Ascensão do Arcanjo Sombrio
Oláaaaa ! Passando aqui rapidinho para deixar um capítulo CHEIO DE REVELAÇÕES ( GENTE... AGORA O BICHO VAI PEGAR) Espero que vocês gostem do cap e também vou esperar os seus comentários kkk
obs: Acho que eu nunca mencionei, mas os nomes dos demônios que eu uso são retirados do Supernatural - o Livro Dos Monstros, Espíritos, Demônios e Ghouls... ( otimo livro por sinal)
bjus e boa leitura.
Rowena passou seus dedos levemente sobre as páginas do Livro sombrio e sorriu para Sam.
- Existe apenas uma coisa que você possa fazer por mim que eu, no momento, não posso fazer sozinha. - Sam semicerrou os olhos enquanto ouvia atentamente o que a ruiva, que tentou matar ele e seu irmão muitas vezes, queria em troca. - Matar o meu filho. - ela disse pausadamente. Sam não pôde deixar de notar o ódio nas palavras de Rowena. - Ele espera isso de mim. Seus minions nojentos já estão em alerta. E se você está se perguntando como uma mãe chega ao ponto de querer seu próprio filho...
- Não, não quero nem saber. Eu topo. - Sam a cortou e a bruxa não pôde conter um pequeno sorriso de canto.
Depois de sua tentativa de reaproximação, Rowena falhou miseravelmente em seu plano de manipular seu filho, Crowley, que mostrou astúcia ao perceber as reais intenções de sua querida mãe. Decepcionada e humilhada, Rowena não tinha mais nada a não ser nutrir o mais puro e verdadeiro ódio pelo Rei do inferno e agora nada seria mais prazeroso ao vê-lo cair pelas mãos de um Winchester.
- Matarei Crowley. Mas primeiro... Consegue ler o livro?
- Claro que eu consigo! - ela respondeu animada. - Sou, provavelmente, a única bruxa ainda viva que entende de magia tão negra e antiga. Mas não no formato que está.
Sam suspirou cansado, foi idiotice pensar que Rowena pudesse ajudá-lo.
- Tudo bem, a bebida é por minha conta. - disse enquanto fechava o livro e se preparava para levantar, mas a bruxa segurou seu braço.
- Não vai à parte alguma, amigo. - ele se inclinou na direção de Sam para olha-lo profundamente nos olhos. - Sou sua inimiga mortal. Tentei matar você e seu irmão... Seu irmão, no mês passado. Não teria me procurado se eu não fosse o seu ultimo recurso. Está desesperado! - Rowena riu. - Pode para de fingir que não está.
Antes que ele respondesse algo para a ruiva, seu celular começou a apitar em seu bolso, não pensando duas vezes, ele atendeu.
- Que grosseiro! - Rowena reclamou fazendo Sam revirar os olhos.
- Charlie?
- Hei Sam! Só queria te avisar do progresso que eu tive... Bom eu criei um sistema que grava todos os símbolos do Livro dos Condenados e analisando e comparando com todas as dialéticas antigas já conhecidas. Acho que até o final do dia de hoje, eu consigo decodificar esse troço. - Charlie disse animada. Sam soltou o ar aliviado.
- Charlie você é um gênio! Foi a melhor noticia que poderia receber agora. Vejo você à noite. - ela riu e desligou.
- Enfim, eu não posso ler o livro no formato que está... Eu preciso de um decodificador, só assim poderei realizar o feitiço e trazer seu irmãozão de volta. -
- Você deu sorte... Parece que você terá o seu filho morto.
Rowena sorriu e os dois foram juntos de volta a Des Moines.
Inferno.
A enorme tela de Led 4K brilhava no escuro mórbido do Grande salão do trono, Crowley estava sentado em seu altar com as pernas cruzadas casualmente enquanto assinava alguns papeis.
- Burocracia... - suspirou cansado.
As enormes portas duplas se abriram revelando Onoskelis e Dean, ambos com um sorrisinho nos lábios, Crowley parou de fazer o que estava fazendo e encarou os dois. Eles estavam diferentes, um tanto alegres.
-Majestade... - Onoskelis começou a falar, mas Crowley fez um gesto para que ela se calar por um momento e aumentou o volume da TV.
"- Vamos a essa decisão agora. O Fox News Decision Desk anunciou Pensilvânia para Donald Trump...".
- Desde quando você liga para a politica humana? - Dean pergunta encarando a tela.
- Desde que eu tenha uma pequena participação.
"- Isso significa que Donald Trump será o 45º Presidente dos Estados Unidos, ganhando a mais surreal eleição que já vimos...".
Crowley sorriu e voltou a assinar mais papeis.
- Então devemos agradecer a você por ter um babaca como presidente? - Dean indagou arqueando a sobrancelha. Crowley riu.
- Eles têm um babaca como presidente, nós, demônios, não.
Crowley pegou o controle da TV e desligou, ele entrelaçou os dedos e repousou sua mão sobre o seu colo.
- Parece que se divertiram. - Crowley diz.
Onoskelis abaixa levemente o olhar, mas não diz nada.
- Sim, nos divertimos. Onoskelis é uma ótima companhia.
Crowley sorriu, ele sabia muito bem o que Onoskelis estava fazendo, ele não era tolo nem nada, mas gostou de ver que ela fazia Dean se sentir bem, ele estava mais controlado.
- Que bom que estão aqui, parece ser o momento perfeito para apresenta-los a você Dean.
Dean franziu a testa confuso.
- Apresentar quem? - ele perguntou.
Crowley olhou através de Dean e sorriu.
- Nos apresentar. - Uma voz grossa e sibilosa soou atrás de Dean que se virou e deu de cara com três entidades. Crowley levantou-se e ficou entre Dean e os demônios.
- Dean, esses são os Duques Infernais. Satã, Sophia e Pan. - Crowley disse e depois varreu os olhos pelo salão como se procura por algo.
- Vocês não eram quatro? - Dean perguntou indiferente. Crowley suspirou cansado e encarou Pan que desviou o olhar.
- Onde está Ishtar? - Crowley perguntou olhando diretamente para Pan que, apesar de estar com medo da presença de Dean, ele não iria entregar o paradeiro da amante tão fácil.
- Não sei... Você é o Rei, deveria saber onde ela está. - Pan disse acido.
Crowley fuzilou o demônio com um olhar sombrio e antes que pudesse responder a altura foi interrompido por Dean.
- Essa Ishtar parece que causa muitos problemas... Deveria fazer alguma coisa com ela. - Dean sugeriu a Crowley e olhou para os Duques que se entreolhavam.
- E farei... Tentei ignorar os seus showzinhos, agiu como uma criança e se ela pensa que a deixarei que continue sendo a Duquesa do Vale da Perdição... - Crowley riu nervoso. - Ela está completamente enganada.
Crowley respirou fundo e se dirigiu para o seu trono, a raiva e o ódio preenchia cada músculo do seu corpo. Ele não deixaria que ela o insulta-se dessa maneira.
- Tudo bem, podem voltar para seus lares. - Satã, Sophia e Pan viraram-se em direção à porta. - Pan, você fica. - a voz de Crowley soou pelo grande salão fazendo Pan parar bruscamente e, lentamente, virar-se para encarar o escarlate vivido que emanavam dos olhos de Crowley.
- Eu sei que você e Ishtar tem algum tipo de relação, mas eu não dou à mínima! O que mais me deixa estressado e ver vocês sendo tão ingratos... - Crowley semicerrou os olhos. - Vocês não passavam de um bando de selvagens lutando por miseras almas, como mendigos procurando restos de comida no lixo e hoje possuem seus próprios reinos... Sem mim vocês não são nada! EU SOU O MALDITO REI DO INFERNO! O REI! - Crowley bateu o ponho com força no apoio de seu trono. Pan nunca vira Crowley dessa forma e não pode deixar de sentir um enorme medo assumir controle de seu corpo. - Você retornará para o seu reino e seu eu souber que você deixou o seu posto como Duque... - uma rajada de vento gélido varreu o grande salão fazendo o Duque infernal engolir em seco. - Irei me certificar que sua agonia seja eterna! - ele esbravejou.
Pan arregalou os olhos e não pensando duas vezes virou-se bruscamente, fazendo o seu sobretudo de couro cortar o ar com violência, sumindo por entre as enormes portas duplas.
- Nossa... - Dean disse olhando em direção as portas por onde Pan fugiu. - E eu pensava que você era um molenga, mas me surpreendeu. Botou o pau na mesa! - concluiu abismado fazendo Crowley e Onoskelis rirem da sua cara.
- Onoskelis, quero que mostre os aposentos de Dean. - Dean foi em direção à saída e Onoskelis foi atrás, mas antes, foi surpreendida pela mão de Crowley que segurou seu braço. - Eu sei o que está fazendo, não estou chateado nem nada, eu até gosto dos dois juntos só esperava que me contasse seus planos, sem segredos lembra-se? - Onoskelis engasgou e não pode conter o espanto.
- Me- Me desculpe. - Onoskelis sussurrou nervosa. Crowley sorriu.
- Tudo bem, pode ir.
A ruiva respirou fundo e, meio desnorteada, foi ajudar Dean a encontrar seu quarto.
A caminho de Des moines - Noite.
-... E por isso 1723 foi o melhor ano da música! - Rowena conclui animada, Sam passou a mão sobre o rosto e respirou fundo extremamente cansado.
Rowena passou duas horas seguidas discorrendo sobre a música clássica, Sam queria abrir a porta do passageiro e chutá-la para fora do carro em movimento, mas se conteve, pois precisava dela. Se não fosse esse pequeno detalhe ele provavelmente teria desistido. Antes que ele pudesse mandar a ruiva calar a boca pela milésima vez, seu celular tocou.
- Alô... Charlie?
- Sam, tem alguém aqui. - Charlie diz baixinho como se não pudesse fazer muito barulho. O coração de Sam disparou. - Eles querem o Livro. - sua voz saiu fina como uma criança amedrontada.
- Entregue a eles! - Sam disse exaltado chamando a atenção de Rowena.
Ouve um silencio desconfortável e logo após um suspiro fundo e cansado.
- Você sabe que não posso fazer isso, Sam. Não agora que eu consegui - ela fungou, sua voz estava chorosa, pois sabia que foi parar em um caminho sem saída.
- Charlie... - Sam disse e apertou os dedos envoltos do volante, seu pé afundou no acelerador fazendo o carro dar um solavanco violento. - Por favor, não faça isso. Entregue tudo a eles e se esconde até eu chegar. - Sam praticamente implorou para que a amiga fugisse, mas Charlie era corajosa demais para morrer na praia, ela não podia simplesmente dar tudo que conseguiu sobre o Livro para a família Styne, não podia deixar algo tão poderoso nas mãos de pessoas más e cruéis. Não podia perder a única chance que Dean Winchester teria para se salvar.
- Te enviei o arquivo do programa que vai decodificar o livro... - ela engoliu algumas lágrimas e Sam não pode deixar de sentir um aperto em seu peito. Não, de novo não! - Eu sinto muito, Sam. - Sam podia escutar nitidamente, do outro lado da linha, o barulho alto de alguém se chocando contra a porta. - Diga a Dean que não me arrependo de nada, eu apenas fiz o que meu coração mandava. Eu tinha que tentar ajudar os meus irmãos. Eu amo vocês, vadias! - foi a ultima coisa que ela disse antes da ligação cair e ficar muda.
Sam dirigiu na velocidade mais alta que pôde, Rowena tentava não gritar a cada manobra que ele dava, ela podia sentir a dor da perda dele e, por mais que fosse uma bruxa má, ele preferiu respeitar o caçador.
Chegando a frente da cabana, Sam nem ao menos estacionou, simplesmente largou o carro como pôde e correu com a arma em punho em direção a ela, a porta da frente estava escancarada, folhas e água da chuva tinham invadido a entrada da sala. Ele verificou o perímetro, e não encontrou Charlie, apenas os livros e anotações espalhadas por todo o chão. Olhou de relance para a cozinha que também estava completamente vazia, mas não conseguiu deixar de perceber as grandes pegadas de botas indo em direção ao banheiro. Sam apenas correu e seu coração parrou quando encarou a terrível cena, ele se aproximou da banheira onde a ruiva estava deitada, sua perna esquerda para fora, Sam tocou o rosto ensanguentado da garota Nerd que ele havia amado como irmã.
- Meu Deus. - ele sussurrou com lágrimas nos olhos. - Charlie? - ele chamou por ela, mas já sabia que não haveria resposta alguma.
Sam tinha cometido um erro e de novo, esse erro, custou à vida de um amigo.
Ele pôs as mãos sobre o rosto e deixou que toda aquela dor trasbordasse de seu coração, ele deixou-se escorregar, encostou suas costas na parede fria e sentou-se no chão. Sentia-se mais perdido do que nunca. Mais um amigo tinha morrido e por mais uma vez suas mãos estavam encharcadas com o sangue de inocentes.
Lago Cocytos - Jaula de Lúcifer.
O trovão estrondoso cortou o silencio fazendo as rochas negras das montanhas sacudirem, o lago congelado formava um caminho sinuoso com milhares de almas com seus corpos presos nas enormes pedras de gelo. Gritos agonizantes eram mesclados com soar de tambores. Pan estava aflito, sua essência demoníaca o alertava que algo estava errado, seu senso estava o mandando voltar para o Bosque dos Prazeres e ignorar o chamado de sua amada. O craquelar dos ossos podres sob seus coturnos pretos era o único som que o acalmava parcialmente.
Ao longe, ele conseguia enxergar os demônios aos montes chegando como Ishtar havia mandado cobertos com mantos pretos de veludos que lhes cobriam boa parte de seus corpos dificultando a desvendar suas identidades, Pan não pôde deixar de reconhecer alguns, Zepar, Furcas entre outros. Todos rebeldes, demônios cansados do inferno perfeito que Crowley havia criado, cansados da organização e a paz indesejada. Eles queriam um novo líder, queriam uma revolução.
- Que bom que veio meu querido. - Ishtar se aproximou de Pan e de imediato todos os demônios presentes abriram o caminho para a Deusa dos Suspiros passar. Seu vestido de seda vermelha se destacava sobre sua pele alva e macia, seus lábios carnudos se curvaram em um sorriso doce. Pan parou e encarou a morena, aquele belo sorriso continha um grande perigo. Ela segurou-lhe a mão e, com sua outra mão, deslizou seus dedos sobre a face pálida de Pan. - O que houve? Nunca lhe vi nesse estado? - Sua testa franziu confusa e curiosa.
Pan olhou para os lados e depois encarou os olhos negros da mulher infernal.
- Ishtar, eu não sei se isso vai dar certo... - ela continuou a encarar Pan com a mesma expressão de preocupação e pena. - Crowley descobriu tudo o que você fez e não está feliz.
- Desde quando tem medo do Crowley? - ela perguntou olhando profundamente nos olhos de Pan, seu olhar era estranhamente profundo, como se conseguisse penetrar na mente.
- Você não viu o que eu vi. Vocês querem um pandemônio? - Pan perguntou para os demônios presentes abrindo os braços. - Nós temos tudo o que podíamos ter almas em abundancia, adoradores que a cada dia se multiplicam... - ele voltou a encarar a linda mulher em sua frente. - Eu não quero uma revolução... - ele sussurrou apenas para Ishtar. - Eu gosto do jeito que está, porque você não pode gostar também? É por causa de Dean Winchester?
Ishtar respirou fundo e entrelaçou os dedos na altura da barriga.
- Não é apenas por causa daquele caçador que virou a casaca... - ela disse com desdém. - É por tudo o que ele representa! Ele é um insulto para todos nós, verdadeiros demônios. Ele dizimou muitos dos nossos como se não fossemos nada! E Crowley é uma piada de muito mau gosto que precisa ser destruído. - ela disse e Pan conseguiu sentir o ódio em suas palavras.
Ela virou-se para Pan e encarou o azul claro de seus olhos, segurando-lhe o rosto e suavizando a sua raiva. - Mas eu não posso fazer isso sem você. Você sempre foi o meu parceiro, o meu amigo e meu amante. Não posso seguir em frente sem você. - por mais que Pan fosse um demônio, aquilo realmente lhe tocou, Ishtar sempre foi o lado bom de estar no inferno, ela conseguia fazer a agonia amenizar.
Sem pensar duas vezes, Pan puxou Ishtar para seus braços e selou seus lábios em um beijo quente e recheado de luxúria, suas mãos entrelaçavam a fina cintura da Duquesa que acariciava a nuca do homem infernal. A mulher separou os lábios contra a sua vontade.
- Esse beijo significa que estará ao meu lado? - ela perguntou esperançosa. Pan balançou a cabeça e sorriu. - Juntos reinaremos meu amor. - ela sussurrou contra os lábios de Pan.
- Como isso vai funcionar? - ele pergunta
Ishtar se vira e pega, das mãos de um dos demônios presentes, a parte parietal de um crânio humano.
- Madre Josephine... - Ishtar olhou para o osso com certo desprezo. - Adorava salvar as criancinhas famintas. Deve servir para alguma coisa agora depois de morta. Bom, eu vou ter que precisar de um sacrifício de sangue. - ela diz séria. Ninguém diz nada apenas encara a mulher que suspira cansada. - Tudo bem, sabia que teria que fazer isso. - Ishtar levou a adaga que estava em sua mão na direção do seu pescoço. Pan arregalou os olhos e segurou a mão da morena.
- O que você está fazendo? - perguntou assustado.
- Para o feitiço dar certo, alguém deve morrer. Estou pronta para me sacrificar em prol de um bem maior. - ela disse convicta. Pan balançou a cabeça confuso.
- Não! Deve haver outro jeito. - ele exclamou. Ishtar abaixou levemente a cabeça.
- Sim, mas...
- Apenas faça Ishtar! Não posso perder você. - ele disse segurando delicadamente seu rosto.
- Tudo bem. - ela disse e sorriu.
Pan retribuiu o sorriso para a amada e antes que ele pudesse tocar-lhe o rosto por mais uma vez, sentiu a adaga especial perfurar sua garganta. Seus olhos se arregalaram e o sangue junto com sua essência demoníaca jorraram para dentro do crânio, Pan empurrou Ishtar que sorriu ao vê-lo agonizar na própria ilusão. Seus joelhos chocaram-se contra o chão e, ainda com as mãos sobre sua garganta tentando inutilmente estancar seu ferimento, levantou os olhos para encarar aquela mulher, cuja inúmera juras de amor proferiu e aquelas mãos que o acariciavam em seu leito da mais pura luxúria, o iludiam, o afago da traição.
Um ato de traição.
Essa era a chave para a jaula do Arcanjo Sombrio ser aberta, um simples e delicioso ato de traição.
Sentindo suas forças se esvaírem, Pan tombou para o lado e deu sua ultima lufada. Morto.
Ishtar riu, gargalhou enquanto encarava o cadáver do, até então, amante.
- Você achava que iria governar o inferno? Seu tolo! Essa não era sua missão e muito menos a minha. - ela disse alto. - Você só fazia parte de um grande plano, Panzinho.
Ela virou-se e encarou o cume de uma montanha a sua frente, mais alta que as outras mais sombria do que tudo. Raios e trovões soaram como nunca, uma rajada violenta de vento atravessou todos ali presentes, Ishtar não pode conter o sorriso quando a enorme jaula surgiu e explodiu liberando uma intensa luz que clareou todo o inferno.
A Estrela da Manhã estava finalmente livre.
Quarto de Dean.
- Já te disse que você tem uma bunda incrível? - Onoskelis disse enquanto mordia o lábio inferior. Dean estava completamente nu e riu enquanto caminhava até o minibar, que tinha todas as suas bebidas favoritas, pegando uma dose de uísque.
- Já te disse que você é muito safada? - Dean virou a bebida de uma vez e voltou para enorme cama king size, Onoskelis riu e subiu em cima de Dean, depositando suas pernas em cada lado da cintura de Dean.
- Isso é ruim? - ela perguntou e arqueou a sobrancelha com um meio sorrisinho desafiador nos lábios.
Dean deslizou a sua mão direta na barriga dela e subiu até chegar por entre os seus seios fartos completamente a mostra.
- Definitivamente não. - Dean puxou Onoskelis pela nuca desferindo um beijo selvagem em seus lábios macios, ele desceu suas mãos pelas costas da ruiva e apertou sua bunda fazendo-a soltar um intenso suspiro de prazer. O celular de Onoskelis toca fazendo-a resmungar sobre os lábios de Dean que deixou sua cabeça bater contra o travesseiro e deixou que a linda ruiva saísse de cima dele.
- Alô? - sua expressão que estava relaxada e brincalhona passou para tensa e preocupada. - Como e quando isso aconteceu? - ela franziu a testa e passou as mãos nos cabelos. Dean se ajeitou na cama e começou a prestar mais atenção na ligação de Onoskelis. - Droga! Tudo bem, tudo bem... Só me mantem informada, certo? Ok. - ela desligou o celular e ficou uns longos cinco segundos.
- Aconteceu alguma coisa? - Dean pergunta preocupado. Onoskelis respira fundo, ela teria que dizer a verdade.
- Sim, aconteceu... Eu menti para você... - ao ver Dean semicerrar a sobrancelha ela tentou reformular o que disse. - Na verdade, eu omiti uma coisa de você.
- O que?
Ela ficou de frente para Dean.
- Nesses últimos dias eu... Eu tenho observado seu irmão, Sam. - Dean pressionou o maxilar e olhou para os lados, tudo que tinha haver com Sam o deixava irritado e desconfortável. -E parece que aconteceu uma coisa... A ruivinha nerd, Charlie, foi brutalmente assassinada hoje.
- O que? - Dean indaga um pouco tenso. - Como e quando isso aconteceu? - ele perguntou tentando controlar o tom da sua voz. Onoskelis engoliu em seco.
- Hoje... Há poucas horas atrás. - ela pegou o seu Ipad de cima do criado-mudo e sentou-se ao lado de Dean - Ao que parece, Charlie roubou algo muito antigo e valioso de uma família ocultista igualmente antiga. Ela foi perseguida por eles. - Onoskelis explicava enquanto mostrava algumas imagens de câmeras de segurança que conseguiram captar alguns membros da tal família.
- Essa família tem nome? - Dean perguntou enquanto encarava o concreto da parede, sua mente estava imerso em pensamentos, Onoskelis pôde enxergar o ódio cintilando nas íris verdes de Dean.
- Sim... A família Styne. - Dean levantou-se abruptamente e começou a vestir suas roupas.
- Espera! Aonde você vai? - Onoskelis perguntou com a voz baixa.
- Vou matar todos eles. - Dean respondeu com indiferença.
Onoskelis passou as mãos nos fios avermelhados e encarou Dean. Ela não queria que ele fosse, mas também não pediria para que ele ficasse. Ela apenas se levantou e pegou a Primeira Lâmina em suas mãos e depois se voltou para o loiro em sua frente. Ela segurou a mão direita de Dean repousando nela o cabo da Lâmina.
- Não vou dizer para você esperar pelo momento certo... - ela olhou em direção a seus pés. - Pois sei que você precisa fazer isso. Só... - ela levantou o olhar para Dean e sorriu levemente. - Só volta inteiro, ok?
Ela sussurrou e alcançou os lábios dele desferindo ali um beijo quente, Dean passou os braços envoltos da fina cintura da mulher beijando-lhe a testa. Por mais que fosse estranho dois demônios terem uma relação tão humana, Dean não ligava de sentir esse afeto pela a ruiva dos olhos azuis profundo, nunca teve um relacionamento tão duradouro como esse.
Antes que Dean pudesse virar em direção à porta, ambos sentiram um tremor forte sob os pés, uma sensação ruim se instalou no peito dos dois que se entreolharam assustados, a sensação cresceu e tomou-lhes o corpo inteiro. Em meio às tentativas de entender o que estava acontecendo, antes que Onoskelis pudesse correr em direção a Dean foram surpreendidos por um imenso clarão que engoliu tudo a sua volta.
COMENTEM! Eu vou amar saber o que vocês acharam.
obs: Na parte da jaula de Lúcifer fiz uma referencia ao livro A DIVINA COMÉDIA - Dante Alighieri.
Bjus e até o próximo capítulo amores.
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