O Começo do Fim (Parte Um)
MIL PERDÕES! Sério, me desculpem pelo super atraso na postagem é que estava em semana de provas e quase tive um treco na minha prova de final de semestre. Como eu havia falado no capítulo anterior, esse será o penúltimo capítulo de O Rei dos Condenados, MAS ele será dividido ( ainda não sei em quantas partes, pois são muitos acontecimentos e se eu jogasse tudo em um capítulo só seria uma bíblia e uma porrada de coisas tudo em uma pancada só. Basicamente um tiro no meu pé. Enfim espero que vocês se divirtam e boa leitura.
Obs.: Antes que eu me esqueça, eu pensei muito e decidi que vou escrever um Spin Off sobre a Onoskelis! Se chamará " Onoskelis- Uma Jornada Infernal" Vou contar o que a nossa ruivinha passou dentro do inferno antes de conhecer e trabalhar junto de Crowley. Acho que vocês irão gostar. Bjus
Dean fita o corpo morto do presidente e cerra o maxilar ao ponto que seus dentes podiam trincar com tamanha pressão. Não sabia ao certo o que realmente tinha dado errado, o plano era simples, porém funcional. Lúcifer estava fraco e Dean está forte, será que o erro dele foi ter superestimado o arcanjo sombrio?
— Caramba. — a ruiva se aproxima de Dean e encara o corpo que possui uma fenda tão grande e larga em seu tórax que a bruxa podia ver o coração partido em dois. Totalmente brutal. O sangue lustroso e pegajoso escorre e se espalha pelo ambiente ao ponto de chega a tocar em Dean e Rowena. — Ah, mais que nojo! Sujou meus louboutins. — ela reclama em desaprovação demonstrando toda repulsa pelo falecido receptáculo.
Em um movimento rápido, Dean pega Rowena pelo pescoço e a prensa contra a madeira fria da cabana, a ruiva sufoca um grito assustada e arregala os olhos ao encarar os olhos negros de Dean.
— Que porra de feitiço foi aquele que você fez?! — ele urra odiosamente contra a pequena bruxa que engasga sem ar.
— Afasta-se dela, Dean! — ele escuta a voz de Crowley soar alta e ameaçadora. — A culpa não foi dela e sim nossa. — ele conclui.
Dean não dá ouvidos ao rei infernal e aperta ainda mais o fino pescoço de Rowena e sente seus membros e consciência falharem, impossibilitada de proferir qualquer feitiço para afastar aquela aquele monstro tomado pelo ódio de si. Crowley usou a telecinesia e jogou Dean ao outro lado da cabana, seu corpo bateu bruscamente contra um pilar de madeira grossa provocando um enorme rombo. Ele se levanta sem nenhum dano e encara Crowley não entendendo por que ele havia feito isso.
— Você estava descontrolado, precisei fazer isso. — explicou dando de ombros. Dean engole em seco e ajeita seu casaco de couro.
Rowena, caída de joelhos com as mãos sobre o pescoço tenta ao máximo recuperar seus sentidos e o oxigênio. Ela levanta os olhos e fixa-os em seu filho que devolve um olhar beirando a terno. Ela baixa sutilmente a cabeça em agradecimento.
Por mais que os dois nutrissem um ódio eterno um pelo outro, eles são família. Rowena sabia que toda aquela raiva que ela tinha de seu filho boa parte não fazia sentido, pois ela que jogou nas costas de Fergus suas frustrações, guardou seu rancor por ter sido abandonada grávida a mercê das maldades daquela época sombria e culpou seu filho por isso. Em parte, Crowley entende o lado de sua mãe nada convencional, ela poderia ter lhe dado mais amor e carinho, ter lhe guiado e ensinado a ser um bom homem, mas ela sabe que não era fácil.
— O feitiço foi eficiente, Dean. — Rowena muda de tom e levanta-se com certa dificuldade. — O problema aqui foi a sua falta de competência em matá-lo. — Rowena alfineta o ego de Dean que cerra os punhos e dá um passo para frente, mas Crowley segura seu braço o impedindo de agredir mais uma vez a bruxa.
Rowena não ficaria mais naquele lugar, ela se afasta dos dois e pega sua bolsa.
— Aonde você pensa que vai? — Crowley pergunta a ruiva que franzi a testa e põe uma das mãos sobre a cintura.
— Vou embora, acho melhor eu sair do radar já que ele não está morto... — ela olha Dean com desdém. — Ele pode se recuperar e vir atrás de mim.
Crowley revira os olhos enfurecendo sua mãe.
— Olha aqui mocinho, eu arrisquei o meu pescoço para poder ajudá-los e olha só... — ela apontou para o corpo do presidente. — Deu tudo errado graças ao seu pupilo, não vou me arriscar mais, eu disse que ia os ajudar e ajudei, mas agora é com vocês.
Ela caminha até a janela e espia a movimentação do lado de fora da cabana, observa os carros oficiais estacionados em frente.
— Lúcifer está fraco, mas a única coisa que pode fortalecê-lo é o seu receptáculo, pense nisso. — ela conclui caminhando em direção a portas dos fundos.
— Você quer dizer que ele vai atrás do Sam? — Dean pergunta fazendo com que a bruxa pare bruscamente.
Rowena precisa pensar em uma resposta rápida, ela não poderia deixar que Dean e Crowley fossem atrás de Sam, se o fizessem eles descobririam da sua parceria com o Winchester, saberiam do plano de curar Dean.
— Não! — ela exclama tentando disfarçar.
— "Não"? — Crowley repete o que ela diz. — Pelo o que sabemos, Sam é o receptáculo perfeito de Lúcifer, ele só aumentaria seu poder se possuísse ele.
Ela respira fundo, e esboça um sorriso amarelo.
— O que eu quis dizer é que ele se sentirá mais forte assim que encontrar um receptáculo que o aceite, vocês precisam traçar um plano para interceptá-lo assim que possível. Crowley... — ela se direciona ao seu filho. — Eu sei que você não quer que ele destrua tudo, apesar de ser o rei do inferno você se importa com esse mundo. Eu sei que você fará a coisa certa. Eu acredito em você. — ela diz olhando no fundo dos olhos de seu filho e por fim vira-se saindo pela porta.
Crowley piscou algumas vezes tentando entender o que acabara de ouvir de sua mãe. Ele não sabia, mas apesar de tudo, nas profundezas do âmago obscuro de Rowena, ela o amava e apenas isso é o que importava.
Lebanon, Kansas. – Bunker dos Homens de Letras.
Os pulsos doem, uma dor tão latejante pulsa em sua cabeça, a ruiva geme de dor e levanta seu pescoço de forma que seus cachos saem do seu campo de visão. Ela se sente estranha, como se um turbilhão de sentimentos invadissem seu ser a atingindo como uma grande onda violenta e ela estava se afogando nesse mar de sensações estranhas. Onoskelis pisca algumas vezes tentando visualizar o ambiente, seus olhos estão embaçados e náuseas atravessam o seu corpo frágil fazendo-a soltar um gemido baixo. Seus olhos, depois de um tempo tentando se acostumarem com a luz artificial sobre sua cabeça, focam em Sam que a observa com uma feição séria e braços cruzados. Ele observa a moça em sua frente com os olhos atentos em cada movimento que ela faz.
Ele se aproxima dela e abre às algemas mágicas, de seus pulsos e suas pernas, Onoskelis tenta se levantar, mas a fraqueza que lhe aflige é extrema e faz com que ela caia de joelhos. Ela sente um líquido amargo e viscoso preencher sua boca fazendo-a jogar tudo para fora. Uma grande quantidade de líquido preto lustroso se espalha pelo chão, um cheiro forte de enxofre preenche o ambiente embrulhando o estômago de Onoskelis.
— O que... O que está acontecendo comigo? — ela pergunta com a voz falha enquanto encara o que acabara de vomitar.
Sam não sentia mais a raiva abrasadora sobre ela, ela parece tão frágil e assustada que despertou nele certa empatia, ele se agacha ao lado da ruiva e, com um pano, limpa o canto de seus lábios.
— Isso é o que acontece depois do procedimento. Você está curada, você é humana de novo. — Sam revela.
Ao término dessas palavras Onoskelis encara Sam com os olhos arregalados, todas as sensações estranhas que ela estava sentindo fazia sentido agora, há séculos que ela não sente qualquer coisa, mas hoje o mundo começara a fazer sentido novamente. Ela levou sua mão ao peito e repousou ali, ela conseguia lembrar-se por completo, agora o nome Lyanna fazia sentido. Ela consegue se lembrar da sensação que é de tocar o rostinho de sua falecida filha. De senti-la em seus braços, o calor do seu corpinho contra o dela. Ela não percebe, mas lágrimas volumosas escorrem de seu rosto, Sam a encara com a testa franzida, mas nada diz apenas a ajuda a se levantar.
Sam passa o braço direito de Onoskelis sobre os ombros e segura firme em sua cintura para apoiá-la melhor. Enquanto ele a carrega pelos corredores, o único som que preenche aquele lugar vazio são os seus soluços altos e tristes. Sam a ajudou a sentar-se no sofá da biblioteca e pegou uma pequena manta e colocou sobre os ombros de Onoskelis que segura às pontas e curva seu corpo cobrindo seus olhos molhados com as mãos. Tudo o que ela fez durantes os séculos no inferno passava pela sua cabeça como um maldito filme de terror, a assombrando nesses poucos minutos da sua segunda vida.
— Lyanna... — ela solta em um sussurro o nome do seu pequeno anjo aguçando a curiosidade de Sam.
— Lyanna? — Sam pergunta.
Onoskelis funga e coça o nariz, ela poderia rir mentalmente com as pequenas atitudes humanas que ela havia esquecido com o tempo.
— Minha filinha. — apenas essas duas palavras foram o suficiente para fazer Sam Winchester ficar completamente calado. — Me lembro de tudo. — ela sussurra mais para si do que para Sam. — De cada maldito detalhe. — ela passa sua mão direita sobre o rosto limpando suas lágrimas quentes.
Onoskelis esticou o braço até uma mesinha ao lado do sofá e pegou a garrafa de uísque.
— Se importa? — ela pergunta a Sam que fez um gesto para que ela fosse em frente. A ruiva abre a garrafa e desfere um longo e demorado gole no líquido que desce queimando sua garganta a fazendo tossir. Ela percebe que não possui a mesma resistência à bebida de quando era um demônio.
— Vá com calma. — Sam a alerta e ela assente fechando a garrafa. — Quer conversar?
— Por que de repente está sendo legal comigo? — ela indaga curiosa.
Sam passa as mãos nos seus cabelos e balança a cabeça.
— Porque você não é mais um maldito demônio. — ele simplesmente responde.
Ela ri entre lágrimas.
— Olha... Ainda estou sentindo os socos que você me deu. — ela passa o dedo um pouco abaixo do olho.
Sam engole em seco.
— Eu sinto muito. — ele se desculpa.
Ele se levanta e pega de um cooler ao lado de uma das mesas uma garrafa gelada de cerveja e entrega para a ruiva colocar sobre seu hematoma.
— Tudo bem. Você fez o que tinha que fazer. — ela coloca a garrafa sobre seu olho.
Sam senta-se ao lado de Onoskelis.
— Você disse que se lembra de tudo... Do que lembra?
Onoskelis engole algumas lágrimas e respira fundo, as lembranças a golpeiam como um pugilista raivoso.
O choro
O grito
O fogo
A dor.
O escuro.
Ela deixa que mais lágrimas lavem sua alma.
— Eu lembro como eu fui parar no inferno, lembro-me de sentir uma dor tão grande ao ver a minha filha recém-nascida morta em meus braços. — ela faz uma pausa. — Lembro-me do desespero que senti ao pegar seu corpinho mole, eu fiz o que uma mãe deve fazer, sabe? — ela olhou para Sam que se mantinha calado, ele não sabia o que dizer. Não tinha o que dizer. — Simplesmente não podia deixar a minha filha morrer.
— Eu posso imaginar como é não aceitamos a partida daqueles que amamos. — Sam sussurra ao se lembrar de Dean. Onoskelis assente entre lágrimas.
— Eu fiz um pacto, eu sabia dos riscos, ainda mais com a caça as bruxas, mas não me importei. O demônio me ofereceu dez anos ao lado da minha filha e era tudo o que eu queria. — ela funga mais uma vez se lembrando de correr pela floresta tão desesperadamente para enfim ver o rosto de seu bebê.
— Sabe quanto tempo eu pude ficar ao lado dela? Uma noite. Descobriram do meu pacto e me condenaram a fogueira. Eu implorei, Sam. — ela faz outra pausa demorada.
Seus olhos assumem uma vermelhidão de choro intenso, Sam podia sentir toda a dor de Onoskelis. Ela visível que ela foi vitima de um destino cruel.
— Apesar de sentir a agonia de ser queimada viva, a pior coisa foi escutar seu choro e não poder fazer nada. Eu queria me soltar daquelas amarras e segurá-la em meus braços e fugir com ela, esse era o plano.
Ela escondeu mais uma vez seu rosto entre suas mãos, Sam não conseguiu segurar mais e deixou que uma lágrima solitária escorresse por seu rosto, a história de Onoskelis era triste e tocante. Ela era apenas uma mãe querendo proteger sua filha. Onoskelis levantou o rosto e se escorou em Sam que envolveu seus braços em torno da ruiva.
— Eu te entendo. — foi à única coisa que ele pôde dizer a ela.
Ficaram ali em um abraço terno, eles precisavam disso, compartilhavam da mesma dor.
Compartilhavam o luto.
Ela perdeu uma filha e Sam perdeu seu irmão.
Até que a porta do bunker é aberta chamando a atenção dos dois que se afastaram. Rowena desce os degraus, aflita, sua expressão não é das melhores.
— Sam... Onoskelis. Vejo que deu certo o procedimento. — ela diz olhando diretamente para Onoskelis que desvia o olhar e limpa o nariz. — Sam, temos um problemão. — ela diz fazendo o coração de Sam acelerar.
Inferno – Salão do Trono.
O grito gutural de Dean ecoou pelos corredores do castelo infernal, sua ira transcende qualquer sentimento. A missão fracassou miseravelmente e isso o deixa totalmente sem controle, alguns demônios que caminhavam pelos aposentos do castelo se assustaram com os urros tenebrosos de Dean.
Crowley está sentado em seu trono observando Dean assassinar alguns estupradores, assassinos e pedófilos que ele havia mandado buscar para Dean saciar sua sede de matar.
— Como. Que. Pode. Ter. Dado. Errado?! — Dean pergunta intercalando com cada golpe da Primeira lâmina. Ele limpa a Lâmina na camiseta do corpo mutilado e encara Crowley que fita o pilar imponente no centro do salão.
— Eu não sei. Era para ter dado certo, precisamos encontrá-lo o mais rápido possível. — ele diz ainda fitando a viga de mármore.
— E como vamos fazer isso? — Dean pergunta guardando a Primeira lâmina.
— Preciso da Onoskelis, ela é a melhor em rastreamento. Onde ela está? — ele pergunta a Dean que o encara confuso.
— Como assim? Você não a enviou em uma missão? Não a vejo há dias. — ele indaga.
Crowley levanta-se do trono.
— Não. Não a mandei em missão alguma. — ele revela com certa tensão nas palavras. — Espere. Gomory! — ele chama por um ser demoníaco que aparece entre as portas duplas.
Uma mulher negra, alta com cabelos lisos, esbanja sensualidade, entra em passos rápidos e para a poucos metros de Dean e Crowley.
— No que posso servi-lo, sua alteza. — ela curvou-se sutilmente e sorriu.
— Sabe de algo sobre a Onoskelis? Preciso que rastreie ela. — ele ordena.
Gomory é um demônio especializado em profecias sobre coisas "escondidas", se Onoskelis está em algum lugar, o ser infernal a acharia. Ela é boa, mas Crowley não confiaria em qualquer demônio para rastrear Lúcifer. Onoskelis é a única em que ele pode confiar.
Gomory assente, um fino pergaminho antigo materializa-se em sua mão, ela ajoelha-se sobre o mármore e estica o frágil item mostrando formas em relevo. Um mapa.
Ela pega uma pequena adaga e olha para Dean.
— Preciso do sangue de alguém que ela se sinta próxima. — ela revela a Crowley que encara Dean.
Ele revira os olhos e solta o ar enquanto estende sua mão em direção a Gomory.
Ela encosta a ponta da lâmina contra a pele de Dean e pressiona até uma quantidade considerável de sangue caia sobre o pergaminho.
— Umbicumque in occultatione sis, defigo te ut mihi pareas. Igni Fiat Notum. — proclama o cântico e as gotas de sangue se unem sobre um único lugar.
— Está feito, meu rei. Onoskelis está ao norte do Kansas em uma cidade chamada Lebanon.
O sangue de Dean ferve em suas veias ao saber do paradeiro de Onoskelis, ele não podia acreditar que Sam foi estúpido o suficiente para capturar sua amada. Dean embainhou a Primeira Lâmina e sentiu que a fúria preencheu cada canto de sua essência demoníaca.
— Filho da puta. — sussurra enquanto saiu em disparada pelas enormes e pesadas portas do castelo infernal.
Inferno – Trevas das Lamentações.
A escuridão melancólica paira sobre a grande e imponente montanha, raios cortam o céu tingido de sangue e iluminam o vastado e assustador aglomerado de rochas e ossos dos mártires. Ás súplicas carregadas de culpa e arrependimento ressoam por toda a extensão daquele lugar tenebroso como uma linda canção para os ouvidos da Duquesa infernal.
Sophia, caminha calmamente sobre as pedras vulcânicas e os restos mortais assolados pela putrefação, seus pés descalços afundam nas carnes decompostas. Ela nem ao menos demonstra qualquer reação, apenas mantém sua inabalável postura como a de uma bela e dedicada bailarina. Impassível.
Seus olhos assustadoramente brancos e opacos repousam sobre o mar de almas errantes que se espalham aos pés de sua morada. Seu longo vestido branco modela suas curvas sinuosas que balança ao ser atingido por uma brisa quente trazendo consigo o mais delicioso aroma de todos. O sofrimento. Sophia suga para dentro de seus pulmões aquele ar tóxico que desperta o mais profundo dos prazeres em seu âmago obscuro.
Mas algo está diferente.
Algo em todo aquele caos está completamente diferente.
Há muitas luas, Sophia era uma deusa no mundo dos humanos, sua áurea era quente e pulsante como uma linda estrela. Radiante e totalmente encantadora, de súbito, cativou não só outros deuses como os filhos do deus Cristão. Os humanos. Hipnotizados com a sua luz, os terrenos mais poderosos criaram uma espécie de credo e a chamaram de Agnosticismo.
Agnosticismo é um conjunto de correntes filósofo-religiosas sincrético, quando os cristãos souberam sobre ela, foi declarada como um pensamento herético após ficar mundialmente conhecida entre os intelectuais terrenos. A cada alma que acreditava em Sophia, seu poder e luz aumentavam ainda mais. Com as eras, sua luz tão incandescente chamou a atenção de outro ser, igualmente poderoso. Bythos, o deus do caos.
Encantada com as juras de amor do ser, até então desconhecido, Sophia deitou-se com seu amante dando a origem a um filho. Samael, também conhecido como príncipe do caos.
Após seu filho nascer, Sophia percebeu um lado obscuro e macabro que impregnava a essência da sua prole, mas antes que ela pudesse fazer algo contra ele, Samael assassinou brutalmente seu genitor, sugando a energia de Bythos. Deus, vendo o monstro que foi criado, interveio e prendeu Samael nas profundezas de Geena. Completamente envergonhada e triste pela morte de seu amado Bythos, a luz de Sophia se apagou fazendo-a cair em desgraças. Culpada por ter criado um ser tão maligno, em uma forma de diminuir sua culpa, ela se condenou ao inferno, transformando-se em um ser diabólico.
Sua história deveria ser bonita, uma história de amor, mas por causa de seu filho tudo o que Sophia poderia ser e ter não passava de dolorosas lembranças.
E aquela mesma sensação horrível em ser testemunha do assassinato de Bythos lhe aflige novamente, depois de eras ela jurou que não sentiria o medo aterrorizante como sentiu naquele tempo. Mas hoje aquela sensação voltou.
Um sútil tremor pôde ser sentido sob seus pés, intrigada ela olhou para o horizonte curiosa, mas aparentemente nada estava errado.
— Sophia. — a voz grave soa como um turbilhão de outras vozes, como se uma legião chamasse por Sophia. Ela não se vira, continua encarando o horizonte como se procurasse por algo.
Satã aproxima-se da beirada do penhasco, seus chifres retorcidos curvados para trás, cortam o vento quente, seus olhos pretos observam o mesmo lugar que Sophia fita.
— Você sentiu o que eu senti? — ela pergunta em um tom sério tentando ao máximo mascarar a tensão em suas palavras.
Satã aparta seus enormes e longos dedos avermelhados envolta de seu cajado, suas unhas negras cravam na madeira escura.
— Você acha que pode ser ele? — ele questiona a amiga que solta o ar preso em seus pulmões.
— Sim. — ela apenas responde.
Sophia cerra os punhos e aperta os olhos lutando contra as lembras de seu amado Bythos.
— E o que planeja fazer? — ele indaga para a loira.
Ela abre os olhos sentindo a fúria tomar controle do seu ser e encara o amigo.
— Eu não irei mais fugir. — ela responde sombriamente. Sua mão direita ergue-se aos céus e uma grande espada materializa-se entre seus finos dedos.
O cabo dourado possui ornamentos e sigilos tornando a lâmina mortalmente sobrenatural, sua estrutura metálica alonga-se se curvando levemente em seu centro o que potencializa a eficiência de seus golpes.
— Irei atrás de Samael, irei destruir meu filho.
E então? Gostaram da história de Sophia? Eu misturei a história da Sofia (do agnosticismo) Com a Sophia de Lúcifer da Igreja de Azazel.
Bjus e Até o próximo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top