Capítulo 12


Eles realmente estavam com pressa de ir embora, fecharam tudo e em pouco mais de cinco minutos já nos encaminhávamos para o prédio que Carlos mora. Vale ressaltar que é bem perto do meu prédio.

- Você tem certeza que não prefere pedir comida? Nunca se sabe o que pode dar errado com a comida. Eu conheço um restaurante chinês ótimo. – provoquei.

- Porque eu faria isso? Você é a cobaia perfeita! – ele riu me olhando de canto enquanto me dava espaço para eu entrar no prédio pela porta que ele segurava.

- Cobaia? Não mesmo, eu já disse que não quero morrer – dei meia volta fingindo que iria embora.

Mas lá estava ele feito um armário barrando a minha passagem.

- Nem pensar, a senhorita vai subir e vai comer o meu delicioso macarrão – ele estava com um sorriso enorme no rosto.

Com as mãos firmes e fortes nos meus ombros me virou, fazendo com que eu andasse até o elevador. Me manteve ali com as mãos de aço, transmitindo calor pelo meu corpo até a porta do elevador abrir, e me empurrou delicadamente para dentro. Apertou o botão do quinto andar só me soltando quando a porta finalmente fechou.

- Pronto, agora você está presa aqui.

- Já que não tenho alternativa mesmo, vou ficar.

Encostei em um canto e fiquei fazendo carinho no Barry até chegarmos ao nosso destino, o que não demorou nem dois minutos. Saímos e fomos direto para a porta 521. Carlos estava quase abrindo a porta quando pareceu se lembrar de algo e hesitou por alguns instantes.

- Me deixe entrar primeiro, para evitar problemas – ele abriu a porta e então, tão rápido que eu quase não percebi, passou pela fresta aberta entrando no apartamento.

Depois de breves segundos de silêncio eu ouvi alguém caindo e no susto escancarei a porta apenas para me deparar com um Carlos deitado de costas no chão tentando conter um rotteweiler que o lambia animadamente, foi impossível não rir.

Fechei a porta e fiquei segurando o Barry com força, pois ele latia todo metido a fortão. Depois de algum tempo Carlos conseguiu se levantar todo babado e só sorrisos segurou a coleira do Rocky trazendo para mais perto.

- Esse aqui é o Rocky, meu grande amigo. Rocky, essa é a Lívia, uma amiga minha ...e o Barry, seu novo amigo. Rocky diga oi – Carlos falou animado.

Eu sorri para o lindo animal sentado à minha frente e então o cachorro deu um latido animado me pegando de surpresa e me fazendo dar um pulo para trás. Olhei assustada para o dono dele.

- Ele é treinado? – perguntei o obvio.

- É sim, e muito esperto! – Carlos respondeu enquanto fazia carinho na cabeça do Rocky.

- Eu posso fazer carinho nele? – perguntei me aproximando um pouco do cachorro enorme a minha frente.

- Claro que pode, vem sem medo. – assegurou.

Barry tinha parado de latir o que me deixou menos nervosa, Me aproximei com calma e com todo o cuidado do mundo posicionei a mão na cabeça do Rocky. Ele parecia entender que a situação exigia que ficasse quieto e assim ele permaneceu sentado em posição de guarda me esperando. Quando finalmente consegui tocar na cabeça dele, ele permitiu que eu fizesse carinho próximo a orelha e depois de um tempo se mexeu cheirando a minha mão, me lambeu em seguida. Sorri animada voltando a fazer carinho nele agora sem qualquer receio. Ele realmente era grande.

– Coloca o Barry no chão para eles se conhecerem. – Carlos falou soltando o cachorro.

Um pouco receosa o coloquei no chão e observei pronta para proteger o Barry se necessário. Ele rondou o Rocky, se afastou um pouco com um pulo e começou a latir todo ameaçador. O rottweiler ficou olhando por um tempo, depois se aproximou um pouco cheirando o Barry, todo curioso. O movimento fez meu filho se assustar e correr para se esconder. Rocky olhou para o Carlos como quem pergunta "qual o problema? " E então simplesmente se afastou e deitou perto do sofá.

Só tinha tamanho.

- Depois ele se acostuma e nem liga mais. Vou tomar um banho rápido e já volto, fique à vontade. – ele empurrou meus ombros de leve e se encaminhou por um corredor até entrar em uma porta que imaginava ser o quarto.

Olhei em volta e me sentei no sofá. O apartamento era espaçoso e muito bem decorado de branco e preto, bem másculo, poucos moveis, porém bonitos.
Barry se sentou próximo aos meus pés de um lado e Rocky do lado oposto, todo largado. Olhei mais uma vez para a sala de estar dele tentando entender a lógica de tê-lo conhecido em uma semana e na outra já estar na casa dele, sentada no sofá, esperando que ele faça algo para comermos.

O cachorro dele estava deitado nos meus pés, e se eu continuasse pensando naquilo iria enlouquecer. Não fazia muito sentido. Foi tudo muito rápido, mas eu estava ali. Para evitar os pensamentos decidi ligar a televisão e ficar zapeando até encontrar algum filme. Já que era para eu me sentir à vontade, vamos fazer certo.

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