos presentes, as espadas forjadas por nós. - Elthenkai sorriu à ela.

  Náingril e Drilgim estavam atrás e Nätaf se lembrou de outra coisa. — Ora, quase me esqueço. Usem isto, nós mesmos fizemos. - Ela entregou duas espécies de capa longa na cor branca para Gormaor e Tōnpo. Era apenas uma veste que ficava amarrada ao pescoço e decaia pelas costas como uma simples capa.

  — Perdão, mago. Não fizemos por não saber suas medidas. Você é muito grande! - brincou.

  Quando estavam prestes a sair, Argdáin veio montado em seu Javali Gigante. — Me esperem! Estão se esquecendo do mais forte! - Gritava aos montes o filho do Rei.

  Elthenkai e os dois estavam em seus cavalos e viraram de repente.  Sua mãe, Nätaf ficou perplexa. Argdáin olhou para seus dois irmãos e sua mãe e afirmou com todas as letras. — Não se preocupem. Vou vingar o papai e trazer paz a nossa Vila.

  Nätaf se debulhou em lágrimas ao ver seu filho partindo. Os dois irmãos, cuidaram da mãe aos prantos.

  Elthenkai, Gormaor, Tōnpo e Argdáin se retiraram sob suas montarias. O time estava quase completo. — Estão indo aos Elfos, não é!? Pois saibam que nós Anões não nos damos bem com aquelas criaturas pálidas! - Os Anões gritavam muito e eram pouco educados, embora de puro coração.

  — Não vejo porque não ter um Elfo conosco. Será um grande atrativo termos um arqueiro, senhor anão. — Não me chame de Anão, seu tolo! Prossiga!

  — Nós estamos indo direto ao ponto onde Fal estará. Devemos ficar atento a qualquer embate ou encontro inesperado. - Analisou Gormaor.

  Eles caminharam bastante, o sol estava bem tranquilo naquele momento, porém, não chegariam tão rapidamente.

  — Nós daremos a volta e entraremos pela Floresta Viva. É mais fácil e prático. Seremos bem recebidos, tenho certeza. — gritou Elthenkai. — De fato, é o caminho a se fazer. - Complementou Tōnpo. 

  Os quatro seguiram renovados. Roupas lavadas, armas bem cuidadas e novas. Era um novo recomeço.

  PARTE 2:

  Elthenkai e seu grupo seguiram. Passaram-se cerca de dois dias e meio desde os acontecidos na Vila. Fal estava com o Martelo em mãos e a metade dos seus Orcs vivos. Gazel viria logo atrás.

  Nesses dois dias e meio, Fal e seu grupo perambulou pelas florestas e tentaram se recuperar das perdas na batalha anterior. O objetivo agora era outro: A Pedra.

  — Já descansamos muito! Eu quero cortar a cabeça daqueles esquisitos logo! - gritava um dos Orcs

  O restante da trupe seguia aos berros as mesmas palavras. 

  — Calem-se. Perdemos metade do grupo. Não há ninguém de aço por aqui. - Fal demonstrava mais preocupação do que o que sua fisionomia mostrava. — Quanto tempo até chegarmos lá? - Perguntou

  — Se sairmos daqui neste instante, lhe garanto que chegamos lá em menos de três horas. - Foi respondido. — Então vamos esperar mais um pouco. 

  O próprio Fal tratou de suas feridas. Enfaixou sua testa, por exemplo. Os Orcs mantiveram sua sede de destruição a todo vapor e Gazel tratava tudo como um mero jogo. No fundo, o Elfo Negro pensava consigo mesmo sobre o fato de poder encontrar seus "velhos amigos" por lá. 

  Eles descansariam por mais algumas horas e enfim partiriam para o habitat dos Elfos em busca da terceira peça.

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