ESPECIAL DIA DOS NAMORADOS PARTE 2
Kei soltou um risinho e disse:
— Quer dizer que nós estamos namorando, Sr. Todoroki?
— Se você não gosta é só dizer não.
— Jamais! — Kei andava ao lado de Enji na orla. A brisa marinha soprava os cabelos de ambos e as luzes artificiais iluminavam seus passos.
— Venha mais para cá. — Enji acenou com o queixo.
— Tem certeza? Estamos em público e hoje é um dia bem suspeito.
— Venha logo. A praia está deserta e duvido que alguém que me conheça frequente esse lado da cidade.
O rapaz foi saltitando alegre para seu lado e agarrou seu braço. Enji intercalou os dedos com os deles.
— Eu nunca passei o Dia dos Namorados namorando, Endeavor-san. Acho que não é possível ser feliz do jeito que estou agora. Não acredito que você foi com o papo de “vamos ser amigos” para mim, parece outra realidade.
Kei sorriu, Enji inclinou o queixo dele com a mão livre para si e beijou-o até ele perder o ar. Afastou-se só o suficiente para encará-lo nos olhos:
— Eu não quero ser seu amigo.
Pela primeira vez viu as bochechas de Kei corarem de vergonha. As orelhas de Enji ficaram tão vermelhas quanto. Kei lhe agarrou com ambos os braços.
— Meu rei… — foi tudo que Kei disse no abraço. Enji o envolveu.
Kei soltou-se do homem com exceção do braço que envolvia e inalou o suave perfume das rosas amarelas do buquê.
— Quero algodão-doce. — Kei disse de repente e apontou para o parque de diversões no final da orla. — Podemos iiir?
— Vamos. — Enji disse. — Mas só hoje.
— Ahá! Esse é o melhor encontro de todos!
— Tirando a parte que você achou que era um velório.
— Como eu iria imaginar? — Kei deu de ombros.
***
— Nossa, deve ser assim sair com os amigos nos tempos de colégio? Não acha, meu rei?
Kei e ele andavam pelo parque lotado de casais adolescentes e jovens andando em grupo.
— Não sei. Eu não era um desocupado. — Enji respondeu.
— Quantos jovens apaixonados! — Kei comeu um pouco do algodão-doce multicolorido. — Estou me sentindo no ensino médio. Vamos em alguma barraquinha? Ou na roda-gigante?
Enji olhou para algumas barraquinhas com toldos listrados no topo, vários prêmios inúteis pendurados nas suas colunas de apoio e depois olhou para a fila imensa de casais de adolescentes para a roda-gigante.
— Barraquinhas.
Ele e Kei foram para uma de tiro ao alvo com espingardas de ar comprimido. Enji pagou os tickets. Pegou uma das armas.
— Escolha o que você quer…
— Muito bem, meu rei. — Kei jogou o palito de papel do algodão-doce no lixo e colocou o pequeno buquê sobre a bancada. Pegou a arma da mão de Enji que ficou sem reação. — Escolha o prêmio que você quiser.
O homem mais velho achou que o garoto estava blefando ou fazendo uma piada, mas nenhum traço dessas coisas passou pelo rosto animado dele que ainda aguardava Enji escolher o prêmio.
— Mesmo? — desacreditado.
— Sim, pode escolher o que quiser que eu vou providenciar para o meu rei. Pode apostar.
Enji não pôs nenhum pouco de confiança naquilo e escolheu a primeira coisa que viu na frente: uma sanduicheira do tipo bem rudimentar, daquelas que se coloca o sanduíche numa peça de metal e a peça de metal sobre o fogo quente.
— Muito bem. O que meu rei pede chorando que eu não faço sorrindo? — Kei virou-se para os alvos que eram patinhos desenhados.
— Tenho certeza que o ditado é o contrário. — Enji cruzou os braços.
— O pedido do meu rei é uma ordem! — Kei alinhou-se com a arma em mãos.
Só pela postura frouxa, Enji soube que ele não acertaria nada, então Kei ajeitou-se só de uma vez.
PING! PING! PING! PING! PING!
Kei acertou todos os alvos, todos os patinhos que ele apontou caíram no milésimo de segundo seguinte. Enji ficou boquiaberto. Isso era impossível. Até o idoso dono da barraquinha ficou de queixo caído.
— É isso aí. — Kei falou. — Meu rei agora vai comer misto quente como um… como um… rei?
Enji pegou a arma das mãos de Kei. Quanto isso era difícil?
— Quero aquele kit de barbear. — o garoto falou.
PING! PING! PING!
Enji só conseguiu acertar três de cinco tentativas. Tirou mais dinheiro da carteira e deu para o homem da barraquinha batendo na bancada.
— Faça de novo.
PING! PING! PING! PING! PING!
Kei fez de novo.
Enji tentou mais uma vez, apenas três. Ficaram um bom tempo nessa barraquinha.
Kei estava muito feliz com o prêmio que conseguiu para seu rei e o kit de barbear, mais por mérito próprio, praticamente saltitando enquanto Enji não entendia nada.
— Como é possível?
— Eu sou muito bom em qualquer coisa de mira. — Kei deu de ombros. — Acerto praticamente tudo.
— Isso não é possível.
Foram para outras barraquinhas: lançar argolas em pinos, estourar balões com dardos, derrubar garrafas com bolas e até pescaria. Kei ganhou o prêmio máximo em todas. Ele tinha tantas bugigangas consigo que precisou de uma sacola para guardar tudo. A cabeça de Enji fervia.
Quando Kei via uma criança menor, ele dava uma das bugigangas para ela, menos o kit de barbear e claro a sanduicheira manual.
— Vamos à roda-gigante agora? A fila diminuiu.
Eles nem precisaram pagar o ingresso, Kei ganhou um prêmio de uma volta grátis em cada brinquedo do parque.
— Devia ter álcool nisso aqui. — Kei bebeu da raspadinha gelada vermelha. O som de sucção do canudo fez os ouvidos de Enji doerem.
Enji tomou o copo da mão de Kei arremessando com força no lixo.
— Poxa, se você queria era só pedir. — reclamou.
— Vamos logo. — Enji falou irritado abrindo a porta para a cabine da roda-gigante.
O vento frio batia em seus rostos, um resquício do inverno, logo chegaria o verão. Kei abriu os braços quando sua cabine chegou ao topo.
— O que está fazendo? — Enji perguntou relaxando um pouco a postura irritadiça.
— Curtindo. — Kei falou.
— Você não tem jeito. — Enji disse menos estressado. — Aqui em cima é até…
Kei lhe roubou um beijo, os outros não podiam ver, os dois estavam muito alto.
— Minha vez de surpreender você, meu rei. — Kei sorriu e as luzes de baixo refletiram em seus olhos. Enji ouviu o celular de Kei vibrar, mas esse ignorou, aproximou-se mais da orelha do outro e em um sussurro: — Vamos para um motel, meu rei?
***
Kei não precisou dizer duas vezes, saíram de lá caçando um motel, conseguiram um bem vagabundo muito a baixo dos padrões de Enji. Ele poderia ter feito uma ligação e conseguido o melhor quarto de hotel da cidade, mas tudo aquilo naquela data levantaria suspeitas.
Empurrou Kei para os lençóis vagabundos com perfume de amaciante de segunda categoria, afrouxou o nó da grava e jogou o paletó no carpete áspero.
— Por que ainda tá vestido? — Enji perguntou e puxou Kei pelo tornozelo para mais perto.
Enfiou a cabeça por baixo da blusa dele, Kei ria e já se movia para tirar o casaco. Kei soltou o buquê na cama. Enji lhe ajudou a tirar a blusa, jogou os tênis para longe e começou a desabotar as próprias calças, Kei fez o mesmo e então quando já estava com as calças nos joelhos lembrou que não tirou as meias, quando ia se livrar delas, Enji falou:
— As meias ficam.
Kei sorriu e se livrou das calças, mas só das calças. Enji teve que puxar a cueca do garoto para o lado para enfiar o pau.
Kei gemia debruçado de quatro na beira da cama, a bunda batendo contra as bolas de Enji que em algum momento ficou irritado com a cueca do garoto e a rasgou. Agora ela era só um elástico com fiapos presa na coxa direita do loiro. Via-se no espelhos espelhos ao redor das paredes do quarto e no teto.
O modo como Kei acompanhava seus quadris era impressionante, virou-o de frente para si e levantou as pernas dele segurando-as pelos tornozelos nas meias confortáveis. Abriu mais as pernas dele. O pau rosado estava ereto e pingando pré-gozo na barriga torneada. Kei esticou os braços para Enji, queria ser beijado.
Enji inclinou-se para ele descendo o corpo sobre o dele, Kei lhe recebeu de boca aberta, a língua quente e úmida se esfregou na dele ao mesmo tempo em que envolveu as pernas na cintura de Enji trancando-o dentro de si. Começou a rebolar.
Enji precisou respirar do beijo, afastou a boca da do garoto e mordeu-lhe o pescoço deixando um círculo bem marcado na pele. Voltou a beijar o garoto que já lhe envolvia como uma píton.
Afastou-se do beijo novamente, Kei gemeu frustrado e tentou beijar-lhe novamente, Enji restringiu ambos os pulsos do garoto com as mãos prendendo-os contra o colchão com força. O peito de Kei subia e descia, ele continuava a rebolar no seu pau. Bom garoto.
Então, Enji percebeu que o buquê durante todo aquele momento se desfez na cama e várias pétalas amarelas estavam espalhadas pelo colchão embaixo de Kei e até mesmo nos cabelos bagunçados dele. Seu rosto estava corado e voluptuoso, olhos embaçados e brilhantes e lábios inchados de tanto beijar. Kei era lindo.
E todo seu.
Enji inverteu as posições na cama, agora Kei estava montado em si enquanto as mãos descansavam nos quadris estreitos do garoto. O garoto subia e descia só com as pernas, o lubrificante brilhava e escorria pelas suas coxas.
Kei sentou por completo no seu pau e se contorceu não aguentando ficar muito tempo, Enji o manteve firme no lugar e viu que os dedos dos pés dele contorciam dentro das meias cinzas. Enji viu que Kei não aguentaria mais as mãos próximas ao próprio coração tentando não se apoiarem em lugar algum. Enji lhe proibiu.
Esse motel barato de alguma forma lhe deixava excitado e com vontade de maltratar Kei. Enji sentou-se com Kei no colo e lhe beijou as lágrimas de esforço.
— Fui bom? — Kei perguntou.
— Muito. — Enji começou a mexer-se. Kei sorriu e mexeu-se também.
Enji gozou em um grunhido antes de Kei que começou a gozar assim que ele terminou para só então recomeçarem tudo novamente.
— Feliz dia dos namorados, meu rei. — Kei disse depois de algumas horas e deu um beijo na testa de Enji que dormia pesado de bruços ao seu lado com um braço sobre sua cintura. — Eu te amo.
O celular de Kei vibrou e o garoto se esticou para pegá-lo do bolso da calça no chão.
— Alô. — cumprimentou Mera. — Viu a lista de documentos que mandei?
— Estou te mandando mensagens a noite toda. Onde você está? — ele fez uma pausa. — Posso adivinhar. Esqueça esses documentos, Keigo. Eles não são nada. Nagant sumiu com muitos outros.
— Muitos outros quantos?
— A níveis preocupantes. Temos que achar ela o quanto antes.
Demorou, mas chegou! O que acharam da parte 2 do Especial do Dia dos Namorados? Deixem seus comentários, críticas, teorias e elogios.
Bjinhus!
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