Mensagens
Fuyumi estava atrasada, Enji ficou preocupado, sentado na mesa com o celular na mão esperava a filha chegar, poderia mandar uma mensagem perguntando, mas Kei sempre ficava falando sobre deixar os filhos com espaço, privacidade e próprias decisões.
Não é à toa que o caçula não te suporta. Você é um chato, meu rei. Mas um chato que eu quero chupar, tire a calça por favor.
Por que Kei não conseguia dar um bom conselho que não fosse seguido de um absurdo? Fechou os olhos e exalou pelo nariz.
Olhou para a tela do telefone, mas não tinha nenhuma mensagem ou ligação de Fuyumi. E se tivesse acontecido algo? Um acidente de carro? Um assalto? Um incêndio? Seu coração palpitou mais nessa última possibilidade. Enji abriu o navegador do celular e procurou nas notícias por incêndio, mas não encontrou nada. Ficou aliviado. Talvez Fuyumi só tenha decidido que o odeia mesmo e não quer mais ter nenhum tipo de contato com ele. Não sentiu nenhum alívio dessa vez, porém seria justo.
Abriu a conversa com Kei, muitas das suas mensagens eram basicamente: “Estou indo.” e a resposta de Kei seria uma selfie com alguma fruta ou legume longo e grande na boca. Haviam outras fotos que Kei mandava aleatoriamente para ele durante o dia e mensagens fúteis cheias de emoticon — Kei disse que esse era o nome — que Enji não entendia nada. Também tinha as selfies depravadas que Kei mandava em um zoom que tornava impossível de identificar. “Advinha qual parte do meu corpo é essa? Dica: você folgou ontem.” Enji odiava acertar toda vez.
— Moleque atrevido.
O celular de Enji vibrou e por um instante ele achou que fosse Kei com mais fotos pervertidas, mas, ainda bem, era Fuyumi.
Pai, não vou poder jantar com o senhor hoje. Surgiu um imprevisto no trabalho. Desculpe.
Td b enm, respondeu odiando a tecnologia.
Olhou para o jantar sobre a mesa, o tempurá estava morno agora, mas Kei tinha microondas em casa e sem dúvidas tudo o que ele comeu durante o dia foi a salada de ontem. Enji tampou a vasilha e colocou-a numa sacola.
Estou indo. Era a única mensagem que conseguia digitar direito.
O moleque não demorou nem um minuto para visualizar.
E o jantar? Hahaha! Esquece, espero vc contar aqui, não conseguiria digitar mesmo! Hahahahah! Mas se aconteceu algo ruim, retiro minhas risadas. Te espero, meu rei ;³
Enji expirou, guardou o celular no bolso e pegou a sacola com o tempurá. Kei adorava agir todo independente e brincalhão, mas não aguentava passar três dias sozinho que comprava peixes de plásticos de parede para aplacar a solidão.
Outro capítulo curto! Logo os capítulos longos voltam.
O que acharam do capítulo? Deixem seus comentários, críticas, teorias e elogios.
Até amanhã!
Bjinhus!
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