A Cidade do Pecado
Oii gente! Mais um capítulo para vocês... E esse é GRANDE então peguem um lanche, se acomodem nas suas camas quentinhas e aproveitem porque tem CENA HOT E MORTES S2
Quem não ama essa combinação né? kkkk Espero que gostem e comentem! Boa leitura.
Dean chegou em Las Vegas quando o sol já mergulhava no horizonte, a luz natural do dia começava a ser substituída por luzes artificiais vibrantes e incandescentes.
Dean nunca se sentiu tão bem consigo mesmo, sem arrependimentos, ele apenas queria seguir em frente e esquecer-se de seu passado cheio de tristeza e perdas, principalmente esquecer-se de Sam. Dirigindo em uma velocidade relativamente razoável, Dean observa a avenida mais movimentada de Vegas. A Strip é a principal avenida de Las Vegas, onde está centralizada a maior parte das atrações: hotéis e cassinos, uma extensão de 7 km de pura diversão e para Dean era tudo que ele precisava no momento.
Ele dirige em meios aos carros, costurando-os com pouca paciência, fez uma curva suave à direita, em uma rua paralela á Strip. Parou seu Impala no estacionamento de um motel barato. Pegou sua mala com algumas roupas.
— Você vai ficar nessa espelunca mesmo? — Dean respirou fundo cansado. Encarou Crowley à contragosto. — O que você está fazendo aqui?
Crowley sorriu, e ajeitou-se no banco do passageiro.
— Vim te dar alguns conselhos... — ele olha para o motel, para as roupas de Dean, e, esboça uma cara de reprovação — Parece que você está precisando. — Ele conclui a frase, meio desinteressado enquanto brincava com uma ficha de pôquer que dançava por entre os seus dedos.
Dean sorri com desdém.
— "Conselhos"? Que tipo de conselhos?
— Você sabe que é um demônio agora, certo? — Crowley pergunta à Dean parecendo o óbvio.
Dean encara Crowley.
— Aonde você quer chegar?
Crowley bufa tentando controlar a sua paciência, por mais que Dean fosse inteligente parecia que ele preferia usar todo o seu intelecto para fazer-se de idiota.
— Você tem poderes, Dean. Você pode fazer o que quiser e a primeira coisa que você faz é procurar um motel fuleiro e se afogar em prostitutas! — Crowley exclamou olhando para Dean.
— Você esqueceu as bebidas. — Dean diz sarcástico.
Crowley revira os olhos e retira do seu sobretudo preto um dossiê e entrega para Dean.
— O que é isso? — Dean abre o arquivo e depara-se com um perfil de um homem na casa dos trinta e poucos, seu semblante era arrogante e um olhar de superioridade.
— Esse é Oliver King, o dono do maior complexo de luxo intitulado: CityCenter.
— E o que isso tem a ver comigo? — Dean indagou arqueando as sobrancelhas.
Crowley sorri e olha para frente enquanto observa um gato abocanhar um rato perto do estacionamento onde estavam.
— Ele é seu lanchinho da meia-noite. — Ele diz baixo como se fosse uma espécie de segredo. Dean volta seus olhos para o homem na foto, seu maxilar tencionou, pois sabia que esse homem fizera algo terrível.
— O que ele fez? — ele pergunta sério, sentia a marca pinicar em seu braço.
Crowley volta a brincar com a ficha de pôquer.
— Mandou matar os pais e a irmãzinha para poder herdar todo esse império. — Dean apertou os dedos envoltos do volante, por mais que quisesse estripar esse infeliz ele queria curtir sua liberdade.
Dean jogou o dossiê no colo de Crowley.
— Não. — Dean murmura enquanto fixa seu olhar na fachada do motel.
Crowley engasga.
— Olha, eu poderia ter mandado um cão do inferno fazer o serviço, mas eu sabia que você iria precisar alimentar a marca. Você precisa disso mais do que eu preciso daquele homem morto.
Dean fecha os olhos. Cada minuto que passava sem ele matar alguém a marca gritava para ser alimentada, seu chamado passou ser tão forte que tornou-se uma dor física. Dean sentiu uma fisgada em suas entranhas e um gosto metálico invadiu a sua boca derramando um pequeno filete escarlate pelo canto da sua dela.
— Viu, você precisa fazer isso e é melhor que seja alguém que valha a pena a ser morto do que uma pessoa inocente né... Se ajudar, a irmã dele tinha dez anos na época. — Dean usa a manga da sua camisa e limpa o sangue no canto de sua boca e encara Crowley.
— Quando? — ele apenas pergunta. Crowley sorri satisfeito.
— Hoje à meia-noite completa dez anos que ele selou o pacto. Ele vai estar no The Aria Resort & Cassino, às nove horas, em uma partida de pôquer exclusiva, só com gente da alta sociedade, você se aproxima e aí o mata da maneira que quiser. Simples assim.
Dean suspirou e apertou os olhos, a marca em seu braço sutilmente começou a esquentar, ela ansiava pela vida daquele homem e Dean teria que ceder as suas vontades.
— Aqui... — Crowley entregou um pequeno cartão de visitas, era preto e tinha um único nome escrito em letras douradas, Leo Bradley. — Vá até The Aria Resort & Cassino e apresente isso na recepção e depois deixe que o resto se resolve sozinho.
Antes que Dean fizesse qualquer pergunta Crowley já havia ido embora. Ele ligou o carro e voltou para a Strip, o lugar que Crowley havia indicado não ficava muito longe dali e em menos de 5 min ele tinha chegado lá. Dean parou o carro na frente da entrada principal do hotel, pegou sua mala e saiu do impala, um homem baixinho de uniforme se aproximou e Dean nem ao menos esperou que ele falasse, simplesmente jogou as chaves em cima do pobre homem que, em um movimento rápido, pegou.
— Se eu ver algum arranhão no meu carro... Arranco seu coração e enfio em um lugar que você não vai gostar muito. — Dean continuou a andar. O homem encarou perplexo, mas nada disse apenas entrou no impala, e, com muito cuidado, o levou até ao estacionamento rezando para que nada acontecesse.
Ao adentrar no hall do hotel, Dean parou e olhou ao seu redor, pilares de mármore preto tornava a estrutura imponente, o tapete vermelho de veludo preenchia cada pedaço do chão, o grande lustre de cristal refletia o luxo que emanava daquele lugar. Dean sorriu, pela primeira vez em anos iria dormir em um hotel de verdade, foi até a recepção.
— Quero um quarto. — Dean pede desinteressado.
A recepcionista ignora Dean e continua digitando alguma coisa inútil na tela do computador. Dean semicerrou os olhos, mas pensa antes de agir, se ele arrancasse a cabeça dela naquele momento iria chamar muita atenção.
— Hey! Estou falando com você...
— Acho que não teremos o que você precisa aqui. Tem um motelzinho fuleiro há dez minutos daqui. — A mulher olhou com desdém para Dean.
Ele sorriu e sem dizer uma única palavra, deslizou o papel que Crowley havia lhe dado, a moça iria responder algo grosseiro, mas mordeu a língua e sorriu amarelo para Dean.
— Sr. Bradley! Meu Deus... Desculpe-me pela minha maneira. — Ela começou a digitar rapidamente, parecia claramente nervosa. — Pronto, aqui está o seu cartão de
acesso... — ela entregou o cartão a Dean, suas mãos estavam trêmulas. — Deixe a sua mala, o nosso encarregado levará para o senhor.
— Não, eu levo. — Dean virou-se rumo aos elevadores.
— Nossa, que merda que eu fiz... Eu vou ser demitida! — ele escutou as lamentações da recepcionista mal-educada até que as portas do elevador se fecharam.
Quarto 666, nada mais poético não é Crowley... riu consigo mesmo enquanto encarava as portas duplas revestidas de aço e ouro. Passou o cartão de acesso no aparelho acoplado as portas e entrou no quarto. Bom, não era um quarto e sim um apartamento, a sala de estar ampla e bem iluminada, a cozinha e a varanda eram incríveis, mas o que Dean realmente gostou foi do quarto. Ele viveria momentos memoráveis ali dentro. Dean sorriu e largou a mala sobre a cama, e decidiu tomar um banho para relaxar. Antes que ele fosse o seu celular começou a tocar.
— Quem é esse Leo Bradley afinal? — Dean perguntou curioso. Crowley riu pelo telefone.
— Só o maior explorador de diamantes da África... Nada demais.
— Só isso? Uau... — Dean tirou sua camiseta de flanela e deixou cair sobre o chão e caminhou até o enorme banheiro. — O que você quer agora? — Dean pergunta desinteressado enquanto ligava a torneira da hidromassagem.
— Assim você me ofende! Só estou ligando para saber se ainda vai fazer... Você é meio imprevisível.
Dean se encara no espelho e sorri.
— Eu já disse algo que eu não faria?
— Eu preciso enumerar por ordem alfabética ou por data? — Crowley perguntou sarcástico.
Dean revirou os olhos.
— Era só isso que você queria? Porque tem uma banheira me esperando. — Antes que Crowley protestasse, Dean desliga o telefone.
Após tomar um bom banho quente e de vestir o smoking que estava aguardando no armário, Dean resolve descer até o cassino, faltava menos de trinta minutos para começar a partida de pôquer.
Na entrada na ala no cassino, em meio a várias pessoas, ele avista uma porta com dois seguranças fazendo sua escolta, através deles ele pode enxergar pessoas com roupas elegantes. Era ali que ele tinha que entrar.
Andou até os seguranças e passou por entre eles, mas sentiu uma mão segurar o seu ombro.
— Não pode passar, só para convidados. — Dean parou e baixou lentamente seus olhos para a mão do homem e sorriu.
— Eu sou convidado. — O segurança sorriu com desdém.
— Cadê o seu convite?
— Esse é o meu convite. — Ele olhou diretamente nos olhos do homem.
Sentiu um poder estranho se estender dele e penetrando na mente do segurança, o homem paralisou e seu olhar ficou vazio e perdido, Dean entrou sorrateiramente em sua cabeça forçando-o a soltar sua mão de seu ombro. Seus dedos afrouxaram na medida em que Dean pressionava a sua cabeça apenas com a força do seu novo poder, a mão do homem caiu desajeitadamente ao lado do seu corpo, e seu olhar e sua consciência foi voltando aos poucos.
— Po ... Pode passar. — O homem diz gaguejando.
Dean sorriu, ajeitou seu traje.
O salão amplo com cortinas e tapetes dourados, colunas monumentais em mármore branco deixava o ambiente requintado e muito elegante. A Leste, um enorme bar estava sendo iluminado por grandes lustres de cristais assim como várias mesas de jogos.
Dean parou quando avistou Oliver em uma das mesas no centro do salão, o homem ria enquanto ele entornava uma taça de champanhe, antes de Dean avançar ele reparou que havia alguns guarda-costas espalhados pelo local. Ele precisava abordar de outra maneira.
Deu uma volta pelo salão e analisou a mesa de pôquer, percebeu que um dos homens que compunham a mesa escondeu uma carta sobre o colo e colocou a toalha sobre ela tentando disfarçar. Era isso, esse era o momento perfeito para ele agir.
Ele se aproximou da mesa e fingiu pegar algo do chão.
— Essa carta é sua? — Dean perguntou fingindo inocência. O homem engasgou e balançou a cabeça negativamente.
— Não. — Ele disse tentando controlar a voz.
Oliver olhou para Dean e depois para o homem que suava frio.
— Tem certeza? Pois eu vi você colocando no seu colo e cair no chão, aí como sou uma boa pessoa pensei... "Vou avisá-lo que caiu no chão" — o homem olhou assustado para Dean e desviou seu olhar para encarar Oliver que semicerrou os olhos e cochichou algo no ouvido de um dos seguranças que assentiu.
O homem percebeu o que estava por vir e jogou bruscamente as cartas sobre a mesa e saiu em disparada pelo salão, antes que ele conseguisse alcançar a metade do salão, Dean coloca o pé na frente do homem fazendo-o tropeçar e cair de bruços no chão.
— Cuidado! Esse chão está escorregadio. — Dean alertou o homem fingindo preocupação.
O homem tentou falar algo, mas dois seguranças o arrastaram para fora enquanto ele protestava aos gritos. Dean sorriu, pois sabia que aquele homem não voltaria nem se quisesse.
— Obrigado senhor?... — Dean ouviu a voz de Oliver atrás dele. Ele se virou e encarou o homem de postura elegante.
— Bradley. Leo Bradley. — Dean estendeu a mão para Oliver que o cumprimentou sorrindo.
— Por que seu nome não me é estranho? — Oliver perguntou enquanto os dois caminhavam de volta para a mesa de pôquer. Dean sorriu amarelo.
— Trabalho com diamantes... Não é nada demais. — Dean deu de ombros fazendo Oliver rir.
— Então senhor Bradley, joga pôquer? — Oliver perguntou enquanto se sentava à mesa.
Dean balança a cabeça e sorri.
— Nahh... Nem sei jogar direito. — Oliver franziu o cenho.
— Mas a festa é para jogadores de pôquer, o que o traz aqui? — Oliver pergunta curioso.
Dean olhou para a mesa e percebeu a presença de uma linda mulher de cabelos loiros e pele alva, seus lábios carnudos e avermelhados se destacavam no seu rosto delicado e olhos azuis brilhantes, ela olhou de relance para Dean e lhe lançou um sorriso malicioso.
— Digamos que há muitas outras coisas interessantes por aqui além de pôquer. — Dean diz sugestivamente fazendo a loira esboçar um pequeno sorriso enquanto dava um
gole em sua bebida. Oliver não percebeu a tensão sexual entre Dean e a moça loira, ele apenas sorriu e concordou com Dean.
— Leo essa é a minha noiva, Loise Petit.
A loira estendeu a mão e Dean desferiu um beijo quente sobre a sua pele. Loise arqueou a sobrancelha e mordeu sutilmente o lábio inferior.
— Vamos amor, a festa vai começar. — A moça disse manhosa levantando-se e entrelaçando seu braço direito ao de Oliver tentando disfarçar sua reação a Dean.
— Festa? — Dean perguntou curioso. Oliver sorri.
— Uma festa na minha cobertura... Quer vir? Vai ser divertido.
— Claro! Tudo que eu preciso agora é de uma festa. — Dean disse animado.
O seu objetivo principal era se divertir e aproveitar o que a cidade do pecado tem a lhe oferecer e juntar o útil ao agradável parecia o seu tipo perfeito de diversão.
Oliver pediu que Dean o acompanhasse até a sua cobertura, no caminho, Loise tentava disfarçar os olhares e insinuações que Dean fazia descaradamente, mas parece que Oliver é um pouco desligado ou simplesmente não se importava com o fato de um estranho atrevido flertar com sua noiva. Seja lá o que fosse Dean iria se divertir.
Prazer antes dos negócios era definitivamente o seu lema.
Eles chegaram ao local. A cobertura era incrivelmente ampla, sua aparência sofisticada, as paredes brancas davam lugar a um conjunto de vitrais erguidos até o teto proporcionando uma magnífica visão panorâmica da cidade. As luzes dos outros hotéis e cassinos se perdiam no horizonte.
Os móveis de cor creme, tão bem distribuídos e limpos dando a sensação de nunca terem sido tocados. Três colunas sustentavam aquele antro recheado de pessoas bonitas e elegantes.
Oliver passou na frente com Loise enquanto cumprimentava seus convidados, mas Dean parou na porta para analisar o perímetro. Ele levantou o olhar para o imenso relógio de madeira, que provavelmente custará uma fortuna, onde marcava 22h57min. Dean sorriu, pois sentia o tempo que Oliver tinha se esvair e quando finalmente chegasse a hora Dean seria o seu carrasco.
— Senhor Bradley, parece estar com sede. — Uma voz sedutora tirou Dean dos seus devaneios. Loise estendeu um copo com uísque.
Dean sorriu e pegou o copo dando um pequeno gole para umedecer a sua boca seca. Loise sorriu e olhou em volta despreocupadamente e depois se aproximou um pouco mais de Dean.
— Não pense que eu não notei as suas intenções, senhor Bradley... — ela colocou sutilmente a mão direita sobre as costas de Dean e foi descendo sua mão até chegar a bunda dando um aperto generoso, Dean encarou Loise surpreso e sorriu malicioso.
— Oliver não vai gostar de saber que a noivinha dele é uma safada... — Dean disse ao pé do ouvido da loira.
Loise deu um meio sorriso e olhou de relance para Oliver que sorria e flertava descaradamente com outras mulheres.
— Como é que diz mesmo... — Loise voltou seus olhos para Dean. — "Chifre trocado não dói".
Loise desferiu um sorriso diabólico e puxou gentilmente a mão de Dean em direção a um pequeno corredor, viraram a esquerda entrando em um banheiro. Loise nem ao menos deu a chance de Dean dizer algo apenas o empurrou contra a parede e pressionou seus lábios macios contra sua boca.
O beijo era intenso, como se ela estivesse descontando toda a raiva que sentia por Oliver nos lábios de Dean.
Dean sentia o sabor da vingança na ponta de sua língua e ele gostava disso. Ele desceu suas mãos pelas coxas de Loise e em um movimento rápido, a colocou sentada sobre a pia e se posicionou entre as suas pernas; acariciou sua pele e desceu seus dedos até a fenda do vestido na coxa de Loise. Avidamente, Dean enroscou o seu dedo indicador na alça do fio dental dela e puxou bruscamente arrancando um gemido dos lábios de Loise. Dean passou seus dedos por entre as pernas dela que arqueava seu corpo a cada toque quente sobre sua pele.
— Hum... molhada, do jeito que eu gosto. — Dean sussurrou com sua voz rouca de prazer.
Loise mordeu o lábio inferior ao sentir um longo dedo escorregar para dentro de si, o movimento de vai e vem se intensificava a cada minuto que passava.
— Chega de preliminares... — Loise sussurrou.
Afastou um pouco mais as suas pernas e pôs suas mãos entre ela e ele desabotoando a calça Dean e puxando sua cueca boxer para baixo o deixando livre de qualquer coisa que pudesse dificultar a diversão que estava por vir.
Loise envolveu a ereção de Dean e o esfregou em sua entrada úmida. Dean segurou firme a sua cintura, e, sem avisar a penetrou com força. Loise gemeu alto, mas rapidamente tapou sua boca e riu baixinho junto com Dean. Ele começou a fazer movimentos suaves provocando prazer para os dois.
— Você... é... grande. — Ela disse ofegante.
Dean sorriu. Aumentou violentamente os seus movimentos fazendo Loise não conseguir segurar e gritar de prazer. Dean apertou a cintura de Loise de forma que definitivamente deixaria marcas do que eles fizeram. As estocadas iam aumentando de velocidade e intensidade ao ponto que os dois sentiram uma série de espasmos por cada músculo de seus corpos. Loise encostou seu rosto no peitoral de Dean, ela estava ofegante e uma fina camada de suor se formara da sua têmpora.
— Você acabou comigo, senhor Bradley. — Loise disse ofegante, em meio a um sorriso satisfeito.
Dean abriu a boca para responder, mas foi interrompido por um estrondo e pela porta caindo ao seu lado.
Loise reprimiu um grito.
Dean tencionou o corpo sentindo o perigo se aproximando. Aquilo não iria acabar bem. Cinco homens seguraram Dean, que não reagiu pois queria saber o que aconteceria a seguir.
Pode ser divertido, pensou.
A cobertura estava vazia, as pessoas tinham sumido e apenas Oliver estava ali em pé na frente das grandes portas de vidro que davam acesso à sacada. Seu olhar era furioso e Dean conseguia sentir a raiva pulsando em suas veias, ele conseguia sentir o doce aroma do ódio no ar.
Um dos seguranças de Oliver desferiu um chute forte na parte de trás da sua perna fazendo-o cair de joelhos. Dean engoliu sua fúria e desferiu um olhar de gelar a alma para o tal homem que sorriu satisfeito e deu dois passos para trás.
Loise era arrastada pelos cabelos aos berros por um segurança que a largou
desajeitadamente no chão.
— Idiota! — ela gritou com o homem que nada disse.
Loise levantou-se, e arrumou seu cabelo. Seus olhos estavam vermelhos pelas lágrimas e seu olhar estava nebuloso, ela apenas ficou ali parada fuzilando Oliver com o olhar.
— Não tem nada para me dizer sua cachorra imunda? — Oliver disse sombriamente, fazendo Loise perder a cabeça.
— "Cachorra imunda"? Vai se fuder, Oliver! — Loise esbravejou. — Estou cansada de ser a corna dessa história toda... Hoje eu te dei o troco, e, eu tenho que admitir que foi a melhor ideia que já tive. Ele me fodeu como você jamais vai fuder seu frouxo!
Oliver cerrou o punho e bateu com força no rosto de Loise, fazendo-a cair no chão, ela colocou as mãos sobre o nariz que escorria um filete de sangue, olhou perplexa para Oliver que sorriu diabolicamente. Ele levantou seu olhar e encarou Dean.
— E você? Eu já sei que não se chama "Leo Bradley" ... — ele caminhou lentamente na direção de Dean parando a menos de um metro dele, seu olhar era odioso assim como suas intenções — quem é você? — ele perguntou sério, tencionando o maxilar.
Dean sorriu e olhou no fundo dos olhos do homem.
— Me chamo Dean, Dean Winchester.
Loise olhou curiosa para o homem que acabara de transar e se sentiu um pouco irritada por Dean ter mentido para ela.
— E o que você quer? Garanto que não veio até aqui só para fuder a minha noiva? — Oliver perguntou nervoso.
Dean olhou de relance para o relógio que marcava 23h52min e depois voltou seu olhar para Oliver.
— Vim te dizer uma única coisa. — Dean sussurrou, sério.
— O quê? — Oliver gritou impaciente.
— Hoje... — Dean olhou de esguelha para os seguranças. — Você morre.
Dean puxa seus braços com força fazendo os seguranças o soltarem.
Ele desfere um soco no abdômen de um dos seguranças fazendo-o perder o fôlego e cair no chão se contorcendo de dor. Ele se levanta e segura o cano da arma de um dos seguranças que atirou em sua mão, Dean parou e olhou para o buraco da bala, analisando a carne perfurada onde saia uma pequena fumaça do projétil. Dean não sentiu dor, sua carne foi cicatrizando em uma velocidade anormal. Ele olhou para o homem que estava assustado pelo o que acabara de presenciar e arrancou a arma de sua mão jogando-a para longe.
O segurança tentou fugir, mas Dean o segurou pelo braço e o jogou contra a parede causando um enorme rombo na parede elegante de Oliver. Dois dos seguranças fugiram ao perceber que Dean era algo estranho e perigoso, sabiam que eles não seriam páreo para ele.
Dean andou lentamente até o outro lado do local e pegou um dos homens que estava caído com um braço quebrado e o segurou pelo pescoço e apertou seus dedos até que um "crack" ecoou pela sala, o corpo do homem ficou mole e Dean o largou no chão.
Dean levantou seu olhar e encarou Oliver que estava escorado em uma das portas de vidro horrorizado pelo que viu, ele sentia que seria o próximo. Dean caminhou sem pressa até onde Oliver estava. Ele parou, segurou o cabo da Primeira Lâmina e de imediato sentiu o desconhecido possuir o seu corpo.
A escuridão que ela exalava penetrou sua pele e despertou o seu lado sombrio, Oliver estava paralisado murmurando rezas e pedindo pela misericórdia de Deus. Dean riu, gargalhou como não havia feito há tempos, nada mais hipócrita do que um assassino pedindo pela piedade de Deus.
— Não adianta rezar, nem chorar... — Dean apertou o cabo da Lâmina um pouco mais. — Garanto que seus pais e sua irmã não tiveram a mesma regalia.
Oliver levantou o rosto e encarou Dean com os olhos arregalados, sabia do por que Dean estava ali e sabia como aquela noite iria terminar.
Dean segurou Oliver pelo pescoço e o chocou contra a parede, Oliver tentou empurrá-lo sem sucesso. Dean aproximou um pouco mais seu rosto para olhar bem nos olhos daquele ser desprezível.
— Crowley manda lembranças. — Foi à única coisa que Dean disse antes de fincar a Primeira Lâmina no olho esquerdo de Oliver atravessando o seu crânio.
Dean olhou para todo aquele vermelho que escorria da enorme fenda aquilo seria a sua nova vida. O seu novo lema. Ele não se sentia culpado, mas sim extasiado por se sentir tão bem.
O badalar do relógio tirou Dean dos seus devaneios, ele arrancou a Primeira Lâmina da cabeça de Oliver e o deixou cair no chão fazendo um barulho alto ecoando pela cobertura. Ele virou-se e deu de cara com Loise encolhida em um canto atrás do sofá, ela chorava baixinho desesperadamente.
Dean deu dois passos em sua direção, mas parou de repente, sua mente dizia para ele ir até ela, mas seu corpo o mandava ir embora.
Dean balançou a cabeça e respirou fundo mirando à saída, ele andou lentamente até a porta e segurou as maçanetas, mas uma voz trêmula o fez parar.
— Quem... é... você? — Loise perguntou hesitante e apavorada.
Dean virou seu rosto para encará-la, o rosto dela estava molhado por lágrimas de medo e os olhos azuis estavam vermelhos e cansados. Ele queria mexer com a cabeça dela.
— Eu sou o diabo. — Ele disse baixo, porém firme e logo deixou que a besta dentro de si assustasse Loise mostrando-lhe os seus olhos negros assim como sua alma.
Loise tapou a boca reprimindo um grito de terror, Dean voltou-se para a saída e deixou Loise para trás questionando sua própria sanidade.
Uma hora havia se passado, Dean continuava caminhando pela calçada da Strip, animado com a agitação da cidade e com todas as coisas que ele podia fazer sem se preocupar em salvar pessoas, agora ele iria matar quem quisesse e quando precisasse. Tudo dependia da Marca, agora ela era a bússola na sua nova vida e para onde ela aponta ele teria que seguir.
Dean foi tirado de seus pensamentos quando avistou uma boate de strip-tease, o logo "Girls Girls Girls" brilhava no topo do estabelecimento, Dean deu de ombros e entrou. O vermelho e dourado preenchia cada canto do lugar, amplo e com vários palcos de pole dance espalhados, não estava tão cheio.
Dean foi até o fundo e se sentou na frente de um dos palcos vazios. Uma música começou a tocar ao fundo e foi aumentando gradativamente, uma morena de pele alva entrou no seu campo de visão. Ela andou lentamente até a ponta do palco, a luz bateu contra a sua pele iluminando o glitter espalhado por todo o seu corpo, ela segurou o poste e rebolou ao som do primeiro refrão de Cherry Pie- Warrant, o cheiro doce infestou as narinas de Dean.
A morena rodopiou no poste e parou em pé batendo firmemente os saltos no chão do palco, ela levantou uma das mãos e abaixou um pouco abrindo as pernas na frente de Dean, seu mini shorts jeans e botas vermelhas estava excitando-o ao ponto que não conseguiu não tocar a moça.
— É proibido tocar. — a moça disse séria. advertindo Dean que deu um meio sorriso
debochado. Ela se levantou sensualmente e segurou o poste com as duas mãos. — Regras da casa querido. — Ela concluiu fazendo um gesto sutil com a cabeça em direção os seguranças que observava cada movimento de Dean caso ele tentasse dar uma de engraçadinho de novo.
Dean pegou um bolo de notas de cem no bolso interno de seu smoking, ele apoiou os cotovelos sobre o palco.
— Tem certeza? — ele balançou o dinheiro na frente da moça que finge ignorá-lo. Dean riu e jogou duas das notas sobre o chão e depois encarou a moça. — Vá em frente. Pegue. — Dean disse sorrindo maliciosamente.
A moça olhou para as notas e bufou irritada.
— Terminamos por aqui. — Ela disse e se virou para sair do palco. Dean se levantou
decepcionado e segurou a perna dela.
— Hei, hei, hei... A música ainda não acabou querida.
Antes que a moça dissesse algo ou os seguranças avançasse Dean sentiu uma presença demoníaca no clube. Ele se afastou e uso seus poderes para acalmar os ânimos, ele andou até o bar deixando a stripper e os seguranças confusos sem saber o que eles estavam fazendo naquele momento.
Dean se sentou em um dos bancos do bar e olhou de esguelha a sua direita, viu uns caras idiotas bebendo e falando alto e algumas mulheres seminuas andando com bandejas. Mas algo o chama a atenção ao longe na ponta do balcão. Uma ruiva bebericava um Martini, ela estava com a postura tensa e quando segurava o copo balançava mais que o normal. Tremendo.
A mulher ruiva se levantou e foi em direção ao banheiro feminino, Dean intrigado foi atrás. Ela abriu a porta do banheiro e antes que ela a fechasse Dean segurou seu braço assustando-a. Ela parou e engoliu em seco.
— Quem é você? — Dean perguntou sério.
Sem saída, a mulher virou o rosto hesitante e encarou Dean. Ele olhou em seus olhos teve certeza que nunca a tinha visto antes, a ruiva de pele alva e macia, corpo cheio de curvas e cabelos cacheados encarava Dean tentando não transparecer mais ainda o medo que sentia naquele momento.
— Me... Meu nome é Onoskelis. — Ela se apresentou na melhor forma que conseguiu. Dean franziu a testa e olhou para ela de forma que continuasse a falar. — Sou... — ela engoliu em seco mais uma vez. — Trabalho para o Rei Crowley.
Dean revirou os olhos, frustrado.
— E agora ele contratou uma babá para me vigiar? Estou vendo que isso não vai dar certo. — Dean soltou o braço de Onoskelis.
Voltou para o bar pedindo uísque duplo sem gelo.
Onoskelis respirou fundo e se juntou a Dean.
— Ele não fez isso... — ela passou a mão sobre o rosto. — Ele nem ao menos sabe que estou aqui e se ele souber irá perder a confiança em mim. — Ela sussurrou para Dean.
Dean olhou intrigado para Onoskelis e notou o receio em suas palavras, ela era fiel a Crowley, mas por que se arriscar para encontrar com Dean?
— O que você quer? — ele perguntou enquanto coçava a marca que começou a pinicar, essa era a parte ruim de tê-la perto de demônios.
Onoskelis olhou de relance para o braço direito, e ele notou sua curiosidade.
— Quer ver? — sorriu travesso.
Onoskelis olhou confusa para Dean, mas assentiu timidamente. Ele subiu a manga da sua camiseta social e mostrou a marca para ela. A marca estava avermelhada, como se estivesse pegando fogo o que fez Onoskelis arregalar os olhos admirada mais profundamente apavorada.
— Por que ela estava "acesa"? — ela perguntou parecendo uma criança.
Dean sorriu.
— Por sua causa. Pelo o que eu entendi ela fica assim perto de coisas malignas. — Dean explicou.
Onoskelis nunca teve a oportunidade de presenciar algo tão antigo e poderoso em toda a sua existência demoníaca ela estava extasiada em apenas ver a poderosa Marca de Caim. Ela levantou o seu dedo e encostou sutilmente sobre a pele de Dean, ela não se importava se estava sendo invasiva entrado no espaço pessoal dele, mas antes que ele pudesse dizer algo os dois foram atingidos por imagens que invadiram suas mentes.
Uma clareira.
Uma legião.
Duas almas opostas.
Uma grande besta de quatro chifres.
Lutando até a morte.
Onoskelis e Dean tentam se recompor do que acabara de acontecer.
— Mas o que... — Onoskelis disse ofegante encarando Dean que olhava o vazio imerso em pensamentos.
— Vá direto ao ponto, Onoskelis. — Dean disse firme, enquanto controlava sua respiração.
Ela percebeu que ele queria mudar de assunto então decidiu não o pressionar.
— Okay... Eu acho que estão tramando contra o Crowley. — ela disse e virou seu corpo em direção a Dean.
— E o que isso tem a ver comigo? — Dean encarou a mulher demoníaca.
— Ouvi rumores... — ela olhou para os lados como se estivesse preocupada que alguém pudesse ouvi-la. — Ishtar ficou extremamente irritada em saber da sua nova condição, e, ela está planejando algo muito sério não apenas contra Crowley, mas também contra você.
— Vamos por partes... Quem é Ishtar? — Dean perguntou.
Onoskelis encarou Dean e franziu a testa confusa.
— Você não conhece os Duques Infernais? — Dean balançou a cabeça enquanto deu um gole generoso em seu uísque. — Tudo bem... — Onoskelis suspirou cansada.
— Antes de Crowley o caos era a única regra do inferno, sem leis lá era uma completa anarquia. Mas com ele no trono as coisas começaram a mudar e serem mais organizadas, foi ai que ele nomeou os duques para governarem certas partes do inferno. Temos quatro duques: Sophia Dona da Treva das Lamentações; Pan, dono do Bosque dos Prazeres; Satã dono do Abismo dos Pecadores e Ishtar dona do Vale da perdição.
Dean ouvia tudo atentamente, de fato ele não sabia dessa parte do inferno.
— Ishtar é poderosa, ela é a Rainha dos súcubos e já foi uma divindade... Depois que Crowley oficializou sua entrada nos negócios ela deixou bem claro que não aceita você por lá.
— Deixa-me te dizer uma coisa Onoskelis... — Dean a interrompeu. — Se ela quiser problemas então vamos ter problemas. Não tenho medo deles. — Dean disse olhando enquanto se levantava para ir embora.
Ela balançou a cabeça frustrada.
— Você não entende Dean! É algo maior que uma simples briga, maior que os duques ou até mesmo maior que você.
Dean bufou e continuou andando até que sentiu seu braço ser puxado com força. Ele parou e olhou para a ruiva que estava nervosa, mas o aroma do medo dela era algo que Dean não conseguia simplesmente ignorar e muito menos decifrar. Um demônio com medo era algo raro de se ver.
— Por favor, eu preciso da sua ajuda. — Ela suplicou.
— Com o quê?! Abre logo esse bico. — Dean perguntou impaciente.
Onoskelis abaixou o olhar e respirou fundo.
— Lúcifer... Ishtar vai soltá-lo da jaula
E ENTÃO? COMENTEM! Sério eu preciso muito saber da opinião de vocês... Vocês são muito importantes para mim. Espero vê-los no próximo capítulo.
Bjus.
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