Capítulo 21
Eu sabia que musica iria tocar antes mesmo das primeiras melodias preencherem o quarto. Estava terminando de ler uma saga sobre arqueiros e como sempre procuro uma música tema para o livro, essa era perfeita. Poucos segundos depois a melodia suave e envolvente da música "93 million Miles" encheu o ambiente. Eu a tinha escutado um bilhão de vezes e em todas parecia a primeira vez. Fechei os olhos sentindo a música embalar o meu corpo, Carlos tirou o copo da minha mão me obrigando a abrir os olhos e lá estava ele com a mão estendida, um sorriso absurdamente lindo e irresistível nos lábios. Esse homem é um perigo.
Aceitei a mão estendida e levantei ficando à frente, sem saber exatamente o que fazer. Ele colocou as duas mãos na minha cintura, puxando para perto com delicadeza. Automaticamente enlacei-lhe o pescoço e apoiei a cabeça no peito. Fomos embalando com calma e ritmo, acompanhando a música. Me atrapalhei um pouco no início, mas logo peguei o ritmo deixando-me levar por ele e pela música, então fechei os olhos e curti o momento.
Não me lembrava da última vez em que compartilhei tanta intimidade com alguém sem precisar usar palavras e sem que essa pessoa fosse a Babi. Aproveitei para me concentrar em tudo que estava acontecendo e foi uma péssima ideia, eu percebi que o conhecia há apenas uma semana e com isso já tinha passado mais tempo com ele do que passo com meus parentes em um mês. Ele estava na minha casa, dançando comigo e provavelmente iria dormir comigo. O que aconteceu com o tempo? Ficou lerdo, ou as coisas que estavam acontecendo mais depressa?
Carlos subiu as mãos de leve e tirou meus braços de seu pescoço, levantei a cabeça olhando-o um pouco assustada, então ele sorriu e continuou o movimento, entrelaçando nossas mãos e se afastando um pouco. Foi mais para a esquerda, me deslocou para a sua direita, esticou nossos braços, sempre mantendo contato visual. Andamos em círculo lentamente, ele soltou uma das minhas mãos e me girou. Depois de concluir o giro ele apoiou a palma das mãos nas minhas as levantando e fazendo um arco, terminando abaixo da cintura e entrelaçando nossos dedos novamente.
Seus olhos inicialmente estavam com um brilho diferente e intenso, diferente de tudo que eu já tinha visto, depois se tornaram ainda mais brilhantes e envolventes. Cada toque, passo, movimento era diferente, era difícil descrever, parecia adoração e carinho. Mas assim que nossos olhos se cruzaram eles assumiram outra expressão quase selvagem.
Com um movimento rápido ele me puxou pela cintura e me beijou, um beijo cheio de paixão e necessidade. Correspondi igualmente agarrando-o pela camisa e puxando em desespero. Por um segundo eu pensei que a rasgaria de tanto que puxava. O beijo era desesperado repleto de luxuria e eu me sentia entorpecida e entregue.
De súbito ele interrompeu o beijo, me fazendo gemer em protesto, um gemido que logo mudou para outro, só que de desejo quando os lábios dele quentes e incrivelmente ágeis encontraram a ponta da minha orelha, mordendo de leve e descendo para o pescoço. Continuou beijando com uma lentidão insuportável. As mãos de ferro com textura máscula desceram para minhas pernas, puxando-as para si e eu o prendi pela cintura, tentando me colar ao máximo nele. Beijei todo o seu rosto a procura dos lábios quando Carlos resolveu me ajudar, tomando minha boca com a dele, reivindicando para ser completa e totalmente sua.
Senti meu corpo sendo deitado no divã com o peso dele sobre mim, um peso bom e excitante. Eu sempre o queria perto, colado, e dessa vez eu o estava desejando muito mais que isso. Desejava-o por inteiro, por completo, necessitava disso. Necessitava dele. Pressionei o quadril de encontro ao dele e o senti grande e duro, fazendo com que soltasse um gemido abafado entre nossos lábios unidos pelo beijo. As mãos dele estavam em todas as partes do meu corpo alisando e apertando. Podia senti-las subindo pela lateral do meu corpo, levantando minha regata, fazendo com que eu ficasse quase sem forças. Ele se afastou um pouco ficando de joelhos, me observava com tanta admiração e reverencia nos seus olhos que fazia com que me sentisse a mulher mais desejada do mundo.
Meu corpo ardia a cada toque e minhas mãos formigavam na vontade de tocá-lo. Estiquei os braços e enfiei as mãos por baixo de sua camisa, arranhando lentamente seu abdômen definido e logo me empenhei em desabotoar a camisa com certa pressa. Ele deu um sorriso malicioso e incrivelmente sexy antes de dar um puxão na minha regata expondo meus seios completamente.
Uma exclamação de surpresa escapou dos meus lábios com tamanha velocidade. Os olhos dele ficaram completamente tomados pelo desejo, como quem precisava de mim naquele mesmo momento. Nem depois, nem em outro lugar, mas ali, naquele momento. Observei-o enquanto se abaixava e como quem não pensava duas vezes abocanhou um dos meus seios e segurou o outro com as mãos, fazendo com que de alguma forma ele coubesse perfeitamente em uma massagem enlouquecedora.
As mãos massageavam, a língua massageava. Gemi baixinho sentindo os lábios quentes e ágeis explorando e saboreando cada parte do meu seio direito, sua língua brincando com o bico. A mão livre passava por todas as partes possíveis do meu corpo alisando de leve, a mão em meu seio esquerdo massageava e apalpava com desejo.
Terminei de abrir a camisa dele e alisei toda a extensão de seu tronco rígido e forte. Arranhei as costas de Carlos fazendo um pouco de força para abafar um gemido quando ele mordiscou de leve meu mamilo. Finalmente cheguei ao meu objetivo e descansei as mãos na bunda dele apertando, fazendo pressionar o quadril de encontro ao meu.
Não saberia dizer de quem era o gemido que preencheu a sala, dos dois, acredito. A bunda dele era durinha e boa de apertar assim como eu havia imaginado. Era difícil soltar sem falar que ficar apertando ela trazia outros benefícios. Carlos tirou a atenção dos meus seios e se voltou para a minha orelha sussurrando com uma voz incrivelmente rouca.
- Eu preciso de você. – Sussurrou com a voz rouca de desejo.
O senti tentando abaixar meu short enquanto tentava controlar a respiração.
– Preciso agora. – ele retomou o beijo com força e violência.
Um beijo desesperado que me fez sentir algo que não era desejo na constatação do que tudo aquilo iria nos levar.
- Espera um pouco – disse o empurrando de leve – n-não sei se eu quero.
- Como assim não sabe? – perguntou meio alterado.
- Não sabendo! – o empurrei com mais força enquanto tentava levantar.
- Você me pareceu saber muito bem há um minuto – respondeu contrariado, mas levantou quando o empurrei da segunda vez.
- Foi o momento, apenas isso. – ajeitei minha blusa e levantei – vou dormir no quarto e você vai ficar no sofá – anunciei decidida.
- Você vai realmente me deixar assim, nessa situação? – perguntou desesperando enquanto apontava para o grande e generoso volume entre as pernas.
Senti o rosto arder quando vi o volume, voltando a olhar rapidamente para o seu rosto.
- O banheiro fica no corredor, sinta-se em casa. – virei e sai da biblioteca com passos firmes.
Assim que fechei a porta encostei-me a ela fechando os olhos e soltei um longo suspiro, – esse homem ainda vai acabar comigo – ainda conseguia sentir a mão dele percorrendo o meu corpo, seus lábios fazendo leves caricia e... suspirei novamente me afastando da porta e fui rapidamente para o quarto, tinha que ficar o mais longe possível.
Procurei no armário alguns lençóis e um travesseiro, arrumei tudo e carreguei para a sala jogando no sofá. Passei na área de serviço para ver se estava tudo bem com o Barry que já se encontrava em um sono pesado, sorri e voltei para a sala só para constatar se Carlos ainda não tinha saído da biblioteca. – talvez prefira dormir no divã – dei de ombros, mas decidi ir para a biblioteca verificar se estava tudo bem, na metade do caminho a porta do banheiro abriu e ele saiu de lá ajeitando a calça. Levantei a sobrancelha esperando uma resposta.
- O que foi? – perguntou com toda a inocência.
- Nada não. – respondi lentamente enquanto avaliava a calça dele já sem o volume anterior – O que estava fazendo lá dentro? – perguntei desconfiada.
- Você disse para eu ficar à vontade, aceitei o conselho e fiquei.
Minha boca abriu de espanto rapidamente, mas logo tratei de fechar. Não acreditei que tinha feito isso na minha casa!
- Percebi. – observei com malicia, olhando para sua virilha – espero que tenha se divertido.
- Me diverti um pouco, – ele deu um meio sorriso malicioso – mas teria sido muito melhor e gostoso se você tivesse me ajudado.
Senti meu sangue ferver, como ele podia ser tão descarado?
Àquilo era um completo absurdo, eu deveria matá-lo! Mordi os lábios tentando me acalmar, não podia perder a compostura logo naquela hora.
- Fica para a próxima. – me aproximei dele ficando na ponta dos pés e apoiei uma mão em seu rosto, depositando um beijo rápido e delicado nos lábios – tem lençol e travesseiro no sofá. Durma bem – me afastei e segui meu caminho para meu quarto.
Assim que entrei me joguei na cama e enterrei o rosto no travesseiro, a confusão havia tomando conta da minha cabeça. Eu adorava a companhia dele, mas queria matá-lo de tanto que me irritava. Comecei a me debater na cama de frustração quando ouvi uma batida na porta que me fez parar imediatamente.
- Sim? – respondi.
- Me deixa dormir ai com você, por favor. Prometo me comportar. – Carlos pediu com voz manhosa.
- Não sei se devo!
- Juro que vou ser um bom menino. – garantiu.
- Quem jura mente!
Deu para ouvir o suspiro pesado que ele soltou. Engoli um riso.
- Então eu prometo que vou ser um bom menino.
- Se não se comportar eu te jogo no chão. – ameacei.
- Podemos fazer uma barreira de travesseiros se preferir.
- Entra logo, cabelo de fogo.
- Como assim cabelo de fogo? – perguntou quando entrou no quarto preenchendo o ambiente com a força da sua presença.
- Cabelo de fogo, oras. – disse apontando para seus cabelos vermelhos e bagunçados que davam um ar selvagem.
- Vou te mostrar o que é fogo – anunciou deitado na cama querendo me beijar.
- Nem pensar, – coloquei uma mão no peito dele bloqueando qualquer possibilidade – olha que você prometeu.
Ele pareceu contrariado e decepcionado, porém logo assumiu uma postura conformada.
- Prometi e vou cumprir. Boa noite. – em um movimento rápido me deu um beijo na testa e se virou para o lado oposto.
- Boa noite. – respondi na esperança de conseguir dormir.
Seria possível?
Os minutos pareciam se arrastar e por mais que ele estivesse longe eu conseguia sentir o calor de seu corpo me envolvendo na escuridão do quarto. Esse calor me acalmou me fez sentir segura e aos pouco meu corpo foi relaxando devido o cansaço pesando que só se tem noção quando o sangue esfria, então peguei no sono.
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