Três

QUATRO DIAS DEPOIS

- Então, é isso! – Hoje é a última vez que me reúno com eles. Todos os nossos momentos me voltam à mente. Eu sempre pensei que estaria pronta para esse dia, mas agora eu vejo como é difícil dizer adeus, eles sempre estiveram ao meu lado nos bons e maus momentos, sempre me fizeram rir quando eu estava triste, sempre me fizeram chorar de emoção e agora eu nunca mais os verei, mas eu preciso ir, eu preciso me encontrar e se para isso eu terei que os abandonar, assim eu farei.

- Nossa isso é difícil – Diz a Charlie respirando fundo – Eu pensei que estava prepara, mas...

- Ai Charlie – A puxo para um abraço forte, suspiro fundo para não chorar – Vou sentir tanto a sua falta minha maluca.

- Maria tenha juízo lá e eu espero de todo coração que você se encontre, eu te amo Maria, nunca se esqueça de mim, por favor.

- Nem se eu quisesse

- Luh! – A Carol me puxa chorando – Eu só tenho que te agradecer por todos esses anos que passamos juntas, você foi uma amiga espetacular, você é incrível e eu espero que você seja muito feliz em Seattle, eu vou sentir muito a sua falta.

- Eu também vou Carol

- Puts Lancaster eu nem sei o que dizer para você, você chegou tão de repente e se tornou tão importante para eu, eu jamais pensei que faria uma amizade com uma mina como tu, você é simplesmente extraordinária – O Pet segura as minhas mãos e olha no fundo dos meus olhos – Nunca, jamais mude esse seu jeito incrível. Não desista dos seus sonhos Lancaster e pode ter certeza de uma coisa: você irá encontrar o que está indo procurar em Seattle

- Pet... – Puxo ele e o abraço forte. O Peter nunca foi um amigo, ele sempre foi um irmão que eu nunca tive, ele sempre esteve ao meu lado, sempre me apoiou em qualquer decisão, deixa-lo é tão difícil.

- Bom então é isso né Luiza – O Rafa olha no fundo dos meus olhos – Eu só lamento por não ter dado certo

Quando eu fiz amizade com o Rafa eu nunca pensei que seríamos mais que amigos, mas então eu descobrir que ele gostava de mim e foi por isso que quis fazer amizade comigo, no começo eu nem me importe, mas depois fui notando um pouco ele, e começamos a namorar por alguns meses. Mas não deu certo, ele era muito ciumento e controlador.

- Era para sermos só amigos mesmo, eu quero que você saiba que independente de qualquer coisa, você foi e é um ótimo amigo e eu sou muito grata por você ser meu amigo.

- Vou sentir sua falta Luiza – Ele me abraça forte

Olho para cada um deles e as lágrimas desce

- Adeus pessoal – Digo tentando controla as lágrimas, mas inutilmente.

- Adeus Maria Luiza – Diz eles ao mesmo tempo

Entro no taxi que vai me levar para casa

{...}

Chego em casa e subo para o meu quarto. Pego meu notebook na mochila e chamo a Fernanda para uma conversa

- E ai como você está? – Pergunta ela assim que aceita

- Sei lá, eu estou confusa, ansiosa, com medo.

- É normal Maria, são onze anos longe daqui.

- Fernanda, de verdade, deixando de lado sua história, você acha que eu deveria ir atrás dele?

- Olha Malu pelo que você me diz, sim, o seu pai não é um traste como o meu, não estou dizendo que sua mãe está mentindo, mas seria bom você ouvir a versão dele, antes de condena-lo.

- Mas e se ela estiver dizendo a verdade?

- E se ela não estiver? Malu você só vai saber se procurar, melhor  tirar essa duvida, do que ficar com ela o resto da vida.

- Fernanda eu estou tão confusa, com tanto medo! Eu não sei o que fazer!

- Maria não fica assim, se acalma você está surtando antes do tempo, só relaxa e espera invés de você ficar pensando nele, pense nas pessoas que você vai reencontrar, pensa que vamos poder finalmente nos abraçar, pensa nos seus avós, que devem estar morrendo de saudade de você.

- Você tem razão Feh, eu preciso pensar nas coisas boas, eu estou tão ansiosa para encontrar todo mundo, parece um sonho.

- MARIA! – A Ana me grita da escada

- Espera ai que a Ana está me chamando - Levanto da cama e vou até a escada – Oi

- Vamos ao centro

- Não quero ir

- Não perguntei se você quer ir, você vai e pronto, vamos!

- Tá! – Volto para o quarto – Feh eu vou ter que sair com ela agora, quando eu voltar te chamo.

- Ok, tchau

- Tchau – Fecho o computador, guardo na mochila e vou calçar meu tênis.

- VAMOS NOS ATRASAR! – Grita ela quando saio do quarto

**Ana**

- Já estou aqui – Diz ela descendo as escadas, ela passa por mim, ela não olha para mim, mas olha para a aliança que o Gustavo me deu – sim, até hoje eu uso a aliança, todas as minhas tentativas de me desfazer dela, renderam em dias de choro durante a noite –.

- Franky será que você pode terminar de embalar as coisas para mim até a gente voltar?

- Claro – Me despeço dela e sigo a Malu até o carro. Ela se senta ao meu lado e começa a mexer no porta luva

- O que você está procurando? – Pergunto ligando o carro

- Um CD que eu vi aqui esses dias – Ela continua procurando até encontrar um CD do Onze:20. Ela coloca no som e coloca para tocar “Sei que é você”
        
Suspiro fundo tentando evitar as lembranças, mas inutilmente, elas me inundam de uma forma devastadora.
        
A música toca e junto com ela as lembranças voltam. “- Ana você realmente me odeia?”. “- Gustavo eu sou uma garota que tenho a minha vida completamente planejada, eu sei como vai ser meu futuro e você? Você é um garoto que só pensa no presente, você só pensa em pegar todas, eu quero ter um relacionamento sério, duradouro, quero ter uma família {...} – Somos completamente diferentes, tipo o sol e a lua”. “- Os opostos se atraem Ana”
        
“Eu te amo e ao meu lado é o seu lugar. Me de uma chance posso te mostrar que o meu amor não vai te machucar e que tudo que mais quero nessa vida é você. O que sentimos não dá pra esconder, e nunca mais vai ter fim. Acredita em mim, acredita em nós. De novo”.
        
“- O simples fato de alguém te amar de verdade te torna especial, de uma forma extraordinária.”

- Será que você pode, por favor, tirar esse CD? – Ela me olha meio confusa, mas não diz nada. Ela tira o CD e volta a procurar outro. Ela coloca outro CD e a maravilhosa voz da Ellie Goulding invade o carro
        
“- Bom como eu não sou nada boa com esse tipo de coisa então vou cita uma frase que tenho certeza que você vai entender {...} - Me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.” Lembranças do meu baile de formatura me torturam. “- Eu gosto de você Gustavo e cansei de negar isso a mim mesma, eu sofri tentando negar e com isso acabei fazendo você sofrer me perdoa.”

- Pode trocar?

- De novo?

- Sim! – Ela bufa. Ela tira o CD e volta a procurar outro

- Posso ouvir One Direction ou vai me mandar trocar de novo?

Olho para ela, mas não digo nada. Ela coloca o CD do One Direction, segundos depois começa a tocar Perfect. Essa menina só pode estar de brincadeira com a minha cara!

Paro o carro bruscamente

- O que foi? – Abaixo a cabeça e começo a chorar no volante – Mãe?

A Malu se aproxima de mim e toca no meu ombro

- Mãe o que foi? – Fecho os olhos com força e quando os abro não estou mais no meu carro

Estou dentro de uma igreja onde há muitas pessoas sentadas, olho para o altar e vejo o... Gustavo?

Ele está usando um terno preto e parece está muito nervoso. Vejo também a Jennifer que está usando um vestido lilás longo e ao seu lado está o Lucas com um terno preto. Vejo também uma mulher morena com os cabelos até a metade das costas e seus olhos são verdes, ela está ao lado do Matheus um amigo do Gustavo.

De repente começa a tocar “Marry You, Bruno Mars” e a porta da igreja se abre. Uma mulher com um vestido branco sensacional aparece na porta acompanhada de um homem que também usa um terno preto

Ela entra na igreja e o ar foge do meu corpo. Sou eu!

Coloco a mão no rosto e começa a gritar

- MÃE! – Olho para o lado e vejo a Malu me balançando chorando

- O que foi?

- Eu que te perguntou, você parou o carro do nada e não me respondia, ficou apenas de cabeça baixa sem falar nada.

- Desculpe – Volto a ligar o carro

- Não acho uma boa ideia você dirigir

- Eu estou bem Malu

- Tem certeza?

- Tenho! – Ela me olha preocupada, mas então dá de ombro.

**Ana**

- Vai pegar a suas coisas que temos vinte minutos para estar no aeroporto – Diz a Ana quando chegamos em casa. Desde daquele surto dela que ela não fala comigo, bom ela nunca fala comigo então isso é normal, mas aquele surto dela, de verdade, me preocupou.

- Ok

Subo para o meu quarto, pego as minhas duas mochilas, minhas seis malas e desço para a sala com muito esforço.

- Por que não pediu ajuda Malu – A Franky corre até mim e me ajuda a colocar as malas no carro

- Obrigada Franky

- Não precisa agradecer minha querida – Voltamos para dentro e eu subo para o quarto

Olho para a minha cama que tem apenas o colchão e me sento nela. Pego meu celular no bolso e chamo a Feh para um conversa de vídeo

- E ai Malu

- Já estou indo – Digo sentindo borboletas no estômago

- Sério mesmo?

- É, estou apenas esperando a Ana, para irmos para o aeroporto.

- AI MEU DEUS!

- Sem escândalo menina!

- Me deixa Malu, eu estou feliz! Eu nem acredito que vou finalmente poder te abraçar e nunca mais te largar, ai eu esperei tanto por esse momento minha baixinha.

- Fernanda são vinte centímetros! – Ela, o Flávio e o Júnior são vinte centímetros mais altos que eu e eles me apelidam de tudo: baixinha, pequena, gnoma, anã e são apenas VINTE CENTÍMETROS!

- Mas é alguma coisa – Ela da risada

- Espera um pouco – Vou até a porta e grita a Ana – VAMOS PERDER O VOO

- UM MINUTO MALU!

- Eu realmente não aguento mais isso – Voltou a falar com a Fernanda

- Malu eu tenho certeza de que tudo vai mudar quando você vir para cá

- Eu já perdi a esperança – Ela me olha triste, mas logo sorri.

- Ainda não consigo acreditar que você está mesmo voltando!

- Nem eu Feh, eu esperei tanto por esse momento e só de pensar que daqui a algumas horas eu vou estar colocando os pés em Seattle

- E você nunca mais vai tirar os pés daqui

- Não por tanto tempo – Volto para a porta e grito a Ana mais uma vez – VAMOS PERDER O VOO!

- Um minuto Malu – É sempre, um minuto Malu. Que droga!

- A GENTE VAI PERDER O VOO!

- Maria eu estou no telefone!

- Que droga!

Bato a porta e volto para a cama

- Você vai me esperar no aeroporto né?

- Todos nós vamos! Isso é, se minha mãe deixar, por que... – Ela faz uma pausa e olha para o relógio que está em seu pulso – Pelo horário que é aqui vocês provavelmente vão chegar umas três horas da manhã aqui.

- Ah não Feh você tem que ir, por favor.

- Eu vou falar com o Flávio, para vê se o pai dele leva a gente, ai minha mãe deixa.

- MALU VAMOS! – Grita a Ana da escada

- Bom, lá vou eu.

- Volta bem Malu, nós vamos estar te esperando ansiosos.

- Até daqui a algumas horas

- Até

Desligo a chamada e coloco o celular no bolso

- Vamos perder o voo – Diz a Ana quando passo por ela

- Não me culpe você que estava naquele maldito telefone – Digo parando enfrente ao carro

- Eu estava ocupada – Diz ela colocando as malas dela no porta malas

- A novidade seria se não estivesse – Digo me virando para a Franky que está com os olhos cheios de lágrimas

- Minha pequena Malu – Diz ela com a voz fraca – É tão difícil dizer adeus

- Franky eu tenho tanto para te agradecer, você me deu o amor que a minha própria mãe não me deu e eu serei eternamente grata por isso, você foi a melhor pessoa a entrar na minha vida e eu vou sentir muito a sua falta.

- Eu também vou sentir muito a sua falta, foi um enorme prazer te ver crescer e ter feito parte da sua vida – Ela me puxa e me abraça forte - Espero que você consiga encontrar o que você está indo procurar em Seattle.

- Eu também Franky – Nos afastamos do abraço e eu dou um sorriso fraco – Adeus Franky

- Adeus Maria Luiza

Sorrio e entro no carro. A Ana fecha a porta do porta-malas e entra no carro

- Você sabe que isso tem que mudar! – Diz ela ligando o carro

- Se a mãe que eu tinha há onze anos atrás voltasse a ser a mesma, tudo mudaria - Respondo pegando meu celular.

- Você tem que entender que eu sou...

- Uma mãe solteira, que tem que criar a filha sozinha, manter a casa e trabalhar - Completo a frase que escuto há onze anos - Se você tivesse ficado com o meu pai...

- Eu já expliquei porque não fiquei com seu pai - Interrompe ela - E você sabe que eu não gosto de falar dele

- Que se dane – Coloco meu fone e mando uma mensagem para a Charlie

Malu:

“Estou indo para o aeroporto”

Charlie:

“Então é isso, foi um enorme prazer te conhecer Maria, adeus”.

Malu:

“Adeus Charlie”

Coloco para tocar “Sorry, Beyoncé” e olho para fora pela janela, para a linda e maravilhosa Amsterdã, que eu nunca mais verei.

{...}

Chegamos ao aeroporto com dez minutos de antecedência. Desço do carro e na porta do aeroporto vejo a Charlie, a Carol, o Pet e o Rafa segurando um cartaz:

"Maria Luiza Lancaster Você foi e Continuará sendo a Melhor pessoa que Já conhecemos. Sentiremos sua Falta!”

Esse cartaz só pode ter sido escrito pela Carol, ela escreve dessa forma desde que leu/assistiu Cidades de Papel.

Corro até eles e os abraço forte

- Não acredito que vocês estão aqui – Digo chorando

- Você achou mesmo que deixaríamos você partir assim? Sem nos despedir no último momento? Nunca! – Diz a Charlie alisando meu cabelo

- Eu vou sentir tanto a falta de vocês, eu amo tanto vocês.

- Nós também te amamos muito Luh

- Temos um presente para você Lancaster – O Pet me entrega uma caixa quadrada de veludo – Não querendo ganhar os créditos, mas eu que tive a ideia.

- Como sempre né Pet – Abro a caixa e dentro há uma pulseira com vários pingentes: sorvetes, patins, um casal de namorado, gelo.

- Cada pingente significa algo que vivemos juntos – Diz o Rafa colocando a pulseira no meu braço direito

- Eu amei! – Abraço eles novamente – Eu amo muito vocês e vou sentir muito a falta de cada um de vocês

- Malu vamos! – Olho para a Ana que está no celular. Suspiro fundo e me separo deles

- Adeus pessoal

- Adeus Maria Luiza – Entro no aeroporto com uma mistura de tristeza e de felicidade

{...}

Assim que entro no aeroporto vejo um grupo de quatro pessoas segurando um cartaz "Nossa chata, insuportável, irritante, metida, enjoada, mas amada Malu" era pra ser um cartaz de boas vindas?

Corro até eles e a Fernanda me abraça forte, muito, muito forte. Eu não acredito que finalmente estou aqui!

- Finalmente eu estou abraçando a minha pequena

- São vinte centímetros!

- Mas é alguma coisa - O Flávio me abraça tão forte que fico sem ar. Ele é mais lindo pessoalmente. Ele tem os olhos verdes, os cabelos pretos, um rostinho de bebe e de bobo e um sorriso de tirar o fôlego de qualquer uma.

- Júnior larga esse celular e abraça a Malu - O Júnior é nosso amigo viciado em internet, ele fica o dia todo com a cara no celular e talvez seja por isso que ele não corta o cabelo, o cabelo dele é do tamanho do da Fabi no pescoço e os olhos dele são castanhos, ele é a coisa mais fofa.

- Vem aqui baixinha - Ele me abraça forte e me dá um beijo na bochecha

- Minha vez - A Fabi é a mais baixinha de todos nós, ela é gordinha e ruiva, os olhos dela são mel, mas ela usa lente vermelha, ela é tão fofa dá vontade de apertar.

- Malu? - A Ana me chama falando no celular, fala sério, a gente mal chegou e ela já está no telefone.

- Gente aquela ali no telefone é a minha mãe, Ana Clara.

- Caramba como ela é gostosa! - O Júnior nunca tira a cara do celular e quando tira é para falar que minha mãe é gostosa, ninguém merece.

- Ei! Ela é minha mãe! - Dou um tapa na cabeça dele.

- Eu acho que ela está te chamando - A Fernanda coloca o braço por cima dos meus ombros e me arrasta até a Ana

- Mãe essa é a Fernanda, o Flávio, a Fabi e o Júnior - Ela cumprimenta cada um com um aperto de mão.

- Malu como está muito tarde para irmos para a casa dos seus avós, vamos para um hotel hoje.

- Tudo bem

Ela vai andando na minha frente falando ao telefone e eu vou conversando com a Feh, o Flávio e a Fabi e o Júnior que fica babando por ela.

- Malu você já tirou aquela ideia da cabeça? - Sussurra o Flávio no meu ouvido

- Lógico que não eu estou decida, vou encontrar o meu pai ou eu não me chamo Maria Luiza Lancaster!

- Malu - A Ana para e espera eu alcança-la – Amanhã ficaremos na casa dos seus avós, por que faltam algumas coisas a serem feitas na nossa casa.

- Tudo bem

Ela volta a andar na minha frente

- Malu se fosse para você saber quem é o seu pai, sua mãe teria contado, você não acha?

- Não, a Ana me falou que nunca me falou quem é o meu pai por medo de que eu fosse atrás dele.

- Ela disse isso a você? – Pergunta a Fabi espantado

- Não, ela estava falando ao telefone com sei lá quem, e eu ouvi.

- Por que medo? – Pergunta a Fernanda

- Por que ela não quer que eu a abandone

- Malu você sabe a minha opinião sobre isso, e eu ainda não entendo porque você quer encontra-lo.

- Porque eu preciso olhar no fundo dos olhos dele e perguntar "Por quê?".

- Por que, o quê?

- Por que ele me recusou? Por que ele nunca me quis? - Digo com os olhos já enchendo de lágrimas

- É melhor mudarmos de assunto antes que você comece a chorar – Diz o Flávio e eu sorrio – Gostei da pulseira

Quando eu ia responder o táxi aparece

- Então nos despedimos outra vez – Diz a Fernanda

- Até amanhã? – Pergunto sorrindo

- Não, até segunda – Responde o Flávio.

- Por que segunda?

- Porque você precisa passar um tempo com a sua família – Responde a Fabi

- Como vocês vão para casa?

- Com o meu pai – Responde o Flávio

- Tudo bem então, até segunda – Abraços eles e entro no táxi com a Ana.

{...}

- Está com fome? Eu posso pedi uma pizza se você quiser – Diz a Ana abrindo a porta do quarto

Tento ignorar ela, mas estou com fome.

- Pode ser – Sento na cama e ligo a televisão

- Americana? – Olho para ela espantada. Como ela sabe que americana é a minha preferida?

- É, pode ser

Ela dá um meio sorriso e pega o celular no bolso

Vinte minutos depois, estamos com uma maravilhosa pizza americana na nossa frente.

- Será que pode ser diferente? – Pergunta ela enquanto corta a pizza

- Você sabe que não tem como ser diferente, foi onze anos sendo ignorada por você.

- Eu nunca ignorei você Malu

- Claro que não, você sabe que eu nunca vou esquecer aquele dia, não sabe? – Pergunto me referindo ao surto dela em Amsterdã, aquele dia vai ficar marcado na minha vida para sempre.

- Eu sei – Ela abaixa a cabeça – Quem são aqueles que estavam com você?

- Meus amigos

- Você nunca me contou que tinha amigos em Seattle

- Nunca? Eu tentei! Mas você sempre está nessa merda de telefone, que é um milagre você está sem ele agora – Pego meu prato e vou para a cama.

Olho para ela que está com o celular na mão, mandando mensagem a alguém. Isso realmente não vai mudar

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