Retorno

Enji estava em uma guerra com meninas adolescentes. Elas monopolizavam Kei até fecharem a loja e não davam espaço para Enji chegar perto.

A sensação de sair do trabalho direto para o lugar em que Kei estava ainda era incomum, porém nada que não pudesse se acostumar. O que não se acostumava era com as colegiais sempre lá cercando Kei. Às vezes era o mesmo grupo de antes e às vezes eram outras.

Elas não gostavam de Enji e deixavam muito claro ao lhe olharem ameaçadoramente. Enji as encarava de volta e elas duplicavam a aposta. Várias vezes veias se pulsaram em sua testa. Essas meninas não tinham que estar estudando?! Fazendo qualquer outra coisa, não?! Vez ou outra aparecia algum moleque no grupo delas e esse também ficava encantado com Kei. Enji chegava no fim do expediente e Kei sempre ia cumprimentá-lo com um sorriso, as meninas às suas costas só faltavam lhe perfurar com os olhos.

Enji pensou seriamente em ligar para as escolas dessas crianças.

Assim que a loja fechava, Enji levava Kei para jantar e voltavam ao depósito. Enji já havia se acostumado com a cama barulhenta e todas aquelas caixas os cercando.

Acariciou o rosto do seu passarinho que tremeu feliz. Virou um hábito seu passar o polegar sobre a cicatriz na bochecha dele que descia até as costas.

— Estou passando um remédio. — Kei falou pondo a mão sobre a sua e fechando os olhos. — Daqui um tempo vai sumir. — Kei tinha razão, a cada dia a cicatriz extinguia mais.

Enji reparou na mancha que corria por uma parte das costas de Kei quando reataram, mas não quis estragar o momento perguntando sobre na hora e apesar de saber que não, tinha medo de Kei se sentir rejeitado.

— Mas eu não estou mais descolado com ela? As meninas falaram que sim.

Enji expirou irritado.

— Elas dizem que eu pareço um astro de ação.

— Não brinque com isso. — Repreendeu ainda deslizando o dedo sobre a cicatriz.

— Nem mais másculo?

Enji rolou para cima de Kei, abriu suas coxas com força e disse:

— Vou te mostrar um coisa bem máscula.

Kei sorriu embaixo de si até que a "coisa máscula" que Enji lhe mostrou lhe arrancou um gemido.

Hoje foi outro dia de batalha contra as colegiais, quando Kei terminou de checar as vendas com Tsunagu e fecharam a loja. Enji o levou para um restaurante meia-boca do outro lado da cidade que Kei adorava.

— É a primeira vez que vejo você dirigir, meu rei. — Kei falou encantado quando Enji entrou no carro.

Enji deu a partida e estava pronto para encaixar a marcha quando Kei foi para cima de si no banco do motorista.

— Não dá pra ver nada do lado de fora do carro, não é? — Apoiou os braços nos ombros de Enji e os joelhos nos lados do banco.

— Keigo, não. — Enji repreendeu.

— Hmmm? — Os lábios dele já subiam pelo seu pescoço.

— Não. — Insistiu fazendo o possível para não tocar nele, pois assim que colocasse suas mãos seria difícil tirar.

— Por favor. — Kei sussurrou ao seu ouvido. — Eu sou tão bonzinho, não mereço uma recompensa? — ronronou.

Enji bateu na bunda com as duas mãos, sabia que estava perdido.

As mãos de Kei deslizaram para dentro da sua blusa apertando os músculos.

— Isso é um fetiche... — Enji murmurou enquanto Kei esfregava seu peito.

— Claro que não, estou sentindo seu coração através das suas tetinhas.

Enji repreendeu o garoto com um aperto na bunda:

— Putinha.

Ele riu no seu pescoço, Enji gostava quando a respiração dele falhava na sua pele ao fazer isso. Kei ergueu o rosto e alinhou ao seu, estavam com as testas juntas e os olhos de Kei brilhavam mais que as luzes do postes lá fora:

— Te amo. — Kei falou.

Enji lhe beijou até que o passarinho perdesse ar e suas bochechas corassem. Kei quis se afastar, mas Enji não deixou se inclinando mais para ele.

Finalmente Kei conseguiu se afastar, apesar de não querer. Sentia a ereção de Enji embaixo de si e em um movimento abaixou a calça até os tornozelos. Enji reclinou o banco para trás e assim que o fez tirou os sapatos de Kei.

Kei achou a carteira e pegou o pacote de lubrificante.

— Você planejou tudo isso. — Enji afirmou.

Ele abriu o pacote de lubrificante com os dentes e disse ao dar de ombros enquanto levava o líquido para o meio das pernas:

— Nunca se sabe.

Enji de bom-humor segurou os quadris do garoto. Esse, com a mão limpa, desafivelou o cinto de Enji e abriu a calça. O volume da cueca era aparente, Kei afagou o pau sob o pano e suspirou fascinado.

— Você já viu várias vezes. — Enji falou.

Kei continuava apalpando com o mesmo fascínio:

— Ele é como suas tetinhas, toda vez é como a primeira. — Assim que terminou de falar puxou a cueca e o pau de Enji pulou para fora por completo. Kei sorriu. O moleque era viciado em pau.

O loiro espalhou o resto do lubrificante sobre toda a extensão do pau e então se posicionou para recebê-lo. Quando Kei colocou toda a glânde, Enji empurrou tudo de repente. O garoto quase gritou.

— Não era você que disse "Não, Keigo"? — Kei perguntou.

— Cavalga. — Enji ordenou.

Seu passarinho sorriu e obediente fez o que lhe foi mandado. As pernas de Kei estavam apoiadas no pouco espaço dos lados do banco de Enji e de cócoras subia e descia por toda a extensão enquanto as mãos se apoiavam no tronco do homem.

Enji não conseguia ver seu pau entrando e saindo de Kei pois a calça presa nos tornozelos dele não deixava. Agarrou um dos tornozelos dele e o levantou do banco, Kei quase desequilibrou, a mão de Enji fechava por completo no tornozelo dele e ainda sobrava muito espaço, tirou a calça dessa perna dele, soltou o tornozelo e tirou a calça do outro também. Bem melhor assim.

Agora podia ver Kei por completo.

O carro não parava de balançar e se não fosse pelo ar condicionado os vidros estariam embaçados. Ninguém poderia ver o que eles faziam do lado de fora do carro, mas só por como o carro mexia qualquer um podia adivinhar. Enji queria dizer que estava preocupado com alguém vir, mas seria mentira. Quando Kei sentava em si essa era a única coisa que conseguia pensar.

Enji agarrou o pau dele e começou a masturbá-lo enquanto Kei sentava. Os lábios de Kei estavam entreabertos e o rosto em concentração mesmo gemendo e lagrimando.

Ele já estava perto de gozar assim como Enji que apertou mais o toque. Kei se encolheu e seu interior pressionou mais Enji. Ambos gozaram. Para não sujar a blusa, Enji fez com que Kei gozasse na sua mão.

Seu passarinho arfava ainda encaixado em si, Enji ofereceu a mão branca para que ele a limpasse. Kei lambeu até a última gota.

Enji não tinha nos bolsos algum lenço de tecido, não era o tipo de pessoa que andava com eles por aí. Esticou a mão para o porta-luvas e pegou a caixa com lenços de papel. Tirou alguns para limpar a si e a Kei.

O garoto se desencaixou com cuidado e limpou o líquido branco que queria escorrer pelas nádegas. Assim que terminou, voltou para o banco do passageiro.

— Feliz? — Enji perguntou tirando o lubrificante do pau.

— Sim! — Kei sorriu e de supetão estalou um beijo na sua bochecha. — Queria mais, mas sei que você já quer ir embora porque estamos em um estacionamento e tudo mais.

— Ótimo. — Enji abotoou a calça e afivelou o cinto.

Kei ainda se contorcia no banco do passageiro para vestir as calças. Apoiou os ombros e a cabeça no banco e as pernas no chão do carro para poder puxar as calças para cima, ergueu a barriga curvando as costas para ajudar. As calças subiram para os quadris delineados, mas não o suficiente, mexeu-os devegar de um lado para outro e as calças subiram por completo. Esse moleque vai ser a minha perdição, Enji pensou enquanto Kei subia o zíper e abotoava a braguilha.

Enji dirigiu até a entrada da loja, Kei avançou para lhe beijar assim que o carro parou. Ele estava exultante. Beijou-o de volta na mesma intensidade, todos esses dias Kei estava sendo por Enji e a recíproca era igual. Ainda mais que Enji não gostava de Kei dormindo em um depósito mesmo que Tsunagu tenha oferecido um quarto na própria casa para Kei.

Ele voltar para o próprio apartamento seria uma boa alternativa se não tivessem entrado e destruído tudo, Enji poderia resolver o problema da mobília, mas sempre ficaria preocupado com Kei ali também. Todos da gangue estavam presos, mas e se algum amigo deles fosse lá resolver as contas com Kei? Talvez essa fosse a preocupação real do seu passarinho.

Ele também não foi para a casa que deu para a mãe porque repórteres e curiosos viviam cercando e Kei disse que pretendia alugar o local.

Enji parou de beijar o garoto que estava ofegante e se inclinou para mais.

— Kei — Enji limpou a garganta —, você quer ir a minha casa?

— Hã? — O garoto acordou do desejo.

— Você quer ir a minha casa? — repetiu.

Kei ficou reticente e se preparava para dizer algo quando Enji interrompeu:

— Não precisa ir se não quiser.

— É que da última vez que fui, não deu muito certo...

— Tudo bem.

Kei sorriu e deu outro beijo em sua bochecha. Ele desceu do carro e então parou e perguntou antes de fechar a porta:

— Você não vai subir comigo?

Enji ficou contente com a proposta e acompanhou Kei como fazia todas as noites.

Assim que entraram no depósito, Kei abraçou Enji por trás e disse no centro das suas costas:

— Eu amo você. Muito. Não quero que me deixe.

Enji virou para o garoto e falou:

— Não vou deixar você. — Abraçoou.

— Já falou isso outras vezes. — Kei reclamou com a cara enfiada no seu peito.

Enji suspirou porque Kei tinha razão, não sabia o que falar além de:

— Me desculpe.

— Hmmm. — Ele enfiou mais o rosto no peito de Enji. — Você é cruel, meu rei.

— Desculpe.

— Fiquei abalado, mas que bom que você voltou.

Enji passou as mãos nos cabelos dele:

— Jamais ia deixar o cretino do Fujiwara levar meu passarinho.

— Seu é? — Kei ergueu o rosto apoiando o queixo no seu tronco.

— E de quem mais seria? — Enji acariciou a bochecha dele, o polegar passou pela cicatriz e depois desceu junto com o indicador para segurar e erguer o rosto dele.

— De mais ninguém. — Kei sorriu contente.

— Isso. — Enji concordou e se inclinou para seu passarinho. — E de mais ninguém. — repetiu.

Kei lhe recebeu com a boca aberta, Enji o ergueu pela bunda e as pernas dele envolveram sua cintura. Levou-o para cama e lhe tirou as roupas. Quantas vezes já ficaram pelados nessa cama vagabunda? Quantas vezes já enrabou Kei enquanto ele segurava os cantos do colchão e chorava? Quantas vezes Kei já disse que lhe amava naquelas molas?

— Você ainda está macio. — Enji disse após enfiar o dedo em Kei e sentir o calor dele lhe apertando.

— Não deixe seu passarinho esperando, meu rei.

Enji tirou a roupa, jogou os sapatos para longe e deitou o corpo nu sobre o de Kei que lhe aguardava com as pernas abertas. Empurrou para dentro e ele gemeu.

As pernas de Kei voltaram a envolver sua cintura enquanto os braços envolviam suas costas e as unhas curtas traçavam seus músculos. Seus quadris batiam contra Kei que gemia mais e mais com os impulsos.

O lubrificante que sobrou dentro de Kei deslizava sobre o pau de Enji e fazia com que ele se prendesse mais pela excitação. Não era nada comparado quando comeu Kei só na base da saliva, mas o garoto estava prendendo-o e gostando mesmo assim.

— Me beija, meu rei. Me beija por favor... — Adorava quando ele implorava.

Segurou o rosto dele com afinco e cravou os lábios nos deles. As bocas já estavam inchadas e as línguas uma bagunça úmida quando pararam. Enji arremeteu as últimas vezes e sentiu o jato expelir deixando o corpo todo em êxtase. Kei reforçou o aperto das pernas na cintura do homem para não deixar escapulir nenhuma gota como se pudesse absorver aquilo. Enji ficou feliz por Kei não engravidar, senão estariam com um sério problema.

A porra de Kei melou suas barrigas, Enji não se importava. Kei limparia tudo de qualquer jeito. E ele fez com cuidado e afinco desenhando os músculos da barriga de Enji com a língua.

— Está feliz, meu rei? — Kei limpou o canto da boca com o polegar e depois o chupou rápido.

Enji esticou a mão para Kei e o puxou para deitar-se no seu peito. Cobriu ambos com os lençóis, o depósito não tinha aquecedor e viu no jornal que a noite seria fria.

— Eu quero ir... — Kei falou de repente.

Ele não queria ficar abraçado? Enji fez algo de errado? Ficou assustado.

— Pra sua casa... — Kei completou tímido.

Enji massageou os cabelos dele contente.


Conforme o prometido, mais hot. E vai ter mais ;)

Gente, mais alguns capítulos e a fic termina. E como estou quase atingindo o limite de capítulos por aqui, vou fazer um outro volume dedicado só aos extras e ao spin-off do Shouto. Fiquem de olho para quando eu publicar ele, vocês colocarem na biblioteca.

O que estão achando da fic até aqui? Deixem seus comentários, críticas, teorias e elogios.

Até amanhã!

Bjinhus!

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