Deus esculpido

Desde o escândalo de Enji ao descobrir que Kei trazia outra pessoa para o apartamento e quase trombar com Dabi na porta, eles se beijavam. Mas não como um casal normalmente faria casualmente aqui ou ali, eles só se beijavam enquanto transavam.

No começo, Enji não era muito bom, mas com o tempo ganhou habilidade sabendo como agradar Kei ao máximo. Os beijos entre os dois eram tórridos, sufocantes, possessivos e refrescantes. Perto do ápice Enji o segurava pelo queixo e o tomava para si sem escapatória deixando os lábios de Kei vermelhos e inchados soltando-os somente quando gozava.

Kei sentia-se repleto nos dois sentidos. Antes, naquele dia em que Enji começou a beijá-lo, Kei notou a timidez do homem inexistente até a manhã passada, o que o loiro achou bonitinho já que Enji não tinha a menor vergonha em colocá-lo nas mais diversas posições ou lamber os dedos antes de enfiá-los em Kei, mas mal conseguia olhar o garoto nos olhos depois de se beijarem. O rosto e orelhas ficavam tão vermelhos quanto os cabelos e a expressão levemente irritadiça.

— Olhe para mim. — Kei pediu embaixo do homem trazendo o queixo dele com as mãos. — Olhe para mim, Enji. — Kei sussurrava beijando o maxilar e sentindo a barba por fazer fazer cócegas em seus lábios.

Enji ainda evitava seu olhar, os braços tensos apoiando o corpo ao redor de Kei na cama. Estavam nus, um sobre o outro e mesmo assim Enji mal conseguia encarar o rosto do garoto. Quando isso aconteceu?

Kei desceu seus beijos do maxilar para o pescoço de Enji e não houve o costumeiro “não ouse deixar marcas” apenas o silêncio mútuo. Contudo, Kei não o mordeu ou chupou, apenas deixava sua trilha de carinho, sentia como se estivesse tirando a virgindade do homem, o que era um absurdo pois ele tinha quatro filhos e pego Kei de todas as formas.

— Enji… — pediu quase suplicante. — Não vai olhar para mim? — Suas mãos desceram para o peito de Enji indo até o abdômen.

Enji simplesmente não conseguia, era como se fosse caso de vida ou morte olhar Kei. Sentia o rosto quente e suas orelhas pegando fogo, pressionava os lábios tentando conter a vergonha.

Ainda não tinham feito nada além de beijar, tirar a roupa e deitar na cama. Kei parecia muito mais vicioso do que antes e era a primeira vez que trocavam afeto e carícias. Enji mal sabia se comportar, nas outras vezes era puro instinto e nessa sentia-se um moleque espinhento inexperiente.

— É só o senhor olhar para mim, hum? — Kei convidava traçando as linhas dos músculos do abdômen de Enji.

Enji continuava encarando algum ponto da cama, Kei desceu os dedos até o pau do homem e devagar começou a masturbá-lo deixando a ereção muito mais dura que antes.

Kei abriu as pernas, o gesto movimentando o peso no colchão, Kei sugou os próprios dedos e quando encharcaram os levou para baixo. O corpo contorceu quando se tocou lá e um gemido saiu de seu hálito quente. Ainda masturbava Enji. Preparado o suficiente tirou os dedos.

— É só olhar para mim, meu rei. — Kei guiou o homem para dentro de si.

Respirou fundo e se empurrou até a base. Gemeu fechando os olhos e quando se abriram Enji o encarava com toda a força de vontade que tinha. Kei sorriu com o rosto corado pelo esforço de receber completamente o homem logo na primeira estocada. Deus, Enji era muito grande e lindo. Lindo, lindo, lindo. Um deus esculpido em mármore. Enji apoiou a bochecha de Kei, a palma quente contra as lágrimas de esforço do loiro, Kei fechou os olhos aproveitando o calor da pele. Enji era o sol e Kei queria queimar suas asas nos seus raios. Kei queria ser destruído, devorado e quebrado.

O homem encostou a testa na sua, Kei o fitou, ambos se fitavam mais intensamente do que nunca, aquele minuto de olhos turquesa gravado à ferro para sempre na memória de Kei. Enji era um deus. Enji não desviou mais o olhar, se aproximou e fechou os olhos somente quando os lábios se tocaram e a língua abriu espaço para a boca de Kei. A mão ainda apoiando a bochecha do garoto e o polegar a acariciando. Enji era um deus, mas um deus na palma de sua mão.

O que acharam do capítulo?
Obrigado pela leitura!
Adorei as dicas de música!
Bjinhus!

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