Vê-la ♡ Capítulo 17
Naquela noite de sexta estava descansando os dias restantes para nossa turnê, os dias passavam e tentei não ouvir sobre ela mesmo querendo saber se a mesma estava bem, eu sabia que a menina de cabelos cacheados passaria a noite rodando em minha mente. Quando Oh Sun nos falou que morava no mesmo bairro da Laura me pegou de surpresa, afinal já haviam passado muitas semanas desde a sua ida e mesmo Oh Sun sabendo da nossa breve historia, não tocava no assunto.
Sentado naquele sofá de couro junto aos outros membros ouvimos ela falar sobre Laura, e sobre seus planos que estavam dando certo afinal a Brasileira era a nova fisioterapeuta do hospital de traumas. Ficamos sabendo que ela continuava a mesma de sempre, sorria com facilidade e deixou saudades no seu antigo emprego e poderia ariscar que o nível da saudade era o mesmo que aqui. Oh Sun disse que a mesma não falou o porquê estava off-line em suas mensagens, mas ficamos sabendo que seus processos de provas e os testes foram muito mais intensos do que a mesma achava. -Sentado, rabiscava um pedaço de papel.
Encarando nossa foto de longe sorria, estava feliz por ela e minhas preses haviam sido atendidas. Se ela estivesse feliz, mesmo lotado por saudades, seria feliz também. -Batidas na porta me fizeram retornar ao mundo novamente.
-Sou eu, Oh Sun. -Ela bateu mais uma vez.
-Pode entrar, está aberto. -Falei e a mesma entrou lentamente com um enorme cesto de roupas.
Ela era parte da nossa família, tínhamos intimidade e ela nos tratava como filhos fosse para nos mimar ou chamar nossa atenção.
-Suas roupas limpas e passadas, quer que eu guarde ou irá fazer isso? -Ela colocou o cesto na cama e foi arrumando as roupas na cama. -Tirando o Jin que está em seu estúdio fazendo uma live, os outros já estão na cama tente descansar.
Consenti, levantei e sentei na cama ao lado das roupas.
-Tem alguma parte dos encontros entre você e a Laura que não contou? -Sussurrei e ela pausou sua arrumação.
Oh Sun afastou as roupas e sentou ao meu lado, ela tinha idade e bagagem para ser minha mãe e sempre falava isso quando sentava para conversar sobre algo.
-Olha, eu estou aqui desde o inicio dessa empresa e posso dizer que conheço vocês sete como a palma da minha mão. -Ela abriu sua mão e a fechou. -Eu passo mais tempo com vocês do que com meus filhos e muitas vezes quero da conselhos e não posso, pois apesar de tudo ainda sou uma empregada aqui que não pode perder o emprego. Mas todos vocês precisam seguir seus corações. -Ela me encarou e arrumou minha camisa.
Eu a ouvia atentamente e consentia as suas afirmações, porém pedi para falar e a mesma me pediu silencio.
-Quando a conheci ela estava acuada, não sabia o que poderia falar ou se poderia andar por a casa sozinha. Ela havia feito algo que seu coração pediu mais sofreu muito com dor e com estresse de não está em sua vida, mas aposto que ninguém daqui sabe disso. -Oh Sun falou e eu neguei.
Oh Sun contou como era o dia a dia delas, de como se tornaram próxima em questão de dias e de como ficou feliz por vê-la realizando seus sonhos.
-Obrigado por nos contar sobre ela, todos aqui nos preocupamos com ela. Ficamos felizes por saber de tudo e imaginamos que a mesma lutou muito por isso, a Laura foi uma pessoa que caiu aqui de paraquedas e mudou nossa vida, ela nos ensinou coisas... -Falei e ela me encarou quando baixei a cabeça.
-O que não falei foi da primeira vez que a encontrei na rua, eu já sabia que morávamos no mesmo bairro, mas é um local grande. Passando por uma rua, a vi sentada em uma cadeira na porta de uma loja de conveniência com um soju e alguns doces. -Oh Sun sorriu e sorri também. -Ela está assim como você, triste mesmo sorrindo. Ela estava bebendo, e se emocionou quando me viu. Ali, eu a vi desabafar sobre vocês e sobre o quão ela gosta de você. -Arregalei os olhos e ela consentiu.
Meu coração se tornou frenético, não entendia meus próprios sentimentos.
-Não quero que ela fique mal, não quero vê-la sofrer. Meus sentimentos são reais, mas existe algo que eu possa fazer? Nossas realidades são tão diferentes, assinamos um contrato rígido sobre isso e mesmo assim não conseguimos nos controlar. -Bufei e ela abraçou meus ombros.
Eu a queria, ela sabia e as pessoas a minha volta também. Não sabia o que fazer para não perde-la e também não poderia coloca-la em uma vida na qual a mesma não iria querer.
-Eu sei que se preocupa com o grupo, com a empresa e com as fãs. Isso é bonito em você, você coloca as pessoas em primeiro lugar... Mas chega um momento que não podemos colocar ninguém a frente da nossa felicidade, pois a vida passa rápido. -Respirei fundo e soltei o ar.
S2
Ficamos alguns momentos em silencio e após Oh Sun sair permaneci com suas palavras em minha mente, em breve segundos resolvi seguir meu coração e sai de carro rumo ao seu bairro e não sabia por que, apenas segui. Não era muito longe do nosso, já estava tarde e poucas pessoas estavam por as ruas, eu sabia seu endereço, mas não precisou de muito para acha-la, sentada em uma loja de frango de esquina.
Parei o carro, o estacionando e com os vidros fechados a observava de longe. Ela estava bonita como sempre, com uma roupa quase toda preta e um cachecol completamente enrolado no pescoço. Ela tomava soju devagar e por vezes parecia pensativa, vezes ou outras pegava seu celular e sorria de algo, o que me fazia sorrir também. -Peguei na porta para abri-la e pausei quando vi alguém se aproximar da sua mesa.
Meus ombros murcharam quando um homem alto se aproximou da mesa trazendo outro soju e um balde de frango. Encostei-me no banco do carro, ela bebia e conversava com aquela pessoa que sorria em sua direção. Eles pareciam ter muitos assuntos, serviam-se soju e apesar de não sorrir muito, Laura parecia confortável ali. Meu coração se tornou preocupado e um misto de arrependimento me invadiu a ponto de bater com força no volante.
-Droga. -Falei, suspirando. -Já se passaram meses Taehyung, o que você queria... -Falei para mim mesmo e continuei observando a cena.
Eu poderia jurar que conhecia aquele homem de algum lugar, ele parecia um pouco mais velho e sua roupa social o deixava elegante. Podia senti seu olhar para ela, como se a admirasse sem que a mesma percebesse.
Poucas horas mais tarde, o tal homem recebeu uma ligação e pareceu ter que sair às pressas, mas ela continuou ali, bebendo bastante e sozinha. Estava com ciúmes e com saudades, com vontade de abraça-la e dizer tudo que estava em meu coração. Quanto mais a via bebendo, mas me preocupava, haviam algumas garrafas de cerveja e soju na mesa. -Me atentei ao vê-la levantar, pagar a conta e sair do bar cambaleando.
Sai do carro as presas a fim de ajuda-la, mas a mesma foi mais rápida ao pegar um taxi que parou na porta da loja para deixar outra pessoa. -Cocei a cabeça e senti o calor por a quantidade de roupas que estava usando para não se reconhecido. Voltei para o carro e segui a rota do taxi atentamente, não queria deixa-la sozinha.
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A madrugada havia chegado e o taxi parou na porta da sua casa, parei atrás do taxi e desci rapidamente quando a vi dormindo dentro do carro. Respirei fundo e bati na janela do taxista o assustando.
-Ela é minha namorada, qual o valor? -Sussurrei, temendo ser reconhecido e o senhor mal humorado apenas apontou para o contabilizador do percurso, pequei a carteira e o entreguei um valor a mais. -Aqui, obrigado.
Dei a volta no carro, abrir a porta com cuidado e a chamei, seus olhos abriram e ela parecia me conhecer, mas nada falou. A menina cacheada desceu do carro e tentei ajuda-la a caminhar carregando sua mochila comigo. -Travei meu carro e com ela cambaleando, a ajudava subindo as escadas e quando chegamos a sua porta ela se soltou.
-Não sou nada, sua volta para seu mundo, não fica aqui ou poderá se prejudicar. Não estou bêbada a esse ponto apenas sai de um plantão cansada... -Arregalei os olhos e com voracidade ela encostou-se à porta tentando digitar a senha, mas errava algum numero. -Droga de senha.
-Me deixa ajudar, e vou embora. -Falei, com um aperto no peito.
Ela deu espaço aproximei-me e digitei a senha que lembrava bem desde o dia que nos conhecemos no hospital, em silencio a ajudei a entrar e ela sentou em sua cama puxando seu cachecol. Coloquei sua bolsa em uma cadeira e nada falei. Meu coração estava acelerado e a ouvi fungar. -Me virei para encara-la e a mesma com os olhos avermelhados deixou uma lagrima cair.
-Não chore, desculpa voltar ao seu mundo assim. Eu estava passando e... -Tirei a mascara e o capuz. -quando te vi cambaleando fiquei preocupado... -Falei, pausadamente. -Eu já vou embora.
Andei em passos rápidos até a porta não muito longe e a senti me abraçar com voracidade, sua cabeça encostou-se a minhas costas e suas mãos me abraçavam com força. Deixei uma lagrima cair e toquei suas mãos com força, senti-la junto a mim trouxe alivio ao meu coração. -Me virei e ela se soltou se afastando.
-Se quer saber eu bebi um pouco, eu bebi bastante... -Ela soluçou e toquei seu rosto enxugando suas lagrimas. -Sei que você não poderia está aqui, e se alguém ver você? Kim Taehyung isso é burrice. -Ela falou mais alto e bufou.
Fechei os olhos e bufei também, não sabia o que fazer ou o que falar. De longe era uma das situações mais dolorosas que já passei.
-Por que não posso? Por que não posso gritar para o mundo que gosto de uma menina incrível? -Falei e ela me encarou, naquele momento ela parecia sóbria. -Tenho culpa por está a meses sentindo sua falta como um louco? Tenho culpa por está tudo cinza sem você? Tenho culpa se quase morri do coração ao vê-la com outra pessoa? Então sou pecador? -Respirei após desabafar alterado e ela me olhava sem piscar.
Lagrimas caíram, as enxuguei com pressa e me sentia um pouco envergonhado. Nunca tinha feito isso antes, nunca tinha tido meu coração daquela forma e não era uma sensação boa.
-Gostar de alguém não é pecado Laura, então não sou pecador. -Falei. -Estou aqui após relutar por meses, estou aqui para dizer que a saudade está corroendo e irei passar seis meses entre idas e vindas em turnê... não queria ir sem ao menos olhar para você. -Falei e me aproximei dela.
Toquei seu rosto com ela ainda estática, toquei seus cachos encostei minha testa na sua ansiando beija-la, mas não fiz. Suas lagrimas caiam e as minha também...
-Senti sua falta todos os dias, eu bebo quando parece que tudo me lembra você e não me sinto bêbada agora, estou em choque. Seu toque, seu cheiro e sua voz... É péssimo sem você... -Ela tocou meu rosto e sorri. -Não tenho milhões de dólares, não quero atrapalhar sua vida, não quero te deixar em maus lençóis. Não podemos correr o risco de prejudicar outras pessoas, meu coração está doendo, mas não temos saída. -Ela sussurrou e consenti.
Laura me abraçou, e a abracei. Naquele instante parte dos meus sentimentos tristes foram substituídos por alivio e pude perceber que de fato ela me faz bem. -Ela pegou minha mão e me puxou para sentarmos na cama.
Segurando minha mão, ela arrumou meus cabelos e sorriu ao me encarar chorando.
-Ouça antes de tudo, não há outra pessoa aqui. Era meu chefe... -Ela tocou no peito e consentiu. -Não estamos pecando, mas não podemos pensar apenas em nós, desde quando sai de lá morri de saudade de todos vocês todos os dias e será sempre assim. Nosso prazo foi finalizado quando sai da sua casa, mas você não saiu de mim... -Ela entrelaçou nossos dedos e respirou fundo ao encostar a cabeça em meu ombro.
Respirava aliviado ao tê-la do meu lado, parecia loucura demais até para mim, mas ela era tudo que eu precisava.
-Quero que vá para essa turnê com seu coração em paz, quero que faça shows incríveis para pessoas que te amam. Pule, dance, sorria, brinque e permaneça ao lado dos seus amigos. -Ela tornou a falar. -Não chore mais, não beba vinho demais e permaneça saudável. -Laura soltou minha mão e me encarou.
-Nunca vamos parar de nos despedir? Eu prometo que um dia nos encontraremos de novo... -Falei e ela deu de ombros. -Irei fazer tudo isso se prometer não beber tanto assim, e ser a melhor fisioterapeuta daquele lugar. -Falei e ela sorriu deixando uma lagrima escapar. -Você precisa se cuidar. -Toquei seu rosto e ela consentiu.
Levantei da sua cama e ela fez o mesmo, em silencio sem mais palavras segui até a porta e coloquei o capuz novamente. Abrir a porta e senti sua mão puxar minha roupa, me fazendo fechar a porta. -Me virei em sua direção e a mesma sorriu.
-Eu te amo, Kim Taehyung. -Ela sorriu. -Eu te amo.
Sorri, deixando uma lagrima cair e a beijei com intensidade. Nosso corpo entrou em transe e nos beijamos de modo apaixonado como nunca antes, batemos na porta da casa e quando pausamos o beijo sorrimos.
-Eu te amo Laura, intensamente. -Consenti. -Muito mesmo...
Nos abraçamos novamente e ali senti novamente que estávamos nos despedindo mais uma vez, e era um sentimento corrosivo.
S2
Eu sofro por um casal que não pode ficar junto...
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