Que a Guerra Comece

Antes de mais nada quero agradecer pelo lindo concurso do Melhores do Wattys . Primeiro Lugar em Categoria Fanfiction!!! SURTANDOOOOO 

Oiii gente! Tudo bem com vocês ? Espero que sim! Caralhoooo faz tempo que não atualizo o meu bebê kkkkk Desculpe gente, estava em semana de provas e tive aquela apresentação do TCC, mas agora tá tudo beleza. Capítulo novinho para vocês e devo alerta que tem SURUBÃO nesse capítulo então se você é menor de idade e quiser ler... Bom é por sua conta e risco. Espero que vocês gostei desse capítulo ( caso tiver algum erro, relevem por favor porque acabei de escrever e vou revisar no final da história) 

Boa leitura. 

O vento soprava não tão forte e nem tão calmo, combinava com o lúgubre noturno incomum, não era uma noite normal. O farfalhar das árvores de encontro à brisa fria tentava abafar o tilintar das correntes, a mulher morena forçava suas amarras para baixo, seus braços latejavam, pois estava há horas naquela posição. A dor fina da enorme fenda que atravessava seu peito a incomodava, mas não tanto quanto ela estava incomodando o seu torturador. Por mais que estivesse em desvantagem ela estava adorando provocá-lo.

– Eu ouvi os boatos. – ela disse e forçou um pequeno sorriso debochado. – Eu pensei... Não pode ser. – ela continuou ainda provocativa enquanto balançava a cabeça. – Um Winchester? Um de nós? – ela indagou em tom de repulsa. Ela olhou para os pés que raspavam levemente sobre a terra fria e depois riu olhando para o homem em sua frente. – Mas é verdade, não é? Um pouco de alma que você tinha, ou código de escoteiro a que você se apegava... – ela soltou um leve suspiro e riu por mais uma vez. – Acabou. E deixou o quê? Olha só para você!

Sam fuzilava o demônio com o olhar, os nós de seus dedos esbranquiçaram-se com tamanha força que apertava o cabo da enorme lâmina em sua mão. Sua respiração estava descompassada e sua frustração já havia ultrapassado o limite, por horas ele tinha torturado essa mulher infernal esperando que lhe desse uma resposta clara, mas tudo que ela avia feito foi lhe enfurecer. Ele respirou fundo e levantou levemente à faca ensanguentada, a lâmina refletiu contra a luz da lua deixando o que aconteceria a seguir completamente sugestivo.

– Onde está Crowley? – ele perguntou. Sua voz soou baixa e extremamente sombria, o demônio sentiu um leve frio na boca do estômago, pensara que Sam Winchester não fosse grandes coisa, mas essas poucas horas juntos a fez mudar de ideia, porém ela não podia simplesmente entregar seu Rei.

– Vá se ferrar! – ela esbravejou revelando seus olhos negros, Sam levantou levemente a cabeça e desferiu um pequeno sorriso, pois já esperava essa resposta. Ele andou lentamente até o demônio travestido com o corpo de uma moça inocente parando em sua frente, seu olhar passou pelo corpo pequeno da mulher que um dia foi alguém e percebeu que qualquer chance de salvá-la se foi há muito tempo. O silêncio se instalou entre os dois e a única coisa que podiam se ouvir era o piar das corujas da montanha prontas para caçar. Sam as usou como o sinal de que precisava e sem aviso algum ele fincou com força a lâmina no abdômen do ser infernal em sua frente. De imediato ela gritou em agonia, ainda segurando a faca dentro dela, ele se aproximou lentamente de seu rosto olhando no fundo do âmago negro da mulher demoníaca. – Vou dizer mais uma vez. Onde está Crowley?

O demônio mordeu a língua prendendo mais um grito de dor, seria mais fácil para ela se Sam não estivesse usando uma faca especial do arsenal dos Homens de Letras tornando mais agonizante para ela. Ela queria que aquela tortura acabasse, porém seria bem pior se ela simplesmente entregasse Crowley. – Onde está o meu irmão?! – Sam a questionou enquanto girava a lâmina dentro dela, rasgando sua carne como se fosse papel.

– Eu não sei! – ela gritou fazendo sua garganta arder. Sam já sem paciência arrancou a lâmina do corpo dela e a levou para a lateral do seu pescoço.

– Então... Vamos ligar para alguém que saiba. – ele disse e pressionou a faca rasgando rapidamente a jugular que logo em seguida jorrava sangue. Ele pegou um copo e coletou todo sangue que conseguiu dela.

– Não! Ninguém sabe!... – sua respiração estava descompassada, a cada golpe estava mais difícil de respirar. – Ninguém responderá! – ela tentou argumentar, mas Sam estava cego pela raiva, sua vontade de achar Crowley e seu irmão era mais forte do que sua sanidade.
– Faça a chamada. – ela disse e posicionou o copo na frente do demônio, esperando que ele falasse com qualquer outro demônio que pudesse dar informações de Crowley ou até mesmo de Dean.

Nós temos ordens!

– Faça a chamada!

Por favor!... ­– o demônio não conseguia mais manter a pose e simplesmente desabou na frente de Sam o deixando mais irritado. Ele jogou o copo de sangue com violência contra o chão e desferiu um forte golpe no rosto do demônio logo após segurando o seu rosto para que ele pudesse olhar o desespero daquele ser desprezível.

– ONDE ESTÁ O MEU IRMÃO?!

Inferno- Grande Salão do Trono

Crowley andava de um lado ao outro do salão, seus pés batiam forte de encontro ao mármore negro, era perceptível sua grande raiva e inquietação, Onoskelis o observava atenta do outro lado do salão, seus olhos azuis o acompanhava em cada volta furiosa que dava. Ela conseguia sentir o nervosismo e o medo que seu Rei exalava, afinal era com o próprio Lúcifer que eles tinham que lidar. Onoskelis jamais imaginaria que estaria viva para poder ver tal mal ressurgir e ameaçar a vida de todos. Nunca pensou que um dia estaria arquitetando um plano para matar Lúcifer.

O ranger das enormes portas de madeira longaeva chamou a atenção de Crowley e Onoskelis. Satã entrou apressado, seu semblante era uma mistura de preocupação com a mais pura raiva já vista, o corpo da pequena mulher infernal o acompanhava completamente serena, sua postura impecável, como sempre, e seus olhos brancos opacos podiam demonstrar certa preocupação, mas ela não deixava transparecer. Sophia parou a poucos metros ao lado de Satã, ambos sedentos por respostas.

– Lúcifer... – Satã começou, porem parou a frase no meio. É obvio que eles já sabiam da inesperada novidade. Pensou.

– Eu sei. – Crowley apenas respondeu ao amigo.

– Muitos dos meus morreram em um piscar de olhos... – seus olhos de serpente estavam imersos em dúvidas que ansiavam por respostas. – Como isso aconteceu? – ele perguntou encarando Crowley que engoliu em seco.

Onoskelis, ao perceber que seu Rei não estava em condições de responder tal pergunta, mais que depressa levantou-se e respondeu por ele.

– Meu Lorde... – ela começou e antes de olha-lo nos olhos, baixou sutilmente a cabeça em sinal de respeito com seu superior. – Duquesa Ishtar arquitetou todo esse plano maquiavélico pelas nossas costas. Ela nos traiu.

A pele de Satã passou de esverdeada ao puro carmim com simples palavras. A sua fúria era notável, ele sabia que aquela meretriz imunda faria algo para acabar com o equilíbrio entre op bem e o mal.

– Aquela vadia! – ele sibilou entre seus enormes dentes afiados. – Irei arrancar-lhe a carne de seus olhos! – ele rosnou deixando sua verdadeira faceta transparecer para os presentes ali.

Enormes chifres brotaram de seu couro na região de suas têmporas, seus músculos incharam e suas íris de serpente queimavam com o fogo mais quente já visto, Satã estava pronto para ir atrás da Deusa caída.

– Espere! – Crowley disse enquanto ainda pensava no que fazer, até que teve que tomar a decisão mais coerente nesse caso. Satã parou curioso esperando que seu Rei continuasse. – Quem vai atrás dela sou eu.

Caminho do Vale da Perdição.

Os cachos avermelhados batiam com violência contra os ombros de Onoskelis, fechando seus punhos, a ruiva apertava as unhas de encontro a sua pele, tentava dispersar um pouco da ira que sentia em vão.

A raiva a consumia de tal forma que se tornou uma dor física e para poder para-la ela precisava de respostas já que uma parte da culpa a pertencia. Devia ter investigado melhor. Pensou.

Os sons de seus saltos batiam com força contra as pedras vulcânicas, o cheiro de enxofre e carne podre começou a ser levemente substituído por um cheiro suave de sândalo. O aroma se intensificava na medida em que Onoskelis se aproximava do véu, a paisagem negra e desesperadora foi desaparecendo gradativamente tomando um tom mais suave. Os raios e trovões que iluminavam o vermelho sangue do céu sumiram e um tom avioletado tomou o seu lugar tornando o ar mais agradável.

Fazia um bom tempo que Onoskelis não pisava naquele lugar imundo onde foi torturada e estuprada inúmeras vezes, ela não conseguia lembrar-se muito, pois a escuridão que tomou o âmago do seu ser bloqueou suas experiências humanas, mas o pouco que ela se lembrava só aumentava ainda mais a sua fúria.

Sob as rochas, uma fina camada de grama começava a surgir mudando a paisagem por completo, ela não estava mais no caminho acinzentado de pedras e ossos, agora árvores enfeitavam a paisagem. Não eram apenas árvores, mas sim uma floresta densa e cheia de plantas selvagens e completamente exóticas, uma fina camada de névoa densa tomou toda a área. Era isso. Onoskelis havia penetrado o véu que separava a região onde Crowley morava com o Vale da Perdição, onde a Deusa renegada residia após a sua queda.

Onoskelis passou seus olhos azuis por todo o perímetro e se assustou quando uma melodia suave começou a soar por entre as folhas, as vozes chamaram sua atenção como o canto de uma sereia, porém ela sabia que tipo de truque era esse e ela não cairia nele. Onoskelis seguiu o som, tambores acompanhavam a doce melodia, ela afastou alguns galhos para poder espiar o que tinha através deles. Seus olhos se arregalaram ao se deparar com uma enorme clareira, tão grande quando o Lago de lava do Abismo dos pecadores. Onoskelis saiu detrás das árvores e adentrou na vasta clareira.

A massa de corpos se movimentava ao som da melodia. Suspiros, gritos e gemidos eram os instrumentos musicais que compunha. Uma cena que o próprio Calígula se sentiria um amador perante essas almas depravadas que participavam dessa grande orgia. Mãos apalpavam e apertavam outras mãos contra a grama, pescoços eram sufocados, unhas arranhavam costas, línguas lambiam as partes expostas enquanto outras bocas deixavam gemidos escapar expressando o enorme prazer que ali era estimulado. Onoskelis começou a andar por entre os corpos passando seus olhos por todo aquele jogo de suspiros.

Jogos de dominação e submissão que alguns súcubos estavam promovendo contra algumas almas errantes, grandes hastes de couro eram usados como chicotes. Os estalos dos seus golpes se misturavam as risadas diabólicas dos seus dominantes. Os gritos de dor logo eram transformados em gemidos de prazer dos submissos, marcas de dentes se espalhavam pelos seus corpos e puxões de cabelo eram recebidos com regozijo. Bocas sedentas pela depravação procuravam seios expostos chupando-os e os lambendo como se fosse o doce mais delicioso já visto, logo em seguida as mordidas se tornavam anfitriãs do ato de lascívia causando uma onda de arrepios.

Ao longe, no centro daquele grande ato pecaminoso, Onoskelis encarou Zepar, sua então declarada inimiga mortal. Finos pedaços de seda vermelha cobriam seus seios e sua intimidade, seus braços estavam erguidos aos céus.

– Viva o nosso Rei Lúcifer! Viva a nossa Estrela da Manhã! Que ele purifique o mundo com caos e destruição! – Zepar clamava aos quatro infernos com um grande sorriso sobre seus lábios. Onoskelis tencionou o corpo e encarou friamente o ser infernal a sua frente.

Zepar parou de repente e virou-se devagar encarando a ruiva com um sorrisinho cínico de canto.

– Veio comemorar conosco?... – a mulher infernal perguntou sorrindo.

– Não, vir ver o qual patética você pode ser... – Onoskelis rebateu medindo Zepar dos pés a cabeça. – Devo admitir que hoje você se superou. – ela terminou sorrindo vitoriosa.

Zepar riu e depois sua feição mudou, seu sorriso se desfez e seu olhar faiscava demostrando o seu desejo de sangue. Ela começou a dar passos sutis em direção a Onoskelis que se mantinha imóvel como uma pedra.

– Você não consegue perceber que acabou para vocês? Nós vencemos! Você não pode simplesmente aceitar isso? – ela perguntou franzindo a testa.

Onoskelis olhou para os lados, de fato derrotar Lúcifer era algo impensável de se fazer, mas ela não podia simplesmente se entregar ao fracasso.

– Não... – ela puxou a grande lâmina magica de sua cintura e apertou o cabo com força encarando Zepar com raiva. – Eu definitivamente não vou aceitar isso.

Zepar sorriu e seus olhos tornaram-se negros, a fúria que emanava de seu ser era tão grande que Onoskelis conseguia sentir do outro lado da clareira. Zepar disparou em direção de Onoskelis, tudo por um momento pareceu desacelerar. A ruiva permaneceu onde estava, ela fechou os olhos e segurou a faca com mais força ainda, o cheiro de sândalo tornou-se insuportável até que Onoskelis se abaixou passando a perna direita em um giro de 180º derrubando Zepar no chão. O tombo foi tão forte que Zepar ganhou um grande corte em sua testa, antes de se levantar Onoskelis a segurou pelos fios louros e desferiu inúmeros golpes sobre o seu rosto. Um, dois, três... dez! Ela simplesmente não conseguia parar apesar de todo o liquido negro estar sobre o rosto do ser infernal.

Para! – Zepar tentou falar mais foi calada com mais um forte golpe em sua boca fazendo-a cuspir uma boa quantidade de sangue. De repente, a sanidade de Onoskelis voltou e ela parou, passou seus lindos olhos azuis sobre o rosto da inimiga e sorriu vitoriosa. Tinha feito um belíssimo estrago ali, ela puxou Zepar pelos cabelos aproximando seu rosto para olhar no fundo dos olhos daquela mulher desprezível.

– Agora, chega de jogos! Quero saber onde está Ishtar e quem a ajudou a planejar esse complô... Além de você é claro. – ela concluiu.

Zepar gemeu de dor e balançou a cabeça negativamente, Onoskelis suspirou e sem nenhum aviso fincou a lâmina no ombro de Zepar fazendo-a soltar um grito gutural.

– EU FALO!... Tudo bem... Foi Samael! Ele ajudou Ishtar a soltar Lúcifer da jaula, era a vingança dele por ter sido preso nas profundezas no inferno. Ele, assim como nós, odeia a humanidade e nada melhor que soltar a grande besta para destruí-la.

Onoskelis franziu a testa confusa.

– E por que demorar tanto tempo para fazer isso? – ela indagou. A loira riu e balançou a cabeça enquanto um filete de sangue escorria pelos cantos de sua boca.

Os Winchesters! Dean tornou-se um demônio e Sam está tão desesperado para salvar o seu irmão e ele simplesmente não se importa com mais nada e com mais ninguém... – ela cuspiu no chão e voltou a encarar a ruiva. – Esses dois idiotas sempre atrapalharam os nossos planos, mas hoje... É a nossa vez de vencermos.

– Você diz isso com tanta certeza, mas quem está com a faca no pescoço aqui é você. – Onoskelis diz entre dentes. Zepar riu mais uma vez.

– Sam tem o Livro dos Condenados, ele quer de alguma forma usa-lo para curar Dean, mas Lúcifer precisa daquele livro para alcançar o poder supremo da escuridão. Ele vai conseguir você querendo ou não. – Zepar endireitou seu corpo para frente fazendo com que a faca pressionasse ainda mais a sua pele. – Somos iguais a Hidra "Corte uma cabeça e duas nascem no lugar"

Onoskelis não hesitou, levantou a faca na altura do ombro e a fincou a lâmina na testa de Zepar a matando na hora. Ela largou o corpo frio do demônio sobre a grama e virou as costas saindo daquele antro depravado. Ele precisava avisar a todos sobre os planos desse, até então desconhecido, Samael, precisava avisar Dean das intenções de Sam. Precisava roubar o Livro dos Condenados.

Washington- Casa Branca 22h30min

O homem de meia idade caminhou até o seu enorme quarto luxuoso, as paredes de tom perolado costumavam lhe acalmar, mas ele não podia conter o tamanho de seu desespero. Sentou-se na beirada da cama e olhou para o lado de fora através da enorme porta de vidro que separava seu quarto de seu jardim particular. Suas mãos tremiam e uma fina camada de suor frio formou-se em sua têmpora, ele nunca fora um homem de orar, mas nada parecia tão perfeito para essa ocasião. Há alguns dias, Donald Trump havia cometido um grande pecado, vender sua alma para o diabo parecia apenas uma grande brincadeira, porém ao receber o resultado inesperado das eleições ele percebeu a grande burrada que tinha cometido. Desde então, ele rezava sem pausa alguma, rezava com veemência até sua garganta arder e seus joelhos sangrar.

– Por favor... Perdoe-me Pai, não foi minha intensão cometer tal blasfêmia. – ele abaixou sutilmente sua cabeça encostando suas mãos em sua testa, era evidente o seu temor já que o "demônio" deixou claro que daqui a dez anos voltaria para buscar aquilo que lhe pertencia. Todas as vezes que ele pensava nessas palavras os pelos de sua nuca arrepiavam-se.

– Eu- eu estou arrependido! Eu só quero ficar em paz. – ele suplicou enquanto lágrimas escorriam de seu rosto. Por um momento ele se lembrou de sua mulher e de seus filhos. Como pude fazer isso com eles? Donald questionou-se.

– Não chore, meu filho.

Donald deu um pequeno pulo assustando-se ao escutar a voz misteriosa, ele olhou para os lados na expectativa de achar a fonte, porém percebeu que estava sozinho.

­– Quem está ai? – Donald perguntou aflito.

– Você rezou e eu vim lhe ajudar. – a voz apenas disse. Donald franziu o cenho e respirou fundo.

– Você... É... Deus? – ele perguntou hesitante e com medo da resposta. O silencio se instalou no quarto, Donald temia que estivesse perdendo o resto de sua sanidade.

Não, eu sou um anjo. E ouvi suas preces. – a voz era suave, mas Donald não conseguia distinguir se era feminina ou masculina.

Graças a Deus! Donald pensou e soltou o ar aliviado.

– Eu vim lhe ajudar, porém com uma condição. – o anjo disse.

– Que condição? Eu faço qualquer coisa! – ele disse exasperado.

Preciso de um voluntário... Um receptáculo que aguente a minha essência. Só assim poderei salva-lo. - a voz disse suavemente na tentativa de seduzi-lo. Donald por mais uma vez, para seu jardim, apesar de estar inseguro ele não queria ir para o inferno.

– Se eu concordar com isso, seremos parceiros. – ele começou a dizer enquanto encarava um belo lírio. – E além de me salvar, traríamos uma era de espiritualidade real aos EUA e curaríamos suas feridas? – ele perguntou.

Sim! Tudo que eu mais quero é ajudá-lo e guiar a humanidade para um caminho de paz e prosperidade.

Donald fechou os olhos e sorriu, em sua mente ele conseguiu ver uma utopia perfeita, um mundo sem dor e desvios.

– Então aleluia! - ele sorriu ainda com os olhos fechados. Entrelaçou os dedos. – Aceito seu comando humildemente. SIM! – ele disse.

De repente uma luz intensa surgiu sobre Donald, ele levantou levemente a cabeça e sentiu uma inexplicável paz. Sentiu sua mente cada vez mais fraca e o poder do anjo que o possuiu.

Seu corpo tombou para frente e lentamente se recompôs, o seu olhar de desesperado passou a ser diabólico. Sentindo-se confortável neste receptáculo, Lúcifer sorriu. Em anos, sonhou com esse momento, em estar caminhando sob a terra por mais uma vez. Ele se levantou e encarou seu reflexo no espelho.

– Não é grandes coisas, mas vai servir. – ele desferiu um meio sorriso debochado. Ele riu e soltou o ar relaxado. – Maneiro. – deu de ombros e olhou para os lados. – E agora?

Ele fechou os olhos projetando uma pequena sala escura em sua mente, a alma de Donald estava sentada de frente para Lúcifer, seu olhar era desconfiado.

– Então está bem, Donald. – Lúcifer começou a dizer e virou-se para encará-lo. – Normalmente, dou mais tempo para os meus hospedeiros, mas nesse caso, pela alta visibilidade... – ele caminhou e sentou-se em uma das poltronas de frente para Donald. – Precisarei de ajuda para certos protocolos, para cumprir todas as melhorias e serviços públicos prometidos. – Lúcifer concluiu e encostou-se na poltrona.

– Fico feliz em ajudar, parceiro. – Donald diz. – Aparecemos em varias campanha de arrecadação de um fantástico grupo de colaboradores.

– Então basta eu me concentrar no todo? – Lúcifer indaga cruzando as pernas casualmente.

– A equipe cuida dos detalhes. – Donald concluiu.

– Ouça, Donald, essas informações são muito úteis, claro, mas se vamos fazer isso, precisarei de mais detalhes pessoais. As pessoas precisam acreditar que sou, de fato, o Presidente dos Estados Unidos.

Antes que Donald pudesse responder Lúcifer sentiu uma presença no quarto, mais que depressa voltou ao mundo real e encarou o segurança que o olhava intrigado. Lúcifer sorriu e deixou que suas íris escarlates surgissem assustando o segurança que de imediato se afastou. Lúcifer levantou sua mão e o segurou usando seus poderes, o trazendo para mais perto evitando sua fuga. O homem sentiu uma pressão forte em sua coluna, a dor tornou-se insuportável, porém ele não conseguia gritar, sua voz não conseguia sair. Lúcifer sorriu e fechou lentamente seu punho fazendo o homem dobrar ao meio quebrando sua coluna. O corpo caiu sob o tapete caro e todo aquele vermelho espalhou-se sobre os pés do Arcanjo Sombrio. Ele pendeu a cabeça para o lado, estava entediado, e depois voltou a encarar a si mesmo no reflexo da porta de vidro. Por mais que odiasse a aparência desse receptáculo ele possuía regalias interessantes, comandar a maior potência mundial poderia ser extremamente divertido.


E então? Gostaram? Comentem!  Obrigada a todos que dão uma chance para essa humilde escritora amadora, se não fosse por vocês... Nem sei o que ia ser kkkkk

Obrigada mesmo e até o próximo capítulo seus lindos. 

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top