Karma é uma Vadia!

  Olá lindos e lindas! Postando mais um capítulo cheio de tretas e mortes... Então peguem algo para comer e divirtam-se! 

obs: Se tiver algum erro, peço perdão é que eu queria postar antes que Wattpad atualizasse. Boa leitura!  


O vestido preto tubo vestiu perfeitamente em corpo deixando um ar profissional, Ishtar fez uma careta e soltou o ar em desaprovação. Ela odiava cobrir o corpo dessa forma, gostava de mostrar toda a destreza e lascívia de suas lindas curvas. Seus longos cabelos estavam presos em um rabo de cavalo firme, sua aparência que exalava desejo e sensualidade transformou-se em um visual de uma mortal de negócios, bonita, mas profissional. Ela não tinha escolha, esse era um dos requisitos se quisesse se encontrar com seu amado rei Lúcifer.

Seu andar lento e completamente sensual hipnotizava os inúmeros seguranças, Ishtar sorriu ao ver as íris dilatadas e um pequeno filete de saliva nos cantos de suas bocas humanas. Era tão fácil persuadir os seres humanos que tornava tudo menos entediante. Seus Louboutins de sola escarlate batiam firmemente de encontro o mármore branco que revestia o chão do enorme corredor. Soldados permaneciam imóveis com suas posturas firmes e inabaláveis segurando as suas M-16 como se fossem uma extensão de seus corpos. Ishtar sorriu ao ver a o qual cega à humanidade pode ser, armas, doenças, guerras, nada disso foi culpa dos demônios e sim dos próprios humanos que tem o desejo obscuro de morte impregnado em seu DNA.

Ishtar encarou as enormes portas duplas de madeira escura e sorriu para si mesma ao sentir todo o poder que apenas um receptáculo possuía a excitação que se apossava de todo seu âmago negro era difícil de ignorar, pois ela finalmente conseguiu ficar frente a frente com o pai dos demônios. O arcanjo sombrio.

Dois dos soldados que bloqueavam a porta seguraram nas maçanetas e empurraram-nas abrindo caminho para Ishtar. Ela sorriu quando Lúcifer entrou no seu campo de visão. Donald estava encostado na enorme mesa de madeira rustica enquanto em quanto conversava com seus ministros.

–... Enquanto estivermos fora de DC, na Bielorrússia, as negociações entre as forças rebeldes e o governo caíram por terra. – o secretario de defesa dos Estados Unidos explicava a situação para os demais. – Vamos ligar para o embaixador Harkin. Senhor, seria a hora de envolvermos a ONU? – o homem perguntou cheio de expectativas, Lúcifer encarava a janela com um olhar pensativo, toda aquela burocracia era entediante demais para ele.

– Isso ou podemos bombardeá-los de uma vez. – Lúcifer disse sem ao menos prestar a atenção na conversa chata que ali acontecia. Todos pararam de digitar imediatamente e encararam o Presidente com os olhos levemente arregalados. O silencio constrangedor se instalou sobre todos, Ishtar, que estava perto da porta reprimiu um leve riso e desviou o olhar de Lúcifer que percebeu o que dissera e pigarreou enquanto se ajeitava na mesa. – Só estou brincando. – disse em meio aos risos falsos fazendo todos ali soltar o ar aliviado e o acompanhar nas gargalhadas.

– Ok... – O secretario da Defesa levantou-se. – A campanha de arrecadação Montroy é ás 14h00. Foi uma ótima reunião. – Todos se despediram do corpo de Donald e saíram deixando apenas Ishtar e Lúcifer.

O coração negro de Ishtar quase pulou pela boca, sua respiração estava descompassada e por mais que o receptáculo de seu Rei fosse extremamente ridículo ela ainda sim sentia uma forte atração por ele.

– Meu senhor, é uma honra finalmente conhecê-lo pessoalmente... – Ishtar estufou o peito e sorriu sensualmente para Lúcifer que esboçava um meio sorriso cínico acompanhado de olhos parcialmente semicerrados.

– Quero saber qual é a situação do inferno e principalmente dos... Winchesters. – Lúcifer disse a contra gosto demostrando sua enorme repulsa pelos irmãos Winchesters.

Ishtar sorriu.

– O inferno está um caos, Crowley sente medo pela sua presença, Satã e Sophia estão apreensivos. – Lúcifer levantou-se e andou até a enorme janela e encarou a belíssima paisagem fria.

– E Sam? – ele apenas perguntou ainda olhando a paisagem. Ishtar soltou o ar e se encostou-se à enorme mesa de madeira escura.

– Sam está com o Livro dos Condenados, ele está tentando achar uma cura para o irmão...

– Cura do que? – Lúcifer interrompeu Ishtar abruptamente. Ela respirou fundo e seu corpo ficou tenso.

– Dean Winchester é um demônio agora... – ela disse fazendo Lúcifer franzir a testa e abrir sutilmente a boca em formato de "O"

– Uau... Isso sim é uma novidade relevante. – ele disse pensativo. Ishtar desviou seu olhar para o chão fazendo Lúcifer ficar desconfiado. – Há mais alguma coisa que deva saber?

O silencio e a hesitação de Ishtar estava irritando ainda mais o Arcanjo Sombrio.

– Fale. – Lúcifer disse com uma calma sombria na voz fazendo Ishtar engolir em seco.

– Dean Winchester não é apenas um demônio comum, ele tem a Marca de Caim.

Lúcifer se afastou e apoiou as mãos sobre a mesa, sua cabeça latejava e as lembranças da época em que era um arcanjo bom ser alastraram pela sua mente. A marca. O símbolo de toda sua desgraça estava com seu inimigo, aquilo que fez Deus o expulsar do céu. Aquilo que o condenou ao abismo ardente.

– Como... Como isso aconteceu? – ele perguntou tentando controlar o tom de sua voz.

– Ao que parece... O próprio Caim lhe deu. – ela começou a explicar. – Dean o matou logo em seguida.

Por mais uma vez o silencio constrangedor se instalou sobre o salão oval, Ishtar mal sabia o que estava por vir. De repente as mãos de Lúcifer se enroscaram no fino pescoço da Duquesa Infernal a prensando contra a parede com tamanha violência fazendo rachaduras profundas surgirem no mármore branco. Ishtar arregalou os olhos ao enxergar o carmim dos olhos de Lúcifer que queimavam em brava com o tamanho ódio que sentia.

– Como pôde deixar isso acontecer?! Sua vadia desprezível! – ele indagou extremamente agressivo entre dentes.

Ishtar tentava puxar qualquer resquício de ar, porém os dedos com força sobrenatural apertavam fortemente sua garganta de modo que os seus ossos começarem a rangerem sob as mãos de Lúcifer.

– Eu não sabia! Eu estava tentando te tirar da jaula... Essa era a única coisa que realmente importava! – ela rebateu entre uma lufada e outra. – Eu só queria que o inferno fosse como antes, queria que você pudesse assumir de vez o seu lugar de direito. – ela disse baixo com as mãos sobre a garganta.

Lúcifer olhou perplexo para a Deusa dos Suspiros e riu como se tivesse acabado de escutar a piada mais engraçada do mundo.

– Você acha que eu irei comandar vocês? Meros lixos radioativos, aberrações! Eu sou Lúcifer! O herdeiro dos Céus! – ele se aproximou do rosto de Ishtar e, olhando fixamente nos seus olhos e disse. – Você não passa de um objeto, eu usei você porque precisava sair daquela jaula imunda, sair daquele inferno asqueroso do qual meu pai me pôs. Você acha que eu confiaria em alguém que matou friamente aquele que dissera, muitas vezes, que amava? Ishtar eu sou a porra do Pai das Mentiras, o inventor da traição, não irei me juntar à escória. Não irei me juntar a você.

Ishtar franziu a testa e engoliu um grito odioso, sua raiva fervia em suas veias, mas ela não era maior que a decepção que a circundava naquele momento. Ela deu tudo por ele, matou Pan para libertá-lo de seu tormento, traiu tudo aquilo que acreditava para que? Para ser traída por aquele a qual ela estava disposta a fazer tudo o que fosse de seu alcance para agradá-lo.

– Some da minha frente antes que eu te desintegre e espalhe seus pedaços pelo universo. – ele disse enquanto estava de costas para a mulher infernal. Ela engoliu sua fúria e sem nenhuma escolha saiu daquele lugar rumo ao único local onde ela não podia voltar.

Para o Inferno.

Lebanon, Kansas. – Bunker.

Onoskelis se escorou em uma das enormes árvores e observou o perímetro, cada movimento era friamente calculado, pois um único erro poderia ser fatal. O lugar era incrivelmente escondido, e para poder chegar até ali ela teve que quebrar muitos sigilos anti-demônios espalhados pelo caminho. Ela subiu na parte superior no nível mais baixo do bunker e se escorou em uma das vigas visando achar a entrada secreta onde ela havia localizado no mapa que conseguiu na biblioteca local.

Ela segurou na alça da pequena portinhola de ferro corroído pela ferrugem e puxou bem devagar. Ela olhou para a passagem estreita e pronunciou algumas palavras quebrando os sigilos que a impediam de entrar no bunker. A ruiva se esgueirou no cubículo estreito e desceu os degraus de ferro de resistência questionável. Onoskelis abaixou a cabeça e se arrastou para fora do pequeno buraco. Ela levantou-se e limpou sua blusa de cetim preta e suas calcas de couro. A ruiva olhou para os lados e encarou uma porção de caixas arquivadas em inúmeras prateleiras. Onoskelis andou lentamente e seu senso a mandou parar bruscamente, ela levantou o olhar e encarou uma enorme armadilha do diabo desenhada com sangue de cordeiro no teto do recinto. A mulher infernal se encostou contra uma das prateleiras e na ponta de suas botas de salto ela saiu de fininho do porão. Onoskelis empurrou o resto de uma porta para o lado. O que será que passou por aqui? A ruiva pensou curiosa encarando os pedaços grandes de madeira espalhados pelo chão. Onoskelis desviou, com cuidado, dos enormes pedaços e percorreu o corredor atenta a qualquer barulho, mas o silencio imperava naquele lugar, sinal de que talvez não houvesse ninguém em casa.

A mulher demoníaca andou pelos corredores e o único som que conseguia ouvir o som dos seus saltos batendo contra o chão, ela virou à direita e passou por uma porta aberta lhe chamando a atenção. A ruiva deu dois passos para trás e empurrou a porta, que estava entre aberta. De cara soube que aquele recinto pertencia ao Dean, às armas perfeitamente polidas expostas nas paredes como objetos de decoração, a cama feita e organizada. Onoskelis passou seus dedos sobres os papeis e não pôde deixar de rir ao ver o gosto peculiar de revista pornô de Dean.

Onoskelis ouviu o barulho de a porta abrir a deixando completamente em alerta.

– Eu não acredito que terei que ficar nessa... – Rowena olhou em volta com uma feição de desprezo. – Espelunca! – ela disse encarando o ambiente.

Sam passou as mãos sobre a cabeça e encarou a ruiva com ódio fazendo-a engolir em seco.

– Mas ela tem seu charme... Vintage! Eu gosto. – a bruxa tentou se redimir.

Rowena soltou a alça de sua mala e olhou para Sam que a encarou de volta franzindo a testa.

– O que foi? – ele perguntou cansado.

– Pode me mostrar onde fica meu aposento? Seria muito cavaleiro de sua parte. – ela disse com um sorriso debochado.

Sam respirou fundo buscando forças do fundo de sua alma estilhaçada para não estrangular a ruiva em sua frente, ela notou a perda da paciência de Sam e levantou os braços defensiva.

– Tudo bem... Tudo bem... – ela disse tentando acamá-lo. – Eu procuro sozinha... Pode fazer suas coisas e eu lhe garanto que nem perceberá a minha lustrosa presença. – ela disse pegando a alça de sua mala e a arrastando até o corredor, mas de repente ela parou como se algo a impedisse de continuar. Sam encarou Rowena intrigado.

– O que foi? – ele perguntou.

– Há um demônio aqui. – ela sussurrou e olhando fixamente para o corredor.

De imediato, Sam sacou sua faca especial e seguiu cautelosamente em direção ao corredor, Rowena seguiu atrás caso ele precisasse de ajuda.

Do outro lado do corredor, Onoskelis se escorava contra a parede e tentava pensar em algo, uma saída rápida dali, mas ela havia jeito uma jura de ir embora só com o Livro dos Condenados em mãos. Droga! Onoskelis pensou, ela não podia imaginar que Sam estaria com a bruxa Rowena, mãe de Crowley, se não fosse por isso ela teria pegado o livro e ido embora sem que Sam Winchester percebesse.

Ela não podia usar o teletransporte, sentia que algo a estava impedindo. A bruxa.

Sem saída, Onoskelis não viu outra opção a não ser correr, a ruiva saiu do quarto de Dean em disparada rumo ao porão.

– Hei! – Sam gritou e correu atrás da mulher demoníaca que corria em disparada.

Mani, mani, mani... – Rowena começou a proferir palavras em latim fazendo Onoskelis parar bruscamente como se seu corpo estivesse mergulhado em cimento. Mãos e pés paralisados. Sem escapatória.

– ARG! Droga! – ela gritou. Sam parou em sua frente e olhou para Rowena que lhe devolveu uma piscadela.

– Quem é você e o que faz aqui? – ele perguntou controlando o tom da sua voz.

Onoskelis fuzilou Sam com o olhar e se manteve de boca fechada. Sam levantou o punho e desferiu um forte soco no rosto da ruiva que gemeu de dor, mas manteve-se quieta o irritando ainda mais.

– Tudo bem... Não quer responder. – Sam começou a dizer enquanto guardava sua faca na cintura. – Vamos ver quanto tempo você aguenta ficar de boca fechada. – ele disse de maneira sombria fazendo o âmago de Onoskelis estremecer.

Sam pegou a ruiva, ainda paralisada pelo feitiço de Rowena, e a arrastou até o calabouço.

Onoskelis não fazia ideia da enrascada que havia se metido.

Inferno- Vale da Perdição.

Crowley caminhou lentamente pela vegetação selvagem do vale da perdição, sua feição era séria e terrivelmente sombria.

Muitos têm uma imagem completamente errada da soberania de Crowley, mas o que nem imaginam é que ele havia dado seu sangue para criar o inferno perfeito e justo e não mediria esforços para dizimar e destruir todos aqueles que atentem contra tudo aquilo que construiu.

Confiança e reputação são algo que demora em se construir, e são que nem papel, depois de amassados nunca mais volta a ser perfeito como antes. Crowley leva sua soberania extremamente a sério. O Rei da legião de almas errantes e seres demoníacos acredita que traição não é apenas um passo em falso, é a escolha de um caminho sem retorno. Ishtar fez a escolha dela e agora ela teria que pagar.

Não apenas Ishtar se mostrou ingrata como muitos demônios a ajudaram. Crowley tinha que arranjar um jeito de pegar nome por nome e fazer esses rebeldes pagarem pelos seus atos traiçoeiros.

A cada passo naquele campo aberto vazio, ele reconhecia que uma grande batalha estava por vir, mas ele não sentia medo. Não possuía tal sentimento de fraqueza. Muitos pensam que ele não era digno de tal posição, que ele era um molenga como rei, mas Crowley nunca deixou sua besta interior soltar-se das amarras da sua essência negra. Muitos ficariam chocados com o poder que esse demônio possuía. Ishtar seria a escolhida para provar desse mal acorrentado dentro de Crowley. E não iria gostar do que veria.

Ao longe, Crowley avistou o altar da Deusa caída, onde ela residia serena em seu trono rodeada de concubinas infernais seminuas.

– Ora, ora... – ele começou a proferir debochadamente, Ishtar se manteve imóvel de postura firme e séria. – Parece que as coisas não deram certo com o seu amado Arcanjo... O que houve? Ele terminou com você? – Crowley soltou seu imensurável humor acido em cima da Deusa dos Suspiros que cerrou os punhos, mas nada disse.

– Você é burra demais... – Crowley sorriu com desprezo. – Achou que aquele mimadinho te convidaria para a festa do pijama dele? Mas é claro que não! – ele esbravejou assustando algumas súcubos que rodeavam Ishtar.

Crowley andava de um lado ao outro como se fosse um leal selvagem pronto para lançar-se sobre a presa, sua raiva era visível e sua fúria era mais evidente ainda.

– Sabe Ishtar, eu nunca realmente a quis como duquesa, eu sabia que seu comportamento impulsivo poderia acabar atrapalhando todo o império que construí. – Crowley cuspia as palavras de um jeito que o ódio em seu peito pulsava. – Você não faz ideia de como isso era, de como o caos ardia em nossas peles dilacerando nossas carnes... – Crowley baixou a cabeça e sugou o enxofre que exalava de seu ser. – Lúcifer tratava a nossa raça como se fossemos meros mutantes, aberrações, experiências mal feitas do seu querido papai. Mas eu lhe dei um nome, lhe dei um lugar no mundo e você... – Crowley franziu a testa, seus olhos emanavam um tom escarlate vibrante fazendo Ishtar engolir em seco.

– Cospe a sua ingratidão na minha face... Sinto-me como Jesus com Judas.

Crowley parou em frente ao enorme trono de pedra e olhou fixamente para o rosto cínico de Ishtar.

– Mas eu não tenho o sangue de barata como Jesus teve... – ele semicerrou os olhos. – Eu não vou dar a minha outra face.

O ar do vale, que era quente e amistoso, tornou-se gélido trazendo consigo o forte aroma de enxofre e carne pútrida. Ishtar soltou levemente o ar que segurava e aspirou aquele doce aroma da morte. Sua hora estava chegando.

– É uma pena você não dar a outra face... – ela disse levantando-se lentamente. – Eu adoraria dar-lhe um beijo. – disse e olhou para as suas escravas sexuais que se entreolharam e se puseram de frente para Crowley, formando uma barreira contra Ishtar. As mulheres infernais sacaram suas espadas fuzilando o rei com o olhar.

Crowley sorriu debochado e olhou sutilmente para os demônios e depois voltou a encarar Ishtar que cerrava os punhos deixando a fúria crescer em seu peito.

– Você pensa que essas putas demoníacas vão me derrubar? Achava que fosse mais esperta que isso... – disse zombeteiro.

– Matem esse desgraçado! – ela rosnou sem paciência.

As escravas infernais avançaram na direção de Crowley, ele sorriu e sacou uma espada angelical deixando que toda a fúria de sua escuridão o inundasse preenchendo cada canto do seu ser. O ódio e a ânsia de matar nunca estiveram tão vivos dentro dele. Um demônio loira completamente nua pulou em cima de Crowley que deu um passo para o lado fazendo-a tropeçar e cair. Crowley puxou violentamente seus cabelos fincando a espada angelical no seu peito desnudo fazendo-a soltar seu ultimo grito em agonia. Crowley jogou o corpo vazio, com extrema violência, contra o chão e encarou Ishtar que estava cada vez mais furiosa e com medo.

Crowley virou-se rapidamente desviando de um golpe de faca, segurou o pulso da morena e o dobrou com violência, quebrando o osso. Ele pegou o impulso desferindo uma forte joelhada no estômago do demônio que arqueou o corpo cuspindo sua essência demoníaca, Crowley apertou seus dedos sobre o cabo da espada angelical e sem hesitar o fincou sobre o olho esquerdo do demônio que gritou, mas o rei puxou o cabo para cima rasgando o crânio da desgraçada ao meio.

Crowley cortou, arrancou e despedaçou cada um dos seus oponentes que lutavam inutilmente contra ele, deixando um rastro de morte e devastação onde qualquer pessoa ou ser sobrenatural sentiria náuseas com a cena. Ofegante, ele caminhou até o começo do altar e a encarou. De repente, tudo foi envolvido em um silencio ensurdecedor, mas a única coisa que se ouvia é o gotejar do sangue que escorria de suas mãos.

Sem escapatória.

Um caminho sem volta.

Ishtar nunca vira tamanha fúria, principalmente de Crowley, o demônio que considerava inferior. A vadia dos Winchesters.

Ela não podia recuar, não podia morrer sem ao menos tentar. Cometeu um erro em acreditar em Lúcifer, deixou-se ser seduzida pelas juras de um mundo tomado pelo caos. Deixou que o Arcanjo Sombrio a manipula-se matando Pan, seu único e verdadeiro amor. Sentia-se humilhada e usada, como nos primórdios da humanidade quando era venerada por milhões de seguidores que depois de anos a esqueceram como se fosse poeira ao vento.

Não poderia recuar agora.

A duquesa arqueou sua cabeça para trás e abriu sua boca, seus belos dentes tornaram-se afiados e ponte agudos como se fosse um tubaram furioso, sua mandíbula se abria de forma que as bochechas se rasgaram. De uma mulher com uma beleza formidável, Ishtar tornou-se um monstro sedento por sangue. Ela rosnou como se fosse um animal selvagem e avançou sem piedade contra Crowley que tentou desviar, mas foi pegou e acabou recebendo uma forte mordida no seu ombro, ele não gritou, mas ficou com força a espada no abdômen da mulher infernal fazendo-a cair de lado em agonia. O golpe não foi suficiente para matá-la, mas a deixou atordoada o suficiente de forma que Crowley levantou-se e a puxou pelos cabelos fazendo-a olhar dentro do escarlate vivido dos seus olhos.

Ele levantou a espada, Ishtar sabia que sua morte estava por vir, mas não deixaria seu orgulho de lado e levantou a cabeça, olhando diretamente nos olhos do seu carrasco. Crowley abaixou a espada, em um movimento rápido, passando a lâmina por toda a extensão do pescoço do que fora a Duquesa. A essência demoníaca queimou como brasa e sua cabeça caiu quicando até parar no chão, alguns metros longe do corpo mole sem vida.

Crowley sorriu, nunca havia sentido tamanho prazer como sentiu naquele momento. Ver a queda de um inimigo era como um doce orgasmo em uma manhã chuvosa. Raro e extremamente delicioso.

Ele andou até a cabeça decapitada e segurou o crânio pelos cabelos.

– Agora... Vamos mostrar para eles o que acontece com quem me trai. – Crowley disse sorrindo encarando a cabeça decepada da Deusa dos suspiros.

Ele iria colocar o inferno nos eixos de novo e não mediria esforços para isso.

Espero que tenham gostado! Não se esqueçam de votar, é muito importante que votem. Bjus e até o próximo. 

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