Vitória
Kei abriu a porta e ao ver o homenzarrão parado ali de braços cruzados sentiu que aquela cena seria recorrente.
— Quem é você? — Enji perguntou com um vinco entre as sobrancelhas.
— Eu sou Keigo — respondeu bem-humorado —, mas pode me chamar de Kei.
— O que você quer?
— Eu que pergunto — rebateu —, é você que tá parado na porta da minha casa. — Então pontuou, seus olhos dourados quase devorando o homem: — O que você quer, Sr. Todoroki?
— Não há nada sobre você.
— E nem precisa haver.
Enji não quis entender a mensagem por trás das palavras aveludadas do garoto.
— Eu posso acabar com você. — avisou.
— Será? — Kei sorriu languidamente. — Acho que vai ter que me provar isso, Sr. Todoroki.
— O que você quer? — Enji insistiu irritado com todos aqueles "senhores" saindo com falsa subserviência da boca de Kei.
— É difícil dizer todas as coisas que quero. — Enji mal percebia que já havia entrado na sala do apartamento. — Quer mesmo escutar? — Kei trancou a porta.
— Quanto? — Enji perguntou dando um passo na direção do garoto encostado contra a saída.
— Vai ser bem caro. — Ele sorriu daquele jeito boêmio de quem não se importa com mais nada além e está disposto a tudo. Enji viu, mas não sabia que era assim mesmo que Kei estava, pois agora era a sua grande jogada. — Bem caro.
— Quanto? — Enji se aproximou mais, estavam a centímetros longe um do outro, sua sombra cobria Kei por inteiro, porém os olhos dourados do garoto não hesitaram em nenhum segundo continuando perfurando e capturando sua alma como as garras de um gavião sobre a presa. Enji era uma sardinha pega pela boca por um anzol grande mais.
Todo esse poder o irritou.
— Quanto? — Enji espalmou a mão sobre a porta logo ao lado do rosto de Kei que nem piscou, aliás seus olhos ficaram mais vívidos. Não deixaria o garoto lhe envolver nesses joguinhos de sedução, não sairia dali sem o valor exato do silêncio do moleque. — Quanto?
Kei apertou com os dedos no seu braço apoiado e em seguida se aproximou do pulso de Enji enquanto fechou os olhos de prazer para roçar a bochecha macia pegando o homem de supetão, o que o fez segurar com a mão livre o rosto de Kei para afastá-lo.
— O quê? — Enji exclamou consternado, as orelhas vermelhas por essa sensação que não sabia descrever.
Os olhos de Kei se abriram entre os espaços dos grossos dedos. Lhe atingiram como lanças. Kei não estava amedrontado, pelo contrário, foi aí que sua ousadia e verdadeira natureza se mostraram. Devagar ele beijou e lambeu a palma de Enji que sem saber o que fazer continuou parado ao léu pelos movimentos do garoto que com ambas pegou seu pulso e continuou a percorrer com a língua e os lábios a palma até chegar entre as junções dos dedos até os dedos em si. Kei sem desviar o olhar lambeu e chupou o médio e indicador de Enji até a base.
Enji desconhecia o que fazer, ficou parado observando enquanto sentia o próprio rosto esquentar e a calça ficar apertada numa certa região. Kei pegou sua outra mão e fez a mesma coisa, porém Enji mal sentiu, apenas viu o garoto chupar sua aliança fora e exibi-la entre os dentes perfeitos. Kei sorria extasiado, o ouro preso entre os dentes mal se comparava com o dos olhos.
— Devolva. — Enji não teve certeza se chegou a dizer isso mesmo ou se realmente disse qualquer coisa.
Kei levou as mãos molhadas do homem para baixo da blusa branca que usava enquanto se aproximou do rosto dele e retornou a aliança com a língua para Enji. As mãos do homem não saíram debaixo da roupa de Kei, ao contrário, afundaram ainda mais na carne do garoto. Seus enormes dedos apertaram toda a pele, uma mão subiu e outra desceu, uma dentro da calça moletom e outra envolvendo o pescoço. Apertava-o onde mais doía, mas Kei não sentia dor, apenas prazer de olhos fechados.
Enji abriu a boca do garoto entre um gemido e devolveu a aliança para a língua molhada e rosada com a própria.
— Coloque no lugar. — ordenou. E sem reclamações Kei o fez sem demora, então aquela boca servia mesmo para outras coisas além de tagarelar indefinidamente. — Bom garoto. — elogiou.
Kei concordou com um aceno. Enji ergueu o queixo de Kei deixando o pescoço exposto, as marcas que Yagi deixou ainda ali, Enji começou a substituir com as próprias, a mão correu com brutalidade para as nádegas do outro que não usava cueca. Isso já dizia muito sobre ele.
— Acha que eu não sei que você anda se comendo com Yagi? — Enji sussurrou entre as mordidas. — Sua putinha.
Kei gargalhou arranhando as costas de Enji:
— Não vai me perguntar por quê?
— Você é um doente. — Enji continuava a morder sem dó o pescoço. — Esse é o motivo.
Kei riu, segurou o rosto de Enji e diria algo se esse não tivesse o beijado quase esmagando-o contra a porta.
— Quieto. — o homem disse logo após o beijo. — Só fala quando eu mandar. — ordenou.
— Sim, senhor. — Era muito desobediente.
Enji jamais imaginou que transaria no chão da entrada de um apartamento com outro homem mais de vinte anos mais novo. Os toques entre os dois, seus joelhos contra a madeira do chão toda vez que empurrava, as costas e cintura de Kei, ele tentando sair quando Enji se colocava de uma só vez sem avisar quase incapaz de suportar tudo e logo depois sedendo a cada carícia. Depois rolaram para o tapete e lá ficaram até adormecerem, pelo menos foi o que Enji pensou. Kei ficou a noite toda admirando seu prêmio.
Gente! Agradeço muito quem tá acompanhando a história! Os comentários aquecem meu coração e acho os comentários muito divertidos!
Hoje teria um especial de Dia dos Namorados, mas não deu para postar hoje, então vai ser amanhã.
Bjinhus!
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